Blog do Fernando Rodrigues

“Nem oposição nem situação”, diz Marina sobre nova sigla

Fernando Rodrigues

ex-senadora quer  legenda sem “ativismo dirigido” e sim com “ativismo autoral”

militante do partido não será apenas expectador, mas terá papel de “protagonista”

A ex-senadora Marina Silva afirmou no evento de fundação de seu novo partido, este sábado (16.fev.2013), que a nova sigla não é de oposição nem de situação. Segundo ela, o necessário é tomar posições, apoiando acertos do governo e criticando os erros.

A fala de Marina remete a um declaração do ex-prefeito de São Paulo Gilberto Kassab. Ao lançar em 2011 o seu partido, o PSD, ele declarou que a legenda não era centro nem de direita nem de esquerda.

“Me perguntam se somos posição ou oposição à Dilma. Eu digo: nem posição nem oposição”, afirmou Marina, segundo relata o repórter Fábio Brandt, que está presente ao evento. Em seguida, a pré-candidata a presidente em 2014 disse que o bom trabalho do governo deve ser apoiado e o mau trabalho criticado –caso do projeto do novo Código Florestal.

Na entrevista coletiva na tarde de sábado, Marina Silva foi perguntada a respeito da atitude de seu novo partido e repetiu que a sigla não será ''nem oposição nem situação''.

Em suas declarações, Marina deixa claro que o tema preferencial do novo partido deverá ser o ambiental. Para ela, trabalhar pelo bem comum nos tempos de hoje é “produzir a economia de baixo carbono, proteger a água, proteger as florestas”.

Marina também criticou o PT, seu antigo partido, mesmo que sem citar o nome da legenda de Lula e de Dilma Rousseff. Essa critica ficou evidente quando ela disse que já fez parte de um “processo de sacralização [de um partido”, algo que, segundo ela, “não deu certo”.

Outra critica velada ao PT ocorreu quando Marina criticou o que chamou de “ativismo dirigido”. Isso ocorre, segundo ela, quando a atuação dos militantes é dirigida “pelo partido, pelo sindicato, pelo CA [Centro Acadêmico, de estudantes], pelo DCE [Diretório Central doa Estudantes]”. Todas essas instituições foram fundamentais para a formação do PT.

Para Marina, o mundo atual, da internet e das redes sociais, deve trocar o “ativismo dirigido” pelo “ativismo autoral”, em que o ativista “não é mais expectador, é protagonista”.

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