Blog do Fernando Rodrigues

Líderes do PSB sugerem mudança para “PS40”

Fernando Rodrigues

Partido é presidido por Eduardo Campos, que tenta ser candidato ao Planalto em 2014.

Para que os eleitores saibam que o “40” é o número dos candidatos do PSB, integrantes do partido sugerem trocar o nome da legenda para “PS40”. A mudança seria também uma forma de reapresentar a sigla para a sociedade.

O líder do partido na Câmara dos Deputados, Beto Albuquerque (RS), é um dos apoiadores da mudança. Segundo ele, a proposta não foi feita formalmente dentro do PSB nem é urgente, mas seria boa. O ex-líder da bancada, deputado Márcio França (SP), também concorda com a troca.

Albuquerque disse que o PSB já obteve sucesso ao colocar o número em destaque na campanha para a Prefeitura do Recife em 2012, quando seu candidato, Geraldo Júlio, venceu o pleito. “Onda 40” foi o mote da campanha.

O PSB tem ganhado destaque no noticiário político desde que seu presidente nacional, o governador Eduardo Campos (Pernambuco), começou a trabalhar nos bastidores para obter apoio de outras legendas à sua candidatura ao Palácio do Planalto em 2014.

Apesar do apoio de Albuquerque e França, políticos importantes dentro da legenda, a alteração no nome não é ainda um debate difundido entre os socialistas. O deputado Júlio Delgado (MG), que disputou a Presidência da Câmara pelo PSB em 2013, disse que só ouviu rumores sobre o assunto. O deputado Fernando Coelho Filho (PE) afirmou que só soube da proposta quando foi questionado pelo Blog.

No entanto, a “reapresentação” à sociedade é um tema importante dentro do PSB –que foi fundado em 1947, fechado pela ditadura em 1965 e refundado em 1988. Em 2011, em entrevista ao Poder e Política, projeto do UOL e da Folha, Eduardo Campos relativizou a ideologia “socialista” da legenda. Disse o seguinte:

“O que é que é ser de esquerda hoje? É a mesma coisa que ser de esquerda no início do século passado na União Soviética? Não é. Quer dizer, o mundo mudou, a relação de trabalho se alterou. Eu acho que muitas experiências não deram certo, outras deixaram um legado, enfim. Nós precisamos compreender as alterações que foram processadas pela ciência e pela humanidade para compreender o que é ser de esquerda hoje”.

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