Blog do Fernando Rodrigues

Centrais sindicais atacam ideia de fusão de Trabalho e Previdência

Fernando Rodrigues

CUT e Força Sindical se unem contra reforma de Dilma

Leia aqui, em primeira mão, nota conjunta que será divulgada na 3ª

Miguel Torres (dir.) e Vagner Freitas, presidentes da Força e da CUT

Além de estar com dificuldades para acomodar os políticos governistas na Esplanada dos Ministérios com um corte de 10 pastas, agora a presidente Dilma Rousseff terá de enfrentar também o descontentamento do movimento sindical. Uma nota oficial de 6 centrais, a ser divulgada nesta terça-feira (29.set.2015), faz duras críticas à possível fusão dos Ministérios do Trabalho e da Previdência Social.

O Blog teve acesso ao conteúdo da nota (aqui). Dilma Rousseff conseguiu unir centrais normalmente antagônicas, como CUT e Força Sindical. Os trabalhadores classificam a aglutinação de Trabalho com Previdência Social de ''retrocesso''. Aproveitam para falar que é ''nefasta'' a proposta de unir vários ministérios de áreas sociais em um só, como tem sido maquinado dentro do Planalto.

O texto é  assinado pelos presidentes da UGT, Ricardo Patah; da CTB, Adilson Araújo; da NCST, José Calixto Ramos; e da CSB, Antonio Neto. Pela CUT e Força, assinam os respectivos presidentes, Wagner Freitas e Miguel Torres.

Juntas, essas 6 centrais controlam 78% dos sindicatos do país, segundo a última aferição do MTE, divulgada em abril. Colaborou com este post o repórter do UOL André Shalders.

No texto, as centrais consideram um ''grave retrocesso'' a possível fusão do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) com qualquer outro ministério. Cobram ainda o fortalecimento da pasta.  ''(…) Não nos parece razoável qualquer tipo de fusão do MTE com outros Ministérios, o que constituiria grave retrocesso. Assim como também é nefasta a tentativa de fusão de outros Ministérios, voltados para o desenvolvimento social, que visam desenvolver políticas aos menos favorecidos'', diz um trecho.

O Ministério do Desenvolvimento Social (MDS) também está cotado para ser ''fundido'' na reforma. Pastas voltadas para mulheres, negros e direitos humanos devem ser aglutinadas em uma só.

As centrais ressaltam ainda que o MTE é o ''órgão de interlocução'' do governo com os ''representantes dos trabalhadores''. ''A ideia da fusão (do MTE com a Previdência) já foi levantada antes, resultando, por força da realidade, no modelo atual, com dos Ministérios distintos'', continua a nota. Os sindicalistas avaliam julgam que a fusão prejudicará a atuação dos dois ministérios, e ''não trará benefícios'' para a sociedade.

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