Blog do Fernando Rodrigues

Se efetivado, Temer manterá integrantes alinhados a Dilma no Conselhão

Fernando Rodrigues

Pelo menos 4 conselheiros são contrários ao governo Temer

Se quiserem sair, terão de pedir formalmente ao governo

Nenhuma manifestação foi registrada até o momento

Colegiado será reativado após a votação do impeachment

A presidenta Dilma Rousseff participa do evento Diálogo com os Movimentos Sociais, no Palácio do Planalto (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

Dilma Rousseff participa de evento ao lado de Vagner Freitas (CUT) e Carina Vitral (UNE) no Planalto

O governo do presidente interino, Michel Temer, vai manter a estrutura do CDES (Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social) caso o peemedebista seja efetivado no Palácio do Planalto.

O colegiado, também conhecido como Conselhão, é composto por 92 membros, nomeados em 28.jan.Pelo menos 4 deles participam abertamente de protestos contra o governo interino. O número de conselheiros é estabelecido por uma lei e a intenção é mantê-lo.

As informações são do repórter do UOL Luiz Felipe Barbiéri.

Simpatizantes do governo petista, os presidentes da UNE (União Nacional dos Estudantes), Carina Vitral, da Ubes (União Brasileira dos Estudantes), Camila Lanes, da CUT, Vagner Freitas e da CTB, Adilson Araújo, têm assentos garantidos.

O Planalto diz que as trocas na composição do Conselhão vão depender de manifestações individuais dos próprios integrantes. Mas eventuais renovações seriam naturais, na opinião de integrantes do governo.

“(…) como se trata de um órgão de assessoramento ao presidente, é natural que haja alguma renovação ao longo do mandato”, explica a assessoria do CDES em resposta a perguntas do Blog. Nenhum conselheiro pediu formalmente para deixar o órgão até o momento.

A assessoria de Freitas disse que o sindicalista vai definir sua participação no grupo após o desfecho do processo de impeachment no Senado.

Araújo não descarta a participação da CTB. “Depois de votado o impeachment, tudo é conversado. No momento, não reconhecemos o governo Temer”, afirmou. As assessorias da UNE e da Ubes não responderam aos contatos por telefone.

A 1ª reunião do Conselhão será realizada após a votação do impeachment de Dilma no Senado. A data será definida na 5ª (28.jul) durante reunião do comitê gestor. A intenção do governo é recuperar o protagonismo que o órgão tinha ao longo do governo Lula.

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