Blog do Fernando Rodrigues

Arquivo : Agnelo Queiroz

Brasília faz 55 anos sem alcançar maturidade econômica
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Fernando Rodrigues

Dependência do setor público aumentou na última década

Distrito Federal é o local onde existe a maior distância entre pobres e ricos

Sérgio Lima/Folhapress - 16.mai.2005

Vista aérea da Esplanada dos Ministérios, em Brasília, com o Lago Sul ao fundo

A capital planejada do Brasil comemora 55 anos nesta 3ª feira, 21 de abril, emitindo sinais de que não pretende reduzir a dependência de sua economia do setor público.

Na última década, a participação da administração pública no PIB (Produto Interno Bruto) de Brasília permaneceu estável, com leve alta. Na outra ponta, o impacto do comércio, indústria e agricultura na produção de riqueza diminuiu.

A tendência aparece na pesquisa mais recente sobre o PIB local, divulgada em novembro de 2014 e relativa a 2012. Naquele ano, o peso da atividade pública na economia cresceu de 54,7% para 55,2% em relação ao ano anterior.

No mesmo período, a participação da indústria, que já era baixa, caiu de 6,4% para 5,7%. A produção agrícola manteve a fatia de 0,3% na economia local. O setor de serviços saiu de 38,6% para 38,8% –e os serviços, como se sabe, só sobrevivem em grande parte por causa do consumo do funcionalismo em Brasília.

Não há sinal que a dependência brasiliense do setor público será revertida ou minimizada no futuro próximo. Os percentuais de participação dos setores de serviço, indústria e comércio no PIB brasiliense permanecem estagnados há 1 década, conforme mostra o gráfico abaixo:

ArteA anemia do setor privado de Brasília convive com uma generosidade excepcional da União. Em 2014, o governo federal destinou R$ 11 bilhões ao Distrito Federal por meio do Fundo Constitucional –benefício criado no final do governo Fernando Henrique Cardoso.

O Orçamento total de Brasília em 2014 foi de R$ 35 bilhões (incluídos aí os R$ 11 bilhões do Fundo Constitucional). A cifra confere à capital da República o maior Orçamento per capita do país. São R$ 12.272 por habitante.

A abundância de recursos não impediu que o Distrito Federal abrisse o ano de seu 55º aniversário em severa dificuldade econômica. A administração anterior, de Agnelo Queiroz (PT), deixou R$ 3,1 bilhões em dívidas, segundo seu sucessor, Rodrigo Rollemberg (PSB). Salários foram atrasados, serviços de poda e coleta de lixo, suspensos, e a festa de Réveillon por pouco não foi cancelada.

 

DESIGUALDADE
A forte presença do poder público também não foi eficaz para produzir uma sociedade menos desigual. Em 2013, último dado disponível no banco de dados do Ipea, o Distrito Federal era a unidade da Federação com maior concentração de renda no país (ou seja, quando é grande a distância entre os mais ricos e os mais pobres).

O gráfico abaixo compara o índice de Gini das 27 Unidades da Federação (quanto maior, mais desigual):

Arte

A disparidade socioeconômica em Brasília também aparece em um levantamento mais recente. A Codeplan (Companhia de Planejamento do Distrito Federal) divulgou na 5ª feira (16.abr.2015) o IOH (Índice de Oportunidade Humana) das regiões administrativas.

O índice mede a probabilidade de os moradores terem acesso a 4 serviços básicos: eletricidade, água, saneamento e escolaridade. O bairro Sudoeste, de classe média-alta, teve o melhor IOH: 99,8. Já a região conhecida como Fercal, onde vivem operários de indústrias de cimento e asfalto, o IOH é de 78,3.

 

CULTURA DA REPARTIÇÃO
Há outro elemento difícil de mesurar, mas muito presente do Distrito Federal, que revela a dependência do Estado: a cultura da repartição. É comum ouvir de jovens em Brasília, de todas as classes sociais, que seu maior desejo é passar em um concurso público e garantir a “estabilidade” para o resto da vida.

Existem condições em Brasília que permitiriam uma atividade privada mais pujante: uma grande universidade, a UnB, com 34 mil estudantes de graduação e pós-graduação, o 2º maior aeroporto do país em número de passageiros e índices de educação e saúde acima da média nacional. Esses fatores foram insuficientes para estimular o ânimo empreendedor local.

Brasília é uma cidade “cabeada” para viver do governo, apesar de a sua criação não ter isso como vetor principal. Na década dos 1950s, foram 3 os fatores que levaram Juscelino Kubitschek a defender a construção da nova capital (hoje todos parecem bem curiosos):

1) Segurança: a capital da República no Rio de Janeiro tornava o governo vulnerável a eventuais ataques bélicos externos de alguma força inimiga;

2) Política: tirar o Congresso do Rio de Janeiro obrigaria os deputados e os senadores a “pensar o Brasil” de maneira mais ampla e responsável;

3) Desenvolvimento do interior do país: a capital perto do centro geográfico do Brasil ajudaria a estimular a economia em regiões antes esquecidas.

Como se sabe, o argumento da segurança é quase patético. Já na década de 1950 havia mísseis teleguiados para destruir cidades em qualquer lugar.

Falar que os políticos pensam em como comandar o Brasil de forma melhor em Brasília soa como uma piada de salão.

Por fim, o desenvolvimento da região Centro-Oeste independe de Brasília. A agricultura e a pecuária estão presentes nessa parte do país não por causa da nova capital, mas porque essa era uma fronteira inevitável a ser transposta.

O que sobrou? Só a nova capital, isolada no centro do país, completamente dependente do Estado e sem conseguir alavancar novas atividades econômicas. O problema maior é que há um custo pago por quem não mora em Brasília.

Cálculo feito pelo jornal “O Estado de S.Paulo” apontou que, em 2011, o gasto das 3 esferas da administração pública em Brasília superou a arrecadação local de impostos sobre a produção em R$ 59 bilhões. Quem paga por essa despesa são todos os brasileiros, cujos impostos, em parte, sustentam o sonho de Juscelino Kubitschek no centro do país.

Para efeito de comparação, a cidade de São Paulo arrecadou em impostos sobre a produção, no mesmo período, R$ 62 bilhões a mais do que gastou com o funcionalismo público

Brasília concentra a maior parte do funcionalismo federal. É natural que tenha dispêndios elevados com a máquina pública. Mas para uma cidade que desejava trazer o desenvolvimento para o centro do país, o resultado depois de 55 anos ainda está aquém do que seria a missão inicial.

Com mais de cinco décadas de existência, a capital da República apenas confirma, em parte, aquela triste e velha profecia sobre o Brasil: trata-se de um país que corre o risco de ficar obsoleto antes de ficar pronto.

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No DF, Rollemberg (PSB) tem 28,2% e Agnelo (PT), 19,5%, diz O&P
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Fernando Rodrigues

Pesquisa realizada em 14 a 16.set; margem de erro de 3,09 pontos percentuais

Desistência de Arruda beneficiou Rollemberg; Agnelo ficou estagnado

Ruy Baron/Folhapress - 7.dez.2012

O senador Rodrigo Rollemberg (PSB) (foto) lidera a disputa pelo governo do Distrito Federal com 28,2% das intenções de voto, segundo pesquisa realizada pelo instituto O&P. O governador Agnelo Queiroz (PT) está em segundo lugar, com 19,5%.

O levantamento foi realizado nos dias 14 a 16 de setembro, após o ex-governador José Roberto Arruda (PR), que liderava as pesquisas, desistir da disputa.

Luiz Pitiman (PSDB) pontuou 7,2% e Jofran Frejat (PR), 5,8%. Toninho do PSOL tem 2,6% das intenções de voto e Perci Marrara (PCO), 0,3%. Votos em branco e nulo são 11,1% e indecisos, 25,3%. A margem de erro é de 3,09%, para mais ou para menos.

No segundo turno, Rollemberg venceria Agnelo por 43,6% a 21,5%, segundo a pesquisa O&P. Brancos e nulos são 13,9% e indecisos, 21%.

A saída de Arruda do páreo beneficiou Rollemberg –na última pesquisa Datafolha, feita em 8 a 9 de setembro, o pessebista tinha 18% e estava em empate técnico com Agnelo, que pontuava 19%.

Senado
Na disputa pela única vaga disponível ao Senado, o deputado federal José Antônio Reguffe (PDT) lidera com 37,8% das intenções de voto. Em segundo lugar está o também deputado federal Geraldo Magela (PT), com 15,4%.

O senador Gim Argello (PTB) tem 8,2% e Sandra Quezado (PSDB), 2,1%. Os demais candidatos pontuaram menos de 1%. Brancos e nulos são 8,6% e indecisos, 25,6%.

Presidente
Entre os eleitores do DF, Marina Silva (PSB) lidera com 38,9%. Dilma Rousseff (PT) tem 19,1% e Aécio Neves (PSDB), 17,2%.

Luciana Genro (PSOL) e Pastor Everaldo (PSC) têm 1% cada um. Os demais candidatos não pontuaram. Votos em branco e nulo são 7,3% e indecisos, 14,9%.

A pesquisa do instituto O&P foi custeada por recursos próprios e entrevistou 1.000 eleitores em 14 a 16 de setembro de 2014. Está registrada na Justiça Eleitoral sob o protocolo DF-00050/2014.

P.S. às 20h de 18.set.2014: Pesquisa do Ibope realizada em 16 a 17 de setembro e divulgada na noite desta quinta-feira teve resultado divergente da pesquisa O&P. Segundo o Ibope, Rollemberg tem 28% e Agnelo e Frejat estão empatados com 21% cada um.

Consulte a tabela com as pesquisas disponíveis de todos os institutos para o Distrito Federal nas eleições para governador no 1º turno e 2° turno e para senador.

Este Blog mantém a mais completa página de pesquisas eleitorais da internet brasileira, com levantamentos de todos os institutos desde o ano 2000. É possível consultar os cenários do 1º turno de 2014 para as disputas de presidente, governador e senador e do 2° turno de 2014 para presidente e governador.

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Câmara faz documentário crítico ao estádio de Brasília
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Fernando Rodrigues

Filme chama “Mané de Brasília” e ironiza o governador Agnelo Queiroz, do PT

TV-Camara-Mane

Será lançado neste sábado o documentário “Mané de Brasília”, em tom crítico e irônico a respeito do estádio Mané Garrincha, a arena de Brasília que hospedará jogos da Copa do Mundo da Fifa.

A produção é da Câmara. “Uma equipe da TV Câmara acompanhou mês a mês o que se convencionou chamar de o nascimento de um gigante”, diz o texto de divulgação.

O presidente da Câmara é o deputado federal Henrique Alves (PMDB-RN). O governador de Brasília, Agnelo Queiroz (PT), aparece no trailer do documentário sendo ridicularizado quando faz a seguinte declaração: “Vamos fazer, seguramente, um dos estádios mais baratos do Brasil”.

O Mané Garrincha custou cerca de R$ 1,5 bilhão e foi o mais caro do Brasil entre os construídos para a Copa do Mundo. Eis o trailer do filme, cujo nome é também uma ironia, brincando com a palavra “Mané”, sinônimo de otário em várias partes do país:

Abaixo, o documentário na íntegra:

FICHA TÉCNICA: “Mané de Brasília” é dirigido por Dulcídio Siqueira Neto, com imagens de Edson Cordeiro e montagem de Guem Takenouchi. Duração: 75 minutos.

A estreia na programação da TV Câmara será no dia 31 de maio, às 21h.

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Arruda lidera disputa pelo governo em Brasília
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Fernando Rodrigues

Ex-governador tem 22,9% das intenções de voto

Agnelo (PT) perde dos 2 principais adversários no 2º turno

No DF, Dilma Rousseff e Aécio Neves estão empatados

Sérgio Lima/Folhapress - 11.abr.2014

O ex-governador José Roberto Arruda (PR) (foto) lidera a disputa pelo governo do Distrito Federal, segundo pesquisa realizada pelo instituto O&P Brasil.

Arruda tem 22,9% das intenções de voto. Em segundo está o atual governador Agnelo Queiroz (PT), com 15,8%. Em terceiro vem o senador Rodrigo Rollemberg (PSB), com 8,7%. A margem de erro é de 3,09 pontos percentuais, para mais ou para menos.

No segundo turno, Agnelo perderia para seus 2 principais adversários. Contra Arruda, teria 22,2% dos votos contra 34,9% do ex-governador. Se enfrentasse Rollemberg, ficaria com 21,3% dos votos, enquanto o pessebista teria 28,1%.

Em um hipotético segundo round eleitoral, Agnelo bateria apenas o deputado Luiz Pitiman (PSDB), por uma diferença estreita de 3,7 pontos percentuais (22,1% contra 18,4%). No primeiro turno, Pitiman tem apenas 4,2% das intenções de voto.

Agnelo tem no momento alta rejeição: 47,1% dos moradores do DF não votariam nele “de jeito nenhum”, segundo a pesquisa. Somada aos 15,1% dos eleitores que dizem rejeitar todos os pré-candidatos, a taxa sobe para 62,2%.

A rejeição específica a Arruda é de 22,9%, menos que a metade da taxa do petista. Incluídos os que rejeitam todos os pré-candidato, sobe para 38%.

José Roberto Arruda é um político que já enfrentou dois grandes escândalos éticos na sua carreira política. Primeiro, quando era senador pelo PSDB de Brasília, renunciou ao mandato em 2001 depois de se envolver num rumoroso caso de violação do sigilo do painel de votação da Casa.

O escândalo mais recente no qual Arruda se envolveu ficou conhecido como “mensalão do DEM”. Ele foi filmado recebendo dinheiro em espécie. Acusado de chefiar um esquema de distribuição de propina no Distrito Federal, acabou preso por 2 meses no início de 2010, mesmo sendo governador de Brasília. À época, ele já havia deixado o seu partido (o Democratas) para evitar a expulsão. Com base nessa deserção, o Tribunal Regional Eleitoral local cassou seu mandato por infidelidade partidária.

Apoio de padrinhos

A pesquisa do instituto O&P Brasil investiga também o apoio de padrinhos políticos aos pré-candidatos a governador de Brasília. Esses apoios serão usados por todos após o início da propaganda eleitoral de rádio e TV, em 6 de julho. A partir dessa data, Arruda, Rollemberg e Agnelo poderão aparecer ao lado de seus aliados políticos.

Considerados esses apoios, os 3 nomes aparecem tecnicamente empatados: Arruda com apoio do também ex-governador Joaquim Roriz (PRTN) cairia para 19,3%. Rollemberg com o incentivo declarado de Reguffe, Marina Silva e Eduardo Campos subiria para 19,2%. Agnelo, se colocado ao lado do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e da presidente Dilma Rousseff, subiria para 18,5% das intenções de voto.

O maior beneficiado pela força de seus apoiadores é Rollemberg, que ganha 10,5 pontos percentuais quando eles são lembrados. Arruda sobe apenas 2,7 pontos percentuais (tabela abaixo).

pesquisadf

Honestidade x capacidade de gestão

Apesar de liderar a atual pesquisa, a situação de Arruda não é confortável. Seu passado marcado por atitudes pouco éticas tem impacto na opinião dos eleitores do Distrito Federal.

Ser ético e honesto é o atributo mais importante para um futuro governador, segundo os eleitores de Brasília. Essa característica está no topo das prioridades para 46,9% dos moradores do DF. Demonstrar capacidade para resolver os problemas da cidade é o traço mais valorizado por 22,3%.

Outros cargos

Na disputa para presidente da República, Dilma Rousseff (PT) e o senador Aécio Neves (PSDB) aparecem tecnicamente empatados, com 25,5% e 25,3% das intenções de voto, respectivamente. Eduardo Campos (PSB) está em terceiro, com 17,3%. O senador Randolfe Rodrigues (PSOL) tem 2,7%.

A pesquisa tem um problema metodológico: não inclui todos os pré-candidatos a presidente hoje conhecidos, como o pastor Everaldo (PSC), Eduardo Jorge (PV) e José Maria (PSTU).

A corrida à única vaga disponível para o Senado é liderada pelo deputado federal Reguffe (PDT), com 30,3% das intenções de voto. Em segundo lugar está o também deputado Magela (PT), com 13,8%.

Metodologia

O instituto O&P Brasil realizou 1.000 entrevistas presenciais no Distrito Federal nos dias 16 a 20 de maio de 2014, custeadas por recursos próprios. A margem de erro é de 3,09 pontos percentuais. O levantamento está registrado no TRE- DF sob o nº DF-00009/2014 e no TSE sob nº BR- 00118/2014.

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Poder e Política na semana – 26.mai a 1º.jun.2014
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Fernando Rodrigues

Nesta semana, Dilma reúne-se com empresários e se engaja nas campanhas estaduais e o Congresso deve instalar a CPI mista da Petrobras.

A presidente Dilma Rousseff lança na manhã desta 2ª feira o Plano Safra para a agricultura familiar. À noite, recebe os integrantes do Bom Senso F.C., no Palácio do Planalto. Na 3ª feira, Dilma reúne-se com Robson Andrade, presidente da Confederação Nacional da Indústria, e janta com o vice-presidente Michel Temer e candidatos do PMDB aos governos estaduais, no Palácio do Jaburu. Na manhã de 4ª feira, a presidente reúne-se com empresários em Brasília e, à tarde, em SP, entrega veículos na capital paulista e participa de cerimônia de 10 anos do programa “Brasil sorridente” em São Bernardo do Campo. Na 5ª feira, Dilma lança a 3ª fase do programa Minha Casa, Minha Vida e, à tarde, inaugura terminal de ônibus expresso no DF, ao lado do governador Agnelo Queiroz. Na 6ª feira, Dilma viaja para Minas para entregar máquinas agrícolas em Poços de Caldas e inaugurar obras viárias em Belo Horizonte. À noite, acompanhada do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, participa de evento em apoio a Fernando Pimentel, pré-candidato petista ao governo local. No domingo, Dilma vai ao Rio para entregar unidades do Minha Casa, Minha Vida e inaugurar o BRT Transcarioca, ao lado do governador Luiz Fernando Pezão.

Aécio Neves, pré-candidato do PSDB a presidente da República, reúne-se com Geraldo Alckmin, governador de SP, no Palácio dos Bandeirantes, nesta 2ª feira.

O pré-candidato do PSB a presidente da República, Eduardo Campos, é entrevistado do programa Roda Viva, da TV Cultura, nesta 2ª feira. Na 3ª feira, Campos reúne-se com representantes da indústria farmacêutica em SP. Na 6ª feira, o pessebista concede entrevista ao programa É Notícia, da RedeTV, e coletiva de imprensa a jornais do interior de SP. No sábado, acompanhado de sua candidata a vice Marina Silva, participa de encontro regional da aliança PSB-Rede-PPS em Goiânia. Em seguida, Campos viaja para o sertão cearense e participa de eventos em Barbalha e Juazeiro do Norte.

Na 3ª feira, o Congresso Nacional deve instalar a CPI mista da Petrobras. À noite, sessão conjunta do Congresso analisa 14 vetos da presidente Dilma. Na mesma data, Graça Foster, presidente da Petrobras, é ouvida pela CPI da Petrobras do Senado.

Na 4ª feira, 2 fatos de relevância econômica. O Comitê de Política Monetária do Banco Central anuncia a nova taxa básica de juros, a Selic, no momento em 11% ao ano –a expectativa do mercado é a manutenção da taxa. E o Supremo Tribunal Federal retoma julgamento com impacto em cerca de 400 mil ações que pedem a reposição de perdas na poupança durante os planos econômicos.

A semana também será decisiva para os deputados envolvidos com o doleiro Alberto Youssef. Na 4ª feira, Luiz Argôlo (SDD-BA) deve apresentar sua defesa a seu partido, o Solidariedade, que avalia expulsá-lo. Na 5ª feira, André Vargas (sem partido-SP), apresenta sua defesa ao Conselho de Ética da Câmara em processo que pode resultar na sua cassação.

Além disso, diversas categorias de trabalhadores ameaçam fazer paralisações.

Eis, a seguir, o drive político da semana. Se tiver algum reparo a fazer ou evento a sugerir, escreva para frpolitica@gmail.com. Atenção: esta agenda é uma previsão. Os eventos podem ser cancelados ou alterados.

 

2ª feira (26.mai.2014)
Dilma e agricultura familiar – presidente Dilma Rousseff lança o Plano Safra para a agricultura familiar. Às 10h, no Palácio do Planalto.

Dilma e futebol – em seguida, Dilma reúne-se com os integrantes do Bom Senso F.C., movimento de jogadores de futebol que cobram melhorias no esporte.

Aécio e Alckmin – Aécio Neves, pré-candidato do PSDB a presidente da República, reúne-se com Geraldo Alckmin, governador de SP, no Palácio dos Bandeirantes.

Campos no Roda Viva – Eduardo Campos, pré-candidato do PSB a presidente, é entrevistado no programa Roda Viva, da TV Cultura.

Chioro em SP – Arthur Chioro, ministro da Saúde, participa de almoço-debate promovido pelo Lide (Grupo de Líderes Empresariais)

Greve no IBGE – servidores do instituto iniciam greve por reajuste salarial e plano de carreira.

Ônibus em SP – Tribunal Regional do Trabalho julga legalidade da paralisação de motoristas de ônibus municipais da capital paulista e há riscos de retomada do movimento.

Manifestações e partidos – Câmara dos Deputados promove seminário sobre o papel dos partidos políticos e as manifestações populares –“E O Povo Foi às Ruas… Repensando o Papel dos Partidos Políticos”.

Racismo no futebol – Prefeitura de SP realiza debate “Por uma Copa e um legado sem racismo”, com especialistas e jogadores que já foram vitimas de preconceito. Na capital paulista.

Atendimento no SUS – Supremo Tribunal Federal promove audiência pública sobre a chamada “diferença de classe” no internamento hospitalar pelo Sistema Único de Saúde (SUS) –possibilidade de melhoria no tipo de acomodação do paciente e a contratação de profissional de sua preferência mediante o pagamento da diferença. O ministro Dias Toffoli é relator de ação que tenta legalizar a prática.

Prisões de Goiás – Conselho Nacional de Justiça inicia mutirão carcerário em Goiás. Até o dia 10.jun.2014, serão inspecionadas unidades prisionais e examinados os processos de presos provisórios e de condenados.

PSD e o agronegócio – legenda promove seminário sobre o agronegócio. Com transmissão pela internet.

Seleção no Rio – seleção brasileira de futebol inicia concentração em Teresópolis, na região serrana do Rio.

Papa em Israel – papa Francisco vista o Muro das Lamentações, em Jerusalém, e encontra-se com Shimon Peres, presidente de Israel, e Binyamin Netanyahu, premiê do país.

Egito vota – país do Oriente Médio elege seu novo presidente.

 

3ª feira (27.mai.2014)
Dilma e Andrade – presidente Dilma Rousseff reúne-se com Robson Andrade, presidente da Confederação Nacional da Indústria.

Dilma e o PMDB – à noite, Dilma e o vice-presidente Michel Temer recebem os candidatos do PMDB aos governos estaduais em jantar no Palácio do Jaburu. Do Rio, devem ir o governador Luiz Fernando Pezão, o prefeito Eduardo Paes e o ex-governador Sérgio Cabral (foto abaixo).

Alan Marques/Folhapress - 8.out.2012

Campos e a Indústria Farmacêutica – Eduardo Campos, pré-candidato do PSB a presidente da República, reúne-se com a Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa. Em SP.

CPI mista da Petrobras – Renan Calheiros, presidente do Senado, deve designar os congressistas para as vagas em aberto da comissão, que cumpre todos os requisitos para ser instalada. A oposição pressiona por sua instalação imediata.

CPI da Petrobras – Comissão do Senado pode votar requerimento para quebrar os sigilos fiscal e telefônico de pessoas supostamente envolvidas em fraudes na empresa, como o ex-diretor Paulo Roberto Costa.

Foster no Senado – CPI do Senado sobre a Petrobras ouve Graça Foster, presidente da estatal. Às 10h15.

Janot no Senado – Rodrigo Janot, procurador-geral da República, participa de audiência pública sobre o projeto do novo Código Penal. No Senado, às 9h.

Bernardo no Senado – Paulo Bernardo, ministro das Comunicações, participa de audiência pública sobre a qualidade do serviço de telefonia móvel. No Senado, às 10h.

Congresso analisa vetos – sessão do Congresso Nacional analisa 14 vetos da presidente Dilma Rousseff. Os principais vetos são a projeto de lei que permite a criação de novos municípios e a dispositivos da minirreforma eleitoral.

Taxa Selic – Comitê de Política Monetária do Banco Central se reúne para definir a nova taxa básica de juros, a Selic, hoje em 11% ao ano. A reunião termina na 4ª feira (28.mai.2014).

Greve nas universidades paulistas – professores e servidores de USP, Unesp e Unicamp entram em greve contra a ausência de reajuste salarial neste ano.

Lages no Rio – Vinicius Lages, ministro do Turismo, e Luiz Fernando Pezão, governador do Rio, abrem seminário sobre turismo e grandes eventos no Brasil. No Rio.

Moura e PCC – diretório paulista do PT discute informação de que o deputado estadual Luiz Moura teria se reunido com integrantes da facção criminosa PCC e estuda pedir explicações.

Trabalho escravo – plenário do Senado pode votar Proposta de Emenda Constitucional que determina a expropriação das terras nas quais se verifica a exploração de trabalho escravo. Essas áreas seriam destinadas à reforma agrária e a programas de habitação popular.

Paralisações em SP – 9.800 metroviários podem decretar paralisação em São Paulo. Professores municipais marcam manifestação.

Ônibus no Rio – Motoristas e cobradores de ônibus do Rio dissidentes do sindicato discutem possível greve. Audiência no Ministério Público do Trabalho discute o tema.

Hidrelétricas no Brasil – Banco Mundial realiza seminário sobre a importância das barragens para o abastecimento de água e geração de energia no Brasil. Em Brasília.

Brasil e Argentina – representantes dos governos dos dois países reúnem-se em Buenos Aires para discutir a prorrogação do acordo automotivo bilateral.

Tramas do futebol – Amaury Ribeiro Jr e Leandro Cipoloni lançam o livro “O lado sujo do futebol”, no Shopping Pátio Brasil, em Brasília. O deputado Romário (PSB-RJ) participa. Às 19h.

Dívida pública – Tesouro divulga resultado de abril da divida pública federal.

Construção Civil – FGV divulga o Índice Nacional da Construção Civil de maio e a Sondagem da Construção.

Comércio – FGV divulga sua Sondagem do Comércio.

PSC na TV – legenda tem 5 minutos de propaganda em rádio e televisão, divididos em inserções de 30 segundos ou 1 minuto.

 

4ª feira (28.mai.2014)
Dilma com empresários – presidente Dilma Rousseff reúne-se com empresários no Palácio do Planalto, às 10h. Guido Mantega, ministro da Fazenda, pode participar. Há expectativa que Dilma anuncie a permanência da desoneração da folha.

Dilma em SP – à tarde, Dilma entrega veículos do programa “Viver sem limites” na capital paulista e participa de cerimônia de 10 anos do programa “Brasil sorridente”, em São Bernardo do Campo. À noite, vai a encontro com a comunidade judaica, na capital paulista, inicialmente previsto para a semana passada.

Taxa Selic – Comitê de Política Monetária do Banco Central anuncia no final do dia a nova taxa básica de juros, a Selic, no momento em 11% ao ano. A expectativa do mercado é a manutenção da taxa.

STF julga planos econômicos – Supremo Tribunal Federal retoma julgamento com impacto em cerca de 400 mil ações que pedem a reposição de perdas na poupança durante os planos econômicos Bresser (1987), Verão (1989), Collor 1 (1990) e Collor 2 (1992). O julgamento foi interrompido há 6 meses. Três dos 11 ministros (Cármen Lúcia, Luiz Fux e Luís Roberto Barroso) se declararam impedidos de votar.

Argôlo e Youssef – prazo limite dado pelo Solidariedade para que o deputado Luiz Argôlo (BA) apresente defesa sobre sua relação com o doleiro Alberto Yousseff. A legenda cogita expulsá-lo, caso o deputado não se desfilie peça licença do mandato.

Plano Nacional de Educação – plenário da Câmara pode votar as emendas do Senado ao Plano Nacional de Educação. A mais importante determina que o governo invista 10% do PIB no setor no prazo de 10 anos.

Novos municípios – Câmara pode votar projeto de lei que cria novas regras para criação e fusão de municípios em substituição ao projeto vetado pela presidente Dilma Rousseff.

Portos – 42 mil estivadores ameaçam parar 36 portos no país.

Energia em SP – Instituto dos Advogados de SP promove debate sobre crise energética e políticas públicas para o setor elétrico. Com os deputados estaduais tucanos Bruno Covas e Fernando Capez.

Padilha em Ribeirão – Alexandre Padilha, pré-candidato do PT ao governo de SP, debate desenvolvimento regional em Ribeirão Preto.

Indústria – IBGE divulga seu Índice de Preços ao Produtor – Indústrias de Transformação. FGV apresenta a Sondagem da Indústria.

Serviços – FGV divulga a Sondagem dos Serviços.

Emprego – Dieese apresenta pesquisa de emprego e desemprego.

 

5ª feira (29.mai.2014)
Dilma e a moradia – presidente Dilma Rousseff lança a 3ª fase do programa Minha Casa, Minha Vida, em cerimônia no Palácio do Planalto. Às 10h.

Dilma e Agnelo – à tarde, Dilma e Agnelo Queiroz, governador do DF, inauguram terminal de ônibus expresso em Santa Maria.

Vargas e Youssef – data limite para o deputado André Vargas (sem partido-SP) apresentar sua defesa ao Conselho de Ética da Câmara sobre suas relações com o doleiro Alberto Youssef.

Maconha medicinal – Anvisa deve liberar a importação do canabidiol (um dos compostos da maconha) para uso medicinal em casos específicos.

Protestos  – movimentos sociais podem fazer nova edição da “Quinta vermelha”.

Renúncia fiscal – Ipea lança “Boletim de Análise Político-Institucional” no Rio com dados sobre o volume de renúncia fiscal por deduções em gastos com planos de saúde por pessoas físicas e empregadores. Em 2000 a 2011, o volume teria saltado de R$ 4,7 bi para R$ 7,7 bi.

Digitalização do cinema – Ancine realiza primeira reunião de câmara técnica composta por profissionais do mercado cinematográfico para discutir a digitalização e a distribuição de cinema no país.

STF julga políticos – está na pauta do Supremo a análise de inquéritos contra os deputados Beto Mansur (PRB-SP) e Oziel Alves (PDT-BA).

Entrevista com Ronaldo – ex-jogador da seleção brasileira e integrante do comitê organizador da Copa é sabatinado pela “Folha”. No Teatro Folha, em SP.

Inflação – FGV divulga o IGP-M de maio.

PTB na TV – legenda apresenta programa em rede nacional de rádio e televisão. No rádio, das 20h às 20h10, e na TV, das 20h30 às 20h40.

PSC na TV – legenda tem 5 minutos de propaganda em rádio e televisão, divididos em inserções de 30 segundos ou 1 minuto.

 

6ª feira (30.mai.2014)
Dilma em Minas – presidente Dilma Rousseff entrega máquinas agrícolas em Poços de Caldas e inaugura obras viárias em Belo Horizonte.

Dilma, Lula e Pimentel – à noite, Dilma e o ex-presidente Lula participam de evento em apoio a Fernando Pimentel, pré-candidato petista ao governo de Minas. Em Belo Horizonte.

Campos na TV – Eduardo Campos, pré-candidato do PSB a presidente da República, participa do programa É Notícia, da RedeTV. À tarde, Campos concede coletiva de imprensa a cerca de 30 jornais do interior de SP, em Osasco.

PIB – IBGE divulga resultado do Produto Interno Bruto brasileiro no primeiro trimestre.

Mobilidade urbana – Movimento anti-Copa faz ato por melhorias no transporte em SP.

Ditadura e escolas – Comissão Nacional da Verdade promove audiência pública sobre a relação entre ditadura e educação. Entre os temas discutidos, está o ensino de história sobre o regime militar. Na Assembleia Legislativa de SP.

Banco do Brasil na China – data prevista para abertura da primeira agência do banco na China, em Xangai.

Kotscho, 50 anos de jornalismo – Escola de Comunicações e Artes da USP promove homenagem a Ricardo Kotscho pelos seus 50 anos de atividade como jornalista. Bate-papo terá a participação de Clovis Rossi, Audálio Dantas e Eliane Brum. Na ECA-USP.

Marketing político –marqueteiro Chico Santa Rita lança livro “Batalha final” sobre campanhas eleitorais, em Brasília. Às 16h, no Centro de Eventos e Treinamentos da CNTC.

 

Sábado (31.mai.2014)
Campos e Marina em Goiânia – Eduardo Campos, pré-candidato do PSB a presidente da República, e Marina Silva, pré-candidata a vice e líder da Rede, participam de encontro regional programático da aliança PSB-Rede-PPS em Goiânia. À tarde, Campos viaja para o sertão cearense e participa de eventos em Barbalha e Juazeiro do Norte.

Padilha e Marinho – Alexandre Padilha, pré-candidato do PT ao governo de SP, participa de festa de aniversário de Luiz Marinho, prefeito de São Bernardo do Campo.

Evangélicos no Rio – pastor Silas Malafia comanda “Marcha para Jesus” no Rio de Janeiro. A prefeitura do Rio liberou R$ 2,5 milhões para o evento.

Aeroporto em Natal – Inauguração do aeroporto de São Gonçalo do Amarante, em Natal, administrado pelo consórcio Inframérica.

Decolagens em Cumbica – aeroporto de Cumbica, em Guarulhos (SP), começa a autorizar a realização de duas decolagens simultâneas, usando a pista maior e a menor. Objetivo é reduzir a fila de aeronaves no pátio.

PP na TV – legenda tem 5 minutos de propaganda em rádio e televisão, divididos em inserções de 30 segundos ou 1 minuto.

 

Domingo (1º.jun.2014)
Dilma no Rio – presidente Dilma Rousseff entrega unidades do Minha Casa, Minha Vida e inaugura o BRT Transcarioca ao lado de Luiz Fernando Pezão, governador do Rio, acompanha.

Paralisação na PF – servidores da Polícia Federal ameaçam paralisar atividades. Decisão do Superior Tribunal Justiça proibiu a realização de greve durante a Copa do Mundo.

Teste no Itaquerão – Corinthians enfrenta o Botafogo no Itaquerão, no último teste do estádio antes da Copa do Mundo.

Ingressos para a Copa – Fifa coloca à venda mais um lote de ingressos da Copa para partidas em Curitiba, Cuiabá, Porto Alegre e São Paulo.

 

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Inaugurada há 22 meses, torre de TV digital de Brasília ainda não funciona
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Fernando Rodrigues

A torre de TV digital de Brasília, inaugurada há 22 meses, desempenha até hoje apenas um objetivo estético: embelezar o horizonte da capital. Nenhuma onda eletromagnética é emitida do monumento, erguido ao custo de R$ 80 milhões.

Projetada por Oscar Niemeyer (1907-2012), a torre ganhou o apelido de “Flor do Cerrado” devido à sua forma. Está em uma colina a 12 quilômetros do centro da cidade e tem 170 metros de altura, equivalente a um prédio de 55 andares. Pode ser observada de longe.

As obras começaram em 2009, no governo de José Roberto Arruda. O plano era inaugurá-la no cinquentenário de Brasília, em abril de 2010. Ficou pronta 2 anos depois, na gestão Agnelo Queiroz.

A segunda meta, transmitir o sinal digital na Copa das Confederações, em junho de 2013, também não se confirmou. Faltavam geradores de energia, ar-condicionado nos boxes de equipamentos e espaço para os cabos que conduzem o sinal ao topo da torre.

As emissoras de TV buscaram alternativas. Record, Bandeirantes e SBT obtiveram uma autorização provisória do governo para instalar seus transmissores digitais na antiga torre de TV, ao lado dos equipamentos analógicos. Como estão em um espaço congestionado, operam em potência reduzida. A Globo recorreu a uma antena da CEB (Companhia Elétrica de Brasília) na cidade-satélite de Sobradinho.

Os sucessivos atrasos têm 2 motivos comuns às obras públicas brasileiras: falta de continuidade administrativa e erros de projeto e execução.

Entre José Roberto Arruda, que iniciou a construção da torre e acabou cassado pela Justiça, e Agnelo Queiroz, o Distrito Federal teve 3 governadores em 11 meses: Paulo Octávio, Wilson Lima e Rogério Rosso.

A “Flor do Cerrado” também foi inaugurada sem itens básicos, como o leito de cabos –espaço por onde passam os fios que conectam os transmissores, no alto da antena, aos equipamentos das emissoras, instalados no térreo.

“A obra custou a ficar pronta e houve alguns erros de execução”, diz Flávio Lara, presidente da Avec (Associação dos Veículos de Comunicação do DF). “Muita gente mexeu no projeto, começou no governo Arruda e veio até o Agnelo”, afirma.

A Terracap, empresa do governo do DF responsável pelas obras, diz estar finalizando os últimos detalhes da torre e que os problemas são “tratados diretamente” com os engenheiros das emissoras.

Em fevereiro de 2013, o local chegou a servir de cenário para que o PMDB fizesse um de seus programas partidários, com os peemedebistas falando a partir do ambiente “futurista” da edificação.

A estatal brasiliense garante que a antena transmitirá o sinal digital antes da abertura da Copa do Mundo, daqui a 4 meses. O presidente da Avec tem a mesma meta: “Estaremos lá na Copa. Se Deus quiser”.

(Bruno Lupion)

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Agnelo quer comprar 27 mil garrafas térmicas, 1 para cada 5 servidores
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Fernando Rodrigues

Pedro Ladeira/Folhapress - 1.ago.2013

O GDF (Governo do Distrito Federal), comandado por Agnelo Queiroz (PT), pretende comprar 27 mil garrafas térmicas para suas repartições a um custo total de quase R$ 1 milhão.

Na média, é uma nova garrafa para cada 4,8 servidores. Em 2012 –último dado disponível– o GDF tinha 130 mil funcionários públicos na ativa.

O edital 29/2014 busca 4 modelos de garrafas: 12.646 unidades feitas em inox com 1 litro de capacidade (R$ 40,50 cada), 7.603 de plástico com 1,8 litro de capacidade (R$ 37,50 a peça), 3.786 de plástico para 500 ml (R$ 12,66) e 2.806 modelos resistentes a queda com 5 litros de capacidade (por R$ 19,90).

O pregão eletrônico foi aberto na sexta-feira (14.fev.2014), conforme revelou reportagem da Rádio CBN de Brasília.

Não houve lances vencedores para os modelos de inox de 1 litro e resistente a queda de 5 litros, pois as empresas pediram valores superiores ao máximo estipulado pelo governo. Mas a compra dos outros 2 modelos teve ofertas vencedoras. Serão 11.389 garrafas, no valor total de R$ 333 mil.

Ao responder à publicação da notícia, o GDF afirmou que o pregão é destinado à consulta de preços e que as garrafas serão compradas de acordo com a conveniência e o orçamento disponível.

O GDF é um prodígio nas licitações públicas. Em 2013, o governo Agnelo decidiu comprar 17 mil capas de chuva para serem usadas pela Polícia Militar durante a Copa das Confederações e a Copa do Mundo, pela bagatela de R$ 310 a unidade. Ocorre que as competições ocorrem nos meses de junho e julho, época de seca em Brasília. Após a repercussão negativa, a compra foi cancelada.

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Construção do Mané Garrincha teve impacto negativo na imagem de Agnelo, diz pesquisa
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Fernando Rodrigues

A construção do Estádio Nacional Mané Garrincha, em Brasília, tende a piorar a opinião da população sobre o governo de Agnelo Queiroz (PT), segundo pesquisa do instituto O&P Brasil.

Para 32% dos entrevistados, o gasto de R$ 1,5 bilhão na arena piora a imagem do governador do Distrito Federal. É praticamente o dobro dos 16,4% que responderam que a inauguração do estádio melhora a imagem do governo. Para 47,9%, a construção do Mané Garrincha não altera sua percepção sobre o mandato de Agnelo.

Foram entrevistadas 1.000 pessoas, no período de 6 a 10 de junho. A margem de erro é de 3,1 pontos percentuais, para mais ou para menos. A pesquisa foi custeada pelo próprio instituto O&P.

Detalhe relevante: os dados foram coletados antes da onda de protestos dos indignados brasileiros contra aumento de tarifa de ônibus e contra as obras da Copa. Ou seja, não é desprezível a chance de o cenário ter piorado para Agnelo.

O levantamento também mostra que o governador de Brasília lidera com ampla margem o ranking de rejeição para governador do DF e perderia a eleição de 2014 em todos os cenários simulados. Em 2 deles, ficaria de fora do 2ª turno.

Agnelo não receberia o voto “de jeito nenhum” de 39,7% dos entrevistados. Em 2º lugar no índice de rejeição, está o ex-governador Joaquim Roriz (PMDB), com 24,7%.

O instituto traçou 5 cenários de disputa para o governo do DF, em pesquisa estimulada. Em 4 deles, o vencedor do 1º turno seria o senador Rodrigo Rollemberg (PSB), com 18,1% a 20,8% da intenções de voto. Rollemberg só perderia para a Roriz, que alcançou 27,2%.

Roriz, aliás, é o político que tem o melhor desempenho entre todos na pesquisa.

O deputado federal Reguffe (PDT) pontua 17% das intenções de voto, contra 18,1% de Rollemberg. Nos cenários com Roriz ou Reguffe na disputa, Agnelo estaria fora do 2º turno.

E talvez o dado mais eloquente seja o enorme universo de eleitores de Brasília que não deseja, pelo menos por enquanto, votar em nenhum dos pré-candidatos. A taxa dos que rejeitam todos varia de 35,1% a 47,6%.

Abaixo, a tabela com todos os cenários pesquisados:

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70% reprovam Agnelo (PT), governador de Brasília
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Fernando Rodrigues

Pesquisa do O&P mostra que petista não seria reeleito hoje na capital federal.

O governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz (PT), bateu recorde de desaprovação, segundo pesquisa do instituto O&P Brasil feita de 24 a 27.nov.2012 com 800 entrevistados. O estudo mostra que o petista é desaprovado por 70,3% da população da capital –maior índice registrado desde que a pesquisa começou a ser feita em maio de 2011.

Naquela 1ª pesquisa, 36,5% diziam desaprovar o governo recém-iniciado de Agnelo. Na 2ª pesquisa, de ago.2011, o governador foi rejeitado por 45,3% dos entrevistados. Em nov.2011, por 67,1%. Em mar.2012, por 65,5%.

O instituto também afirma que cresceu, desde mai.2011, o percentual de pessoas que avaliam negativamente o governo de Brasília. Essa taxa era 34% em mai.2011 e subiu para 45,2% em ago.2011. No levantamento seguinte, de nov.2011, também cresceu: 64%. Em mar.2012, foi 59,4%. E, agora, em nov.2012, chegou a 60,2%.

Brasília é uma das unidades da Federação mais ricas do Brasil. O orçamento anual da capital federal é de mais de R$ 20 bilhões, sendo que cerca de R$ 10 bilhões caem de mão beijada nos cofres da cidade: são fruto do Fundo Constitucional do Distrito Federal (dinheiro dos impostos de todos os brasileiros para sustentar o município). Ainda assim, apesar dessa fartura orçamentária, a cidade sofre com transporte público precário e sistema de saúde ruim.

A pesquisa do O&P (disponível aqui, na íntegra) simulou ainda 3 cenários possíveis na próxima eleição para governador do Distrito Federal, que acontecerá em 2014. Agnelo perde em todos e o senador Rodrigo Rollemberg (PSB) aparece em vantagem.

O 1º cenário é:

Rodrigo Rollemberg (PSB) – 20,4%
Toninho (PSOL) – 15,6%
Agnelo (PT) – 10,6%
Fraga (DEM) – 10,4%
Valmir Campelo – 6%
Nenhum  – 26,6%
Não sabem/não responderam – 10,4%

Como a pesquisa tem margem de erro de 3,5 pontos percentuais para mais ou para menos, o senador Rollemberg e Toninho do PSOL estão tecnicamente empatados –a diferença entre eles não supera a variação que o erro pode ocasionar em seus percentuais.

O 2º cenário:

Rodrigo Rollemberg (PSB) – 26%
Eliana Pedrosa (PSD) – 19,6%
Agnelo (PT) – 11,1%
Nenhum – 33,8%
Não sabem/não responderam – 9,5%

O 3º cenário:

Rodrigo Rollemberg (PSB) – 31,3%
Agnelo (PT) – 12,6%
Luiz Pitiman (PMDB)  – 8,5%
Nenhum – 35,8%
Não sabem/não responderam – 11,9%

O instituto O&P Brasil pertence ao sociólogo Fernando Jorge, irmão de Eduardo Jorge, um dos vice-presidentes do PSDB e ex-secretário-geral da Presidência no governo FHC. Fernando Jorge também é filiado ao PSDB. Seu instituto de pesquisas, no entanto, trabalha para diversas instituições e partidos. Entre os clientes do O&P, afirma, estão agências contratadas pelo atual governo do Distrito Federal –que solicitaram estudos de avaliação da comunicação do governador Agnelo– e o PSB, de Rollemberg. Na eleição de 2012, o instituto prestou serviços para o PP e o PSDB. Em 2010, para o PT e o PSC. Segundo Fernando Jorge, a pesquisa periódica de avaliação do governo é feita por iniciativa e com recursos próprios do O&P.

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