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Comissão de Ética da Presidência penalizou 5 ministros em 16 anos
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Fernando Rodrigues

Sanções foram feitas pela pela comissão no governo Dilma

BRASÍLIA, DF, BRASIL, 22-11-2016 O ministro da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima, recebendo apoio dos líderes da base governistas para que continue exercendo sua função no Palácio do Planalto. Foto: Sérgio Lima / PODER 360.

O ex-ministro da Secretaria de Governo Geddel Vieira Lima

A Comissão de Ética Pública da Presidência da República aplicou penalidades a 5 ministros de Estado desde que realizou sua 1ª reunião há mais de 16 anos, em meados dos anos 2000.

A reportagem é do Poder360 e as informações são do repórter Luiz Felipe Barbiéri.

Encarregado de avaliar o comportamento do ex-ministro Geddel Vieira Lima, que deixou a Secretaria de Governo na última 6ª feira (26.nov), o colegiado não costuma ser muito duro. Na verdade, não tem a prerrogativa de demitir ninguém. Apenas aplica uma advertência e, nos casos mais graves, recomenda a exoneração do servidor.

Os 5 ministros que sofreram algum tipo de sanção da comissão são Carlos Lupi (Trabalho e Emprego), Antonio Palocci (Casa Civil), Alfredo Nascimento (Transporte), Wagner Rossi (Agricultura) e Garibaldi Filho (Previdência Social).

Todos eram ministros de Dilma Rousseff ao sofrerem a sanção. Lupi foi o único a ter a demissão sugerida. O processo contra Lupi analisou acusações de que ONG’s  ligadas ao seu partido, o PDT, teriam desviado dinheiro do Ministério do Trabalho. Leia a ata da reunião.

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Presidente nacional do PDT, Lupi apontou “uma vendeta” do então presidente da Comissão, Sepúlveda Pertence, que foi advogado de Leonel Brizola. Seu antecessor no comando do partido, Brizola responsabilizava Pertence por ter perdido o registro da sigla PTB para Ivete Vargas. O pedetista afirmava: “a quem pertence, este Pertence? Será ao Golbery?”, numa alusão ao poderoso chefe da Casa Civil da ditadura militar Golbery do Couto e Silva.

Além do caso Geddel Vieira Lima, estão em tramitação na Comissão processos contra os atuais ministros da Justiça, Alexandre de Moraes, e da Saúde, Ricardo Barros. Na próxima sessão os membros do colegiado decidirão se abrem processo contra o ministro Eliseu Padilha (Casa Civil).

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Transportes vai priorizar ponte no Sul e BR no Nordeste
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Fernando Rodrigues

Maurício Quintella fala em  pouca capacidade para investir

Novo ministro quer ampliar as privatizações e concessões

Alagoano é ligado a Eduardo Cunha e Valdemar Costa Neto

Sobre Valdemar: “Possui força e ascendência na sigla”

Eduardo Cunha: “Ele ainda não foi condenado a nada”

Maurício Quintella Lessa (PR-AL), ministro dos Transportes do governo de Michel Temer

Maurício Quintella Lessa (PR-AL), ministro dos Transportes do governo de Michel Temer

 

O novo ministro dos Transportes, Maurício Quintella (PR-AL), afirma que as prioridades imediatas de sua pasta serão a retomada das obras na ponte do rio Guaíba, no Rio Grande do Sul, e a duplicação da BR-101, que passa pelos Estados de Alagoas, Sergipe e Bahia.

Duas coincidências: 1) Quintella fez carreira política em Alagoas (Estado beneficiado pela duplicação da BR 101); 2) um dos homens fortes do novo governo, de Michel Temer, é Eliseu Padilha, do Rio Grande do Sul (onde está a ponte sobre o rio Guaiba).

“Quero incluir novidades, mas isso depende de discussão com o Planejamento e da disposição dos investidores”, declara o ministro dos Transportes.

Diante das dificuldades orçamentárias atuais, ele disse que trabalhará para tentar ampliar as privatizações e concessões na área de infraestrutura. A pasta comandada por Quintella é responsável pelos transportes rodoviário, ferroviário e aquaviário no país. O ministério também agregou atribuições anteriormente conferidas à Aviação Civil e aos Portos. Em 2015, o orçamento das 3 pastas somadas totalizou cerca de R$ 25 bilhões.

Ex-líder do PR no Câmara, Quintella passa a comandar as concessões de rodovias, ferrovias, portos e aeroportos do país. Sua intenção é ampliar os programas de privatização iniciados pelo governo Dilma. As concessões dos terminais de Fortaleza, Recife, Porto Alegre e Florianópolis, por exemplo, já estão em andamento.

Para Quintella, repassar a gestão dos terminais de infraestrutura é uma forma de contrabalancear a pouca capacidade de investimento do governo neste momento. “A atual gestão é tímida para privatizar. Nós vamos nos engajar. Vamos privatizar o que pudermos na infraestrutura, como o próprio presidente Temer sinalizou”, afirmou o ministro em entrevista ao repórter do UOL Victor Gomes.

JOGO MINISTERIAL
No governo Dilma, o PR já detinha o controle do ministério. Por isso, os atuais ocupantes de cargos de 2º e 3º escalão devem ser mantidos. A mudança na pasta deverá atingir apenas o cargo titular: sai Antônio Carlos Rodrigues, que ficou com Dilma até o fim, e entra Quintella.

O novo ministro renunciou ao posto de líder do PR para votar a favor do impeachment na Câmara, em 17.abr.2016.

Outros 26 dos 40 deputados do partido (65%) descumpriram a orientação pró-governo da bancada. No Senado, os 3 representantes da sigla votaram pelo impeachment. De olho nesses votos, Temer manteve o Partido da República à frente dos Transportes.

LIGAÇÕES POLÊMICAS
Em entrevista ao Blog, Quintella defendeu personagens controversos de seu partido. Valdemar Costa Neto, condenado no mensalão, “possui força e ascendência na sigla” e “cumpriu sua pena e já pagou pelo seu crime”. O ministro só não gosta que chamem Valdemar de dono do PR. “Ele era contra o impeachment, mas respeitou a vontade dos deputados e não quis fechar questão”, diz.

O deputado alagoano conversa sempre com Valdemar e com Eduardo Cunha. Votou a favor do presidente da Câmara no Conselho de Ética, mas “na condição de líder, representando um deputado [Vinícius Gurgel] que não pôde estar em Brasília”.

Quintella disse que sua posição sobre a cassação de Cunha só será conhecida no dia da votação no plenário. Isso se ele se licenciar do Ministério para votar. É considerado, porém, um aliado do peemedebista. Tanto que lhe concede o benefício da dúvida (“ele ainda não foi condenado a nada”) e reconhece que Michel Temer terá dificuldades para aprovar reformas sem Cunha no comando da Câmara.

Sobre a composição dos ministérios de Temer, Quintella defendeu o perfil dos novos ministros: “É bom fazer um mix de notáveis e políticos, para formar um bom governo com apoio do Congresso. Colocar um médico no Ministério da Saúde não é necessariamente a melhor opção. ”

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PR, que apoia Dilma, defende mudança “em time que está ganhando” na TV
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Fernando Rodrigues

O Partido da República veicula na noite desta 6ª feira (27.jun.2014) na televisão programa partidário de 10 minutos defendendo enfaticamente mudança na condução política do país.

A legenda é a mesma que acabou de protagonizar episódio de fisiologismo explícito ao forçar a presidente Dilma Rousseff a mudar o ministro dos Transportes em troca do apoio à sua reeleição.

Guiado por pesquisas que apontam o desejo do eleitor por mudança, o PR lança o slogan “Em time que está ganhando, se mexe”. O mote da propaganda é o futebol e os políticos abusam de metáforas. Assista ao vídeo abaixo:

Para o senador Alfredo Nascimento, presidente da legenda, o Brasil “ganhou muito nos últimos anos”, mas “não pode dormir em cima de suas vitórias”. “Ser penta para nós é motivo de orgulho, mas isso já é passado. O que nós queremos agora é o hexa. Na vida é a mesma coisa”, diz.

O senador Antônio Carlos Rodrigues (SP), o deputado Maurício Quintella (AL), o deputado Anthony Garotinho (RJ), e sua filha, Clarissa, também aparecem para defender mudanças “no jeito do time jogar”.

Emulando um programa jornalístico, a propaganda do PR também coloca o senador Blairo Maggi (MT) para falar “por telefone” em defesa do agronegócio.

Outro senador que aparece é Magno Malta, mas talvez tenha lhe faltado tempo para gravar a inserção. O PR reprisa um trecho de 35 segundos exibido no seu programa de maio de 2013 com Malta falando sobre sua maior bandeira, a redução da maioridade penal, enquanto lida com uma bola em um estádio de futebol.

Ao final, o deputado Tiririca (SP) dá o fecho “cômico”, também em defesa da mudança: “Tem que mantê o que tá certo e desmantê o que tá errado. Tem que mexê (sic)”. O vídeo foi dirigido pelo publicitário Elsinho Mouco, da agência Pública.

O discurso ambíguo do PR, que apoia Dilma e participa do governo, mas fala que é necessário mudança, replica o que outros partidos médios da base governista têm feito na TV. Quem assiste a esses programas sem acompanhar a política de perto pode achar que são legendas de oposição.

O PP, que tem ministério e apoia Dilma, exibiu no início deste mês um programa cujo bordão principal parecia o de uma legenda de oposição: “Não dá mais“. Em 10 de junho, foi a vez do PSD, que também apoia Dilma, não citar a petista em seu programa de TV, mas mencionar de forma explícita e positiva o Plano Real, do tucano Fernando Henrique Cardoso.

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163 deputados e senadores desprezam redes sociais
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Fernando Rodrigues

Segundo pesquisa, 27% dos congressistas estão ausentes da internet

Pesquisa realizada pela agência Medialogue sobre a atividade dos 594 congressistas brasileiros na internet e redes sociais concluiu que 163 deles (27%) estão ausentes do universo digital.

Entre os reprovados há figuras conhecidas do Congresso, oriundos de Estados e partidos diversos, como os senadores Alfredo Nascimento (PR-AM), Lindbergh Farias (PT-RJ) e Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE) e os deputados Arlindo Chinaglia (PT-SP), Miro Teixeira (Pros-RJ), Inocêncio Oliveira (PR-PE) e Jaqueline Roriz (PMN-DF).

Para chegar a essa conclusão, a Medialogue vasculhou os sites e perfis em redes sociais dos 513 deputados e 81 senadores, atribuindo notas de 0 a 10 em 5 quesitos: presença (sites, blogs e perfis operantes), influência (ranking das páginas), interatividade (espaço para manifestação de eleitores e tempo de resposta a e-mails), multimídia (uso de vídeos, fotos e áudios) e audiência (número de seguidores e visualizações). Quem teve nota média igual ou menor a 2 foi considerado ausente da internet.

A desatenção desses políticos com o meio digital vai contra a tendência de os eleitores usarem cada vez mais as redes sociais e sites para acompanhar os deputados e senadores. Em 2 anos, o número de seguidores de congressistas brasileiros no Twitter e no Facebook saltou de 3,2 para 9 milhões –alta de 162%.

A pesquisa “Político 2.0” coletou os dados em setembro a novembro de 2013 e os resultados foram comparados com o levantamento anterior, de 2011. Segundo a Medialogue, hoje cerca de 10% dos usuários de redes sociais seguem pelo menos 1 deputado federal ou senador.

Na outra ponta, o levantamento encontrou uma “elite digital” de 54 deputados e 27 senadores. Juntos, eles acumulam 59% dos seguidores no Twitter e 44% dos fãs no Facebook de todos os congressistas. Também há nomes de várias regiões e partidos. Veja abaixo os 10 melhores, por ordem alfabética:

Reprodução

Menos Twitter, mais Facebook

Nos últimos 2 anos ocorreram mudanças na estratégia digital dos políticos: eles passaram a priorizar o Facebook ao Twitter e a desprezar ainda mais a comunicação por e-mail.

Em 2011, 77% dos congressistas tinham páginas ativas no Facebook –hoje são 92%. Já o percentual de políticos que atualizam perfis no Twitter caiu de 70% para 62%.

Caso você pretenda entrar em contato com deputados e senadores por e-mail, esqueça. Em 2011, 77% dos congressistas ignoravam os e-mails recebidos. Hoje a taxa é de 80%.

Os políticos, no entanto, parecem ter acordado para a importância de manter cadastros atualizados de quem os acompanha na internet. O percentual de congressistas que usa seus sites para cadastrar eleitores subiu de 61% para 88% no período.

Quanto mais informações deputados e senadores têm sobre sua base eleitoral, melhor será a aproximação com aqueles que estão realmente interessados no mandato e podem atuar como replicadores.

Campeões

De todas as bancadas na Câmara, a mais ativa nas redes sociais, em termos relativos, é a do PC do B: 100% dos 13 deputados comunistas estão no Twitter e no Facebook, 69% estão no Flickr (rede social para fotos) e 85% têm verbete na Wikipedia.

No Senado, a bancada mais digital é a do PSDB: 100% dos 11 senadores tucanos estão no Facebook e 91% estão no Twitter e na Wikipedia.

Individualmente, o deputado com a maior relação seguidores/voto é Jean Wyllys (PSOL-RJ). Vencedor de um Big Brother Brasil, ele é acompanhado por 356.892 pessoas via Twitter e Facebook e teve 13.018 votos nas últimas eleições –27,42 seguidores por voto. Em segundo lugar está Romário (PSB-RJ), com 7,51 seguidores por voto, e em terceiro o pastor Marco Feliciano (PSC-SP), com 2,18 seguidores por voto.

No Youtube, Romário é o congressista com mais visualizações de vídeos: 2,1 milhões. Ele é seguido de perto pelo deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ), com 2 milhões. Em terceiro está o deputado Gabriel Chalita (PMDB-SP), com 876 mil visualizações.

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Na TV, Tiririca diz que fica na política
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Fernando Rodrigues

Ex-palhaço ensaia slogan para 2014: “Sem o Tiririca, Brasília mica”

Programa do PR na TV emula discurso de Eduardo Campos e diz: “Queremos mais”.

Alan Marques/Folhapress - 28.mai.2013

O deputado federal Tiririca (PR-SP) anuncia oficialmente hoje (7.nov.2013) à noite: “Vocês têm que me aguentar. Galera tem que me aguentar. Porque… Sem o Tiririca, Brasília mica”. Ele vai continuar na política em 2014.

É assim que termina o programa partidário de 10 minutos do Partido da República, que vai ao ar em rede nacional de TV às 20h30. É quase uma pegadinha.

O programa do PR parece que vai acabar com o presidente da legenda, Alfredo Nascimento, fazendo um discurso com jeito de encerramento. Aí, a tela fica escura e surge a voz do deputado Tiririca. Ele está gritando:

“Parô, parô, parô! Quase eu não alcanço vocês. Abestado! Vocês pensaram que eu não ia falar, era? O Tiririca quer falar. Eu preciso falar… Parô, parô, parô. Abestado! Parô, parô, parô! Eu preciso falar. Eu quero falar com a boca mesmo. Eu quero dizer para vocês que eu continuo na política”.

O programa do PR termina com o que parece ser o novo slogan do deputado que fez carreira como palhaço: “Sem o Tiririca, Brasília mica”. Em 2010, o slogan de campanha do então candidato era: “Vote em Tiririca, pior do que está não fica”.

Eis o trecho do programa do PR no qual aparece o deputado Tiririca:

 

Tiririca foi o deputado federal mais votado em 2010 – teve 1,35 milhão de votos. Além de garantir a sua vaga, ajudou a eleger mais 3 candidatos: Otoniel Lima (PRB-SP), Vanderlei Siraque (PT-SP) e Protógenes Queiroz (PC do B-SP).

Também hoje, está na pauta do Supremo Tribunal Federal o julgamento de ação penal contra Tiririca, que responde pelo crime de falsidade ideológica. O Ministério Público o acusa de fraudar o pedido de registro de sua candidatura, em 2010, ao afirmar que sabia ler e escrever.

Discurso. O filme do PR foi dirigido pelo publicitário Elsinho Mouco, da agência Pública. Elsinho também tem realizado programas para o PMDB.

A filmagem foi toda em Brasília, no gramado do Memorial JK –o monumento em homenagem a Juscelino Kubitschek (1902-1976).

A propaganda tem dois apresentadores jovens, um homem e uma mulher. Logo no início, usam o slogan que está na moda na oposição (embora o PR apoie o governo de Dilma Rousseff): “O Brasil levantou voo (…) Mas todas as conquistas que foram feitas até aqui já viraram história (…) Hoje devem, simplesmente, servir de referência, de inspiração para novas conquistas. Chegou a hora do mais. Porque eu, você, todos nós… queremos mais”.

Trata-se de um discurso parecido ao do governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), que pretende ser candidato a presidente em 2014. No programa partidário do PSB, que foi ao ar em 25.abr.2013, a mensagem era a seguinte: “Temos um país que nos estimula, e dentro dele um país que nos pede para fazer mais (…) É possível fazer mais”.

Aparecem na tela do programa do PR, além dos apresentadores, Tiririca e Alfredo Nascimento, os seguintes políticos: Blairo Maggi (senador), César Borges (ministro dos Transportes), Antonio Carlos Rodrigues (senador), Anthony Garotinho (deputado federal), Magno Malta (senador) e Clarissa Garotinho (deputada estadual no Rio).

Eis a íntegra do programa do PR:

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Faxinado, PR diz agora na TV ter “muita competência” nos Transportes
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Fernando Rodrigues

Novo ministro, César Borges afirma que Dilma Rousseff demonstrou confiança nele

Partido “consolida ainda mais a participação na base governista”

O PR (Partido da República), um dos mais citados no escândalo do mensalão, estará hoje (16.mai.2013) na TV por 10 minutos, a partir de 20h30. O objetivo é tentar começar a apresentar novas faces para a legenda, que pretende recompor um pouco sua imagem – uma tarefa difícil.

O recém-nomeado ministro dos Transportes, o baiano César Borges, aparece com uma tese peculiar: a presidente Dilma Rousseff teria dado essa pasta ao PR porque a legenda “já mostrou ter muita competência” no “setor de transporte”.

Quando o Ministério dos Transportes foi ocupado pelo senador amazonense Alfredo Nascimento, Dilma Rousseff não gostou muito do desempenho do PR. Tanto é que Nascimento foi demitido no início da administração da atual presidente, num movimento que ficou conhecido como “faxina ministerial”.

Mas o efeito de dar a pasta dos Transportes ao PR é também político. No programa de TV da sigla, César Borges não deixa dúvidas: “A confiança demonstrada pela presidente Dilma, ao entregar a mim e ao PR essa pasta, consolida ainda mais a participação do meu partido na base governista”. Ou seja, está pavimentado o caminho para que a agremiação possa dar seu tempo de TV para o projeto de reeleição dilmista em 2014.

Assista ao vídeo abaixo:

 

O PR tem hoje 35 deputados federais (é 6ª maior bancada na Câmara). No Senado, é mais modesto, com 5 dos 81 senadores. O seu programa na TV hoje à noite, ao qual o Blog teve acesso, foi dirigido pelo publicitário Elsinho Mouco, da agência Pública. Elsinho também tem realizado programas para o PMDB.

O presidente nacional da legenda, Alfredo Nascimento, fecha o programa com exclamações genéricas. Por exemplo, dizendo que “o PR é um partido ágil”. Diferentemente de seu colega César Borges, o senador Nascimento não menciona Dilma Rousseff. A última frase que ele pronuncia na propaganda é: “PR. O Brasil com o jeito republicano de ser”.

Aparecem falando na tela 9 políticos, pela ordem: César Borges (ministro dos Transportes), Fernando Giacobo (deputado federal do Paraná), Maurício Quintella (deputado federal de Alagoas), Antonio Carlos Rodrigues (senador por São Paulo, suplente de Marta Suplicy), Lincoln Portela (deputado federal de Minas Gerais), Gorete Pereira (deputada federal do Ceará), Magno Malta (senador pelo Espírito Santo), Anthony Garotinho (deputado federal pelo Rio e líder do partido na Câmara), Alfredo Nascimento (senador pelo Amazonas e atual presidente nacional da legenda).

Como se observa, não surge na tela um grande líder político do PR, o deputado federal Valdemar Costa Neto (de São Paulo), um dos condenados no processo do mensalão.

Mas não falta polêmica no programa do PR. Como mostra o post anterior, o deputado Anthony Garotinho usa a TV para ironizar e atacar seu adversário no Rio, Sérgio Cabral, o governador fluminense.

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