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Controle da corrupção contará pontos para empresa vencer licitação
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Fernando Rodrigues

Assunto é prioridade da CGU e de órgãos de fiscalização

Grupo terá 2 encontros em março para debater tema

Norma levará em conta tamanho e setor da empresa

dinheiro

Medidas contra a corrupção ajudarão empresas a vencer licitações públicas

Empresas que comprovarem ter programas internos de prevenção à corrupção poderão ganhar pontos extras em licitações do governo federal.

A proposta está sendo debatida por órgãos do governo reunidos na Estratégia Nacional de Combate à Corrupção e à Lavagem de Dinheiro (Enccla). É uma das prioridades do grupo para 2016.

A apuração é do repórter do UOL André Shalders.

Hoje, as empresas que são flagradas corrompendo pessoas do governo já podem atenuar as punições caso adotem programas de compliance.

De acordo com Beto Vasconcelos, titular da Secretaria Nacional de Justiça (SNJ), o objetivo é incentivar as empresas a adotar mecanismos de controle antes que a corrupção ocorra. Há 2 reuniões marcadas para tratar do tema, nos dias 10 e 24.mar.

A proposta faz parte da Ação 5 da Enccla, coordenada pela Controladoria Geral da União.

Contexto: programas compliance [palavra inglesa que significa “obediência,  conformidade”] são criados por empresas para evitar que seus funcionários ajam de forma antiética ou ilegal. Podem incluir a criação de departamentos especializados em monitorar o cumprimento de regras internas.

Segundo Vasconcelos, há uma preocupação de que as novas regras não criem injustiça nas disputas por contratos com o governo.

Uma possibilidade é estabelecer critérios diferentes para cada setor ou tamanho de empresa. A outra, é que as exigências sejam incorporadas aos editais de cada licitação.

“O edital da obra de uma hidrelétrica não pode ter o mesmo nível de exigência de outro para comprar móveis, por exemplo”, exemplifica ele. Os próximos encontros discutirão experiências de outros países e de Estados brasileiros.

CRONOGRAMA
Eis as reuniões agendadas pela Enccla para os meses de fevereiro e março. Saiba aqui o que é cada ação.

22.fev – Ação 1

24.fev ­– Ação 7

29.fev – Ação 12

1.mar – Ação 13

2.mar – Ação 2

3.mar – Ações 4 e 8

8.mar – Ação 11

9.mar – Ação 3

10.mar – Ação 5

16.mar – Ações 9 e 10

24.mar – Ação 5

31.mar – Ação 6

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Prática de fraude em empresas brasileiras cresce 37% em 1 ano
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Fernando Rodrigues

Furto de patrimônio físico das companhias é a conduta desleal mais comum

A ocorrência de fraudes em empresas brasileiras aumentou mais que a média mundial no último ano. Pesquisa em escala global recém-divulgada pela Kroll aponta que, no Brasil, 74% dos empresários detectaram pelo menos um caso de fraude em suas companhias no período. No levantamento anterior o índice era de 54% –crescimento de 37%.

No mundo, 70% das empresas declararam ter enfrentado episódios de fraude no último ano, ante 61% do período anterior –aumento de 14%. Houve uma reversão da tendência mundial, que até 2012 era de redução de práticas desleais no mundo corporativo.

A Kroll considera fraude o furto de bens físicos, informação ou propriedade intelectual, a corrupção de agentes públicos, situações envolvendo conflito de interesses, a violação de normas regulatórias ou de compliance e irregularidades em compra e venda de produtos, entre outras condutas.

À exceção dos países africanos, o Brasil é recordista em furto do patrimônio físico da empresa e bens em estoque: 37% dos entrevistados brasileiros detectaram a prática em suas companhias, ante 28% da média global. É a fraude que mais afetou as companhias brasileiras no período.

Em segundo lugar estão situações envolvendo conflito de interesses, vivenciadas por 26% das empresas, e irregularidades em compra e venda de produtos, citada por 23% dos empresários (imagem abaixo).

Reprodução

A sensação de exposição a fraudes também aumentou: 86% dos empresários brasileiros disseram que suas companhias enfrentavam risco de fraudes, ante 74% do ano anterior.

Os principais motivos na escalada dessa percepção são a alta rotatividade de funcionários, potencializada por fusões e aquisições de empresas, e a fragilidade dos sistemas de tecnologia da informação, que favorecem roubo de dados bancários e compras indevidas com cartões de crédito.

Apesar de os dados apontarem que o furto de patrimônio físico é a fraude mais comum nas companhias brasileiras, os empresários entrevistados mencionaram a corrupção de agentes públicos como o maior risco de prática desleal no mundo corporativo, citada por 93% deles.

A Kroll consultou mais de 200 empresários no país, equivalente a 28% da amostragem global da pesquisa.

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