Blog do Fernando Rodrigues

Arquivo : eleições 2014

Facebook será o grande campo de batalha virtual entre Dilma e Aécio
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Fernando Rodrigues

Faltam poucos dias para o Brasil definir quem será seu presidente nos próximos 4 anos. No mundo das redes sociais na internet, o grande campo de batalha será, de longe, o Facebook. O “Fêice”, como se diz no Brasil.

A rede social criada por Mark Zuckerberg tem 96 milhões de usuários no Brasil. Desses, 47% estão concentrados em São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro. É nesse bioma cibernético do “Fêice” que as campanhas de Dilma Rousseff (PT) e de Aécio Neves (PSDB) terão conquistar apoios –ou disseminar ataques, o que é mais provável pela natureza da internet.

Para Manoel Fernandes, sócio e diretor executivo da consultoria Bites, “o Facebook vai concentrar os principais debates da semana, desmentidos e boatos”.

Aécio está na liderança no Facebook. Na segunda-feira (20.out.2014), o tucano atingiu 3.025.000 fãs (crescimento de 18% em uma semana). Já Dilma reúne 1.693.606 fã, uma variação de 15% na semana.

O Twitter, rede social preferida de jornalistas, é muito menor do que o Facebook. O Twitter tem estimados 22 milhões de usuários no Brasil. Dilma cresceu 7,7% na semana no microblog e foi para 2,9 milhões de seguidores. Aécio variou 21% e chegou a 185.418 seguidores.

Manoel Fernandes acha que, “diante dessas circunstâncias, é natural que Aécio concentre esforços no Facebook. O Twitter para Dilma será muito importante no debate da TV Globo em função da característica de essa rede social se transformar em uma ‘segunda tela’ para muitos telespectadores”.

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Alckmin ataca ONU por crítica sobre falta de água em São Paulo
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Bruno Lupion

Tucano questionou conhecimento e liderança da organização para tratar de mudanças climáticas

Em ofício, governador cobra de Ban Ki-moon que corrija declarações da relatora especial para água e saneamento

Governador paulista reclamou de críticas feitas no meio do processo eleitoral

Racionamento de água em SP pauta última semana da campanha presidencial

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, enviou um duro ofício ao secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, cobrando que a entidade corrija suas conclusões sobre a crise da água no Estado.

O estopim foi a visita da portuguesa Catarina de Albuquerque, relatora especial para água e saneamento, a São Paulo, em agosto último. Ela afirmou que a crise era responsabilidade do governo estadual e apontou falta de investimentos.

O ofício de Alckmin obtido pelo Blog foi enviado a Ban Ki-moon em 9.set.2014 e ainda não havia sido divulgado. O tucano usa a proximidade da Cúpula do Clima, promovida pela ONU em Nova York em 23.set.2014, para fustigar as conclusões de Catarina. Alckmin diz que a relatora incorreu em “erros factuais” e fez uso político do tema ao conceder entrevistas às vésperas da eleição estadual, violando o código de conduta da ONU.

Ao concluir o texto, o governador adota um tom acima do usual em comunicações diplomáticas. Ele afirma que se a ONU não retificar as informações prestadas por Catarina de Albuquerque, ele ficaria em dúvida sobre a habilidade da organização para realizar a Cúpula do Clima e demonstrar “propriedade, criatividade e liderança” sobre o tema. Dá a entender que não participaria do evento que estava prestes a ser realizado.

Abaixo, reprodução de trecho do ofício, em inglês (clique na imagem para ler a íntegra).

oficio4

Uma semana antes, o secretário da Casa Civil de Alckmin, Saulo de Castro, também enviara uma carta ao Alto Comissário da ONU para Direitos Humanos, Zeid Ra’ad Al Hussein, reclamando das conclusões da relatora.

Catarina de Albuquerque é professora visitante das universidades de Braga e Coimbra, em Portugal. Os relatores especiais da ONU estão vinculados ao Alto Comissariado da ONU para os Direitos Humanos, mas têm atuação independente. São nomeados pelo Conselho de Direitos Humanos da ONU para mandatos de 3 anos, renováveis por igual período.

Quatro pontos da visita de Catarina incomodaram o Palácio dos Bandeirantes: 1) o momento político de disputa eleitoral; 2) a visita ter sido feita em caráter não oficial; 3) o fato de Catarina não ter procurado a Sabesp (a última vez que ela havia feito isso fora em dezembro de 2013); e 4) as acusações de falta de investimento em obras de captação de água.

Alckmin também questionou afirmação feita por Catarina em entrevista de que as perdas de água estavam “quase em 40%” quando, no Estado de São Paulo, a perda é de 31,2%. Ocorre que o jornal já havia publicado uma correção no dia seguinte, informando que, por erro de edição, a entrevista deu a entender que a taxa se referia à média paulista, quando na realidade se referia à média do país.

O governo paulista, por meio de nota, informou que Alckmin de fato não compareceu à Cúpula do Clima, em Nova York, mas sua ausência não teve relação com o entrevero sobre a crise hídrica. Na data da cúpula, Alckmin comandou solenidade no Palácio dos Bandeirantes para assinar um financiamento de R$ 2,3 bilhões para obras em rodovias estaduais. O governo também informa que ainda não recebeu uma resposta oficial de Ban Ki-moon ao ofício.

Eleição presidencial
A crise no fornecimento de água em São Paulo chegou ao epicentro da campanha presidencial na última semana de campanha. A presidente Dilma Rousseff, candidata à reeleição pelo PT, dedicou metade dos 10 minutos de sua propaganda eleitoral de domingo (19.out.2014) ao tema. Em resposta, Aécio Neves, candidato do PSDB ao Planalto, disse na 2ª feira (20.out.2014) que o governo federal não contribuiu para solucionar a questão.

Dilma e sua equipe tentam tirar proveito político da crise. Após o primeiro turno das eleições, as emissoras de TV começaram a cobrir o assunto com mais intensidade e moradores de todos os Estados agora acompanham a falta de água em São Paulo.

No programa de domingo, Dilma não cita Alckmin diretamente, mas diz se solidarizar com os paulistas e critica o “modelo de gestão tucana” que o “adversário [Aécio] defende e representa”.

COMPLEMENTO

1) Governo de SP manda mensagem: o Blog recebeu na tarde de 21.out.2014 um comunicado do governo do Estado de São Paulo, que está reproduzido a seguir, na íntegra:

“O governador Geraldo Alckmin nunca ‘atacou’ a ONU, como afirma incorreta e irresponsavelmente a reportagem do UOL. O ofício mencionado, na verdade, é uma resposta do governador a um convite feito pelo secretário-geral Ban Ki-moon para participar da Cúpula do Clima, que aconteceria em setembro”.

“O governador apenas aproveitou a oportunidade para indagar se a funcionária da organização, ao comentar a crise hídrica, falava em nome próprio ou em nome das Nações Unidas. O questionamento, ainda não foi respondido, decorre do fato de que vários veículos de comunicação, em especial o UOL, descreveram as declarações da funcionária como sendo posição da ONU. Tivesse o UOL a mesma curiosidade de outros órgãos de imprensa, teria notado que a viagem, em plena campanha eleitoral, foi organizada por um militante do PT, Silvio Marques, ex-presidente do diretório municipal de Campinas”.

“O Governo do Estado de São Paulo tem como princípio apoiar as missões oficiais de relatores e comissões da ONU, atendendo a todos os pedidos de reuniões e de esclarecimentos. Registre-se que, em sua visita a São Paulo, a relatora não solicitou ao Governo do Estado nenhum encontro ou pedido de informação. E que, ainda que em missões não oficiais de seus representantes e funcionários, a ONU prevê, em seu código de conduta, a obediência aos princípios da imparcialidade, verdade e equilíbrio, entre outros”.

 “Assessoria de Imprensa do Governo de São Paulo”.

2) O Blog responde:

Todas as informações do post acima estão mantidas. Não há erro factual apontado pela assessoria do governador de São Paulo, que foi avisado com antecedência sobre a publicação e preferiu apenas dar uma resposta inicial lacônica;

Sobre a discordância a respeito de ter atacado a ONU em seu ofício, o Blog recomenda ao governador a leitura do último parágrafo do documento do qual ele é signatário. Ali está contido um ataque sobre a capacidade da ONU de organizar a Cúpula do Clima e uma ameaça de não participar do evento (o que, de fato, ocorreu). É curioso o governador negar o que ele próprio escreveu e, por meio de sua assessoria de imprensa, responder atacando o maior portal de notícias do Brasil, o UOL, a quem classifica de irresponsável. Ao fazer tal acusação, o governador de São Paulo atinge também a milhões de brasileiros que se informam diariamente pelo UOL e dão ao portal notória credibilidade;

Por fim, sobre a visita da comissária da ONU ao Brasil ter sido, como diz a nota da assessoria de imprensa, “organizada por um militante do PT, Silvio Marques, ex-presidente do diretório municipal de Campinas”, o Blog estranha que o governador não tenha mencionado esse tema na sua carta endereçada à ONU.

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Vantagem numérica no Datafolha, mesmo mínima, incendiará militância petista
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Fernando Rodrigues

Pesquisa mostra Dilma com 52% e Aécio com 48%

Está em jogo qual campanha negativa será mais eficaz

Petista tenta agora usar crise hídrica de SP contra tucano

Datafolha-20out2014

O cruzamento das curvas e a inversão de posições entre Dilma Rousseff (PT) e Aécio Neves (PSDB) na pesquisa Datafolha desta segunda-feira (20.out.2014) deve incendiar a militância petista nesta reta final de campanha.

Segundo o Datafolha, numa pesquisa com 4.389 eleitores e realizada integralmente nesta segunda-feira, Dilma aparece com 52% dos votos válidos contra 48% de Aécio. Nas duas pesquisas anteriores, o tucano liderava numericamente com 51% contra 49% da petista.

É evidente que do ponto de vista estatístico nada mudou. Ambos, Dilma e Aécio, continuam empatados no limite da margem de erro –que é de 2 pontos percentuais, para mais ou para menos.

Mas nessas horas, numa eleição que será aparentemente decidida “nos detalhes”, como dizem os técnicos de futebol, o aspecto psicológico vale muito. O PT é tido como o partido com a militância mais aguerrida em retas finais de campanha. Os pontinhos a mais que Dilma recebeu hoje no Datafolha serão vitais para motivar os ativistas pró-PT.

É claro que do ponto de vista estritamente objetivo é necessário olhar com cautela esses percentuais do Datafolha. Sobretudo numa campanha com tantas reviravoltas como esta de 2014. Nada impede que ocorram mais inversões de posição até o dia da eleição, domingo, 26.out.2014.

O certo ainda é apenas registrar que o desfecho da corrida presidencial continua indefinido.

Feitas as ressalvas, é preciso também mencionar dois fatos a serem considerados.

Primeiro, a eficácia da campanha negativa de parte a parte.

Aécio falou basicamente em corrupção, Petrobras e incompetência gerencial da atual administração federal. A não ser um brasileiro que tenha chegado agora de Marte, todos já conheciam as histórias de corrupção envolvendo o PT e a Petrobras.

Já Dilma introduziu de maneira viral para o grande público casos considerados novos para parte do eleitorado. Por exemplo o episódio em que Aécio foi barrado por uma blitz, no Rio, e se recusou a fazer o teste do bafômetro –além de estar dirigindo sem carteira de motorista. A petista também enfatizou ao máximo a imagem de elitista do PSDB/Aécio, que não se preocupa com os mais pobres.

Quem foi mais eficaz na campanha negativa? Aécio ou Dilma?

O outro aspecto a ser mencionado a respeito dos últimos dias é o destaque dado à crise hídrica de São Paulo. As emissoras de TV que durante o primeiro turno tratavam com cuidado o assunto (temendo serem partidárias, pois ainda havia uma disputa pelo governo paulista), agora rasgaram a fantasia.

Nesta segunda-feira, 20.out.2014, o “Jornal Nacional” da TV Globo fez longa reportagem sobre a falta de água entre os paulistas. Ontem, 19.out.2014, o programa “Fantástico” também martelou sobre o tema. E todas as outras TVs estão indo na mesma linha.

Para complicar, o Brasil e o Estado de São Paulo enfrentaram um calor incomum nos últimos dias. A vida de milhões de paulistas se degradou. E todos estão se vendo agora –diferentemente do que ocorria no primeiro turno– nos telejornais noturnos.

Dilma Rousseff e sua equipe de marketing estão tentando surfar nessa onda desde domingo, quando o programa da petista falou em tom grave para se solidarizar com os paulistas que sofrem uma situação “muito triste e preocupante”.

De maneira esperta, Dilma não cita o governador paulista Geraldo Alckmin (PSDB), que foi reeleito no primeiro turno. A petista só fala no “modelo de gestão tucana” que o “adversário [Aécio] defende e representa”.

Dilma sabe que é quase impossível ganhar em São Paulo. Mas sabe também que pode obter alguns pontos extras ali para não perder feio, como o Brasil foi derrotado para a Alemanha na Copa do Mundo de Futebol. De quebra, a petista sabe que todos os eleitores, de norte a sul, estão assistindo às reportagens da TV Globo e de outras emissoras sobre a falta de água em São Paulo. Vai tentar se aproveitar disso.

Vai dar certo? As próximas pesquisas, e, mais importante, as urnas dirão.

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Eros Grau, ex-ministro do STF indicado por Lula, assina manifesto pró-Aécio
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Fernando Rodrigues

Advogado afirma que será um “soldado” do tucano se ele for eleito

Texto também é subscrito por ex-simpatizantes do PT

Ruy Baron/Folhapress

O advogado Eros Grau (foto), ex-ministro do Supremo Tribunal Federal, assinou um manifesto de apoio à eleição do tucano Aécio Neves à Presidência da República.

Professor aposentado da Faculdade de Direito da USP, Eros Grau tornou-se uma referência para a esquerda no pensamento jurídico após a redemocratização. Ele foi filiado ao Partido Comunista Brasileiro e chegou a ser preso na ditadura. Em junho de 2004, o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva o nomeou para uma vaga no Supremo Tribunal Federal.

“É uma coisa muito engraçada. A maioria das pessoas acha que pelo fato de o presidente Lula ter indicado a mim, ao Joaquim Barbosa e ao Cezar Peluso ao Supremo, nós seríamos ligado ao PT. Mas nenhum de nós é. Eu sempre fui ligado ao PSDB e minha origem lá atrás é sabida”, diz Eros.

Aos 74 anos, ele afirma que pretende colaborar com o governo Aécio se o tucano for eleito. “Sem nenhum cargo, porque não tenho idade, mas certamente serei um soldado”, diz. Ele exalta sua proximidade histórica com o senador Aloysio Nunes Ferreira, candidato a vice de Aécio e também ex-militante do Partido Comunista Brasileiro.

O manifesto intitulado “Esquerda democrática com Aécio Neves” foi redigido pelo sociólogo Marco Aurélio Nogueira, professor da Universidade Estadual Paulista, segundo Eros Grau. O texto afirma que os signatários se decepcionaram com o PT no primeiro turno. A campanha petista, diz a carta, “caluniou, difamou e agrediu moralmente a candidatura de Marina Silva” e “atropelou regras procedimentais e parâmetros éticos preciosos para a esquerda e a democracia”.

Os signatários defendem a manutenção e ampliação do Bolsa Família, do Mais Médicos e do Minha Casa, Minha Vida, programas sociais que se tornaram vitrine da administração petista, e criticam a polarização entre pobres e ricos ao longo da campanha. “Não aceitamos que se aprisione a sociedade num maniqueísmo “povo” x “elite”, que leva os cidadãos a simplificar o que não pode ser simplificado”, diz o manifesto, subscrito por 772 pessoas até a manhã desta 2ª feira (20.out.2014).

Também assinam o texto Luiz Eduardo Soares, ex-secretário nacional de Segurança Pública no governo Lula, o ator Marcos Palmeira, o economista José Eli da Veiga e o cientista político José Álvaro Moises, entre outros.

Eros Grau foi ministro do Supremo por 6 anos e deixou a Corte em agosto de 2010. Sua decisão de maior impacto político ocorreu no julgamento de uma ação proposta pela Ordem dos Advogados do Brasil que pretendia revogar a Lei da Anistia. O objetivo da ação era abrir caminho para punir criminalmente agentes do Estado envolvidos em torturas e mortes durante o regime militar. Grau era relator da ação, votou pela manutenção da Lei da Anistia e seu entendimento foi acompanhado pela maioria dos ministros, derrubando a iniciativa da OAB.

(Bruno Lupion)

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Segundo turno deve confirmar encolhimento do PSB nos governos estaduais
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Fernando Rodrigues

Partido tem hoje 5 governadores e ficará com 2 ou 3 a partir de 2015

No Congresso, desempenho foi oposto; número de cadeiras do PSB cresceu 46%

O PSB terminará as eleições deste ano com um desempenho irregular quando comparado o resultado na disputa aos governos estaduais às cadeiras obtidas no Congresso Nacional.

O partido governa hoje 5 unidades da Federação e, a partir de 2015, deverá comandar apenas 2 ou 3.

O PSB venceu 1 disputa estadual no primeiro turno, em Pernambuco, onde elegeu Paulo Câmara com o apoio decisivo da família de Eduardo Campos (1965-2014) e da comoção gerada por sua morte trágica.

A vitória pessebista também se desenha no Distrito Federal, onde Rodrigo Rollemberg está 14 pontos percentuais à frente de Jofran Frejat, do PR. Na Paraíba, o governador Ricardo Coutinho, do PSB, está em primeiro lugar, em empate técnico com o tucano Cássio Cunha Lima.

O panorama é negativo para o PSB no Espírito Santo, onde o governador pessebista Renato Casagrande perdeu no primeiro turno para Paulo Hartung, do PMDB. Situação parecida ocorre no Amapá, onde o governador Camilo Capiberibe (PSB) caminha para perder a eleição para Waldez Goés (PDT), apoiado pela família Sarney e em primeiro lugar na pesquisa mais recente com vantagem de 32 pontos percentuais.

Em Roraima, hoje governado por Chico Rodrigues (PSB), a candidata oposicionista, Suely Campos (PP), lidera isolada e sairia vitoriosa se as eleições fossem hoje (tabela abaixo).

PSB-2T

O encolhimento do PSB nos Executivos estaduais ocorre ao mesmo tempo em que o partido fez sua bancada no Senado crescer de 4 para 7 cadeiras e, na Câmara, de 24 para 34 –aumento de 46% no Congresso.

O desempenho irregular mostra o cobertor curto do partido para implementar seu plano de expansão. O projeto presidencial de Eduardo Campos mobilizou recursos e energias da legenda ao longo de 2013 e 2014 e acabou abalado pela sua morte e a ascensão de Marina Silva à cabeça de chapa, que havia se filiado ao PSB de forma transitória.

No Legislativo, o robusto crescimento do PSB e seu recente apoio à candidatura do tucano Aécio Neves desenham dois caminhos para 2015. Se Dilma Rousseff for reeleita, encontrará nos pessebistas uma oposição renitente. Caso Aécio saia vitorioso das urnas, o PSB será ponto de apoio fundamental da base governista e credenciado a assumir ministérios importantes de um futuro governo tucano.

(Bruno Lupion)

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Debate foi ameno, mas nos comerciais e na web as pancadas continuam
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Fernando Rodrigues

Os casos derrogatórios já foram para a TV nos encontros anteriores

Agora, filmes na TV e acusações na internet farão o resto do serviço

Miguel Schincariol/AFP - 19.out.2014

O 3º debate presidencial entre Aécio Neves (PSDB) e Dilma Rousseff (PT) no segundo turno da corrida presidencial de 2014 foi, de fato, mais ameno. Os dois evitaram se atacar no plano pessoal no encontro promovido pela TV Record na noite de domingo (19.out.2014).

Mas ninguém deve se enganar a respeito desse tom mostrado no debate. Os dois candidatos simplesmente concluíram (com a ajuda de pesquisas qualitativas somadas à análise de seus marqueteiros) que o estrago necessário já estava feito. Agora, os ataques serão “terceirizados”. Comerciais na TV e no rádio e acusações na internet farão o resto do serviço.

Quem lê este post deve saber: tem sido massificante o bombardeio de mensagens vitriólicas nas redes sociais. E na TV, quem assiste aos intervalos comerciais certamente já viu um comercial do PSDB ou do PT fazendo ataque aos adversários.

Tanto Aécio como Dilma seguiram o básico do marketing: massificaram certas acusações pessoais em um uma rede nacional de TV (no SBT). Nesse debate  (16.out.2014), Aécio chamou Dilma de leviana, mentirosa, incompetente e levantou o caso do irmão da presidente que teria sido funcionário fantasma na Prefeitura de Belo Horizonte, sob controle do PT.

No mesmo encontro do SBT, Dilma conseguiu introduzir ao grande público um episódio de 2011, quando Aécio foi barrado em uma blitz, no Rio, e se recusou a fazer o teste do bafômetro –além de estar com a carteira de motorista vencida. A petista também falou recorrentemente sobre o tucano empregar parentes na máquina pública e sobre o caso do aeroporto construído no interior de Minas Gerais, numa propriedade que havia sido da família de Aécio.

O estrago que Aécio e Dilma poderiam ter produzido um contra o outro já está feito. Agora, os comerciais na TV e no rádio farão o restante do serviço, bem como os e-mails e posts virais na internet –e nos aplicativos de comunicação direta, como o WhatsApp (que está completamente fora do controle da Justiça Eleitoral).

É claro que o TSE pode sempre retirar um comercial do ar e punir o candidato que fizer os ataques –vários filmes já foram proibidos. Mas essa é uma ação inútil da Justiça Eleitoral, pois uma vez transmitida a propaganda, o estrago está feito e é irreparável.

Nas redes sociais o ambiente fica incontrolável. Alguém poderá dizer: mas a internet ainda tem impacto limitado no Brasil. Mais ou menos. O ano de 2014 ficará marcado por um fato relevante no mundo digital brasileiro: cerca de metade da população do país já conta com acesso à internet, segundo dados do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) de 2013, divulgado em 24.jul.2014.

Em sociedades desenvolvidas, esse é o “turning point” para a real influência da rede em assuntos gerais da sociedade. Nos Estados Unidos, metade da população passou a ter acesso à internet há cerca de 15 anos. Quando isso aconteceu por lá, a rede decolou e passou a ser relevante na política e na reformatação dos meios de comunicação. No Brasil, isso está acontecendo agora.

Em suma, ninguém se engane. O debate da TV Record teve um tom mais ameno apenas porque já não era mais necessário que naquele evento Aécio e Dilma partissem para o ataque frontal. A estratégia deletéria de ambos já estava aplicada e sendo usada em outras plataformas.

E para concluir, uma pergunta: é ruim a campanha negativa? Depende. É claro que mentiras devem ser repudiadas. Mas nada há de errado quando um candidato apontar o que considera de negativo no outro (seja do ponto de vista da capacidade de administração ou sobre aspectos pessoais que tenham interesse público). Até porque, o eleitor deve conhecer quem vai merecer seu voto.

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Empate técnico na disputa ao Planalto se repete em 7 de 14 UFs com 2° turno
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Fernando Rodrigues

A eleição apertada deste ano para presidente da República, com Dilma Rousseff (PT) e Aécio Neves (PSDB) em empate técnico há 2 semanas nas pesquisas, se repete na disputa ao governo de 7 das 14 unidades da Federação que também realizam segundo turno no domingo (26.out.2014).

Os levantamentos mais recentes mostram um eleitorado dividido ao meio no Acre, Amazonas, Ceará, Mato Grosso do Sul, Paraíba, Pará e Rondônia. Nesses 7 Estados, os dois candidatos que disputam a chefia do Executivo estão em empate técnico.

A margem estreita de espaço entre os candidatos aumenta a chance de ocorrerem viradas, quando o segundo colocado no primeiro turno vence o pleito.

Hoje há apenas 1 virada consolidada para o segundo turno, no Rio Grande do Norte, onde Robinson Faria (PSD) ultrapassou Henrique Eduardo Alves (PMDB) e lidera fora da margem de erro. Nos 7 Estados hoje em empate técnico, a eleição será decidida no “ajuste fino” com os eleitores indecisos.

Em 6 Estados, a tendência é o candidato que ficou na frente no primeiro turno confirmar a vitória. É o panorama para Amapá, Distrito Federal, Goiás, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Roraima (tabela abaixo).

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Políticos que vencem eleições disputadas palmo a palmo têm um desafio adicional no começo de governo. Além de montarem suas equipes, é necessário conclamar um “espírito de união” entre as forças políticas para viabilizar o início da gestão. Essa tônica deverá estar presente no primeiro discurso de Dilma ou Aécio após as eleições de domingo, a depender de quem sairá vitorioso nas urnas.

CORREÇÃO: A primeira versão deste post trocou o nome de Rondônia por Roraima no segundo parágrafo do texto. O erro foi corrigido às 10h30.

(Bruno Lupion)

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Poder e Política na semana – 20 a 26.out.2014
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Fernando Rodrigues

Faltam 6 dias para o segundo turno das eleições. Dilma e Aécio fazem campanha pelo país e se enfrentam no debate da Globo.

Nesta 2ª feira, a presidente Dilma Rousseff, candidata à reeleição pelo PT, faz carreatas em Nova Iguaçu e Padre Miguel, de manhã, no Rio. À tarde, participa de comício em Itaquera, na zona leste de SP, acompanhada do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. À noite, comanda ato com intelectuais no Tuca, teatro da PUC-SP, acompanhada do vice-presidente Michel Temer. Na 3ª feira, Dilma e Lula fazem campanha no Recife. Na 4ª feira, Dilma e Lula comandam comício na Cinelândia, no Rio.

Aécio Neves, candidato a presidente pelo PSDB, faz campanha em Belo Horizonte e em Belém nesta 2ª feira. Na 3ª feira, Aécio pede votos em Campo Grande e Goiânia. Na 4ª feira, o tucano faz campanha em cidades mineiras. Na 5ª feira, Aécio deve ir ao Rio e pode se reunir com Romário, senador eleito pelo PSB, para receber seu apoio.

Dilma e Aécio também se encontram na 6ª feira, no debate presidencial organizado pela Rede Globo.

O Datafolha pode divulgar novas pesquisas presidenciais na 2ª feira e na 4ª feira. O Ibope, na 2ª feira e na 5ª feira. Cabe aos institutos e aos contratantes definirem o dia e o horário da publicação.

Eis, a seguir, o drive político da semana. Se tiver algum reparo a fazer ou evento a sugerir, escreva para frpolitica@gmail.com. Atenção: esta agenda é uma previsão. Os eventos podem ser cancelados ou alterados.

 

2ª feira (20.out.2014)
Dilma no Rio e em SP – presidente Dilma Rousseff, candidata à reeleição pelo PT, faz carreatas em Nova Iguaçu e Padre Miguel, de manhã, no Rio. À tarde, participa de comício em Itaquera, na zona leste de SP, acompanhada do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. À noite, comanda ato com intelectuais no Tuca, teatro da PUC-SP, acompanhada do vice-presidente Michel Temer.

Aécio em Minas e Pará – Aécio Neves, candidato a presidente pelo PSDB, faz campanha em Belo Horizonte e em Belém.

Pesquisas – a partir desta data o Datafolha e o Ibope podem divulgar os resultados de novas pesquisas presidenciais. Cabe aos institutos e aos contratantes definirem o dia e o horário da publicação.

Advogados no Rio – OAB promove a 22ª Conferência Nacional dos Advogados, no Rio de Janeiro. O vice-presidente Michel Temer, o ministro da Justiça José Eduardo Cardozo e o presidente do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandowski, participam da abertura. O ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo, apresenta conferência sobre “Estado, Sociedade e Direito: diagnósticos e propostas para o Brasil”. O evento tem 16 mil inscritos e 250 palestrantes. Até 5ª feira (23.out.2014).

Dirceu em casa – advogados do ex-ministro José Dirceu pedem ao Supremo Tribunal Federal que autorize o petista a deixar o regime semiaberto para terminar de cumprir sua pena em prisão domiciliar.

Erro do IBGE – encerra o prazo de 30 dias para o governo federal concluir sindicância sobre o erro cometido pelo IBGE na divulgação da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) que indicou aumento na concentração de renda entre 2012 e 2013. Após a descoberta do erro, o IBGE informou que a concentração de renda havia caído no período. O prazo da sindicância pode ser prorrogado por mais 30 dias.

 

3ª feira (21.out.2014)
Dilma em Pernambuco – presidente Dilma Rousseff e ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva fazem campanha no Recife.

Aécio no Centro-Oeste – Aécio Neves, candidato a presidente pelo PSDB, faz campanha em Campo Grande e Goiânia.

Trabalhadores agrícolas pró-Dilma – Contag (Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura) planeja realizar ato em Juazeiro (BA) e Petrolina (PE) em apoio à reeleição de Dilma Rousseff.

Prisão de eleitores – a partir desta data, nenhum eleitor poderá ser preso ou detido, salvo em flagrante delito ou em virtude de sentença criminal condenatória.

Crise hídrica em SP – Assembleia Legislativa de SP sedia debate sobre a falta de água em São Paulo. Com Vicente Andreu, presidente da Agência Nacional de Águas, José Eduardo Ismael Lutti, promotor de Justiça do Meio Ambiente, e o vereador Laércio Benko (PHS), presidente da CPI da Sabesp na Câmara Municipal de SP.

Ditadura – Comissão Nacional da Verdade faz diligência na Base Naval de Ilhas das Flores, no Rio, acompanhada de ex-presos políticos. O local foi palco de tortura e mortes de opositores ao regime durante a ditadura.

Auditores reunidos – Instituto dos Auditores Internos do Brasil promove seu 35º congresso nacional. Mário Spinelli, controlador-geral da cidade de São Paulo, apresenta palestra sobre o combate à máfia dos fiscais do ISS. Em Goiânia.

Salário de aeroviários – Sindicato dos Aeroviários do Estado de São Paulo lança campanha salarial, com ato no saguão do Aeroporto de Congonhas. A categoria pede reajuste salarial de 11% nos salários e 20% de reajuste nos benefícios.

Inflação – IBGE divulga o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15.

 

4ª feira (22.out.2014)
Dilma no Rio – presidente Dilma Rousseff e ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva realizam comício na Cinelândia, no Rio.

Aécio em Minas – Aécio Neves, candidato do PSDB a presidente, faz campanha em cidades mineiras.

Pesquisas – a partir desta data o Datafolha pode divulgar os resultados de nova pesquisa presidencial. Cabe ao instituto e ao contratante definir o dia e o horário da publicação.

Petrobras – CPI Mista da Petrobras ouve o atual diretor de Abastecimento da Petrobras, José Carlos Cosenza, sucessor de Paulo Roberto Costa na estatal.

Serviços – IBGE divulga sua Pesquisa Mensal de Serviços.

 

5ª feira (23.out.2014)
Aécio no Rio – Aécio Neves, candidato a presidente pelo PSDB, deve fazer campanha no Rio e pode se reunir com Romário, senador eleito pelo PSB, para receber seu apoio.

Pesquisas – a partir desta data o Ibope pode divulgar os resultados de nova pesquisa presidencial. Cabe ao instituto e ao contratante definir o dia e o horário da publicação.

Comícios – último dia para a realização de comícios eleitorais.

Tesouro – Conselho Monetário Nacional reúne-se em Brasília.

Emprego – IBGE divulga a Pesquisa Mensal de Emprego.

Indústria – FGV apresenta a prévia da Sondagem da Indústria.

Consumo – FGV divulga o Indicador de Expectativa de Inflação dos Consumidores e a Sondagem do Consumidor.

 

6ª feira (24.out.2014)
Debate presidencial – Globo promove o último debate presidencial entre Dilma Rousseff e Aécio Neves. Um dos blocos terá perguntas formuladas por eleitores indecisos selecionados pela emissora.

Folhapress

Propaganda eleitoral – último dia da propaganda eleitoral gratuita no rádio e na televisão e publicidade paga na imprensa escrita.

Caças suecos – governo brasileiro pretende assinar o contrato de aquisição de 36 caças Gripen NG, produzidos pela empresa sueca Saab, no valor estimado de US$ 4,5 bilhões.

 

Sábado (25.out.2014)
Fim da campanha – último dia para a propaganda eleitoral com alto-falantes ou amplificadores de som, distribuição de material gráfico e a realização de caminhada, carreata, passeata ou carro de som com divulgação de jingles e mensagens.

 

Domingo (26.out.2014)
Eleições – Brasil realiza segundo turno das eleições presidenciais e em 14 unidades da Federação.

Uruguai vota – país latino-americano vai às urnas escolher o novo presidente e votar para o Legislativo. Também será realizado um plebiscito sobre a redução da maioridade penal de 18 para 16 anos.

Turquia vota – país realiza eleições para o Legislativo.

 

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Aécio vai à Justiça processar Dilma por injúria e difamação
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Fernando Rodrigues

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Novo comercial da petista sugere que tucano tem “dificuldades em respeitar as mulheres”

O candidato do PSDB a presidente, Aécio Neves, decidiu neste sábado (18.out.2014) processar sua adversária no segundo turno, Dilma Rousseff por “injúria e difamação”, segundo informou a assessoria do tucano.

A razão que levou Aécio a decidir processar Dilma foi o mais novo comercial da petista, que foi ao ar hoje. Trata-se de uma peça de 30 segundos no qual um locutor diz que “Aécio tem mostrado dificuldades em respeitar as mulheres”.

A campanha tucana também está entrando ainda hoje, neste sábado, no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) para requerer a retirado comercial dilmista do ar.

Eis, a seguir, o filme de 30 segundos no qual o marketing de Dilma escolhe cenas de Aécio falando de forma dura contra Luciana Genro (PSOL) e contra a própria petista, e termina perguntando se “você acha que um candidato a presidente pode agir desta maneira?”:

 

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Na TV, Dilma faz comercial sobre Aécio ter recusado teste do bafômetro
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Fernando Rodrigues

Filme vai ao ar menos de 24 horas depois que assunto foi abordado em debate

Demorou menos de 24 horas para que Dilma Rousseff colocasse no ar um comercial citando o episódio no qual Aécio Neves uma vez foi barrado numa blitz e se recusou a fazer o teste do bafômetro. O assunto foi abordado pela primeira vez pela presidente no debate organizado pelo UOL, SBT e rádio Jovem Pan na 5ª feira (16.out.2014).

O filme de 30 segundos, batizado de “O que será”, tem um locutor perguntando várias vezes “o que será que Aécio tem para esconder?”.

Uma das perguntas é assim:

“Aécio diz que combate os privilégios dos políticos, mas se recusou a fazer o bafômetro quando foi pego na blitz… O que será que Aécio tem para esconder?” (assista abaixo).

Esse caso do bafômetro ocorreu no Rio de Janeiro em 17.abr.2011. Na ocasião, Aécio era senador e o assunto teve breve repercussão na mídia. Na atual campanha, não havia sido mencionado nas propagandas de TV nem nos debates, até o encontro promovido por UOL, SBT e Jovem Pan.

Provocado pela presidente, Aécio respondeu que trazer o assunto ao debate era “desespero” e se disse arrependido de não ter feito o teste do bafômetro.

Segundo pesquisas internas do PT, cerca de 90% dos eleitores desconheciam o episódio envolvendo Aécio. A narrativa interna na campanha petista é que isso nada teria a ver com campanha negativa.

Eis o que o Blog ouviu: “Imagine nos Estados Unidos, se um candidato a presidente tivesse passado por algo assim? Seria noticiado por toda a mídia ou não? Os eleitores dos EUA tomariam conhecimento do caso? É isso o que estamos fazendo: dando o direito ao eleitor de saber a respeito de um fato, que não tem nada de inventado”.

A seguir, o roteiro do comercial:

Locutor: “O que será que Aécio tem para esconder?

Aécio diz que vai tomar medidas impopulares para equilibrar a economia, mas não diz quais são elas.

[pessoa coloca na mesa um papel onde está escrito “medidas impopulares”]

Aécio diz que vai enxugar a máquina pública, mas não diz quantas pessoas vai demitir.

[pessoa abre cartão onde está escrito “enxugar” e “demitir”]

Ele defende a meritocracia, mas, aos 25 anos, foi indicado pelo primo para a diretoria da Caixa.

[pessoa abre cartão onde está escrito “meritocracia” e “nepotismo”]

Aécio diz que combate os privilégios dos políticos, mas se recusou a fazer o bafômetro quando foi pego na blitz.

[pessoa alterna telas em um tablet onde está escrito “combater privilégios” e “desfrutar privilégios”]

O que será que Aécio tem para esconder?”

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