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Arquivo : Flávio Dino

Waldir Maranhão trocou voto contra o impeachment por candidatura ao Senado
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Fernando Rodrigues

Presidente interino da Câmara mudou de posição a 3 dias da votação

Deputado deverá compor a chapa de Flávio Dino (PCdoB) em 2018

Maranhão é investigado na Lava Jato por suspeita de propina

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O presidente interino da Câmara, Waldir Maranhão (PP-MA)

O presidente interino da Câmara, Waldir Maranhão (PP-MA), votou contra a abertura do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff em troca da candidatura ao Senado em 2018.

Maranhão mudou de posição a 3 dias da votação. Recebeu, em contrapartida, a promessa de que será candidato ao Senado em 2018 na chapa do governador Flávio Dino (PC do B-MA), que tentará a reeleição.

A vaga, até então, cabia ao PDT. O partido, aliado do governo ao longo da tramitação do impeachment na Câmara, abriu mão da candidatura na chapa.

As informações são dos repórteres do UOL André Shalders e Luiz Felipe Barbiéri.

A costura foi articulada pelo Palácio do Planalto. Na semana em que o plenário da Câmara dos Deputados votou a admissibilidade do processo de impedimento, a petista chamou governadores aliados a Brasília e pediu para que conversassem com suas respectivas bancadas. Foi a última cartada do governo na tentativa de reverter votos na Casa.

Ricardo Coutinho (PSB-PB), Rui Costa (PT-BA), Wellington Dias (PT-PI), Waldez Góes (PDT-AP), Camilo Santana (PT-CE) e Dino passaram a frequentar o gabinete de Dilma.

Na 6ª feira (15.abr), Maranhão, tido como voto certo a favor do impeachment, anunciou que havia mudado de opinião.

No dia seguinte, véspera da votação, o deputado ofereceu um almoço em seu apartamento funcional. Serviu uma feijoada a governistas. No domingo (17.abr) votou alinhado ao Palácio do Planalto.

Maranhão é o 1º vice-presidente da Casa. Assumiu a presidência de forma interina hoje (5ª), após o ministro do STF Teori Zavascki decidir afastar Eduardo Cunha (PMDB-RJ) do cargo.

O deputado é investigado na Lava Jato por suspeita de ter recebido propina oriunda de irregularidades na Petrobras. Ele nega as acusações. Maranhão está no inquérito batizado de “quadrilhão” no Supremo, junto com diversos outros congressistas.

Maranhão ocupa interinamente o comando da Câmara dos Deputados porque chegou à 1ª vice-presidência da Casa depois de um acerto com Eduardo Cunha, no início de 2015, durante as eleições para a Mesa Diretora.

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PC do B fará revolução burguesa no Maranhão, diz comunista Flávio Dino
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Fernando Rodrigues

O governador eleito do Maranhão, Flávio Dino, diz que seu partido, o Partido Comunista do Brasil (PC do B), ajudará a promover uma “revolução burguesa” no Maranhão “com 300 anos de defasagem”.

“Esse é o nosso desafio, fazer uma revolução democrática burguesa”, disse ele em entrevista ao programa Poder e Política, do UOL e da “Folha”. “Garantir o cumprimento da lei, dos contratos, incentivar os investidores privados, novas formas de organização do Estado que contemplem a participação popular, mas que permitam também de outro lado o desenvolvimento daqueles que querem empreender, querem investir”.

Advogado, ex-juiz e ex-deputado federal, Dino tem 46 anos. Quando tomar posse em 1º de janeiro de 2015, vai encerrar cerca de 50 anos de hegemonia de um grupo político no Maranhão. Desde quando José Sarney, hoje com 84 anos, foi eleito para governar o Estado, em 1965, exceto por breves períodos o comando local sempre esteve com algum sarneysista.

Flávio Dino receberá o governo das mãos de Roseana Sarney, filha de Sarney. Ele afirma que o comunismo professado pelo PC do B é usado mais como uma referência por causa do significado etimológico do termo.

“O nome é bonito. Corresponde a uma história que nós temos muito orgulho. Carrega em si a origem etimológica de comunhão, de comunidade, de comum, de coisas boas. O comunismo foi muito estigmatizado no mundo por desacertos de outros países. Defendo o nome e seu uso agora, com flexibilidade, compreendendo que a sociedade hoje não pode se estruturar como se imaginava há 100 ou 50 anos”.

Para o governador eleito, as administrações das últimas décadas no Maranhão tiveram “medo do capitalismo” porque haveria nesse sistema a “concorrência, o livre mercado, o fim a privilégios de castas ou de estamentos que explicavam esse poder absoluto que eles [família Sarney e seus aliados] ostentavam durante esse período”.

Dino rejeita a ideia de que será o “Deng Xiaoping do Maranhão”, o grande reformador comunista da China atual. Mas diz apreciar a frase sempre atribuída ao líder chinês que adotou políticas próximas às do mundo capitalista para tirar o país da miséria: “Não importa a cor do gato. Importa que ele mate o rato”.

Único governador eleito pelo PC do B até hoje, Dino declara não pretender fazer uma devassa nas administrações anteriores do Estado. Mas afirma que abrirá ao máximo os negócios do Maranhão a um sistema mais transparente, que mostrará tudo o que se passou e como será a administração de 2015 em diante.

Sem prometer de maneira específica, disse que espera elevar o IDH do Maranhão (hoje o 2º pior entre os Estados) para algo próximo da colocação do PIB do Estado (o 16º do país).

Ao comentar o voto de José Sarney no segundo turno da eleição presidencial –em Aécio Neves (PSDB), como mostraram imagens da TV Globo no Amapá, embora Sarney negue–, Dino disse que a atitude revela o ressentimento de seu adversário por ter sido derrotado politicamente no Maranhão. “Uma espécie de retaliação íntima, pessoal, a isso que ele atribui à falta de apoio da presidenta Dilma”.

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São Luís: Castelo (PSDB) 26% x 25% Palácio (PP)
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Fernando Rodrigues

Pesquisa do Instituto Escutec sobre a eleição para prefeito de São Luís aponta empate técnico entre João Castelo (PSDB), atual prefeito e candidato à reeleição, e Tadeu Palácio (PP).

Nos dias 4 e 5.jul.2012, o instituto perguntou a 800 eleitores da capital maranhense em quem votariam para prefeito. Castelo foi citado como preferido por 26,3%. Palácio, por 25,3%.

Em 3º lugar na pesquisa com 17,4% está Edvaldo Holanda Jr. (PTC). Ele é apoiado pelo ex-deputado federal Flávio Dino (PC do B), que era favorito para a Prefeitura de São Luís neste ano, mas desistiu de se candidatar.

O empate técnico ocorre porque a diferença entre Castelo e Palácio (só 1 ponto percentual) é menor que a margem de erro do levantamento (3 pontos percentuais, para mais ou para menos). Dentro dessa margem, Castelo pode oscilar de 23,3% a 29,3%. Palácio, de 22,3% a 28,3%.

Washington Luiz (PT), atual vice governador do Estado, teve apenas 3,4%. Ele é apoiado oficialmente pelo PMDB da família Sarney e também pelo DEM maranhense, o que motivou críticas dentro do PT.

Os outros candidatos tiveram o seguinte resultado: Eliziane Gama (PPS), 8,8%; Haroldo Sabóia (PSOL), 3,5%; Marcos Silva (PSTU), 2,9%; Ednaldo Neves (PRTB), 0,4%. Não votariam em nenhum dos candidatos 8,5% dos entrevistados. Não souberam ou não quiseram responder à pergunta 3,8%. A pesquisa está registrada no TRE-MA com o nº00042/2012.

Espontânea e rejeição
Na pesquisa espontânea, em que o entrevistado diz em quem gostaria de votar sem ver a lista de nomes dos candidatos, João Castelo ficou com 21,6%, Palácio, com 12,5%, e Edvaldo Holanda Jr., com 7,9%.

Sem ser candidato, Flávio Dino foi o preferido de 7,1% dos eleitores. Outros 2,8% disseram que votariam em Eliziane Gama; 2% em Washington Oliveira; e 1% em Haroldo Sabóia. Não souberam ou não quiseram responder à pergunta 41,4% dos entrevistados.

Castelo também lidera a rejeição: 34% dos eleitores disseram que não votariam nele, enquanto 7% rejeitaram Palácio. Haroldo Sabóia teve 2,9% de rejeição; Oliveira, 1,9%; Eliziane e de Edvaldo Holanda Jr., 1,8% cada um.

Acesse aqui os dados desta pesquisa Escutec e de outras pesquisas disponíveis sobre a eleição para prefeito de São Luís em 2012. Este Blog é o site de política mais antigo do Brasil. Desde o ano 2000 compila pesquisas eleitorais e as arquiva nesta página, que também disponibiliza levantamentos de avaliação de popularidade de todos os presidentes brasileiros desde José Sarney.

 

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