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Temer antecipa volta do Japão e chega a Brasília nesta 5ª feira
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Fernando Rodrigues

Volta estava programada apenas para depois de amanhã, 6ª feira

Governo diz que retorno não tem relação com a prisão de Eduardo Cunha

Movimentações de Rodrigo Maia sobre repatriação irritaram o Planalto

Tóquio - Japão, 19/10/2016. Presidente Michel Temer durante encontro com Sua Majestade o Imperador Akihito. Foto: Beto Barata/PR

Presidente Michel Temer durante encontro com o imperador japonês Akihito nesta 4ª

O presidente Michel Temer decidiu antecipar a viagem de volta do Japão. O Blog apurou essa informação em momentos próximos à divulgação da prisão do ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

Embora Cunha tenha integrado a cúpula do mesmo partido de Michel Temer, não há confirmação de que a volta do presidente tenha relação com este fato.

A versão oficial dentro do governo é de que a antecipação tem a ver com declarações desencontradas do presidente da Câmara, Rodrigo Maia, sobre a votação de alterações no projeto de repatriação.

As articulações pela aprovação da proposta de emenda constitucional que limita o crescimento dos gastos públicos também teriam pesado na decisão do peemedebista.

Segundo a programação oficial elaborada pelo Ministério das Relações Exteriores, a comitiva brasileira deixaria o Japão às 23h desta 4ª feira no horário de Brasília (10h de 5ª em Tóquio). Entretanto, Temer embarcou de volta para o Brasil  às 11h30 (22h30 desta 4ª no Japão).  O peemedebista deve chegar a Brasília amanhã (5ª) pela manhã.

As informações são do repórter do UOL Luiz Felipe Barbiéri.

Durante encontro com líderes aliados na residência oficial da presidência da Câmara na manhã de hoje (4ª), Rodrigo Maia demonstrou interesse em votar o substitutivo do projeto de lei que altera as regras para a repatriação de recursos não declarados no exterior.

Ele disse aos deputados que ainda havia chance de colocar o projeto em pauta na 2ª feira (24.out), caso fosse construído um consenso. Horas depois, o presidente da República interino recuou.

Maia recebeu um telefonema do ministro Geddel Vieira Lima (Segov) dizendo que o governo era contra a votação da proposta. O discurso do Planalto é de que a aprovação da matéria provocaria uma insegurança jurídica em razão da proximidade do fim do prazo para repatriar os recursos. O último dia é 31 de outubro. A fala de Maia aos deputados irritou o Planalto.

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