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Arquivo : Marcelo Crivella

PRB de Crivella e Russomanno gastou R$ 30 mi do Fundo Partidário na eleição
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Fernando Rodrigues

Valor equivale a 91% do que a sigla receberia em 1 ano do Fundo

Outras legendas usaram menos de 10% desse tipo de recurso

Presidente do PRB, Marcos Pereira, diz que sigla tem mais em caixa

Celso Russomanno (esq.) e Marcelo Crivella, candidatos do PRB em 2016

O PRB gastou o equivalente a quase 1 ano de dinheiro do Fundo Partidário nas eleições de 2016. Segundo o ministro Marcos Pereira (Indústria, Comércio Exterior e Serviços), presidente licenciado da legenda, o pleito consumiu R$ 30 milhões. O valor representa 91% dos R$ 32,9 milhões que o PRB receberá dessa fonte em 2016, excetuando as multas.

As informações são do repórter do UOL André Shalders.

O PRB parece ter usado muito mais o Fundo Partidário do que os outros partidos na eleição de prefeitos deste ano. O PMDB declarou até agora ter investido R$ 5,1 milhões dos R$ 78,4 milhões que receberá neste ano (ou 6,5%). O PT aplicou R$ 4,7 milhões de um total de R$ 95,6 milhões (o equivalente a 4,9%).

O valor total só será conhecido após 19 de novembro, quando termina o prazo para os partidos prestarem contas ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

O dinheiro do Fundo Partidário viabilizou a eleição do senador Marcelo Crivella como prefeito do Rio de Janeiro, no último domingo (30.out). Dos R$ 7,5 milhões usados por ele na campanha, 96% vieram dessa fonte.

Já Celso Russomanno, que foi candidato pela legenda a prefeito de São Paulo, usou R$ 6,2 milhões na disputa. Desse total, 96,7% saíram do Fundo Partidário do PRB. Russomanno começou liderando a disputa, mas acabou derrotado pelo tucano João Doria ainda no 1º turno da disputa.

Mesmo após a gastança eleitoral, Marcos Pereira diz que o partido não terá problemas para fechar as contas. Segundo ele, o PRB ainda tem uma reserva de aproximadamente R$ 20 milhões para tocar suas atividades. O dinheiro seria resultado de aplicações financeiras e estaria sendo guardado desde 2014.

“Vamos continuar tocando o partido como sempre fizemos, com austeridade. Aqui já tem PEC do teto de gastos. Quando terminou 2014, já começamos a juntar para 2016. Aplicamos os 30% da Fundação do partido, os 5% das Mulheres, e investimos o resto”, diz Pereira.

A lei brasileira determina que os partidos destinem pelo menos 30% do dinheiro do Fundo Partidário a uma fundação de pesquisa e divulgação do próprio ideário político. Outros 5% precisam ser direcionados à ala feminina da sigla. Leia aqui a prestação de contas do PRB em 2015.

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Análise: antipolítica venceu e sucessão de 2018 segue indefinida
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Fernando Rodrigues

Principais pré-candidatos ao Planalto têm futuro incerto

Imprevisibilidade cresce com Lava Jato e economia em crise

Ambiente continua propício para chegada de 1 outsider

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Doria, Crivella e Kalil: os 3 representam o discurso da antipolítica

A maior tentação neste momento pós-eleições municipais é analisar “quem ganhou e quem perdeu” para produzir algum vaticínio sobre 2018.

Os números são eloquentes. O PSDB teve uma estupenda vitória nos maiores centros urbanos do país. Elegeu 29 prefeitos nas 93 cidades mais importantes do país (o grupo das 26 capitais e 67 municípios com mais de 200 mil eleitores). Trata-se de 1 recorde histórico para o PSDB.

Já o PT atrofiou barbaramente. Chegou a ter 25 das principais cidades brasileiras em 2008. Agora, conquistou apenas 1 desses municípios –Rio Branco (AC). O petismo foi empurrado para os grotões do país. O PMDB está onde sempre esteve, no centro e pronto para aderir a quem representar perspectiva de poder futuro.

Tudo considerado, de acordo com os dados do primeiro parágrafo, pode-se inferir que o PSDB se qualificou como a grande força para a sucessão presidencial de 2018.

Essa análise não está errada, mas não mostra a floresta completa. Fazer um prognóstico para 2018 usando o resultado das eleições municipais é uma interpretação pedestre da realidade.

O fato mais relevante das disputas municipais de 2016 foi a vitória esmagadora da antipolítica, da negação dos partidos.

Se um estrangeiro chegasse agora ao Brasil e perguntasse como está a política por aqui, bastaria dizer o seguinte: “Analise o perfil dos vitoriosos nas 3 principais capitais da região Sudeste: São Paulo, Rio e Belo Horizonte”.

João Dória é do PSDB e será prefeito de São Paulo. Ganhou dizendo diariamente que não era político, mas sim um “gestor”. No Rio, o vencedor é um bispo licenciado da Igreja Universal do Reino de Deus, Marcelo Crivella (PRB). Ele entrou para a política obrigado por sua denominação religiosa. Em Belo Horizonte, o prefeito em 2017 será Alexandre Kalil (PHS), cuja vivência política se deu como presidente do Atlético, um time de futebol de Minas Gerais.

Nunca após a redemocratização do Brasil essas 3 capitais tiveram prefeitos eleitos ao mesmo tempo com discursos tão distantes da política.

Outro dado relevante: o partido médio que mais cresceu no vácuo deixado pelo PT foi o pragmático PSD, de Gilberto Kassab. Sem coloração ideológica definida, essa sigla é o epítome do momento de “delenda política”.

FATORES PARA 2018
É claro que o PT sai muito fragilizado da atual disputa. O partido era o único que ostentava desde 1996 o fato de sempre eleger em cada pleito mais prefeitos e vereadores do que na eleição anterior. Agora, pela primeira vez em 20 anos, os petistas encolheram nos municípios.

A sigla de Luiz Inácio Lula da Silva chegará em 2018 com menos cabos eleitorais nas cidades. Elegeu 2.801 vereadores neste ano. Em 2012, o número havia sido 5.185.

Mas apenas a contabilidade das disputas municipais deste ano não retira o PT do páreo nem garante de maneira incontornável um nome do PSDB como favorito em 2018 na corrida pelo Planalto.

Assim como em 1989 o país passou por uma grande ressaca após o Congresso constituinte e a crise da hiperinflação sob José Sarney, agora o momento evoca aquele período.

É claro que ainda faltam 2 anos até o momento da escolha do próximo presidente. Mas os efeitos da recessão atual não vão se dissipar tão cedo. O impacto da Operação Lava Jato continuará a jogar os partidos e os político numa vala comum, favorecendo discursos como os de João Doria, Marcelo Crivella e Alexandre Kalil.

Todos os principais nomes de pré-candidatos a presidente em 2018 estão, de uma forma ou de outra, contestados pelo resultado final das disputas de 2016. Lula, Aécio Neves, José Serra e Geraldo Alckmin não cabem no figurino do antipolítico preferido pelos eleitores de muitos centros urbanos. Sem contar a citação de todos, petistas e tucanos, em escândalos recentes e das mais variadas origens. Os possíveis “outsiders” Ciro Gomes (agora no PDT) e Marina Silva (Rede) tampouco são campeões da novidade pretendida pelos brasileiros que foram votar neste ano. Ciro ficou antigo. Marina não é a “gestora” idealizada nos discursos de Doria e outros.

Há muitos anos o cenário político não era tão propenso para o surgimento de um “outsider”. Não é certo que isso possa ocorrer. Mas em 1988, ninguém imaginava que 1 ano depois um quase desconhecido governador de Alagoas (Fernando Collor) pudesse ser eleito presidente da República.

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Dos 7 ex-ministros de Dilma que disputaram a eleição, apenas 2 se elegeram
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Fernando Rodrigues

Edinho Silva (PT) e Edinho Araújo (PMDB) ganharam em municípios de SP

Marcelo Crivella (PRB), ex-ministro da Pesca, disputará o 2º turno no Rio 

Brizola Neto, Fernando Haddad, Pepe Vargas e Marta Suplicy fracassaram

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Edinho Araújo (PMDB) e Edinho Silva (PT) venceram em São José do Rio Preto (SP) e Araraquara (SP)

Sete ex-ministros de Dilma Rousseff tentaram a sorte nas urnas em 2016. Apenas 2 foram eleitos no 1º turno: Edinho Silva (PT), em Araraquara (SP), e Edinho Araújo (PMDB), em São José do Rio Preto (SP). Marcelo Crivella (PRB), ex-ministro da Pesca da petista, disputará o 2º turno no Rio. Os outros 4 fracassaram.

A apuração é dos repórteres do UOL Douglas Pereira e Luiz Felipe Barbiéri.

Edinho Silva (PT) foi ministro da Secretaria de Comunicação Social da Presidência de março de 2015 até maio de 2016, quando Dilma foi afastada do cargo por causa do processo de impeachment. O petista comandará pela 3ª vez a cidade de Araraquara (SP), governada por ele de 2001 a 2008.

Edinho venceu a eleição com 41,71% do total de votos válidos. Na 2ª colocação ficou sua ex-mulher, Edna Martins (PSDB), com 28,93%. Como o município de Araraquara possui menos de 200 mil eleitores, não haverá 2º turno.

Outro que conseguiu vencer no último domingo foi Edinho Araújo (PMDB), ministro da Secretaria de Portos no período de janeiro a outubro de 2015. O peemedebista obteve 52,26% na disputa para a prefeitura de São José do Rio Preto (SP).

Marcelo Crivella (PRB), ministro da Pesca do governo Dilma de março de 2012 a março de 2014, ficou em 1º lugar no Rio de Janeiro, com 27,78%. Disputará o 2º turno contra Marcelo Freixo (Psol), que teve a preferência de 18,26% dos eleitores.

QUEM PERDEU
Outros 4 ex-ministros de Dilma Rousseff tentaram se eleger, mas não conseguiram. São eles:

– Brizola Neto (PDT), ministro do Trabalho e Emprego de maio de 2012 a março de 2013, tentou a prefeitura de São Gonçalo (RJ).

– Fernando Haddad, ministro da Educação de julho de 2005 a janeiro de 2012, disputou a reeleição em São Paulo (SP).

– Marta Suplicy, ministra da Cultura de setembro de 2012 a novembro de 2014, também tentou a prefeitura de São Paulo (SP).

– Pepe Vargas, ministro do Desenvolvimento Agrário de março de 2012 a março de 2014, participou da corrida eleitoral em Caxias do Sul (RS).

Eis o desempenho de todos os ex-ministros de Dilma Rousseff que disputaram a eleição municipal:

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PMDB faliu o Rio de Janeiro, diz presidente nacional do PSB
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Fernando Rodrigues

Carlos Siqueira trabalha por aliança com PSD e PSDB no Rio

PSB é aliado do governo Temer (PMDB) na política nacional

Partido deve anunciar até o fim da semana quem apoiará

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Carlos Siqueira na sede nacional do PSB, em Brasília, em entrevista ao UOL

Presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira criticou duramente os governos do PMDB no Rio de Janeiro e a candidatura de Pedro Paulo (PMDB), que disputará a prefeitura fluminense. Na política nacional, o PSB é aliado do governo Michel Temer (PMDB).

“Nós precisamos criar um novo ciclo político. O Rio está falido, tanto o Estado quanto o município, e por isso não temos nenhum interesse em nos aliarmos ao PMDB. O PMDB precisa fechar um ciclo no Rio. O resultado é muito negativo. Está na hora da alternância natural da democracia”, disse Siqueira.

As informações são dos repórteres do UOL André Shalders e Pablo Marques.

“Além disso, o PMDB sairá com um candidato que, segundo reiteradas denúncias, agrediu a ex-mulher. Não combina com os socialistas”, acrescentou, referindo-se ao deputado federal Pedro Paulo, candidato do PMDB no pleito.

Pedro Paulo nega as acusações e diz que o episódio citado por Siqueira não teve violência tal como relatada.

Segundo Siqueira, o PSB deve decidir até o fim desta semana quem apoiará na disputa pela prefeitura do Rio de Janeiro. Ao menos 4 partidos (PSDB, Rede, PSD e PRB) ofereceram aos socialistas a vaga de vice-prefeito em suas chapas.

Na opinião de Siqueira, o ideal seria formar uma chapa de oposição aos peemedebistas unindo os pré-candidatos Carlos Osório (PSDB), Indio da Costa (PSD) e, eventualmente, a Rede Sustentabilidade. A estratégia mira as eleições nacionais de 2018.

CONVERSAS COM MARINA E KASSAB
Ao longo do dia desta semana, Siqueira conversou por telefone com Marina Silva, porta-voz nacional da Rede, e com Gilberto Kassab, presidente licenciado do PSD e atual ministro de Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações.

A disputa no Rio foi o tema das conversas. A Kassab, pediu que considerasse a possibilidade de formar chapa com os tucanos. Na 5ª feira, Siqueira reúne-se com o pré-candidato tucano, Carlos Osório.

CRÍTICAS A CRIVELLA
Carlos Siqueira também criticou o pré-candidato do PRB à prefeitura do Rio, o senador Marcelo Crivella (PRB). Para Siqueira, trata-se de um político que possui mais apelo no interior do Estado e na baixada fluminense, com desempenho fraco na capital.

Além disso, Crivella tenderia a acabar a disputa sem um arco de alianças que o possibilitasse avançar na disputa. “Só se ele se aliar ao [ ex-governador Anthony] Garotinho [do PR]. Mas aí é um sanduíche de pão com pão”, diz.

CANDIDATO PRÓPRIO EM 14 CAPITAIS
O PSB terá candidatura própria em 14 das 26 capitais brasileiras, segundo Siqueira. No chamado G 93, grupo que reúne as capitais e cidades com mais de 200 mil habitantes, o partido disputará 55 prefeituras.

Ao todo, o PSB tem 1,6 mil pré-candidatos a prefeito e pelo menos 30 mil pré-candidatos a vereador.

Em Belo Horizonte (MG), o partido terá a cabeça de chapa com o economista Paulo Brant. Ele deverá contar com o apoio do PSD e também do PC do B, do qual o PSB é hoje adversário na política nacional.

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Disputa pelo Senado no Rio: Cabral tem 26%; Romário, 22%, diz Ibope
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Fernando Rodrigues

Pesquisa foi realizada nos dias 7 a 11.jun; margem de erro é de 3 pontos percentuais

Beto Barata/Folhapress - 21.mar.2014

O ex-governador Sérgio Cabral (PMDB) e os deputados federais Romário (PSB) e Jandira Feghali (PC do B) estão tecnicamente empatados na disputa pela única vaga ao Senado pelo Rio de Janeiro disponível nas eleições deste ano, segundo pesquisa Ibope divulgada nesta 3ª feira (17.jun.2014).

Cabral tem 26% das intenções de voto, Romário, 22%, e Jandira, 20%. A margem de erro é de 3 pontos percentuais, para mais ou para menos. Se a diferença entre os candidatos for igual ou menor do que 6 pontos percentuais, eles são considerados tecnicamente empatados. Votos em branco, nulos e indecisos somam 32%.

Governo

A corrida ao Palácio Guanabara, sede do governo do Rio, também está embolada. O deputado federal Anthony Garotinho (PR) tem 18% das intenções de voto, seguido pelo senador Marcelo Crivella (PRB), com 16%. O atual governador do Estado, Luiz Fernando Pezão (PMDB), tem 13% das intenções de voto. O trio está tecnicamente empatado.

Em seguida aparecem o senador Lindbergh Farias (PT), com 11%, e o ex-prefeito Cesar Maia (DEM), com 8%. O deputado federal Miro Teixeira (Pros) e Tarcísio Motta (PSOL) tiveram 1% das intenções de voto cada um. Consulte a tabela com as pesquisas disponíveis de todos os institutos para o Rio de Janeiro.

A pesquisa do Ibope foi custeada pela Firjan e entrevistou 1.240 pessoas nos dias 7 a 11 de junho de 2014. Está registrada na Justiça Eleitoral sob o protocolo RJ-00006/2014.

Este Blog mantém a mais completa página de pesquisas eleitorais da internet brasileira, com levantamentos de todos os institutos desde o ano 2000. É possível consultar os cenários do 1º turno de 2014 para as disputas de presidente, governador e senador.

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Cargo para PRB visa a derrubar candidatura de Russomano a prefeito de São Paulo
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Fernando Rodrigues

efeito colateral também importante é evitar críticas de cunho religioso contra Fernando Haddad

A decisão da presidente Dilma Rousseff de dar um cargo no governo federal para o senador Marcelo Crivella (PRB-RJ) tem um objetivo certeiro: tentar derrubar a candidatura de Celso Russomano a prefeito de São Paulo. Por tabela, facilitar a vida do petista Fernando Haddad, que também disputará a prefeitura paulistana neste ano.

Russomano era do PP, mas se indispôs com Paulo Maluf e bandeou-se para o PRB em 2011. O Partido Republicano Brasileiro, criado em 2005, tem ligação estreita com a Igreja Universal do Reino de Deus. Nas pesquisas de opinião, Russomano aparece com até 21% das intenções de voto, muito por conta de suas aparições em programas populares na TV. Aqui, a página mais completa da web com todos os levantamentos eleitorais disponíveis neste ano.

Com a ida do senador Marcelo Crivella (PRB-RJ) para a Secretaria da Pesca e Aquicultura, o Planalto espera ter pavimentado o caminho para que a direção nacional do PRB elimine do mapa a candidatura de Russomano –Crivella nega (leia a parte final deste post).

A nomeação de um representante do PRB para a Esplanada dos Ministérios é a primeira reação objetiva do PT e de Dilma Rousseff à entrada de José Serra (PSDB) na corrida pela sucessão de Gilberto Kassab na Prefeitura de São Paulo.

Os petistas correm para fechar o maior arco de alianças possível em torno de Haddad –e assim garantir um grande tempo de TV e rádio durante o horário eleitoral.

Religião & Haddad
Outro efeito colateral importante da nomeação de Marcelo Crivella é um acordo tácito para que os políticos evangélicos sob o guarda-chuva do PRB evitem críticas de cunho religioso contra Fernando Haddad.

Quano era ministro da Educação, Haddad envolveu-se na polêmica da cartilha sobre respeito a homossexuais em escolas. Logo os evangélicos e religiosos em geral classificaram a iniciativa de “kit gay”. A operação foi abortada, mas a imagem de liberal do petista permaneceu.

Há um temor do PT de que durante a campanha eleitoral deste ano Haddad possa ser alvo de políticos conservadores. Com a presença do PRB na Esplanada dos Ministérios, há um entendimento entre o governo Dilma e a cúpula do partido de Crivella para que sejam evitados os debates em torno de aspectos religiosos durante as disputas por prefeituras, sobretudo na cidade de São Paulo.

“Só tivemos conversas técnicas”
Após ser anunciado como novo ministro do governo Dilma, Marcelo Crivella negou que a nomeação tenha por objetivo tirar Celso Russomanno da disputa pela Prefeitura de São Paulo. “Acho que o PRB em São tem um candidato, que é o Celso Russomano, e em nenhum momento quando a presidente me convidou isso foi aventado. Pelo contrário, só tivemos conversas técnicas”, afirmou, segundo publicou a Folha.com. “Ela [Dilma] queria fazer uma homenagem ao povo fluminenese”, disse Crivella.

O político disse ainda ter “muita honra” de integrar a bancada evangélica no Congresso, mas que sua entrada no governo se deve à posição de filiado ao PRB e não à de integrante da bancada evangélica.

 

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