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Arquivo : Márcio Thomaz Bastos

Supersticioso, Thomaz Bastos usava a mesma beca havia 20 anos
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Fernando Rodrigues

Ex-ministro da Justiça já tinha enfrentado câncer no pulmão

O advogado e ex-ministro da Justiça Marcio Thomaz Bastos, morto nesta 5ª feira (20.nov.2014) aos 79 anos, após complicações pulmonares, se dizia uma pessoa supersticiosa. Entre suas “manias”, estava usar a mesma beca havia 20 anos nas defesas no Supremo Tribunal Federal.

Em entrevista ao “Poder e Política” em agosto de 2012, Thomaz Bastos relatou que havia comprado uma beca nova e de luxo, na França, por 500 euros, mas nunca a estreou. Preferia usar a beca antiga, “barata”, que ele considerava lhe dar sorte.

Abaixo, o trecho em que Thomaz Bastos fala sobre suas superstições:

Na mesma oportunidade, Thomaz Bastos, presidente da OAB-SP entre 1983 e 1985 e do Conselho Federal da OAB de 1987 a 1989, disse se considerar “mais advogado do que ex-ministro da Justiça”.

Até a véspera de sua morte, ele ajudou a coordenar a defesa de diretores de empreiteiras investigados pela Operação Lava Jato. Thomaz Bastos também atuou na defesa do ex-dirigente do Banco Rural José Roberto Salgado, condenado a uma pena de 14 anos e 4 meses de prisão no julgamento do mensalão.

A seguir, o trecho em que o ex-ministro fala sobre seu envolvimento com a advocacia:

Thomaz Bastos já havia enfrentado um câncer no pulmão em 2007. Cinco anos depois, na entrevista, ele disse ter “tirado alta” e relatou que seu maior aprendizado, com a doença, foi a importância de fazer check-up anuais.

“O meu [câncer] eu peguei num acaso absoluto, foi porque eu fiz checkup (…) e apareceu o tumor no pulmão. E aí pude operar precocemente e me salvar”. Segundo ele, essa era “uma lição importante para todo mundo”.

Eis o trecho da entrevista sobre o câncer:

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Tomaz Bastos cravou antes: prisão só em 2013
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Fernando Rodrigues

A crise entre o Poder Judiciário e o Poder Legislativo acabou sendo uma “batalha de Itararé”. Não houve, pois o presidente do STF, Joaquim, Barbosa, decidiu hoje (21.dez.2012) que não deve decretar a prisão dos condenados antes que o processo transite em julgado –ou seja, antes que chegue à fase em que nenhum tipo de recurso é mais possível.

Em resumo, prisão de réus condenados do mensalão só em 2013. Ou depois. Agora, tudo isso é oficial. Mas em 21 de agosto, em entrevista ao “Poder e Política”, o advogado Márcio Thomaz Bastos já vaticinava esse desfecho com todas as letras.

É claro que olhando em retropescto qualquer um poderia ter chegado à mesma conclusão. OK. Mas quem falou em público primeiro (e foi manchete da Folha) foi Márcio Thomaz Bastos. Abaixo, o vídeo. E aqui para smartphones e tablets.

[uolmais type=”video” ]http://mais.uol.com.br/view/13220114[/uolmais]

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Risco de atraso é grande no julgamento do mensalão
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Fernando Rodrigues

Para frustração de muitos, o primeiro dia do julgamento do mensalão pode ser marcado por atrasos.

Em tese, deveriam falar hoje (02.ago.2012) apenas o ministro relator do caso, Joaquim Barbosa, e o Procurador-Geral da República, Roberto Gurgel. Mas já há previsão de dois problemas para os 11 ministros do STF resolverem.

Primeiro, o advogado Márcio Thomaz Bastos (que defende um dos executivos do Banco Rural) vai levantar uma questão de ordem. Ele vai arguir que é inconstitucional ter mantido todos os 38 réus com seus processos no STF.

Em outros casos, réus sem foro privilegiado têm seus processos remetidos para instâncias inferiores. No caso do mensalão, o STF manteve todos os réus juntos, na mais alta Corte de Justiça do país.

Outro caso a ser decidido antes do início do julgamento é o de Carlos Alberto Quaglia, um dos réus do mensalão. A sua defesa impetrou ontem (01.ago.2012) habeas corpus solicitando a declaração de nulidade do processo em relação ao acusado.

Por quê? Os advogados de Carlos Alberto Quaglia alegam cerceamento de defesa. Sustentam que o advogado do réu não foi intimado para atos do processo nem para apresentar as alegações finais ao STF.

É possível o STF rejeite a questão de ordem de Márcio Thomaz Bastos e o pedido de habeas corpus de Carlos Alberto Quaglia. Mas isso vai tomar tempo dos 11 ministros.

Sem contar que Márcio Thomaz Bastos vai ocupar a tribuna e também gastará algum tempo. E depois, cada um dos 11 ministros do STF terá de votar a favor ou contra.

Tudo considerado, podem não sobrar as 5 horas a que o procurador-geral Roberto Gurgel tem direito para apresentar a peça acusatória.

Nessa hipótese nada improvável, a apresentação de Roberto Gurgel terá de ser concluída apenas na sexta-feira, amanhã (3.ago.2012).

Isso, é claro, se não aparecerem outros imprevistos ao longo do primeiro de julgamento do mensalão.

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Advogado recomenda a Cachoeira que fique calado
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Fernando Rodrigues

O ex-ministro da Justiça Márcio Thomaz Bastos, advogado de Carlos Cachoeira, recomendará ao cliente que entre mudo e saia calado da CPI no depoimento desta 3a feira (22.maio.2012).

“A dúvida é se ele vai me atender”, disse Thomaz Bastos a um interlocutor logo depois que soube que o Supremo Tribunal Federal não havia permitido um novo depoimento de Cachoeira.

A estratégia de Thomaz Bastos é preservar seu cliente para um julgamento que Cachoeira enfrentará no dia 30 deste mês. Para o advogado, é na Justiça que seu cliente deve apresentar sua versão para os fatos.

O ex-ministro da Justiça considera um risco se Cachoeira falar muito à CPI, pois poderia ser usado de maneira negativa no julgamento do dia 30.

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