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Arquivo : Minas Gerais

Há um movimento de desmobilização no PSDB de Minas Gerais
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Fernando Rodrigues

Comitês de campanha do tucano Pimenta da Veiga começam avisar sobre demissões

Divulgação

Há desde ontem (2.set.2014) um clima de desalento na campanha do PSDB pelo governo de Minas Gerais. Alguns comitês do candidato tucano Pimenta da Veiga estão sendo praticamente desativados. Algumas pessoas já foram notificadas que serão dispensadas.

A escolha de Pimenta da Veiga como candidato a governador pelo PSDB em Minas Gerais foi uma decisão consensual entre Aécio Neves (que disputa o Palácio do Planalto pelo partido) e Fernando Henrique Cardoso (ex-presidente). FHC é amigo de Pimenta.

Ocorre que a campanha de Pimenta nunca decolou, como mostram as últimas pesquisas. Quem lidera a disputa é o candidato do PT, Fernando Pimentel.

Não está claro ainda se o movimento de desmobilização no PSDB mineiro se dá por falta de recursos ou por desânimo geral com a candidatura –ou até por causa desses dois motivos.

O efeito é ruim também para a campanha presidencial de Aécio, que perderá musculatura eleitoral em seu próprio Estado.

p.s.: o jornal “O Tempo” noticiou que “pelo menos 2.000 cortes são esperados para os próximos dias no comitê de Pimenta da Veiga (PSDB)“.

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Em Minas, Pimentel tem 33,2% e Pimenta, 20,7%, diz DataTempo
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Fernando Rodrigues

Pesquisa realizada em 31.jul a 4.ago; margem de erro de 2,29 pontos percentuais

O ex-ministro Fernando Pimentel (PT) lidera a disputa pelo governo de Minas Gerais com 33,2% das intenções de voto, segundo pesquisa DataTempo/CP2 divulgada nesta 6ª feira (8.ago.2014).

Pimenta da Veiga (PSDB) está em segundo lugar, com 20,7%. Tarcísio Delgado (PSB) pontua 2,8%.

Entre os nanicos, Eduardo Ferreira (PSDC) tem 1,1%, Prof. Túlio Lopes (PCB), 1%, André Alves (PHS), 0,8%, Fidélis (PSOL), 0,7%, e Cleide Donária (PCO), 0,6%.

Votos em branco e nulo são 13,7% e indecisos, 25,3%. A margem de erro é de 2,29 pontos percentuais, para mais ou para menos.

A pesquisa DataTempo/CP2 Veritá foi custeada pela Sempre Editora e entrevistou 1.827 pessoas nos dias 31 de julho a 6 de agosto de 2014. Está registrada na Justiça Eleitoral sob o protocolo MG-00059/2014.

Este Blog mantém a mais completa página de pesquisas eleitorais da internet brasileira, com levantamentos de todos os institutos desde o ano 2000. É possível consultar os cenários do 1º turno de 2014 para as disputas de presidente, governador e senador e do 2° turno de 2014 para presidente e governador.

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Pimenta da Veiga usa música da ditadura militar em novo jingle de campanha
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Fernando Rodrigues

Candidato a governador pelo PSDB em Minas Gerais aproveita canção de comercial de Ernesto Geisel

Pimenta-Incriveis-Geisel

O candidato a governador de Minas Gerais pelo PSDB, Pimenta da Veiga, acaba de lançar um novo jingle de campanha. A canção é muito parecida, quase idêntica, a uma usada pelo governo do general Ernesto Geisel (1907-1996), nos anos 1970, durante a ditadura militar.

Na música do tucano, a letra diz:

Seguir em frente, mudando Minas com o coração / Vamos juntos, vem com a gente, vem me dê a mão / O tempo passa, e com Minas caminhamos todos juntos, sem parar / Fazer mais, fazer para todos e avançar / Marcas do que se fez, sonhos que vamos ter / Como todo dia nasce novo em cada amanhecer”.

Na década de 1970, quando Ernesto Geisel foi presidente do Brasil, uma mensagem de fim de ano do governo federal usou como fundo musical a canção “Marcas do que se foi”, interpretada pela banda Os Incríveis, cuja letra dizia o seguinte:

Este ano, quero paz no meu coração, / Quem quiser ter um amigo, que me dê a mão… / O tempo passa e com ele caminhamos todos juntos, sem parar / Nossos passos pelo chão vão ficar… / Marcas do que se foi, sonhos que vamos ter / Como todo dia nasce, novo em cada amanhecer…”.

No final da propaganda da ditadura, um locutor finalizava: “A paz se faz com quem ama o mesmo chão”. A última imagem na tela é o logotipo usado pelo governo federal à época.

Eis, a seguir, o jingle da campanha de Pimenta da Veiga e a propaganda da ditadura militar com a música “Marcas do que se foi”:

 

Pimenta da Veiga é a aposta do PSDB para continuar no poder em Minas Gerais. Ele tem 67 anos e luta para se equilibrar entre a proposta de mudança que o seu partido propõe, no plano nacional, e o discurso da continuidade na disputa mineira.

Muitas vezes, a fala de Pimenta se aproxima à de um político tradicional. Foi quando seu nome foi lançado, no início de 2014, e ele pediu aos militantes numa reunião que erguessem seus braços “numa atitude de súplica”.

Mais recentemente, em julho de 2014, Pimenta lançou seu primeiro jingle de campanha e a música era praticamente idêntica à usada por Antonio Anastasia, tucano que venceu a mesma disputa em 2010.

Segundo pesquisa Ibope realizada de 26 a 28.jul.2014, Pimenta hoje tem 21% das intenções de voto na disputa pelo governo de Minas Gerais. Seu principal adversário é Fernando Pimentel (PT), que registra 25% no mesmo levantamento.

Este Blog mantém a mais completa página de pesquisas eleitorais da internet brasileira, com levantamentos de todos os institutos desde o ano 2000. É possível consultar os cenários do 1º turno de 2014 para as disputas de presidente, governador e senador e do 2° turno de 2014 para presidente e governador.

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Em Minas, Pimentel (PT) tem 27,5% e Pimenta (PSDB), 15,1%, diz MDA/EM Data
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Fernando Rodrigues

Pesquisa realizada em 22 a 26.jun; margem de erro de 2,2 pontos percentuais

Alan Marques/Folhapress - 6.fev.2014

O ex-ministro Fernando Pimentel (PT) (foto) lidera a disputa nas eleições para o governo de Minas Gerais com 27,5% das intenções de voto, segundo pesquisa MDA/EM Data divulgada nesta 2ª feira (30.jun.2014) pelo jornal “Estado de Minas”.

Pimenta da Veiga (PSDB) está em segundo lugar, com 15,1%. Júlio Delgado (PSB) tem 6,6%, Vanessa Portugal (PSTU), 4,5%, e Fidélis Alcântara (PSOL), 1,3%. Votos em branco e nulo são 15,7% e indecisos, 29,3%. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais, para mais ou para menos.

No cenário substituindo Júlio Delgado por Apolo Heringer, também do PSB, Fernando Pimentel tem 29,3% e Pimenta de Veiga, 16,5%. Vanessa Portugal soma 4,9%, Fidélis Alcântara, 1,5%, e Apolo Heringer, 0,9%. Votos em branco e nulo são 17% e indecisos, 29,8%.

Na última 5ª feira (26.jun.2014) o PSB decidiu que seu candidato será Tarcísio Delgado, pai de Júlio, cujo nome não consta da pesquisa divulgada nesta 2ª feira.

No segundo turno, Fernando Pimentel venceria Pimenta da Veiga por 36,8% contra 22,3%. Votos em branco e nulo seriam 16,8% e indecisos, 24,1%.

Senado

Na disputa pela única vaga de senador disponível nestas eleições, o ex-governador Antonio Anastasia (PSDB) é líder isolado, com 53,1% das intenções de voto. Alexandre Kalil (PSB) tem 10,2% e Josué Gomes (PMDB), 6,4%. Votos em branco e nulo são 13,9% e indecisos, 16,3%.

Consulte a tabela com as pesquisas disponíveis de todos os institutos para Minas Gerais nas eleições para governador no 1º turno e 2º turno e para senador.

A pesquisa MDA/EM Data foi custeada pelo jornal “Estado de Minas” e entrevistou 2.002 pessoas nos dias 22 a 26 de junho de 2014. Está registrada na Justiça Eleitoral sob o protocolo MG-00048/2014.

Este Blog mantém a mais completa página de pesquisas eleitorais da internet brasileira, com levantamentos de todos os institutos desde o ano 2000. É possível consultar os cenários do 1º turno de 2014 para as disputas de presidente, governador e senador e do 2° turno de 2014 para presidente e governador.

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Fernando Pimentel lidera disputa pelo governo de Minas, diz instituto CP2
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Fernando Rodrigues

Petista tem 30,6%, contra 19,4% do tucano Pimenta da Veiga

Antonio Anastasia (PSDB) é franco favorito ao Senado

Alan Marques/Folhapress - 6.fev.2014

O petista Fernando Pimentel, ex-ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, lidera a corrida pelo governo de Minas Gerais com 30,6% das intenções de voto, segundo pesquisa divulgada nesta 2ª feira (2.jun.2014) pelo jornal “O Tempo”.

O pré-candidato tucano, Pimenta da Veiga, está em segundo lugar com 19,4%. Na terceira posição está Vanessa Portugal (PSTU), com 6,3%, e em quarto lugar, Fidélis Alcântara (PSTU), com 1,2%.

A pesquisa informa que 22,5% dos eleitores ainda não sabem em quem irão votar para o governo de Minas. Outros 20% declararam que vão votar nulo ou em branco.

Em um eventual segundo turno entre Pimentel e Pimenta, o petista está na frente com 37,8%, contra 23,8% do tucano. Indecisos são 17,6% e 20% declararam que vão votar nulo ou em branco.

Para o Senado, o ex-governador Antonio Anastasia (PSDB) é franco favorito: tem 47,7% das intenções de voto. Alexandre Kalil, do PSB, tem 8,6% e Clésio Andrade, do PMDB, 5%. Para outras simulações, leia os resultados completos na página de pesquisas do Blog.

A pesquisa divulgada pelo jornal “O Tempo” foi contratada pela Sempre Editora e realizada pela CP2 – Consultoria, Pesquisa e Planejamento Ltda. Foram ouvidas 2.062 pessoas nos dias 23 a 27 de maio. A margem de erro é de 1,98 ponto percentual para mais ou para menos. Está registrada na Justiça Eleitoral com o protocolo MG-00026/2014.

Este Blog mantém a mais completa página de pesquisas eleitorais da internet brasileira, com levantamentos de todos os institutos desde o ano 2000. Também é possível ver em tabelas detalhadas os cenários do 1º turno de 2014 para as disputas de presidente, governador e senador.

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Bateu, levou: Dilma rebate críticas do PSD sobre obras em Minas Gerais
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Fernando Rodrigues

A presidente Dilma Rousseff, que foi a Ipatinga (MG) nesta 2ª feira (12.mai.2014) assinar ordem de serviço para duplicar a BR-381, usou sua conta no Twitter para responder a críticas feitas pelo PSD mineiro em comercial de TV sobre obras prometidas e não realizadas no Estado.

O Blog noticiou (no post abaixo) que a propaganda, veiculada na 6ª feira (9.mai.2014), tinha como pano de fundo uma imagem de Dilma dando as mãos ao ex-ministro Fernando Pimentel, candidato do PT a governador do Estado, e uma locutora questionando a não realização de 3 obras: duplicação da BR-381, Anel Rodoviário de Belo Horizonte e ampliação do Metrô da capital mineira. “Mesmo Pimentel sendo o melhor amigo da presidenta”, enfatizava o comercial.

Dilma usou seu perfil no Twitter para rebater os 3 ataques do PSD, de Gilberto Kassab, que em público tem prometido apoiar a reeleição da presidente:

1) Duplicação da BR-381: disse que investirá R$ 2,5 bilhões para “cumprir o compromisso” de duplicar a rodovia.

2) Anel Rodoviário: afirmou ter colocado R$ 1,3 bilhão em recursos federais à disposição para a obra, mas sua execução cabe ao governo do Estado.

3) Expansão do Metrô: disse que desde abril de 2012 estariam assegurados recursos federais para a ampliação da linha 1 e a construção das linhas 2 e 3, mas sugeriu que o início das obras depende do governo mineiro: “O governo do Estado, através da Metrominas, prometeu entregar o projeto executivo do metrô de BH agora em maio”, escreveu.

Dilma mostra estar atenta às últimas orientações do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que pediu para ela não deixar nenhuma crítica sem resposta e adotar a linha do “bateu, levou”. Leia, abaixo, os posts de Dilma no Twitter:

printdilmaEm nota divulgada na noite desta 2ª feira, o governo de Minas Gerais afirma que a obra do Anel Rodoviário “sempre foi e continua sendo de responsabilidade do governo federal” e que o governo mineiro “se ofereceu para elaborar o projeto de engenharia do empreendimento”, já concluído. Segundo a nota, o governo federal até o momento “não repassou ao governo do Estado nenhum centavo para execução das obras”.

Sobre a expansão do Metrô de Belo Horizonte, a nota informa que a linha 2 será feita por Parceria Público-Privada, e não pelo governo federal, e que os projetos para a extensão da linha 1  e a construção da linha 3 “estão prontos, dentro do prazo estabelecido, que é neste mês de maio”.

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Partido de Kassab faz comercial na TV contra Dilma em Minas Gerais
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Fernando Rodrigues

Aliado do governo federal em Brasília, o PSD de Minas Gerais fez um comercial de TV com um forte ataque contra a presidente Dilma Rousseff e seu ex-ministro Fernando Pimentel –que deve disputar o governo mineiro pelo PT.

A propaganda de 30 segundos foi veiculada na 6ª feira passada (9.mai.2014) nas TVs mineiras. Uma locutora aparece tendo ao fundo uma foto de uma risonha Dilma Rousseff dando as mãos ao seu ex-ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior Fernando Pimentel.

 

Com se observa no comercial, a locutora diz que “é muito triste” para o PSD “ver que de tudo o que prometeram para Minas, nada foi cumprido”. E quem prometeu? O governo federal, da petista Dilma Rousseff. A apresentadora começa então a citar promessas, como a duplicação da BR-381. E conclui: “Até hoje, nada” (a propósito, a presidente anuncia hoje, 12.mai.2014, em Ipatinga, o início das obras dessa rodovia).

Prossegue o comercial: “Prometeram a ampliação do Metrô, e também, nada. Prometeram o Anel Rodoviário, e até hoje, nada”.

A conclusão é uma paulada em Dilma e em Pimentel, sempre presentes numa imagem no fundo na tela: “Nem mesmo com o ex-ministro Pimentel sendo de Minas e o melhor amigo da presidenta”.

Contexto
O PSD é um partido criado em abril de 2011 pelo ex-prefeito de São Paulo Gilberto Kassab. Ele é o presidente nacional da legenda.

Em Brasília, Kassab tem dado reiteradas entrevistas dizendo que sua agremiação apoiará a reeleição de Dilma Rousseff.

Quando se pergunta a Gilberto Kassab sobre o fato de o PSD em Minas Gerais estar apoiando a candidatura do tucano Pimenta da Veiga ao governo local, ele responde que trata-se apenas de um acordo regional.

Mas o comercial do PSD mineiro mostra que é muito mais. O partido de Kassab está (e deve continuar) fazendo carga contra Dilma Rousseff localmente.

Minas Gerais é o segundo maior colégio eleitoral do Brasil. A presidente e o PT têm necessidade de obter um bom desempenho entre os mineiros, pois o principal candidato de oposição ao Planalto é Aécio Neves, senador pelo PSDB de lá.

O comercial do PSD demonstra que se depender do partido de Kassab, a campanha de Dilma não terá muita ajuda em Minas Gerais.

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Governo mineiro mente sobre contas de luz, diz comercial de Dilma na TV
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Fernando Rodrigues

Dilma Rousseff manda Ministério de Minas e Energia rebater Cemig

Estatal mineira havia culpado governo federal por aumento de conta de luz

Agora, comercial de 1 minuto rebate: “É falsa a afirmação da Cemig”

A presidente Dilma Rousseff reagiu e autorizou a veiculação de um comercial de um minuto na TV rebatendo um ataque do governo de Minas Gerais.

Como informou o Blog, na última 2ª feira (14.abr.2014), a Cemig (Companhia Energética de Minas Gerais) colocou no ar uma campanha publicitária culpando o governo federal pelo aumento da tarifa de luz cobrada no Estado.

No comercial mineiro, um apresentador diz: “A tarifa da Cemig não é decidida pela Cemig”. Quem define, diz ele, “é um órgão do governo federal, a Aneel [Agência Nacional de Energia Elétrica], que fica lá em Brasília”. E segue: “E o governo federal, por meio da Aneel, acaba de determinar um reajuste da nossa conta de energia elétrica da ordem de 14%”.

Agora, na noite desta 4ª feira (16.abr.2014), o Ministério de Minas e Energia começa a veicular uma propaganda de um minuto na qual fala que a estatal mineira mentiu. “É falsa a afirmação da Cemig de que o reajuste na conta de luz dos mineiros é decidido pelo governo federal”, diz um locutor.

Eis o filme:

 

Como a inflação será um tema recorrente deste ano eleitoral, “o caso Cemig” apenas antecipa uma discussão da campanha.

De um lado estará a presidente Dilma Rousseff, do PT, que tenta a reeleição e vai argumentar ter segurado os aumentos nas contas de luz.

Do outro lado, alguns adversários dirão o contrário. O senador Aécio Neves (PSDB-MG) é o principal candidato de oposição. Ele governou os mineiros por 8 anos e seu grupo ainda domina o Estado. A propaganda da Cemig é uma forma de jogar nas costas do governo federal a culpa pelo aumento nas tarifas de energia.

No comercial de Dilma Rousseff agora no ar, o governo federal rebate da seguinte maneira: “Na verdade, a Cemig pediu à Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) um reajuste de 29,74% nas contas de luz dos consumidores mineiros. A Aneel autorizou 14,24%. Ressalte-se que este é o índice máximo. O reajuste nas contas de luz pode ser menor por decisão da Cemig e do governo mineiro”.

A propaganda dilmista poderia parar por aí. Mas vai além: “Hoje, grande parte dos consumidores mineiros paga uma alíquota de até 30% de ICMS na sua tarifa de energia, o maior índice do país. E foi a ação do governo federal que fez com que, no ano passado, os consumidores de todo o país tivessem uma redução média de 20,2% no valor da conta de luz”.

Alguns petistas comemoraram que esse episódio esteja acontecendo no momento em que o tucano Aécio Neves tem criticado o governo petista por aparelhar o Estado. O Blog ouviu: “Mas ele [Aécio] aparelhou o Estado de Minas Gerais para fazer uma propaganda falsa sobre como as contas de luz são reajustadas”.

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Cemig, estatal de luz de MG, faz anúncio na TV com ataque ao governo Dilma
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Fernando Rodrigues

Com verbas publicitárias do governo tucano, empresa credita ao governo federal o aumento da tarifa de luz

A Cemig (Companhia Energética de Minas Gerais) está com uma ampla campanha na TV na qual culpa o governo federal pelo aumento da tarifa de luz cobrada no Estado.

No comercial, um apresentador diz: “A tarifa da Cemig não é decidida pela Cemig”. Quem define, diz ele, “é um órgão do governo federal, a Aneel [Agência Nacional de Energia Elétrica], que fica lá em Brasília”. E segue: “E o governo federal, por meio da Aneel, acaba de determinar um reajuste da nossa conta de energia elétrica da ordem de 14%”.

Eis o vídeo:

 

Ou seja, trata-se do governo do PSDB de Minas Gerais (origem do pré-candidato tucano a presidente da República, Aécio Neves) culpando na TV o governo federal (da petista Dilma Rousseff) pelo aumento nas contas de luz que os mineiros passarão a pagar.

Ocorre que a própria Cemig havia apresentado uma planilha de custos para a Aneel na qual sugere um reajuste nas tarifas de energia de até 29%.

O PT mineiro reagiu por meio de uma nota assinada pelo presidente da legenda no Estado, o deputado federal Odair Cunha. Ele acusa o governo mineiro de “reiteradas tentativas de enganar a população com falsas propagandas”.

Esse episódio em Minas Gerais mostra um aperitivo de como será o nível da campanha eleitoral deste ano. Muitas acusações de todos os lados. Neste caso de Minas Gerais, chama a atenção o fato de o governo local usar verbas publicitárias do Estado para jogar a responsabilidade pelo problema energético do país nas costas da administração petista federal.

A Cemig, por meio de nota, diz que a propaganda em nenhum momento “afronta ou desrespeita” o governo federal e que seu objetivo é informar aos consumidores a competência de cada ente no reajuste da tarifa.

A estatal mineira também afirma que a diferença entre o reajuste solicitado e o concedido deve-se à mudança da projeção de arrecadação na Conta de Desenvolvimento Energético-CDE, estipulada pela Aneel. Segundo a Cemig, antes de definir o reajuste, a Aneel reduziu o valor de arrecadação estimado de R$ 638 milhões para R$ 190 milhões, aliviando o impacto na tarifa. Além disso, a Cemig alega que a Aneel projeta que o preço da energia vá cair no curto prazo.

(Texto atualizado às 20h30)

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Tucano Pimenta da Veiga pede “súplica” aos eleitores
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Fernando Rodrigues

Em cerimônia tradicional e em tom messiânico, PSDB lança seu nome para Minas Gerais

Já faz alguns dias que o PSDB lançou seu nome para o governo de Minas Gerais, mas algo ficou sem visibilidade no noticiário: o tom político fortemente tradicional do tucano Pimenta da Veiga, que pediu aos militantes presentes que erguessem seus braços “numa atitude de súplica”.

Havia ali, na última 5ª feira (20.fev.2014), um clima quase messiânico, religioso. Não parecia o comício de um partido, o PSDB, que no plano nacional vive pregando renovação e uma nova política.

É claro que a política mineira é realmente dada a tradicionalismos. Mas ao assistir ao vídeo fica uma impressão de algo meio antigo. Um discurso que não parece estar “embedado” no atual século 21. Eis o trecho da “súplica”:

 

Ex-prefeito de Belo Horizonte e ex-ministro das Comunicações do governo Fernando Henrique Cardoso, Pimenta da Veiga tem 66 anos. No seu discurso da semana passada, explorou o sentimento de “pertencimento mineiro”, com forte carga regionalista: “Tolos, muito tolos, são aqueles que acham que os mineiros são bobos. Bobos são eles. E os mineiros saberão dar a resposta. Mas a resposta de Minas será, como sempre, altaneira, vigorosa e pacífica”.

É certamente um discurso que funciona para uma parcela significativa do eleitorado de Minas Gerais. Mas que também, certamente, não evoca renovação nem muito menos uma política diferente –como parece ser uma demanda dos brasileiros neste momento.

Pimenta venceu a disputa interna no PSDB contra o presidente da legenda em Minas Gerais, o deputado federal Marcus Pestana –que também queria ser candidato ao governo do Estado. O atual governador, Antonio Anastasia, lançará seu nome ao Senado.

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