Blog do Fernando Rodrigues

Arquivo : Paulo Skaf

PDT, PMDB, PP, PSB, PSD, PSDB e PTB têm políticos e parentes com offshores
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Fernando Rodrigues

PMDB: Newton Cardoso Jr. e filho de Edison Lobão 

PP: Vadão Gomes; no PTB e PSD, João Lyra 

PSB: filho de Márcio Lacerda, de Belo Horizonte 

PSDB: Sérgio Guerra, ex-presidente nacional tucano 

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Da esquerda para a direita: João Lyra, Newton Cardoso Jr. e Newton Cardoso pai

Os arquivos da Mossack Fonseca mostram que o escritório panamenho criou ou vendeu empresas offshore para políticos brasileiros e seus familiares. Há ligações com PDT, PMDB, PP, PSB, PSD, PSDB e PTB. 

Entre outros, aparecem vinculados a empresas offshores o deputado federal Newton Cardoso Jr. (PMDB-MG) e o pai dele, o ex-governador de Minas Gerais Newton Cardoso; o ex-ministro da Fazenda Delfim Netto; os ex-deputados João Lyra (PSD-AL) e Vadão Gomes (PP-SP), e o ex-senador e presidente do PSDB Sérgio Guerra, morto em 2014.

Há também alguns parentes de políticos que têm ou tiveram offshores registradas. É o caso de Gabriel Nascimento Lacerda, filho do prefeito de Belo Horizonte, Márcio Lacerda (PSB), e de Luciano Lobão, filho do senador Edison Lobão (PMDB-MA). 

O Blog procurou todos os mencionados na reportagem. Leia aqui o que cada um disse.  

A lei brasileira permite a qualquer cidadão ter uma empresa num paraíso fiscal. É necessário, entretanto, que a operação esteja registrada no Imposto de Renda do proprietário. Quando há envio de recursos para o exterior é também obrigatório informar ao Banco Central sobre a operação, em casos que superem determinado valor.

A documentação usada nesta reportagem foi obtida pelo ICIJ (Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos), organização sem fins lucrativos e com sede em Washington, nos EUA. O material está sendo investigado há cerca de 1 ano para a preparação da série Panama Papers. Participam dessa investigação com exclusividade no Brasil o UOL, o jornal “O Estado de S.Paulo” e a Rede TV!.

As informações são originais, da base de dados da Mossack Fonseca. Os dados foram obtidos pelo jornal alemão Süddeutsche Zeitung e compartilhados com o ICIJ. 

Funcionários da Mossack Fonseca dizem, em trocas reservadas de e-mails, que a política da companhia é “não atender pessoas que têm ou tiveram cargos políticos”.

Algumas das offshores foram utilizadas pelos políticos e seus parentes para comprar bens e imóveis no exterior. Outras serviram para movimentar contas bancárias em países como a Suíça. 

No Brasil, foram checados pelo UOL no banco de dados os nomes de pessoas classificadas no mercado financeiro como “PEPs” (do inglês, “politically exposed person” ou “pessoa politicamente exposta”). O cruzamento realizado incluiu os 513 deputados federais, os 81 senadores e seus suplentes, os 1.061 deputados estaduais eleitos em 2014 e os 424 vereadores das 10 maiores cidades brasileiras.

Foi checado o nome da atual presidente e os de todos os seus antecessores vivos, além de seus familiares mais próximos. Os ministros atuais e ex-ministros do STF e de todos os tribunais superiores também foram checados, além de dos candidatos à governador e à Presidência da República em 2014.

Muitos outros cruzamentos foram realizados e o resultado que tenha relevância jornalística e interesse público será publicado nas próximas reportagens da série Panama Papers.

O UOL detalha a seguir os principais casos de empresas em paraísos fiscais relacionadas a políticos brasileiros e seus parentes.

CLÃ NEWTON CARDOSO
O deputado federal Newton Cardoso Jr (PMDB-MG) e seu pai, o ex-governador de Minas Newton Cardoso, usaram empresas offshores para comprar um helicóptero e um flat em Londres.

Newton Cardoso Jr elegeu-se deputado pela 1ª vez em 2014. A offshore Cyndar Management LLC foi aberta em 2007, no Estado norte-americano de Nevada, quando ele ainda não tinha mandato. Trocas de e-mails encontradas no acervo da Mossack Fonseca mostram que o objetivo da empresa era comprar um helicóptero, no valor de US$ 1,9 milhão.

O helicóptero é da marca Helibrás, modelo Esquilo AS350 B-2. Tem capacidade para 5 passageiros e autonomia de 3h de voo. O helicóptero foi comprado de outra offshore, sediada nas Ilhas Virgens Britânicas. O equipamento foi arrendado à Companhia Siderúrgica Pitangui, de propriedade da família Cardoso, no fim de 2007.

A companhia continua ativa, segundo o registro da Mossack Fonseca. Em 2011, Cardoso decidiu vender a aeronave, o que acabou acontecendo só em 2013. O preço acertado foi de US$ 1 milhão. Quem adquiriu o helicóptero foi Inácio Franco, hoje deputado estadual pelo PV-MG, por meio de uma empresa de sua propriedade.

Como a aeronave foi vendida antes da 1ª disputa eleitoral de Newton Cardoso Jr, este não tinha necessidade de declará-la ao TSE.

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Documento de incorporação da offshore de Newton Cardoso Jr

FLAT EM LONDRES
Já Newton Cardoso, o pai, adquiriu uma offshore em out.1991, quando ainda era governador de Minas Gerais. A Desco Trading Ltd. foi usada para comprar um flat em Londres em jul.1992, pouco depois de Newton deixar o governo de Minas Gerais. O valor à época: 1,2 milhão de libras. Esse montante hoje (abril de 2016) convertido em reais equivaleria a aproximadamente R$ 6,3 milhões.

Documentos da Desco Trading mostram que o objetivo da companhia era receber aluguéis. Os valores deveriam ser depositados numa conta no Lloyds Bank de Londres.

A família Newton Cardoso nega irregularidades. Leia aqui o que disseram ao UOL.

newton-desco-editDE ALAGOAS, JOÃO LYRA
Papéis da Mossack Fonseca indicam que o ex-deputado João Lyra (PSD-AL) utilizou uma empresa offshore para abrir e manter uma conta no banco suíço Pictet Asset Management, a partir de 2009.

Em 2010, Lyra foi eleito deputado federal pelo PTB de Alagoas (depois, em 2011, filiou-se ao PSD). A offshore e a conta bancária não aparecem na declaração de bens que Lyra entregou à Justiça Eleitoral.

O ano de abertura da offshore coincide com o agravamento da situação das empresas de Lyra. No fim de 2008, o Grupo João Lyra apresentou um pedido de recuperação judicial ao Tribunal de Justiça de Alagoas.

Em janeiro de 2009, a Mossack Fonseca abriu para ele uma companhia offshore chamada Refill Trading Corp. Pouco depois, em fevereiro, a Mossack Fonseca recebeu documentos para abrir uma conta em nome da Refill no Pictet Asset Management, um banco suíço. O nome de Lyra aparece anotado à mão, ao lado de uma assinatura, nos documentos de abertura da conta.

Lyra foi senador por Alagoas de 1989 a 1991 e deputado federal por 2 mandatos (2002 a 2006 e 2010 a 2014). Produtor de açúcar e álcool, ficou conhecido como o deputado mais rico do país após declarar à Justiça Eleitoral um patrimônio de R$ 246,6 milhões.

Em 2008, uma fiscalização do Ministério Público do Trabalho encontrou 53 trabalhadores vivendo em condições análogas à de escravidão em usinas do ex-congressista. Em 20 de fevereiro de 2015, o Diário de Justiça Eletrônico do Tribunal de Justiça de Alagoas (TJ-AL), publicou a determinação de venda dos bens da massa falida do grupo Laginha Agroindustrial S/A, pertencente a João Lyra –empresa que teve falência decretada em 2008.

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Documentos de abertura de conta em nome da offshore de Lyra

TUCANO: SÉRGIO GUERRA
O ex-senador e ex-presidente nacional do PSDB Sérgio Guerra (1947-2014) aparece nos documentos da Mossack Fonseca. Outra pessoa que manteve boas relações com o PSDB e está no banco de dados da firma panamenha é o banqueiro Saul Sabbá, do Banco Máxima.

Guerra adquiriu uma empresa offshore com a mulher, Maria da Conceição, e um dos filhos, Francisco. A New Deal Corporation emitiu poderes para os 3 em mar.1992, quando Guerra era deputado federal pelo PSDB de Pernambuco. A transação foi intermediada por um escritório de Miami (EUA).

Em 1994, a companhia foi desativada por falta de pagamento das taxas do ano de 1993. De acordo com a correspondência da Mossack Fonseca, os Guerra não voltaram a manifestar interesse em manter a empresa.

Já Saul Dutra Sabbá, do Banco Máxima, manteve uma offshore com a Mossack & Fonseca de 1997 a 2001. A ICC Asset Management, LTD estava registrada nas Bahamas. Poderes de representação foram emitidos para Sabbá e outros 3 executivos do Banco Máxima em 17.jun.1997.

Em mar.2001, a ICC foi transferida para outra firma de criação de offshores, a Sucre & Sucre Trust, também nas Bahamas. Não há mais registros sobre a empresa nos arquivos da Mossack.

O Banco Máxima informa em seu site que deu consultoria ao “governo brasileiro no Programa Nacional de Desestatização (PND), que resultou no fortalecimento de grandes empresas, como Vale e CSN”.

O PND foi criado pela lei 9.491, de 9.set.1997, cerca de 3 meses depois de Sabbá ter recebido o poder de representação da offshore por meio da Mossack Fonseca.

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Documento de incorporação da offshore de Sérgio Guerra

O FILHO DE EDISON LOBÃO
Luciano Lobão adquiriu uma empresa offshore com a Mossack Fonseca em agosto de 2011. A VLF International Ltd teve como intermediário um escritório de advogados de Miami Beach, na Flórida.

A offshore foi usada para comprar um apartamento em Miami Beach em 2013, por US$ 600 mil. O imóvel foi vendido no ano seguinte por US$ 1,08 milhão. A mulher de Luciano Lobão, Vanessa Fassheber Lobão, também aparece como dona da VLF International.

Luciano é filho do senador e ex-ministro Edison Lobão (PMDB-MA). Ele nunca se envolveu diretamente com política, mas é dono de uma empreiteira, a Hytec, que é responsável por obras do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento, do governo federal) no Maranhão.

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Assinatura de Luciano Lobão em documento da VLF International

Em dez.2015, uma casa de propriedade de Luciano no bairro Lago Sul, em Brasília, foi alvo da fase Catilinárias da Operação Lava Jato. As ligações políticas de Luciano só foram descobertas pela Mossack em agosto de 2014.

Em e-mail encaminhado ao Blog, Luciano Lobão disse que a VLF International foi declarada à Receita e devidamente tributada. A operação teria sido legal.

OUTROS POLÍTICOS E SUAS OFFSHORES
A seguir, um resumo de como alguns outros políticos e seus familiares se relacionaram com a Mossack Fonseca, de acordo com a investigação Panamá Papers:

Gabriel Nascimento de Lacerda é filho do prefeito de Belo Horizonte, Márcio Lacerda (PSB). Em 2012, a Mossack Fonseca emitiu documentos para que ele pudesse operar uma conta bancária no Banque Morval, em Genebra, na Suíça.

A offshore controlada por Gabriel é a Nessa Properties Limited. Em janeiro de 2014, Lacerda abriu uma subconta no mesmo Banque Morval, controlada pela Nessa Properties.

Em 2015, o Blog já havia identificado outra conta de Gabriel e de 2 irmãos no HSBC da Suíça. Essa conta foi devidamente declarada à Receita Federal e a saída do dinheiro está informada ao Banco Central, como determina a lei brasileira.

Delfim Netto criou uma companhia offshore com a Mossack Fonseca em 2008, a Aspen 2 Consult Ventures Ltd. A empresa foi controlada por ele e pela filha, Fabiana.

Na mesma negociação, criou-se outra companhia de nome parecido: a Best 2 Consult Ventures, que tem como controlador Luís Ramon Petrillo. Ele é sócio de Delfim Netto na Best Consult, uma firma de consultoria que é descrita como “sucesso entre clientes”. Ambas as empresas foram registradas nas Ilhas Virgens Britânicas. A Aspen ficou inativa logo em seguida, em 2009. Segundo Delfim, as empresas não chegaram a movimentar qualquer valor.

Delfim Netto é economista. Ocupou vários cargos públicos ao longo da vida, inclusive o de ministro da Fazenda (1967-1974), durante a ditadura militar. Sua última função pública foi a de deputado federal pelo PMDB de São Paulo –antes ele foi por muitos anos filiado ao PP. Ficou na Câmara por 5 mandatos, até 2007.

Etivaldo Vadão Gomes abriu uma empresa offshore por meio da Mossack Fonseca em 2011. O nome escolhido, South America Beef Company S.A, parece relacionar-se com a atividade empresarial do ex-deputado. Ele foi dono de um frigorífico que pediu recuperação judicial em 2008.

Vadão Gomes exerceu 4 mandatos como deputado federal por vários partidos. Sua última legenda foi o PP. Ele deixou a Câmara em 2011, depois de perder as eleições em 2010. Segundo e-mails da Mossack Fonseca, o objetivo da offshore era investir em ações, títulos e imóveis, no Brasil e no exterior.

Ao descobrir a ligação de Vadão com a política, a Mossack Fonseca suspendeu a criação da offshore até que ele prestasse as informações sobre seu mandato e sobre as denúncias de envolvimento com o mensalão. Ele foi absolvido. Documentos posteriores indicam que a sociedade foi criada.

POLÍTICOS COM OFFSHORES LEGAIS
Há algumas pessoas politicamente expostas (PEPs, na sigla em inglês) que possuem offshores e comprovadamente fizeram os registros necessários perante as autoridades brasileiras. Nesses casos, por liberalidade dos citados, o Blog teve acesso às suas declarações de bens à Receita Federal. São elas:

Paulo Octávio foi vice-governador de Brasília pelo DEM na gestão de José Roberto Arruda. A chapa foi eleita em 2006.

PO, como é conhecido, chegou assumir o governo por menos de um mês, em fevereiro de 2010, quando Arruda foi preso. A offshore de Paulo Octávio é mencionada em uma reportagem do “Miami Herald”.

Em 2011, Paulo Octávio abriu uma offshore nas Ilhas Virgens Britânicas. A empresa estava em nome dele e da mulher, Anna Christina Kubitscheck. Ele é um dos empresários mais ricos de Brasília, com forte atuação no ramo imobiliário. Em 2014, teve seus bens bloqueados por uma decisão judicial.

A sociedade foi batizada de Mateus 5 International Holding Inc. Segundo os registros da Mossack Fonseca, offshore continua ativa. Os documentos não deixam claro qual o objetivo do empreendimento. Ao Blog, Paulo Octavio disse que a empresa foi criada para a aquisição de um apartamento em Miami, onde o filho dele viveu enquanto estudava administração.

O empresário mostrou à reportagem suas declarações de bens nas quais consta a empresa Mateus 5. A companhia foi devidamente tributada.

Gabriel Junqueira Pamplona Skaf é filho de Paulo Skaf, atual presidente da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) e que trabalha para ser candidato do PMDB ao governo de São Paulo na eleição de 2018. Já concorreu a esse cargo nas disputas de 2010 e 2014.

De maio de 2008 a julho de 2009, Gabriel foi dono da Sunrise Management Finance Ltd. Em 2009, desfez-se da empresa. A offshore foi incorporada nas Ilhas Virgens Britânicas. O objetivo era abrir uma conta bancária.

Todos os dados da Sunrise estão lançados na sua declaração de Imposto de Renda de Gabriel. A operação foi legal.

Rodrigo Meyer Bornholdt foi candidato a deputado estadual em Santa Catarina pelo PDT, em 2010, e não se elegeu. Antes, de 2005 a 2008, foi vice-prefeito de Joinville (SC), na gestão do tucano Marco Tebaldi, hoje deputado federal.

Max Roberto Bornholdt, pai de Rodrigo, aparece nos arquivos como titular de uma offshore. Ele foi secretário da Fazenda de Santa Catarina de 2003 a 2006, na gestão de Luiz Henrique da Silveira (PMDB), morto em 2015.

A primeira offshore da família, a Auras Management Group SA, foi adquirida no fim de 2010 e tinha como titulares Max, a mulher, Eliane, e Isabela Meyer Bornholdt. Já Rodrigo aparece como titular da Talway International SA, adquirida em dezembro de 2011 com o pai e Karla Cecilia Adami Bornholdt. As empresas foram usadas para adquirir um imóvel em Punta del Este, no Uruguay.

As offshores da família Bornholdt são legais e estão declaradas à Receita Federal do Brasil.

Participaram da série Panama Papers os repórteres Fernando Rodrigues, André Shalders, Mateus Netzel e Douglas Pereira (do UOL), Diego Vega e Mauro Tagliaferri (da RedeTV!) e José Roberto de Toledo, Daniel Bramatti, Rodrigo Burgarelli, Guilherme Jardim Duarte e Isabela Bonfim (de O Estado de S. Paulo).

Saiba como foi feita a série Panama Papers

Leia tudo sobre os Panama Papers

O que é e quando é legal possuir uma empresa offshore

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Na Fiesp, “falta de credibilidade” do governo Dilma dominou debate
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Fernando Rodrigues

Ninguém se dispôs a defender o administração federal

Michel Temer foi neutro, sem ataques mas sem elogios

Impeachment não foi mencionado durante o jantar

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Jantar de empresários ontem na Fiesp – Foto: Ayrton Vignola/Fiesp (27.ago.2015)

O jantar promovido ontem (27.ago.2015) ontem pela Fiesp para 25 convidados foi cheio de discursos pessimistas a respeito do estado da economia. Todos os presentes (a lista está no final deste post) se mostraram também pouco confiantes na capacidade do governo para se recuperar, sobretudo pela falta de credibilidade que enxergam na administração atual comandada pela presidente Dilma Rousseff.

Embora o tema “impeachment” não tenha sido tratado de maneira aberta, a expressão “falta de credibilidade” foi a pedra de toque do encontro. Mesmo empresários que falam bem do governo em público, como Rubens Ometto (da Cosan), foram duros em suas críticas. Ometto reclamou da política federal para o uso de etanol, que é a sua área.

Quando alguém fazia alguma ressalva era quase sempre em causa própria. Murilo Portugal (Febraban) e Fábio Barbosa (conselheiro do Itaú) defenderam a política de alta dos juros. Argumentaram que agora o Banco Central apenas está corrigindo o erro cometido no primeiro mandato de Dilma, quando a taxa Selic foi rebaixada de maneira equivocada, no entender do mercado.

Benjamin Steinbruch (CSN), que em abril deste ano escreveu que a economia melhoraria “significativamente a partir do terceiro e quarto trimestres“, ontem misturou pessimismo com otimismo: “Eu duvido que tenha país do mundo, com uma taxa de juros dessa, com uma inflação que não é de demanda, e esteja ainda em pé. E é isso que ainda dá alguma esperança”.

Na sua intervenção, Luiz Carlos Trabuco (Bradesco), disse que um dos grandes problemas do país no momento é “a falta de confiança” combinada com a “falta de esperança”.

Um dos mais inflamados a respeito da crise atual foi Jorge Gerdau Johannpeter (Grupo Gerdau), afirmando que a indústria está “morrendo”.

Michel Temer, o último a falar, fez um discurso ponderando sobre os conceitos de “governo”, “governança” e “governabilidade”. Não criticou a administração da qual participa, mas tampouco fez uma defesa enfática da presidente Dilma Rousseff.

Paulo Skaf, anfitrião da noite, concedeu entrevista ao final. Disse que não há mais voto de confiança ao ministro da Fazenda, Joaquim Levy. A razão teria sido a defesa que Levy fez do aumento de impostos sobre a folha de pagamento das empresas.

“Foi a gota d’água. Tivemos 500 mil postos de trabalho fechados no primeiro semestre, e a previsão de fechar mais 1 milhão no segundo semestre”, afirmou o presidente da Fiesp.

Sobre a volta da CPMF para financiar a saúde, Skaf posicionou-se enfaticamente contra. “Não tem o mínimo sentido criar uma contribuição para a saúde. Depois vão querer criar uma contribuição para a educação, para a segurança… (…) Nós vamos bombardear no Congresso esta iniciativa do governo ou qualquer outra que esteja ligada ao aumento de impostos”.

QUEM FOI AO JANTAR
Além do staff da Fiesp, os principais convidados ao jantar de ontem foram os seguintes (em ordem alfabética):

1) Antonio Delfim Netto (ex-ministro da Fazenda);

2) Benjamin Steinbruch (CSN);

3) Carlos Alberto de Oliveira Andrade (presidente da Caoa);

4) Fábio Barbosa (conselheiro do Itaú);

5) Flavio Rocha (Riachuelo);

6) Gustavo Diniz Junqueira (presidente da Sociedade Rural Brasileira);

7) Henrique Meirelles (ex-presidente do Banco Central);

8) Jorge Gerdau Johannpeter (Gerdau);

9) José Antônio Fernandes Martins (Marcopolo)

10) José Ricardo Roriz Coelho (presidente da Abiplast – Associação Brasileira da Indústria do Plástico);

11) José Yunes (advogado e amigo de Michel Temer);

12) Josué Gomes da Silva (Coteminas);

13) Luiz Carlos Trabuco (Bradesco);

14) Luiz Moan (presidente da Anfavea e diretor da GM);

15) Marcos da Costa (presidente OAB-SP);

16) Michel Temer (vice-presidente da República);

17) Nelson Jobim (ex-ministro da Justiça, da Defesa, ex-presidente do STF e filiado ao PMDB);

18) Murilo Portugal (presidente da Febraban);

19) Paulo Skaf (presidente da Fiesp);

20) Rafael Cervone Netto (presidente da Abit – Associação Brasileira da Indústria Têxtil);

21) Rodrigo Rocha Loures Filho (Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República);

23) Rubens Ometto Silveira Mello (Cosan);

24) Thierry Fournier (Saint Gobain);

25) Waldemar Verdi Júnior (Rodobens).

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Em meio à crise, empresários de São Paulo fazem homenagem a Michel Temer
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Fernando Rodrigues

Vice fica aliviado após deixar articulação de Dilma

Jantar na Fiesp terá 20 convidados da indústria

Peemedebista é moderado ao falar sobre impeachment

Saiba o que  fala Michel Temer em conversas privadas

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Michel Temer, vice-presidente, que será homenageado pela Fiesp

Cerca de 20 grandes empresários, e também alguns políticos e economistas, participam de um jantar amanhã (27.ago.2015) em homenagem ao vice-presidente da República, Michel Temer.

Será às 19h, no 16º andar do edifício número 1313 da avenida Paulista. É ali a sede da Fiesp, a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo.

O encontro foi organizado pelo presidente da federação, Paulo Skaf, que é filiado ao PMDB, o mesmo partido de Temer. Skaf é pré-candidato ao governo paulista em 2018. Mas é também um empresário sempre disposto a vocalizar críticas acerbas contra o governo da presidente Dilma Rousseff.

Até duas semanas atrás, o presidente da Fiesp ainda preservava o ministro Joaquim Levy. Agora, em conversas reservadas, fala coisas impublicáveis sobre o “contador da empresa”, como passou a descrever o titular da Fazenda.

O jantar em homenagem a Temer é uma forma de incensar e preservar o vice-presidente, que assumiria o Palácio do Planalto no caso de um impeachment de Dilma Rousseff.

Em público, os participantes do jantar fogem da interpretação de está se formando algum tipo de conchavo para fazer Temer chegar ao comando do país. Oficialmente, todos estarão ali para discutir a conjuntura econômica.

CONVIDADOS
Estão convidados para o jantar, entre outros, Alencar Burti (Associação Comercial de São Paulo), Benjamin Steinbruch (CSN), Flávio Rocha (Riachuelo), Jorge Gerdau (Gerdau), Josué Gomes da Silva (Coteminas), Luiz Carlos Trabuco (Bradesco), Luiz Moan (Anfavea a GM) e Rubens Ometto (Cosan). Devem também participar Nelson Jobim (ex-ministro da Justiça, da Defesa, ex-presidente do STF e filiado ao PMDB), Delfim Netto (ex-ministro da Fazenda) e Henrique Meirelles (ex-presidente da Banco Central).

É improvável que os convidados façam um discurso incendiário e potencializem as críticas cada vez mais severas de Skaf ao governo. O Blog apurou que poucos se mostram dispostos a acelerar algum tipo de mudança de governo fora do calendário eleitoral.

Apesar de muito insatisfeitos com o desempenho dilmista, cresce entre os integrantes do establishment a sensação de que ainda não surgiram as condições ideais para valer a pena apoiar uma troca de comando no país.

Uma das razões é que não há consenso entre os principais atores da oposição. Os tucanos Aécio Neves, Geraldo Alckmin e José Serra não se entendem sobre qual seria a melhor estratégia.

O impeachment neste momento também leva muitos empresários a achar que um governo pós-Dilma, na atual conjuntura, poderia ser desastroso. Há dificuldades econômicas intransponíveis no curto prazo. O PT faria uma oposição feroz a quem assumisse o Planalto agora. A desestabilização geral, eventualmente, prejudicaria ainda mais o ambiente de negócios no país.

Num cenário com essa conotação, o PT teria cerca de 3 anos para exercitar o que faz melhor –ser oposição– e talvez alavancar uma volta de Luiz Inácio Lula da Silva em 2018. A maioria dos empresários rejeita abrir espaço para que prospere essa hipótese.

VICE COMEDIDO
Uma saída que agradaria a todos seria instalar um governo de transição negociada, com Temer no lugar de Dilma. O vice é tido como pessoa afável, político experiente e em condições de conciliar forças políticas muitas vezes antagônicas.

Só que ninguém consegue encontrar uma saída para acomodar o PT e outros partidos de esquerda ou de centro-esquerda que não aceitam tal solução.

Também tem sido difícil convencer Temer a entrar num projeto desses, no qual ele teria de assumir algum protagonismo imediato. Daí a razão de se fazer um jantar da 5ª feira, para começar mostrar ao vice-presidente o tipo de apoio que poderá vir a ter.

Ocorre que Temer se comporta em privado quase da mesma forma como faz em público. Diz não haver condições de trabalhar contra o governo. Curiosamente, em conversas reservadas, passou a demonstrar estar aliviado após ter deixado a articulação política do Palácio do Planalto nesta semana.

Havia se decepcionado ao detectar “alguns ministros” tentando intrigá-lo com Dilma. “Não preciso ficar aturando isso”, diz a interlocutores que o procuram em seu gabinete. Mas perde tempo quem pensa em fazer Temer falar abertamente sobre os nomes dos seus desafetos. Seria Aloizio Mercadante? “Ele é um ministro que trabalha muito. É estudioso. Conhece os assuntos”, responde o vice. E Joaquim Levy? “O papel dele é esse mesmo, de tentar consertar a economia”.

Quando fala sobre a presidente da República, o peemedebista acha que sua colega de chapa eleitoral tem feito o que deveria fazer.

“O problema é que às vezes uma marca ruim pega. Lembro-me do Roberto Cardoso Alves. Ele uma vez falou aquela história do ‘é dando que se recebe’. E pegou. Por mais que se esforçasse, era a imagem que ficava dele. A presidente agora tem se esforçado para lançar programas, fazer as coisas que precisam ser feitas… Mas as pessoas parecem não querer ver”, diz Temer.

[Contexto: deputado por vários mandatos  Roberto Cardoso Alves [1927-1996] era um fazendeiro paulista, conservador e muito experiente. Apoiou a ditadura militar [1964-1985], mas acabou cassado em 1969 por se opor à cassação de um deputado de oposição ao regime. Durante o Congresso com poderes constituintes, em 1988, quis explicar como deputados e senadores votavam as propostas. Falou em público sobre a troca de favores entre Executivo e Legislativo. Fez uma “releitura” de São Francisco de Assis. “É dando que se recebe”, declarou Robertão, como era conhecido. A frase o marcou pelo resto da carreira].

A DEMORA EM TOMAR DECISÕES
O vice identifica o que poderia ser a gênese dessa dificuldade da presidente em obter reconhecimento para o que o peemedebista considera um esforço correto do Planalto no momento. “O efeito das ações às vezes é ruim porque elas vieram tarde”, opina.

Como assim? O vice explica. Desde o final do ano passado cobrava-se de Dilma Rousseff reconhecer alguns erros na condução da economia. Também se falou muito sobre a redução de ministérios.

Recentemente, a presidente ensaiou explicar porque errou na economia. Ofereceu uma explicação com baixo grau de verossimilhança, declarando que não teve como perceber exatamente a gravidade da situação antes do final de 2014, depois que já estava reeleita. A petista aproveitou também para  anunciar o corte de 10 ministérios.

Temer faz uma reflexão: “Tivessem vindo no final de 2014 ou no início de 2015, esses movimentos da presidente teriam efeito mais positivo. Eu mesmo já dei uma entrevista e disse que os governos erram. Isso acontece. Nessas ocasiões o ideal é reconhecer logo, de maneira serena, e corrigir o rumo”.

O pior é quando as medidas adotadas tardiamente podem acabar trazendo efeitos opostos ao que se pretende. Por exemplo, perguntou um interlocutor a Temer, quantos pontos a mais Dilma ganhará em sua popularidade cortando ministros? O vice balança a cabeça dando a entender que neste momento a petista nada agregará à sua taxa de aprovação. Pode até perder, pois estará irritando alguns setores dos movimentos sociais vão entender que estão perdendo representação no governo.

E quantos milhões o governo economizará com essa medida de cortes de ministros? Possivelmente, quase nada. “Mas agora não terá como recuar, pois ficaria muito ruim não fazer os cortes”, afirma Temer.

Metade dos cortes deve se dar eliminando algumas secretarias diretamente ligadas à Presidência da República. Ao longo do tempo, os titulares desses órgãos passaram a ter status de ministros.

A LISTA DOS CORTES
Eis aqui uma lista de onde devem sair os 10 cortados por Dilma Rousseff em setembro: Miguel Rossetto (Secretaria-Geral da Presidência); general José Elito (Gabinete de Segurança Institucional); Mangabeira Unger (Secretaria de Assuntos Estratégicos); Nilma Lino Gomes (Secretaria da Igualdade Racial); Eleonora Menicucci (Secretaria das Mulheres); Pepe Vargas (Secretaria de Direitos Humanos); Edinho Silva (Secom); Guilherme Afif Domingos (Secretaria da Micro e Pequena Empresa); Eliseu Padilha (Secretaria da Aviação Civil), Edinho Araújo (Secretaria de Portos) e Alexandre Tombini (ministro presidente do Banco Central).

No caso de Alexandre Tombini, trata-se apenas de retirar o título honorífico de ministro do presidente do Banco Central. Tudo continuaria do mesmo jeito, mas já seria um “ministério” a menos.

A Secretaria de Relações Institucionais (que distribui verbas e cargos) está vaga no momento e deve ser extinta.

O problema do corte de Ministérios é que não se trata apenas de uma medida de aspecto financeiro. Trará consequências políticas. Há ministros do PT, do PMDB e de outros partidos. Como dizer para essas siglas, em meio à crise política atual, que é necessário mais apoio no Congresso, mas que todos terão menos cargos no governo.

Essa medida contraintuitiva seria positiva quando a presidente estava mais popular e em condições de montar um governo mais de acordo com o que demandava a opinião pública.

“Talvez tivesse sido mais apropriado falar claramente que as condições políticas não permitem cortes de ministros no momento. Que o país precisa primeiro passar o atual fase de turbulência. Mas esse [cortes] foi o caminho escolhido”, analisa Temer.

Com longa carreira em vários governos, o vice-presidente deverá usar esse tipo de discurso para os empresários que vão homenageá-lo na Fiesp nesta 5ª feira à noite.

E se o assunto “impeachment” for colocado à mesa? Nesse caso, Temer responderá de maneira comedida. Só não se arrisca a fazer previsões a respeito de como se comportará um companheiro seu de partido, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

Cunha tem o poder de fazer andar um pedido de impeachment –basta aceitar um dos mais de 10 que estão sobre sua mesa. O que ele vai fazer? “Você sabe, o Eduardo Cunha é imprevisível”, responde Temer.

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Marta Suplicy avança na articulação para fazer o PMDB abandonar Haddad
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Fernando Rodrigues

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Marta e Temer: PMDB cada vez mais longe de Haddad em São Paulo

 

Neo-peemedebista tem encontro hoje com Skaf (Fiesp)

Michel Temer dá corda para negociações andarem

Estão cada vez mais robustas as articulações de Marta Suplicy para que o PMDB, seu novo partido, abandone a administração do petista Fernando Haddad na Prefeitura de São Paulo.

A ex-prefeita paulistana e hoje senadora por São Paulo entendeu o recado recebido de Michel Temer, vice-presidente da República e presidente nacional do PMDB. Ele recomendou que Marta começasse a falar com as pessoas que vão decidir qual será a posição do partido nas eleições municipais de 2016.

Marta tem conversado com vereadores paulistanos. Ontem, domingo (23.ago.2015), ela tinha marcada uma conversa com Gabriel Chalita, em teoria seu principal adversário interno no PMDB para a disputa da Prefeitura de São Paulo.

Nesta segunda-feira (24.ago.2015), no final do dia, Marta deve fazer uma visita ao presidente da Fiesp, Paulo Skaf. Ele é filiado ao PMDB e pretende ser candidato a governador de São Paulo em 2018. Foi um dos grandes incentivadores da entrada de Marta no PMDB.

Chalita é secretário da Educação na administração de Fernando Haddad. Ao assumir a função, ficou subentendido que poderia ser o candidato a vice-prefeito, em 2016, quando Haddad deve tentar a reeleição –e aí o PMDB estaria incorporado à aliança eleitoral paulistana com o PT.

Agora, com as dificuldades que a “marca PT” vem sofrendo em todo o país, o PMDB não está mais enxergando como uma grande vantagem ficar junto ao prefeito Haddad. Marta Suplicy tornou-se peemedebista com a perspectiva de ser candidata a prefeita pela legenda.

Ela tem dito a integrantes do PMDB paulistano que o cenário vai mudar bastante até 2016. Chega a afirmar que a presidente Dilma Rousseff pode perder o cargo e que o vice, Michel Temer, assumiria no lugar –e aí Gabriel Chalita seria ministro e não disputaria mais a vaga de candidato a prefeito em 2016.

É impossível saber como vão terminar as articulações de Marta. Só uma coisa é conhecida: ela tem se movimentado com muita disciplina e determinação.

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Poder e Política na semana – 25 a 31.ago.2014
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Fernando Rodrigues

Nesta semana, os candidatos a presidente da República se enfrentam no 1º debate e Marina Silva lança seu programa de governo.

A TV Bandeirantes realiza, na 3ª feira, o 1º debate com os candidatos à Presidência da República.

A presidente Dilma Rousseff, candidata à reeleição, participa de evento na Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura na 5ª feira. Na 6ª feira, concede entrevista ao jornal “O Estado de S.Paulo”, no Palácio da Alvorada. No sábado, o PT realiza caravanas pela reeleição da Dilma em diversas cidades do Brasil e a petista faz comício com o vice-presidente Michel Temer em Jales (SP).

Aécio Neves, candidato do PSDB a presidente, faz caminhada no Rio nesta 2ª feira. Na 4ª feira, concede entrevista ao jornal “O Estado de S.Paulo”, em SP. Na 5ª feira, participa de encontro com operários da construção civil, em SP, e reúne-se com prefeitos e líderes tucanos em Campinas (SP). No sábado, faz campanha em Barretos (SP).

Marina Silva, candidata do PSB, é entrevistada pelo Jornal Nacional, da TV Globo, na 4ª feira. Na 6ª feira, Marina lança seu programa de governo.

Na 3ª feira, o Ibope divulga às 18h (no site do jornal “O Estado de S.Paulo”) o resultado de pesquisa sobre as eleições para presidente da República e governador de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Pernambuco e Distrito Federal. Na 6ª feira, também no início da noite (nos telejornais da TV Globo), o Datafolha divulga resultado de sua pesquisa presidencial (cuja coleta de dados será na 5ª e 6ª feiras).

No Congresso, a CPI da Petrobras tem reunião marcada para 4ª feira. E o assunto é um só: tentar marcar rapidamente um novo depoimento do ex-diretor da estatal Paulo Roberto Costa, que está prestes a fazer um acordo de delação premiada com a Justiça. Esse é um fato policial que pode produzir grande impacto na eleição.

Eis, a seguir, o drive político da semana. Se tiver algum reparo a fazer ou evento a sugerir, escreva para frpolitica@gmail.com. Atenção: esta agenda é uma previsão. Os eventos podem ser cancelados ou alterados.

 

2ª feira (25.ago.2014)
Aécio no Rio – Aécio Neves, candidato do PSDB a presidente da República, faz caminhada de campanha na Rua da Alfândega, no Rio.

Luciana em Porto Alegre – Luciana Genro, candidata do PSOL a presidente da República, reúne-se com Roberto Robaina, candidato do partido ao governo do Rio Grande do Sul, e o filósofo Vladimir Safatle.

STF em SP – Luís Roberto Barroso, Teori Zavascki e Cármen Lúcia, ministros do Supremo, participam de debate sobre a Corte na Associação dos Advogados de São Paulo.

Corrida ao Bandeirantes – UOL, “Folha”, SBT e rádio Jovem Pan promovem debate com os candidatos ao governo de SP. No estúdio do SBT, às 18h, com transmissão ao vivo.

Palestra de Padilha – Alexandre Padilha, candidato do PT ao governo de SP, apresenta palestra em fórum da Sociedade Brasileira de Engenharia de Televisão e da Associação das Emissoras de Rádio e Televisão. Em SP.

Borges em SP – Mauro Borges, ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, participa de debate promovido pelo Lide (Grupo de Líderes Empresariais), em SP.

Legalização da maconha – Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa do Senado promove debate sobre a regulamentação do uso recreativo, medicinal ou industrial da maconha.

 

3ª feira (26.ago.2014)
Disputa pelo Planalto – TV Bandeirantes promove o 1º debate com os candidatos a presidente da República. Às 21h.

Marlene Bergamo/Folhapress - 30.set.2010

Sabatina com Everaldo – Pastor Everaldo, candidato do PSC a presidente da República, é sabatinado pela Rede TV e o portal IG.

Sabatina com Eduardo Jorge – Eduardo Jorge, candidato do PV a presidente da República, é sabatinado pela rádio CBN, em SP. Às 8h.

Skaf no centro de SP – Paulo Skaf, candidato do PMDB ao governo de SP, caminha na Rua 25 de março e apresenta palestra na Associação Comercial de SP.

Pesquisas Ibope – instituto divulga resultado de pesquisa sobre as eleições para presidente da República e governador de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Pernambuco e Distrito Federal.

Andrighi no CNJ – Nancy Andrighi, ministra do Superior Tribunal de Justiça, toma posse no cargo de corregedora nacional de Justiça.

Construção civil – FGV divulga o Índice Nacional de Custo da Construção e a Sondagem da Construção.

 

4ª feira (27.ago.2014)
Marina na Globo – Marina Silva, candidata do PSB a presidente da República, é entrevistada pelo Jornal Nacional, da TV Globo.

Sabatina com Aécio – Aécio Neves, candidato do PSDB a presidente da República, concede entrevista ao jornal “O Estado de S.Paulo”, em SP.

Everaldo em SP – Pastor Everaldo, candidato do PSC a presidente da República, concede entrevista à “Folha”, às 10h. Depois visita a Fundação Abrinq, às 11h. À tarde, reúne-se com Gilberto Nascimento, candidato ao Senado pelo PSC, em Sorocaba, no interior paulista.

Sabatina com Eduardo Jorge – Eduardo Jorge, candidato do PV a presidente da República, é sabatinado pelo portal G1, em SP.

Palestra de Skaf – Paulo Skaf, candidato do PMDB ao governo de SP, apresenta palestra sobre seu programa de governo em evento organizado pelo Lide (Grupo de Líderes Empresariais), em SP.

CPI da Petrobras – oposição tenta marcar novo depoimento do ex-diretor da estatal Paulo Roberto Costa, que está prestes a fazer um acordo de delação premiada com a Justiça.

Dívida – governo divulga relatório da dívida pública federal de julho.

Indústria – FGV divulga a Sondagem da Indústria.

Inflação – IBGE divulga o Índice de Preços ao Produtor nas Indústrias de Transformação.

Emprego – Dieese divulga pesquisa sobre emprego e desemprego.

Greve na USP – reitoria e sindicado dos funcionários da USP reúnem-se para discutir a greve na universidade.

 

5ª feira (28.ago.2014)
Dilma e a agricultura – presidente Dilma Rousseff, candidata à reeleição, participa de evento da Contag (Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura).

Aécio e operários – Aécio Neves, candidato do PSDB a presidente da República, participa de encontro com operários da construção civil. Em SP. À tarde, reúne-se com prefeitos e líderes tucanos em Campinas, no interior paulista.

Everaldo em SP – Pastor Everaldo, candidato do PSC a presidente da República, participa de debate na organização Pensamento Nacional das Bases Empresariais.

Luciana em Porto Alegre – Luciana Genro, candidata do PSOL a presidente da República, concede entrevista à Rede RBS, em Porto Alegre.

Palestra de Skaf – Paulo Skaf, candidato do PMDB ao governo de SP, apresenta palestra organizada pela OAB-SP, Associação Paulista dos Magistrados e Associação Paulista do Ministério Pública.

Disputa pelo Piratini – TV Bandeirantes promove debate entre candidatos ao governo do Rio Grande do Sul.

Compliance – Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) e Cedes (Centro de Estudos de Direito Econômico e Social) promovem o seminário “Compliance e Defesa da Concorrência”, em SP. Vinicius Carvalho, presidente de Cade, e João Grandino Rodas, presidente do Cedes e ex-reitor da USP, abrem o evento.

Mercado de energia – data limite para as distribuidoras pagarem parcela de R$ 1,322 bilhão às geradoras de energia.

Economia – FGV divulga a Sondagem de Serviços e do Comércio.

Tesouro – Conselho Monetário Nacional reúne-se em Brasília.

 

6ª feira (29.ago.2014)
Sabatina com Dilma – presidente Dilma Rousseff concede entrevista ao jornal “O Estado de S.Paulo”. Às 15h, no Palácio da Alvorada.

Programa de Marina – Marina Silva, candidata do PSB a presidente da República, apresenta seu programa de governo.

PIB – IBGE divulga resultado oficial do PIB do segundo trimestre.

Temer em Santa Catarina – vice-presidente Michel Temer comanda encontro nacional do PMDB em Florianópolis.

Sabatina com Everaldo – Pastor Everaldo, candidato do PSC a presidente da República, é sabatinado pelo portal G1.

Pesquisa Datafolha – instituto divulga pesquisa sobre as eleições presidenciais.

Skaf no interior – Paulo Skaf, candidato do PMDB ao governo de SP, faz campanha em São José do Rio Preto.

Palestra de Padilha – Alexandre Padilha, candidato do PT ao governo de SP, apresenta palestra na Associação Paulista dos Magistrados e na Associação Paulista do Ministério Público, em SP.

 

Sábado (30.ago.2014)
Dilma em campanha – PT promove caravanas pela reeleição da presidente Dilma Rousseff em diversas cidades do Brasil. Ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e Alexandre Padilha, candidato do PT ao governo de SP, participam. Dilma faz comício com o vice-presidente Michel Temer em Jales (SP).

Aécio em Barretos – Aécio Neves, candidato do PSDB a presidente da República, faz campanha em Barretos, no interior paulista.

 

Domingo (31.ago.2014)
Uso da água – Suécia sedia encontro mundial sobre uso da água. Até 5.set.2014.

 

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Justiça multa Facebook em R$ 100 mil/dia se não informar dado de Alckmin
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Fernando Rodrigues

Juiz determinou que rede social revele quem contratou serviço de publicidade para o tucano

Ordem atende a pedido da campanha de Paulo Skaf, que aponta suposta propaganda eleitoral antecipada

A Justiça Eleitoral de São Paulo determinou na tarde desta 6ª feira (1º.ago.2014) que o Facebook pague multa diária de R$ 100 mil caso não informe detalhes sobre o uso de links patrocinados na página na rede social do governador Geraldo Alckmin (PSDB), candidato à reeleição.

A ação é movida pela campanha de Paulo Skaf (PMDB). Os advogados do pemedebista acusam Alckmin de propaganda eleitoral antecipada por ter contratado, antes do início da campanha, o serviço de “links patrocinados” (imagem abaixo, “sponsored” em inglês).

alckmin
Esse serviço permite que um usuário pague ao Facebook para que sua página e seus posts apareçam com mais destaque para os outros usuários. A publicidade faz aumentar o número de seguidores e curtidas nos posts de determinada página e, consequentemente, a sua visibilidade na rede social.

A Justiça determinou ao Facebook que informe quem, quando e como pagou o serviço de links patrocinados na página do tucano. O objetivo é apurar a eventual prática de campanha antecipada e caixa 2.

“O Alckmin pagou para aumentar o volume do seu megafone antes da campanha. Quando a campanha começa, se beneficia disso. Quem considerava essa conduta ilegal não pagou e ficou com um volume mais baixo”, diz Fernando Neisser, advogado da campanha pemedebista. “Se a Justiça autorizar isso, significa dizer que todos podem vir a usar caixa 2 para fazer propaganda eleitoral antecipada”, afirma.

Disputa jurídica
A primeira ordem judicial contra o Facebook foi emitida na 5ª feira da semana passada (24.jul.2014), para ser cumprida em 48 horas. No sábado (26.jul.2014), o Facebook não entregou os dados e solicitou mais 5 dias, concedidos pelo juiz de forma “improrrogável” e sob pena de multa de R$ 10 mil por dia. Nesta 5ª feira (31.jul.2014), findo o prazo, a rede social não enviou as informações e pediu mais tempo –o juiz negou e aumentou a multa para R$ 100 mil diários a partir das 16h de sábado (2.ago.2014).

Na prática, a cobrança de multas pela Justiça Eleitoral costuma ser questionada e demora a ser paga. O destino dos recursos é o fundo partidário.

O Facebook afirma, por meio de seus advogados, que as providências solicitadas pela Justiça são “extremamente complexas” e difíceis de serem atendidas, também “por conta do ineditismo da ordem”. A rede social argumenta que cumprir a decisão envolve “pessoas físicas e jurídicas diversas, lotadas em outros continentes e adeptas de outros fusos horários”. A assessoria da campanha de Alckmin não comenta o assunto.

(Bruno Lupion)

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Meirelles recusa convite de Skaf e não será candidato ao Senado
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Fernando Rodrigues

Ex-presidente do BC desiste de disputar cargos na eleição deste ano

Sebastião Moreira/Efe - 13.abr.2009

O ex-presidente do Banco Central Henrique Meirelles comunicou no domingo (29.jun.2014) ao candidato ao governo de São Paulo pelo PMDB, Paulo Skaf, que prefere não disputar uma vaga ao Senado neste ano.

A conversa entre Meirelles e Skaf se deu por volta das 22h de domingo [leia P.S. abaixo]. O ex-BC disse ter pensado no assunto ao longo do fim de semana. Skaf havia pedido que ele reavaliasse a decisão de não disputar o Senado.

Meirelles disse ter resolvido manter a decisão: não será candidato. Afirmou, entretanto, que apoiava a decisão do PSD de apoiar Skaf na corrida pelo Palácio dos Bandeirantes, conforme antecipou o Blog na última sexta-feira (27.jun.2014). O ex-BC deve participar da convenção do PSD nesta segunda-feira (30.jun.2014), quando será homologada a aliança da legenda com o PMDB em São Paulo.

A chapa que o PSD vai apoiar para o governo de São Paulo é composta por Paulo Skaf (PMDB, candidato a governador) e José Roberto Batochio (PDT, candidato a vice-governador).

O nome para disputar o Senado nessa coligação ficou indefinido com a desistência de Meirelles.

post scpitum: 1) a conversa de ontem (29.jun.2014), às 22h, foi de Meirelles com um interlocutor de Paulo Skaf; hoje cedo (30.jun.2014), Skaf ainda tinha esperança de ter Meirelles como candidato; 2) o nome que o PSD pode oferecer para a vaga de candidato ao Senado será definido ao longo do dia. Estão no páreo, não necessariamente nesta ordem, Gilberto Kassab, Ricardo Patah e Alda Marco Antonio.

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Skaf convida Meirelles para ser candidato ao Senado
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Fernando Rodrigues

O candidato do PMDB ao governo de São Paulo, Paulo Skaf, convidou o ex-presidente do Banco Central Henrique Meirelles para ser o seu candidato ao Senado.

Meirelles é filiado ao PSD, partido que acaba de dar apoio formal à candidatura de Skaf –como antecipou hoje (27.jun.2014) o Blog.

O ex-presidente do BC tem sido cobiçado por vários partidos para compor alguma chapa neste atual ciclo eleitoral. Já foi cogitado para ser candidato a governador de São Paulo pelo PSD e a vice-presidente na chapa encabeçada pelo PSDB de Aécio Neves.

Cauteloso, Meirelles tem sempre negado interesse nesses projetos. Já recusou, inclusive, a possibilidade de ser candidato ao Senado pelo próprio PSD. Mas isso foi quando o partido ainda não havia definido seu rumo na corrida pelo Palácio dos Bandeirantes.

Agora, com a aliança entre PMDB e PSD, a conjuntura mudou. É com isso que Skaf conta para tentar convencer Meirelles a aceitar o convite e disputar uma vaga pelo Senado.

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PSD, de Kassab, vai apoiar Paulo Skaf (PMDB) para o governo de São Paulo
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Fernando Rodrigues

Leonardo Wen/Folhapress - 27.out.2009

O PSD acaba de decidir que vai apoiar oficialmente a candidatura de Paulo Skaf (PMDB) ao governo de São Paulo.

Hoje (27.jun.2014) de manhã, o presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, esteve com o ex-presidente do Banco Central Henrique Meirelles, que poderia ser o candidato do partido ao Palácio dos Bandeirantes. Meirelles declinou, como já havia rejeitado ser candidato ao Senado.

A decisão do PSD deve ser formalizada nesta segunda-feira (30.jun.2014), quando a legenda faz sua convenção estadual em São Paulo. Mas já está definido: o tempo de rádio e de TV deve ir para a campanha de Paulo Skaf.

O apoio do PSD tem relevância política porque esse partido tem o terceiro maior tempo de rádio e de TV durante a propaganda eleitoral. Está atrás apenas do PT e do PMDB. O PSDB tem um tempo igual ao do PSD.

Na disputa pelo Palácio dos Bandeirantes, a liderança é de Geraldo Alckmin (PSDB), o atual governador que busca a reeleição. Este Blog mantém uma compilação com todas as pesquisas disponíveis. O tucano está 47%, segundo o Datafolha, num cenário sem a presença de Gilberto Kassab. Skaf vem em segundo, com 21%. Alexandre Padilha (PT), registra 4%.

O apoio de Kassab a Skaf pode ser fundamental para alavancar o peemedebista na corrida pelo Bandeirantes. É também uma pancada nas pretensões do PT: Padilha continua sem decolar e cada vez com menos perspectivas de agregar tempo de TV para ter sucesso mais adiante depois do início da propaganda eleitoral.

Apesar de a notícia da aliança do PSD com o PMDB ser negativa para Padilha, para o PT nacional esse tende a ser um desfecho bom. É que o PSD e o PMDB apoiam oficialmente Dilma Rousseff na corrida pelo Palácio do Planalto. Com o eventual fracasso no nome petista na corrida pelo Bandeirantes, Dilma continuará a ter um palanque local forte por causa da coalizão entre Skaf e Kassab.

Até segunda-feira (30.jun.2014), o PMDB e Skaf vão definir como será a presença do PSD na chapa. No momento, a vaga de candidato a vice-governador está com o ex-presidente do Conselho Federal da OAB José Roberto Batochio, que é do PDT.

O PSD pode ficar com a vaga de candidato ao Senado ou até com a de vice-governador, mas não há ainda definição a respeito.

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Poder e Política na semana – 9 a 15.jun.2014
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Fernando Rodrigues

Nesta semana começam a Copa do Mundo e a temporada das convenções partidárias.

Na 2ª feira, a presidente Dilma Rousseff inaugura, pela manhã, o novo aeroporto de Natal. À tarde, sanciona lei que estabelece cotas para negros no serviço público federal, no Palácio do Planalto. Na 3ª feira, Dilma deve participar das convenções nacionais do PDT e do PMDB que selarão o apoio à sua candidatura à reeleição.

Aécio Neves, pré-candidato do PSDB a presidente da República, participa na 3ª feira, em Belo Horizonte, da convenção que formaliza a candidatura de Pimenta da Veiga ao governo de Minas Gerais. No sábado, convenção nacional do PSDB, em SP, confirma sua candidatura ao Planalto.

Eduardo Campos, pré-candidato do PSB a presidente da República, apresenta na 3ª feira palestra na Câmara de Comércio Brasil-EUA em São Paulo. Na 4ª feira, Campos comanda reunião da Executiva Nacional do PSB sobre as coligações nos Estados. Na 5ª feira, reúne-se com o Conselho da CNBB, em Brasília. No sábado, participa de convenções estaduais do PSB em Salvador e Goiânia. No domingo, comanda as convenções do partido em Brasília e Pernambuco.

O Congresso terá 2 depoimentos sobre a Petrobrás nesta semana: Paulo Roberto Costa, ex-diretor de Abastecimento da empresa, vai ao Senado na 3ª feira, e Graça Foster, presidente da companhia, na 4ª feira.

Na 5ª feira, começa a Copa do Mundo, em São Paulo, com Brasil versus Croácia. Dilma e o presidente da Fifa, Joseph Blatter, estarão no Itaquerão acompanhados de autoridades de diversos países.

No sábado, o PSC confirma a candidatura de Pastor Everaldo a presidente da República e o PV o nome de Eduardo Jorge para o cargo, e o PMDB lança oficialmente a candidatura de Paulo Skaf ao governo paulista. No domingo, o PT formaliza a candidatura deAlexandre Padilha ao Palácio dos Bandeirantes.

Ainda nesta semana, o Supremo deve analisar ações que questionam a constitucionalidade da resolução do Tribunal Superior Eleitoral que alterou a composição das bancadas na Câmara.

Eis, a seguir, o drive político da semana. Se tiver algum reparo a fazer ou evento a sugerir, escreva para frpolitica@gmail.com. Atenção: esta agenda é uma previsão. Os eventos podem ser cancelados ou alterados.

 

2ª feira (9.jun.2014)
Dilma no RN – presidente Dilma Rousseff comanda, pela manhã, cerimônia de inauguração do Aeroporto Internacional Governador Aluizio Alves, em Natal. À tarde, sanciona lei que estabelece cotas para negros no serviço público federal, no Palácio do Planalto.

Marina em Belo Horizonte – Marina Silva, pré-candidata a vice-presidente pelo PSB e líder da Rede, participa de encontro com militantes da Rede na capital mineira e defende uma candidatura própria do PSB ao governo do Estado.

Steinbruch e Elias Rosa – Benjamin Steinbruch, da CSN, que assumiu a Presidência da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de SP) após a licença de Paulo Skaf, pré-candidato do PMDB ao governo paulista, participa de jantar em homenagem ao procurador-geral de Justiça do Estado de SP, Márcio Elias Rosa, em São Paulo.

Skaf em Ourinhos – Paulo Skaf, pré-candidato do PMDB a governador de SP, assiste à apresentação da Orquestra Bachiana do Sesi/SP, sob a regência do maestro João Carlos Martins, em Ourinhos, interior paulista.
Índice de satisfação – Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico divulga Índice da Vida Melhor, que mede a satisfação das populações.

 

3ª feira (10.jun.2014)
Dilma com PDT e PMDB – presidente Dilma Rousseff deve participar das convenções nacionais do PDT e do PMDB que selarão o apoio à sua candidatura à reeleição. A convenção do PMDB ocorre no auditório Petrônio Portela, no Senado, e a do PDT na sede da legenda em Brasília.

Aécio em Minas – Aécio Neves, pré-candidato do PSDB a presidente da República, participa da convenção do diretório mineiro do partido que formaliza a candidatura de Pimenta da Veiga ao governo do Estado.

Convenções – a partir desta data, todos os partidos estão liberados para realizar as convenções que oficializam seus candidatos nas eleições de outubro.

Políticos no rádio e na TV – também a partir desta data as televisões e rádios estão proibidas de veicular programas apresentados ou comentados por candidatos, até o dia da eleição.

Eduardo e o comércio exterior – Eduardo Campos, pré-candidato do PSB a presidente da República, apresenta palestra na Câmara de Comércio Brasil-EUA em São Paulo.

Lula em SP  – ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva participa do LAC Global Summit, fórum de negócios na capital paulista.

Paulo Roberto Costa no Senado – ex-diretor de Abastecimento da Petrobras presta depoimento à CPI da Petrobras no Senado. Às 10h15.

CPI do Metrô de SP – Humberto Costa, líder do PT no Senado, tenta instalar a CPI Mista do Metrô de SP para investigar acusações de cartel e pagamento de propinas relacionadas à companhia.

Fifa reunida – organização realiza seu 64º Congresso, em São Paulo. Até 4ª feira (11.jun.2014).

Direito de resposta – plenário de Senado analisa projeto de lei que disciplina o direito de resposta às pessoas que se sentirem ofendidas por informações divulgadas pelos meios de comunicação.

Bruno Dantas no TCU – Câmara dos Deputados vota indicação de Bruno Dantas, consultor da Companhia Siderúrgica Nacional, para o cargo de ministro do Tribunal de Contas da União. A votação estava incialmente prevista para semana passada, mas foi adiada.

Paim na Câmara – José Henrique Paim, ministro da Educação, participa de mesa-redonda na Comissão do Esporte da Câmara sobre a presença do esporte na educação.

Campelo no CNJ – Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania do Senado sabatina Emmanoel Campelo de Souza Pereira e analisa sua recondução ao Conselho Nacional de Justiça.

Liberdade de culto – seguidores do Candomblé e da Umbanda realizam protesto na Praça dos Três Poderes, em Brasília, contra a “intolerância religiosa das emissoras de rádio evangélicas” e o “tratamento preconceituoso do Poder Judiciário”.

Assembleia da CET – agentes da CET na capital paulista realizam assembleia e podem decidir paralisar suas atividades.

PSD na TV – legenda apresenta programa em rede nacional de rádio e televisão. No rádio, das 20h às 20h10, e na TV, das 20h30 às 20h40.

PT na TV – legenda tem 3 minutos de propaganda em rádio e televisão, divididos em inserções de 30 segundos ou 1 minuto.

Agronegócios – IBGE apresenta resultado do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola.

Economia – IBGE apresenta sua Pesquisa de Estoques.

 

4ª feira (11.jun.2014)
Coligações do PSB – Eduardo Campos, pré-candidato do PSB a presidente da República, comanda reunião da Executiva Nacional do PSB, em SP, sobre as coligações nos Estados.

Graça Foster no Congresso – presidente da Petrobras presta depoimento à CPI Mista da Petrobras. Às 14h.

Repasse para municípios – Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania do Senado analisa proposta que aumenta em 2 pontos percentuais o repasse do IR e do IPI para o Fundo de Participação dos Municípios.

Inibidores de apetite – Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania do Senado analisa projeto de lei que suspende resolução da Agência Nacional de Vigilância Sanitária e libera a venda de inibidores de apetite.

Emprego – IBGE apresenta resultado da Pesquisa Industrial Mensal sobre Emprego e Salário. FGV também divulga o Indicador Antecedente de Emprego e o Indicador Coincidente de Desemprego.

Inflação – FGV apresenta resultado do IPC-C1.

Serviços – FGV divulga a Sondagem de Serviços.

Ideli na Suíça – Ideli Salvatti, ministra dos Direitos Humanos, participa em Genebra de reunião da Organização Internacional do Trabalho que aprova convenção sobre trabalho escravo.

Livro de Miriam – jornalista Miriam Leitão lança o romance “Tempos Extremos”, na Livraria Leitura, no Shopping Píer 21, em Brasília. Às 19h30.

 

5ª feira (12.jun.2014)
Abertura da Copa do Mundo – cerimônia de abertura da Copa do Mundo no Brasil, no Itaquerão, em São Paulo. Brasil enfrenta a Croácia às 17h. A presidente Dilma Rousseff e o presidente da Fifa, Jospeh Blatter, estarão no estádio acompanhados de autoridades de diversos países.

André Penner/AP - 1.jun.2014

Dilma e Bachelet – de manhã, antes de viajar para SP, a presidente Dilma Rousseff reúne-se com a presidente do Chile, Michelle Bachelet, em Brasília.

Expediente em órgãos públicos – Supremo Tribunal Federal, Senado Federa, Câmara dos Deputados e órgãos da administração federal trabalham em regime de meio-expediente, somente no período da manhã.

Feriado em SP – feriado municipal na capital paulista.

Campos e os bispos – Eduardo Campos, pré-candidato do PSB a presidente da República, reúne-se com o Conselho da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), em Brasília.

Protestos na Copa – central sindical Conlutas organiza passeata com concentração às 10h na sede do Sindicato dos Metroviários de SP, no Tatuapé, capital paulista.

Funcionalismo – Confederação dos Trabalhadores do Serviço Público Federal planeja realizar atos por reajuste salarial.

Comércio – IBGE divulga resultado da Pesquisa Mensal de Comércio.

Indústria – FGV divulga a Sondagem da Indústria.

PR na TV – legenda tem 5 minutos de propaganda em rádio e televisão, divididos em inserções de 30 segundos ou 1 minuto.

 

6ª feira (13.jun.2014)
Dilma e Lula em Pernambuco – presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva participam de ato político em Recife em apoio à candidatura de Armando Monteiro Neto (PTB) ao governo do Estado.

Lula no Piauí – ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva participa de convenção do PT do Piauí que lança a candidatura de Wellington Dias ao governo do Estado.

Bachelet no Mato Grosso – Michelle Bachelet, presidente do Chile, acompanha o jogo da seleção de seu país contra a Austrália, em Cuiabá.

 

Sábado (14.jun.2014)
Aécio, candidato – tucanos realizam convenção nacional que sela a candidatura de Aécio Neves a presidente da República. Há expectativa quanto à escolha do vice de Aécio.

Pastor Everaldo, candidato – partido realiza convenção nacional em SP para formalizar a candidatura de Pastor Everaldo Pereira a presidente da República.

Eduardo Jorge, candidato – partido realiza convenção nacional para formalizar a candidatura de Eduardo Jorge à Presidência da República. Na sede da legenda em Brasília.

Skaf, candidato – PMDB de SP realiza convenção estadual para formalizar a candidatura de Paulo Skaf ao governo paulista. No Expo Barra Funda, em SP.

Campos na Bahia e em Goiás – Eduardo Campos, pré-candidato do PSB a presidente da República, participa do Congresso Estadual do PSB em Salvador que formaliza a candidatura de Lídice da Mata ao governo e de Eliana Calmon ao Senado. Em seguida, participa do Congresso Estadual do PSB em Goiânia que sela a candidatura de Vanderlan Cardoso ao governo.

Marigoni, candidato – PSOL de SP realiza convenção que formaliza a candidatura de Gilberto Maringoni ao governo do Estado.

PR na TV – legenda tem 5 minutos de propaganda em rádio e televisão, divididos em inserções de 30 segundos ou 1 minuto.

Afeganistão vota – país elege seu novo presidente.

 

Domingo (15.jun.2014)
Campos no DF e em Pernambuco – Eduardo Campos, pré-candidato do PSB a presidente da República, participa, de manhã, do Congresso Estadual do PSB em Brasília. À tarde, segue para o congresso do PSB em Pernambuco.

Padilha, candidato – PT de SP realiza convenção estadual para formalizar a candidatura de Alexandre Padilha ao governo paulista. No Estádio da Portuguesa.

Colômbia vota – país realiza 2º turno das eleições presidenciais. Disputam o cargo o atual presidente, Juan Manuel Santos, e o opositor Óscar Zuluaga.

 

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