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PT perde 87% de seus eleitores pobres em São Paulo
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Fernando Rodrigues

6% dos que têm baixa renda pretendem votar na sigla

Em 2008, partido tinha 46% desse eleitorado

Blog compara pesquisas em datas similares 

Melhor desempenho de Haddad é na classe média

Ex-presidente Lula e Fernando Haddad, prefeito de São Paulo

Ex-presidente Lula e Fernando Haddad, prefeito de São Paulo

A 13 dias do 1º turno das eleições municipais, o PT está em uma situação complicada na cidade de São Paulo. O prefeito Fernando Haddad, candidato à reeleição, tem apenas 9% das intenções de voto nas pesquisas eleitorais.

Entre os mais pobres, a situação de Haddad é ainda pior. De acordo com a última pesquisa Datafolha, o prefeito alcança apenas 6% da preferência das pessoas com renda familiar mensal de até 2 salários mínimos.

O resultado é 87% menor do que o registrado pela sigla em 2008, quando Marta Suplicy disputou a prefeitura pelo PT. Naquele ano, na mesma fase da campanha, Marta tinha 46% da preferência dos mais pobres.

As informações são do repórter do UOL Victor Fernandes.

A cerca de 20 dias da disputa, data em que as pesquisas foram divulgadas, nunca um candidato do partido teve números tão baixos entre os eleitores de baixa renda.

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Em 18 de setembro de 2008, 17 dias antes do 1º turno, 46% dos eleitores com renda mensal de até 2 salários mínimos votariam em Marta Suplicy. À época, Marta tinha nesse eleitorado o seu melhor desempenho. No geral, 37% diziam votar na candidata.

Em 2012, Fernando Haddad tinha 15% das intenções de voto. Entre os mais pobres, alcançava 16%. Neste ano, os números são ainda piores. Haddad tem 9% da preferência dos eleitores.

Entre os mais pobres, apenas 6%. O porcentual significa uma perda de 87% em relação a 2008 e de 63% em relação a 2012.

PT NAS ÚLTIMAS 3 ELEIÇÕES
A cerca de 20 dias da disputa, candidatos do PT estavam em situações diferentes em 2008, 2012 e 2016.

Marta Suplicy foi a que conseguiu a melhor colocação nesta etapa da campanha. Em 2008, liderou a disputa durante todo o 1º turno. Depois, porém, foi ultrapassada por Gilberto Kassab (DEM). Disputaram o 2º turno, que acabou vencido pelo demista (hoje, Kassab está no PSD).

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Em 2012, Fernando Haddad tinha 15% da preferência dos paulistanos a 18 dias do 1º turno. Seu desempenho era parecido nas famílias pobres e ricas. Oscilava de 13% a 18% de acordo com a classe social do eleitor.

Haddad chegou ao 2º turno. Na disputa, venceu José Serra (PSDB) e tornou-se prefeito de São Paulo.

Neste ano, o petista tenta a reeleição. Sua popularidade, porém, é muito baixa. O prefeito tem 46% de rejeição.

Seu melhor desempenho é entre as famílias de classe média (12%), especificamente as com renda mensal de 5 a 10 salários mínimos. Entre os que ganham de 2 a 5 salários e os mais ricos, 10% afirmam votar no candidato que tenta se reeleger.

RUSSOMANNO E MARTA
Os candidatos Celso Russomanno (PRB) e Marta Suplicy (PMDB) lideram com folga a preferência do eleitorado de baixa renda. Russomanno alcança 31% e Marta, 27%. João Doria (PSDB) atinge 9%. Fernando Haddad (PT) tem 6% e Luiza Erundina (PSOL) 5%.

O resultado é parecido entre os menos escolarizados. Russomanno é o preferido por 36% das pessoas que estudaram até o ensino fundamental. Nesse segmento, Marta atinge 26% das intenções de voto. Doria, com 8%, Haddad, com 7%, e Erundina, com 3%, completam a lista dos mais bem posicionados.

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As 93 cidades mais importantes do país concentram 37,8% dos eleitores
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Fernando Rodrigues

G93 tem 54,5 milhões dos 144,4 milhões de eleitores que votam neste ano

“Grupo dos 93” reúne capitais e cidades com mais de 200 mil eleitores

Em outubro, 5.568 municípios vão eleger seus prefeitos e vereadores

PRB domina nas pesquisas para as prefeituras de São Paulo e Rio

Blog tem o levantamento de pesquisas mais completo da web

Foto de divulgação, Waldemir Barreto/Agência Senado

Celso Russomanno (PRB) e Marcelo Crivella (PRB) lideram nas pesquisas em São Paulo e Rio

O grupo das 93 cidades mais importantes do país –o G93– reúne 37,7% de todos os eleitores, embora represente apenas 1,7% do universo total de municípios brasileiros.

As capitais e cidades com mais de 200 mil eleitores (o G93) têm um eleitorado total de 54,5 milhões. No Brasil inteiro, há 144,4 milhões de pessoas habilitadas a votar nas eleições municipais deste ano, em 2.out.

Em outubro, 5.568 municípios devem eleger prefeitos e vereadores.

O Brasil tem 5.570 cidades, mas 2 não terão eleições municipais. Brasília (capital federal), onde há 1,96 milhão de eleitores, não elege prefeito nem vereadores (há 1 governador e deputados distritais). Em Fernando de Noronha (PE) o caso é semelhante: o município é considerado um distrito do Estado de Pernambuco, não tem prefeito e um número pequeno de eleitores (pouco mais de 2.300).

Em 2013, o mapa dos municípios no Brasil foi alterado. Antigos distritos foram emancipados. São essas as novas cidades criadas depois das eleições de 2012: Pescaria Brava (SC), Balneário Rincão (SC), Mojuí dos Campos (PA), Pinto Bandeira (RS) e Paraíso das Águas (MS). Juntos, estes municípios somam 45.273 habitantes e 42.235 eleitores.

No G93, a maior cidade é São Paulo, com 8,889 milhões de eleitores. A menor é a capital Palmas (TO), única cidade nesse grupo com eleitorado inferior a 200 mil (tem 173 mil).

Apenas nas cidades com 200 mil ou mais eleitores é que pode ser realizado um 2º turno. Isso ocorre quando nenhum dos candidatos a prefeito obtém, pelo menos, 50% mais dos votos válidos (eis a explicação do TSE). A Constituição determina que o 1º turno seja sempre realizado no primeiro domingo de outubro do ano eleitoral. O 2º turno, quando houver, é no último domingo do mesmo mês.

Na tabela a seguir estão listados os eleitorados do G93. As informações são do repórter Victor Vicente.


g-93OS PARTIDOS NO G93
Em 2012, nas últimas eleições, 20 partidos conseguiram eleger prefeitos dentro do G93. Em 2000, apenas 13 legendas tiveram candidatos vitoriosos na disputa pelos Executivos municipais mais relevantes.

Siglas como PRB, PTN e PV vão aos poucos tomando o espaço que no passado foi de grandes siglas –PT e PMDB, principalmente.

Quando se compara o número de prefeitos eleitos por partido em 2008 e 2012, essas siglas (PT e PMDB) foram as que experimentaram as maiores quedas. Em 2008, o Partido dos Trabalhadores elegeu 25 prefeitos no G93. Em 2012, caiu para 17.

O partido do presidente interino Michel Temer, o PMDB, elegeu 19 prefeitos em 2008 contra 10 em 2012 dentro do G93.

O quadro abaixo compara o desempenho dos partidos nas eleições de 2000 a 2012 com o atual cenário nas 26 capitais e nas 67 cidades com mais de 200 mil eleitores.

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PESQUISAS ELEITORAIS
Nos últimos 2 meses e meio, 268 cidades tiveram pesquisas registradas no TSE. Dessas, 42 fazem parte do G93. Com exceção de Amapá e Roraima, todos os outros Estados já têm alguma pesquisa municipal divulgada ou, no mínimo, registrada.

No Brasil, a legislação exige que todos os levantamentos de intenção de voto sejam registrados na Justiça Eleitoral, informando a metodologia de maneira detalhada. Pesquisas que não são registradas podem ser realizadas, mas seus resultados não podem ser divulgados na mídia.

Abaixo estão os dados detalhados das pesquisas registradas:

pesquisas-g93
SÃO PAULO E RIO
Nas 2 maiores cidades do país, São Paulo (SP) e Rio de Janeiro (RJ), o PRB lidera, de acordo com pesquisas recentes disponíveis. Na capital paulista, comandada por Fernando Haddad (PT), o pré-candidato Celso Russomanno (PRB) está na frente na disputa.

Russomanno enfrenta processo por peculato e pode ser impedido de concorrer às eleições municipais.

Já na capital fluminense, quem lidera é o senador Marcelo Crivella (PRB). Leia aqui os resultados das pesquisas mais recentes para as eleições de 2016.

É necessário enfatizar que essas pesquisas refletem o cenário atual e devem mudar até outubro.

REELEIÇÃO
Nos municípios do G93, prefeitos de 69 cidades estão aptos a tentar uma reeleição. Mas, com a atual crise política e econômica no país, 4 já desistiram da disputa: Eduardo Leite (PSDB) em Pelotas (RS), Alexandre Kireeff (PSD) em Londrina (PR), Alceu Barbosa Velho (PDT) em Caxias do Sul (RS) e o prefeito de Florianópolis (SC), Cézar Souza Jr. (PDT).

Este Blog, a página de política em atividade mais antiga da internet brasileira, também disponibiliza o mais completo acervo de pesquisas eleitorais da web, contendo levantamentos realizados desde as eleições do ano 2000.

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PT e PSDB só têm 4 candidatos cada um com chances de vencer nos Estados
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Fernando Rodrigues

Nas 27 disputas, quem está mais bem posicionado é o PMDB, com 9 nomes na liderança

PSB, que hoje governa 5 Estados, não tem agora nenhum franco favorito nas pesquisas

Principais postulantes ao Palácio do Planalto há 20 anos, o PT e o PSDB têm apenas 4 candidatos cada um com chances de sucesso nas disputas pelos governos dos 26 Estados e do Distrito Federal.

Essa é uma das conclusões de um levantamento que o Blog acaba de fazer com as 27 pesquisas mais recentes sobre as eleições de governadores.

O Blog tem o maior acervo de pesquisas eleitorais da internet brasileira, com dados desde o ano 2000.

Neste ano, de acordo com as últimas pesquisas realizadas antes do início da propaganda eleitoral em rádio e TV (em 19.ago.2014), momento considerado o da largada da campanha, o PSDB aparece com candidatos a governador numericamente em primeiro lugar em Goiás, Paraíba, Paraná e São Paulo. O PT lidera no Acre, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul e Piauí.

Eis como está a disputa nas 27 unidades da Federação, segundo as últimas pesquisas disponíveis:

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Como se observa na tabela acima (e também no post abaixo), os tucanos governam hoje 5 Estados (Alagoas, Goiás, Pará, Paraná e São Paulo). Nesse universo, estão no páreo como favoritos absolutos apenas em 3.

Os petistas estão no comando hoje do Acre, Bahia, Distrito Federal e Rio Grande do Sul. Nessas localidades, lideram apenas no Acre –Estado sob o PT há 16 anos (leia o histórico dos partidos dos Estados no post abaixo).

Este ano, 18 dos 27 governadores disputam a reeleição. Desses, apenas 3 despontam com favoritos para ganhar já no primeiro turno de 5 de outubro.

A seguir, uma compilação com o número de candidatos competitivos de cada partido:

projecoesEste Blog mantém a mais completa página de pesquisas eleitorais da internet brasileira, com levantamentos de todos os institutos desde o ano 2000. É possível consultar os cenários do 1º turno de 2014 para as disputas de presidente, governador e senador e do 2° turno de 2014 para presidente e governador.

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70% reprovam Agnelo (PT), governador de Brasília
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Fernando Rodrigues

Pesquisa do O&P mostra que petista não seria reeleito hoje na capital federal.

O governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz (PT), bateu recorde de desaprovação, segundo pesquisa do instituto O&P Brasil feita de 24 a 27.nov.2012 com 800 entrevistados. O estudo mostra que o petista é desaprovado por 70,3% da população da capital –maior índice registrado desde que a pesquisa começou a ser feita em maio de 2011.

Naquela 1ª pesquisa, 36,5% diziam desaprovar o governo recém-iniciado de Agnelo. Na 2ª pesquisa, de ago.2011, o governador foi rejeitado por 45,3% dos entrevistados. Em nov.2011, por 67,1%. Em mar.2012, por 65,5%.

O instituto também afirma que cresceu, desde mai.2011, o percentual de pessoas que avaliam negativamente o governo de Brasília. Essa taxa era 34% em mai.2011 e subiu para 45,2% em ago.2011. No levantamento seguinte, de nov.2011, também cresceu: 64%. Em mar.2012, foi 59,4%. E, agora, em nov.2012, chegou a 60,2%.

Brasília é uma das unidades da Federação mais ricas do Brasil. O orçamento anual da capital federal é de mais de R$ 20 bilhões, sendo que cerca de R$ 10 bilhões caem de mão beijada nos cofres da cidade: são fruto do Fundo Constitucional do Distrito Federal (dinheiro dos impostos de todos os brasileiros para sustentar o município). Ainda assim, apesar dessa fartura orçamentária, a cidade sofre com transporte público precário e sistema de saúde ruim.

A pesquisa do O&P (disponível aqui, na íntegra) simulou ainda 3 cenários possíveis na próxima eleição para governador do Distrito Federal, que acontecerá em 2014. Agnelo perde em todos e o senador Rodrigo Rollemberg (PSB) aparece em vantagem.

O 1º cenário é:

Rodrigo Rollemberg (PSB) – 20,4%
Toninho (PSOL) – 15,6%
Agnelo (PT) – 10,6%
Fraga (DEM) – 10,4%
Valmir Campelo – 6%
Nenhum  – 26,6%
Não sabem/não responderam – 10,4%

Como a pesquisa tem margem de erro de 3,5 pontos percentuais para mais ou para menos, o senador Rollemberg e Toninho do PSOL estão tecnicamente empatados –a diferença entre eles não supera a variação que o erro pode ocasionar em seus percentuais.

O 2º cenário:

Rodrigo Rollemberg (PSB) – 26%
Eliana Pedrosa (PSD) – 19,6%
Agnelo (PT) – 11,1%
Nenhum – 33,8%
Não sabem/não responderam – 9,5%

O 3º cenário:

Rodrigo Rollemberg (PSB) – 31,3%
Agnelo (PT) – 12,6%
Luiz Pitiman (PMDB)  – 8,5%
Nenhum – 35,8%
Não sabem/não responderam – 11,9%

O instituto O&P Brasil pertence ao sociólogo Fernando Jorge, irmão de Eduardo Jorge, um dos vice-presidentes do PSDB e ex-secretário-geral da Presidência no governo FHC. Fernando Jorge também é filiado ao PSDB. Seu instituto de pesquisas, no entanto, trabalha para diversas instituições e partidos. Entre os clientes do O&P, afirma, estão agências contratadas pelo atual governo do Distrito Federal –que solicitaram estudos de avaliação da comunicação do governador Agnelo– e o PSB, de Rollemberg. Na eleição de 2012, o instituto prestou serviços para o PP e o PSDB. Em 2010, para o PT e o PSC. Segundo Fernando Jorge, a pesquisa periódica de avaliação do governo é feita por iniciativa e com recursos próprios do O&P.

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2012 teve 13 viradas no 2º turno
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Fernando Rodrigues

Este é o ano com o maior número de reviravoltas entre 1ª e 2ª votação…

…pesquisas indicaram chance de reviravolta em 22 cidades.

Das 50 cidades que fizeram 2º turno de suas eleições para prefeito neste domingo (28.out.2012), 13 elegeram o candidato que havia ficado em segundo lugar no 1º turno. Trata-se de um recorde de viradas. Até agora, o máximo de inversões de resultado registradas em eleições para prefeito foi 12, em 2004. Em 1996, foram 7 viradas. Em 2000, 6. E em 2008, 5.

Neste ano também houve 6 viradas significativas –aquelas em que o vitorioso recuperou uma diferença de mais de 5 pontos percentuais que o separavam do adversário no resultado do 1º turno. Essa quantidade também havia sido registrada em 2004. Em 1996, foram 5. Em 2000 e em 2008, 4 para cada ano.

O candidato que conseguiu a recuperação mais expressiva neste domingo (28.out.2012) foi Alexandre Kireeff (PSD), em Londrina (PR). Ele terminou o 1º turno com 25,3% dos votos válidos contra 45,4%  de seu adversário, Marcelo Belinati (PP) –diferença de 20,1 pontos percentuais. No segundo turno, ficou 1,1 ponto à frente e venceu.

Entre os partidos, o que mais inverteu resultados foi o PT (3 viradas), seguido por PMDB e PDT (2 viradas cada um) e PP, PSC, PSD, PV, PTC e PSOL (1 cada).

O quadro abaixo mostra os resultados do 2º turno nas cidades que tiveram mudança das posições dos candidatos em relação ao resultado do 1º turno. Clique na imagem para ampliá-la.

O Blog já publicou levantamento sobre o histórico de viradas em eleições municipais. Nas 135 disputas em segundo turno que ocorreram de 1996 a 2008, só 30 terminaram com vitória de quem havia ficado atrás no 1º turno. Com os 50 segundos turnos e as 13 viradas de 2012, esse dado passa a 185 segundos turnos com 43 viradas.

Pesquisas
Levantamento publicado pelo Blog no sábado (27.out.2012), véspera do 2º turno, mostrou que as pesquisas apontavam chance de virada em 22 das 50 votações. Em 8 delas, a virada era dada como certa, porque o candidato que havia terminado o 1º turno em 2º lugar era líder isolado. Em outras 14, havia empate técnico entre os concorrentes.

Nas 8 cidades que tinham líderes isolados, a virada ocorreu em 7. Deste grupo, só Ponta Grossa (PR) não teve reviravolta. As outras tiveram: São Paulo (SP), Belém (PA), Curitiba (PR), Porto Velho (RO), Diadema (SP), Montes Claros (MG) e Petrópolis (RJ).

Nas outras 14 cidades, só Fortaleza (CE), Macapá (AP), Londrina (PR) e Sorocaba (SP) terminaram, de fato, com uma virada. As outras 10 cidades, não. São Gonçalo (RJ) e Joinville (SC) tiveram a inversão de posições, mas as pesquisas não mostravam essa possibilidade.

A tabela abaixo mostra as pesquisas usadas pelo Blog no post de sábado e aponta quais, realmente, tiveram virada. Clique na imagem para ampliá-la.

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Teto de rejeição para vencer no 1º turno é 36%
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Fernando Rodrigues

Em grandes cidades, candidatos com percentual maior  perderam ou precisam disputar 2º turno.

 

Acesse a lista completa dos campeões de rejeição do levantamento do Blog.

 

O Blog cruzou os resultados do 1º turno das eleições em grandes cidades com pesquisas realizadas antes da votação. Resultado: o maior índice de rejeição atribuído a um eleito foi 36%. Candidatos com percentual maior que este foram derrotados ou terão que se submeter às urnas novamente no próximo domingo (28.out.2012).

 

São 13 os eleitos que figuram entre os campeões de rejeição apontados pelos institutos de pesquisa nos 83 municípios que poderiam fazer 2º turno neste ano (localidades com mais de 200 mil eleitores). Apenas 5 desses eleitos, no entanto, tiveram rejeição maior que 20%, mostra o cruzamento do Blog. O quadro abaixo mostra os 13 eleitos e seus índices de rejeição:

 

Os campeões de rejeição são os candidatos mais citados pelos eleitores quando perguntados sobre em quem não votariam para prefeito de sua cidade. Em 42 dos 83 grandes municípios há mais de 1 político em 1º lugar no quesito rejeição por causa da margem de erro das pesquisas (a diferença entre eles é pequena e faz com que haja empate técnico). Outras 34 cidades têm apenas 1 líder de rejeição. E 7 localidades não dispõem de dados sobre rejeição dos candidatos publicados em setembro.

 

O cruzamento das sondagens de opinião com os resultados do 1º turno mostra também que 11 cidades farão 2º turno com 2 políticos que dividem a liderança do quesito rejeição. Outras 18 cidades mantiveram 1 campeão de rejeição na disputa –ou seja, estão no 2º turno 40 líderes de rejeição (22 mais 18).

 

Acesse a lista completa dos campeões de rejeição do levantamento do Blog.

 

Metodologia
A rejeição aos candidatos é medida de modos diferentes pelos vários institutos que trabalham no país. Por isso não é possível comparar estudos de cidades distintas. Por exemplo: o Datafolha permite que o entrevistado cite todos os candidatos em que não votaria. Já o Ibope pede que o eleitor diga só 1 nome.

 

Para conseguir os dados deste post, o Blog usou pesquisas realizadas antes do 1º turno (7.out.2012) nas cidades com mais de 200 mil eleitores. Dos 83 municípios enquadrados neste critério, 76 possuíam sondagens com dados sobre rejeição disponíveis. Ficaram de fora: Vitória da Conquista (BA), Uberaba (MG), Jaboatão dos Guararapes (PE) e as fluminenses Belford Roxo, Niterói, Petrópolis e Volta Redonda.

 

Palmas e Boa Vista
Das 26 capitais, só as do Tocantins e de Roraima tem menos de 200 mil eleitores e não podem fazer 2º turno. Carlos Amastha (PP) venceu em Palmas e também foi campeão de rejeição: 43%. Se a cidade tivesse 2º turno, no entanto, ele precisaria enfrentar um 2º turno porque teve 49,6% dos votos válidos –menos que o necessário para evitar o 2º turno. Boa Vista elegeu Teresa Surita (PMDB), que não lidera em rejeição.

 

Pesquisas
Este Blog, a página de política mais antiga em atividade no Brasil, disponibiliza pesquisas sobre o 1º e o 2º turno das eleições municipais nas grandes cidades em 2012. O Blog também dispõe do maior acervo de pesquisas eleitorais da web brasileira, com estudos de opinião feitos desde a eleição do ano 2000, e de dados sobre a popularidade dos presidentes da República desde José Sarney.

 

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2º turno tem favoritos em 27 cidades
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Fernando Rodrigues

Pesquisas mostram PSDB com 7 líderes, seguido do PT, com 4.

Conheça todas as sondagens eleitorais em 39 das 50 cidades que terão 2º turno.

Os institutos de pesquisa já apresentam dados sobre as eleições de 39 das 50 cidades que farão 2º turno em 28.out.2012. Em 27 desses municípios, as sondagens mostram um dos candidatos como favorito. Nos outros 12, os concorrentes estão tecnicamente empatados. O empate ocorre porque a diferença entre os percentuais de intenção de voto dos candidatos não supera a margem de erro dos estudos de opinião.

Nas 27 cidades com favoritos, o PSDB é o que mais têm líderes das disputas: possui 7 candidatos isolados em primeiro lugar. Considera-se isolado o político que têm mais pontos que o 2º colocado mesmo quando a margem de erro diminui seu percentual e aumenta o do adversário.

Depois do PSDB, aparece o PT , com 4 líderes isolados. Em seguida, vêm PMDB com 3 líderes e DEM, PDT, PPS, PSD e PV com  2 primeiros isolados cada. PC do B, PP e PTC têm 1 candidato cada um nessa condição.

Viradas
O levantamento do Blog indica também possibilidade de vitória do candidato que terminou o 1º turno em segundo lugar em 18 das 39 cidades com pesquisas disponíveis até a tarde desta 6ª feira (19.out.2012).

Os candidatos que terminaram o 1º turno atrás dos adversários são líderes isolados em 6 cidades: Belém (PA), Curitiba (PR), Diadema (SP), Florianópolis (SC), Ponta Grossa (PR) e São Paulo (SP). Em outras 4 cidades, esses candidatos estão empatados com os concorrentes, mas levam vantagem numérica. Isso ocorre em Cascavel (PR). Cuiabá (MT), Uberaba (MG) e Volta Redonda (RJ).

Nas outras 8 cidades em que, segundo as pesquisas, pode haver virada, o vencedor do 1º turno continua na frente, mas empatado com o adversário. É o caso de Campinas (SP), Fortaleza (CE), Londrina (PR), Maringá (PR), Mauá (SP), Montes Claros (MG), Rio Branco (AC) e Sorocaba (SP).

2º turno
Segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o Brasil possui, em 2012, 83 cidades com mais de 200 mil eleitores, número mínimo de votantes que um município precisa ter para poder realizar 2º turno. A segunda etapa da votação só é necessária nesses grandes municípios, no entanto, quando nenhum candidato obtém 50% dos votos válidos mais 1 voto válido no 1º turno –os votos válidos são só aqueles dados a candidatos, nulos e brancos não são válidos. Das 83 localidades habilitadas, 50 farão 2º turno neste ano.

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Pesquisas mostram 3 cidades do Paraná com empate no 2º turno
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Fernando Rodrigues

As 5 cidades paranaenses com mais de 200 mil eleitores terão 2º turno em 2012…

…só em Curitiba a distância entre os candidatos supera margem de erro.

As pesquisas mais recentes sobre o 2º turno em cidades do Paraná apresentam cenário indefinido em Cascavel, Londrina e Maringá. Nesses municípios, os concorrentes estão tecnicamente empatados (a diferença entre seus percentuais de intenção de voto não supera a margem de erro dos estudos de opinião). Apenas a capital, Curitiba, não registra empate.

Em Cascavel, município com 204.185 eleitores, Professor Lemos (PT) tem a preferência de 49,2% dos eleitores contra 44,9% do candidato à reeleição Edgar Bueno (PDT), afirma o Instituto Exatta. Como a margem de erro pode fazer com que as pontuações dos candidatos oscilem até 4 pontos percentuais para mais ou para menos, ocorre o empate técnico. Ou seja: Lemos pode cair até 45,2% e Bueno subir até 48,9%, invertendo as posições e tornando o cenário indefinido.

O mesmo ocorre em Londrina (360.568 eleitores). Mas a margem de erro da pesquisa do Instituto Portinari é de 3 pontos percentuais para mais ou para menos. Segundo o instituto, Marcelo Belinati (PP) tem 41,3% e Alexandre Kireeff (PSD), 37%. Os percentuais podem chegar a 38,3% e 40%, respectivamente.

A pesquisa de Maringá (256.970 eleitores), feita pelo DataVox, tem margem de erro de 4 pontos percentuais para mais ou para menos. O estudo mostra Carlos Pupin (PP) com 48% e Ênio Verri (PT) com 40%. Ambos podem oscilar para 44% e ficar empatados.

Na capital, Curitiba (1.172.939 eleitores), não há empate técnico, afirma a IRG Consultoria. Gustavo Fruet (PDT), segundo a pesquisa, está isolado em 1º lugar com 48%. Ratinho Jr. (PSC) tem 35,8%. Como a margem de erro é de 2,8 pontos percentuais para mais ou para menos, mesmo que o erro diminua a pontuação de Fruet e aumente a de Ratinho, o pedetista continua isolado à frente.

As 5 cidades paranaenses que têm mais de 200 mil eleitores farão 2º turno em 2012. Até a publicação deste texto, no entanto, não havia pesquisa disponível sobre a disputa pela Prefeitura de Ponta Grossa (225.984 eleitores).

Ter no mínimo 200 mil eleitores é a condição que uma cidade deve cumprir para poder realizar 2º turno em sua eleição para prefeito quando nenhum dos concorrentes obtém 50% dos votos válidos mais 1 voto válido no 1º turno. São válidos somente votos dados ao candidatos. Brancos e nulos não são válidos.

Mais pesquisas
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Curitiba: Fruet (PDT) 48% x 35,8% Ratinho Jr. (PSC)
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Fernando Rodrigues

IRG Consultoria aponta virada com relação ao 1º turno.

A primeira pesquisa divulgada sobre o 2º turno da eleição para prefeito de Curitiba, feita pela IRG Consultoria, mostra Gustavo Fruet (PDT) como preferido de 48% dos eleitores e Ratinho Jr., de 35,8%. Os indecisos são 10,7% do total. Brancos e nulos, 4,8%. E 0,8% dos entrevistados não responderam à pergunta.

Os dados apontam reviravolta com relação ao 1º turno, que terminou com Ratinho Jr. à frente. Segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Ratinho teve 34,1% dos votos válidos contra 27,2% de Fruet. O Blog analisou o histórico de viradas entre o 1º e o 2º turnos em eleições municipais e concluiu que as reviravoltas são raras, mas não impossíveis –sobretudo quando a diferença entre a votação dos dois finalistas na primeira etapa não é grande.

A pesquisa da IRG foi feita de 15 a 17.out.2012 com 1.200 eleitores. A margem de erro é de 2,8 pontos percentuais para mais ou para menos. O registro no TRE-PR é o 000681/2012.

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Partidos da oposição lideram no Espírito Santo
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Fernando Rodrigues

PPS está na frente em Vitória e em Cariacica; DEM é favorito em Vila Velha

Pesquisas do Instituto Futura sobre o 2º turno nas grandes cidades do Espírito Santo mostram vantagem para candidatos do DEM e do PPS, partidos de oposição ao governo de Dilma Rousseff (PT). Se vencerem, esses políticos não reverterão o fiasco da oposição em terras capixabas no 1º turno. Mas assumirão importantes municípios e ganharão importância para participar de eventuais planos do governador Renato Casagrande, que tem um pé no governo e outro na oposição, assim como seu partido, o PSB.

O PPS é favorito na capital, Vitória, e em Cariacica. O DEM, em Vila Velha. Como o Espírito Santo é o menor dos 4 Estados da região Sudeste (tem 2,6 milhões de eleitores contra 31,2 milhões de São Paulo, 15 milhões de Minas e 11,9 milhões do Rio), o problema para o governo federal é apenas pontual. Mas, juntas, essas 3 cidades têm 793.182 eleitores (0,6% do eleitorado nacional), uma concentração razoável de votantes.

O mau desempenho da oposição no 1º turno, no entanto, não tem remédio: elegeu apenas 8 dos 75 prefeitos eleitos no 1º turno (10,6% do total). Foram 6 do PSDB e 2 do DEM. O PSB, de Casagrande, conseguiu 22 prefeituras (29,3% do total). Em seguida aparecem PMDB (14 prefeitos), e PDT (8 prefeitos). O PT conseguiu 6 prefeituras.

O outro município do Espírito Santo com mais de 200 mil eleitores (que pode, portanto, fazer 2º turno) é Serra, mas foi conquistado pelo PSB no 1º turno com Audifax Barcelos (PSB).

Resultados
Em Vitória, afirma o instituto Futura, Luciano Rezende (PPS) é o preferido de 56,8% dos eleitores. Seu adversário, também de um partido oposicionista, é Luiz Paulo Vellozo Lucas (PSDB), preferido por 30,8%. O 1º turno terminou com 39,1% dos votos válidos para Rezende e 36,7% para Luiz Paulo.

A pesquisa de Vila Velha mostra que Rodney Miranda (DEM) lidera com 53,8% contra 35,3% de Neucimar Fraga (PR), candidato à reeleição. No 1º turno Miranda teve 37,6% dos votos válidos. Fraga, 35,3%.

Em Cariacica, Juninho (PPS) tem 67,2% contra 19,7% de Marcelo Santos (PMDB), diz o Instituto Futura. No 1º turno, o placar foi 45,2% dos votos válidos para Juninho e 23,5% para Santos.

Abaixo, quadro com os números das pesquisas. O Blog também disponibiliza pesquisas sobre outras cidades que farão 2º turno em 2012.

Este Blog, a página de política mais antiga em atividade no Brasil, também disponibiliza o maior acervo de pesquisas eleitorais da web brasileira. Estão disponíveis pesquisas realizadas desde a eleição do ano 2000 e dados sobre a popularidade dos presidentes da República desde José Sarney.

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