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PRB de Crivella e Russomanno gastou R$ 30 mi do Fundo Partidário na eleição
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Fernando Rodrigues

Valor equivale a 91% do que a sigla receberia em 1 ano do Fundo

Outras legendas usaram menos de 10% desse tipo de recurso

Presidente do PRB, Marcos Pereira, diz que sigla tem mais em caixa

Celso Russomanno (esq.) e Marcelo Crivella, candidatos do PRB em 2016

O PRB gastou o equivalente a quase 1 ano de dinheiro do Fundo Partidário nas eleições de 2016. Segundo o ministro Marcos Pereira (Indústria, Comércio Exterior e Serviços), presidente licenciado da legenda, o pleito consumiu R$ 30 milhões. O valor representa 91% dos R$ 32,9 milhões que o PRB receberá dessa fonte em 2016, excetuando as multas.

As informações são do repórter do UOL André Shalders.

O PRB parece ter usado muito mais o Fundo Partidário do que os outros partidos na eleição de prefeitos deste ano. O PMDB declarou até agora ter investido R$ 5,1 milhões dos R$ 78,4 milhões que receberá neste ano (ou 6,5%). O PT aplicou R$ 4,7 milhões de um total de R$ 95,6 milhões (o equivalente a 4,9%).

O valor total só será conhecido após 19 de novembro, quando termina o prazo para os partidos prestarem contas ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

O dinheiro do Fundo Partidário viabilizou a eleição do senador Marcelo Crivella como prefeito do Rio de Janeiro, no último domingo (30.out). Dos R$ 7,5 milhões usados por ele na campanha, 96% vieram dessa fonte.

Já Celso Russomanno, que foi candidato pela legenda a prefeito de São Paulo, usou R$ 6,2 milhões na disputa. Desse total, 96,7% saíram do Fundo Partidário do PRB. Russomanno começou liderando a disputa, mas acabou derrotado pelo tucano João Doria ainda no 1º turno da disputa.

Mesmo após a gastança eleitoral, Marcos Pereira diz que o partido não terá problemas para fechar as contas. Segundo ele, o PRB ainda tem uma reserva de aproximadamente R$ 20 milhões para tocar suas atividades. O dinheiro seria resultado de aplicações financeiras e estaria sendo guardado desde 2014.

“Vamos continuar tocando o partido como sempre fizemos, com austeridade. Aqui já tem PEC do teto de gastos. Quando terminou 2014, já começamos a juntar para 2016. Aplicamos os 30% da Fundação do partido, os 5% das Mulheres, e investimos o resto”, diz Pereira.

A lei brasileira determina que os partidos destinem pelo menos 30% do dinheiro do Fundo Partidário a uma fundação de pesquisa e divulgação do próprio ideário político. Outros 5% precisam ser direcionados à ala feminina da sigla. Leia aqui a prestação de contas do PRB em 2015.

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PMDB faliu o Rio de Janeiro, diz presidente nacional do PSB
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Fernando Rodrigues

Carlos Siqueira trabalha por aliança com PSD e PSDB no Rio

PSB é aliado do governo Temer (PMDB) na política nacional

Partido deve anunciar até o fim da semana quem apoiará

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Carlos Siqueira na sede nacional do PSB, em Brasília, em entrevista ao UOL

Presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira criticou duramente os governos do PMDB no Rio de Janeiro e a candidatura de Pedro Paulo (PMDB), que disputará a prefeitura fluminense. Na política nacional, o PSB é aliado do governo Michel Temer (PMDB).

“Nós precisamos criar um novo ciclo político. O Rio está falido, tanto o Estado quanto o município, e por isso não temos nenhum interesse em nos aliarmos ao PMDB. O PMDB precisa fechar um ciclo no Rio. O resultado é muito negativo. Está na hora da alternância natural da democracia”, disse Siqueira.

As informações são dos repórteres do UOL André Shalders e Pablo Marques.

“Além disso, o PMDB sairá com um candidato que, segundo reiteradas denúncias, agrediu a ex-mulher. Não combina com os socialistas”, acrescentou, referindo-se ao deputado federal Pedro Paulo, candidato do PMDB no pleito.

Pedro Paulo nega as acusações e diz que o episódio citado por Siqueira não teve violência tal como relatada.

Segundo Siqueira, o PSB deve decidir até o fim desta semana quem apoiará na disputa pela prefeitura do Rio de Janeiro. Ao menos 4 partidos (PSDB, Rede, PSD e PRB) ofereceram aos socialistas a vaga de vice-prefeito em suas chapas.

Na opinião de Siqueira, o ideal seria formar uma chapa de oposição aos peemedebistas unindo os pré-candidatos Carlos Osório (PSDB), Indio da Costa (PSD) e, eventualmente, a Rede Sustentabilidade. A estratégia mira as eleições nacionais de 2018.

CONVERSAS COM MARINA E KASSAB
Ao longo do dia desta semana, Siqueira conversou por telefone com Marina Silva, porta-voz nacional da Rede, e com Gilberto Kassab, presidente licenciado do PSD e atual ministro de Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações.

A disputa no Rio foi o tema das conversas. A Kassab, pediu que considerasse a possibilidade de formar chapa com os tucanos. Na 5ª feira, Siqueira reúne-se com o pré-candidato tucano, Carlos Osório.

CRÍTICAS A CRIVELLA
Carlos Siqueira também criticou o pré-candidato do PRB à prefeitura do Rio, o senador Marcelo Crivella (PRB). Para Siqueira, trata-se de um político que possui mais apelo no interior do Estado e na baixada fluminense, com desempenho fraco na capital.

Além disso, Crivella tenderia a acabar a disputa sem um arco de alianças que o possibilitasse avançar na disputa. “Só se ele se aliar ao [ ex-governador Anthony] Garotinho [do PR]. Mas aí é um sanduíche de pão com pão”, diz.

CANDIDATO PRÓPRIO EM 14 CAPITAIS
O PSB terá candidatura própria em 14 das 26 capitais brasileiras, segundo Siqueira. No chamado G 93, grupo que reúne as capitais e cidades com mais de 200 mil habitantes, o partido disputará 55 prefeituras.

Ao todo, o PSB tem 1,6 mil pré-candidatos a prefeito e pelo menos 30 mil pré-candidatos a vereador.

Em Belo Horizonte (MG), o partido terá a cabeça de chapa com o economista Paulo Brant. Ele deverá contar com o apoio do PSD e também do PC do B, do qual o PSB é hoje adversário na política nacional.

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As 93 cidades mais importantes do país concentram 37,8% dos eleitores
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Fernando Rodrigues

G93 tem 54,5 milhões dos 144,4 milhões de eleitores que votam neste ano

“Grupo dos 93” reúne capitais e cidades com mais de 200 mil eleitores

Em outubro, 5.568 municípios vão eleger seus prefeitos e vereadores

PRB domina nas pesquisas para as prefeituras de São Paulo e Rio

Blog tem o levantamento de pesquisas mais completo da web

Foto de divulgação, Waldemir Barreto/Agência Senado

Celso Russomanno (PRB) e Marcelo Crivella (PRB) lideram nas pesquisas em São Paulo e Rio

O grupo das 93 cidades mais importantes do país –o G93– reúne 37,7% de todos os eleitores, embora represente apenas 1,7% do universo total de municípios brasileiros.

As capitais e cidades com mais de 200 mil eleitores (o G93) têm um eleitorado total de 54,5 milhões. No Brasil inteiro, há 144,4 milhões de pessoas habilitadas a votar nas eleições municipais deste ano, em 2.out.

Em outubro, 5.568 municípios devem eleger prefeitos e vereadores.

O Brasil tem 5.570 cidades, mas 2 não terão eleições municipais. Brasília (capital federal), onde há 1,96 milhão de eleitores, não elege prefeito nem vereadores (há 1 governador e deputados distritais). Em Fernando de Noronha (PE) o caso é semelhante: o município é considerado um distrito do Estado de Pernambuco, não tem prefeito e um número pequeno de eleitores (pouco mais de 2.300).

Em 2013, o mapa dos municípios no Brasil foi alterado. Antigos distritos foram emancipados. São essas as novas cidades criadas depois das eleições de 2012: Pescaria Brava (SC), Balneário Rincão (SC), Mojuí dos Campos (PA), Pinto Bandeira (RS) e Paraíso das Águas (MS). Juntos, estes municípios somam 45.273 habitantes e 42.235 eleitores.

No G93, a maior cidade é São Paulo, com 8,889 milhões de eleitores. A menor é a capital Palmas (TO), única cidade nesse grupo com eleitorado inferior a 200 mil (tem 173 mil).

Apenas nas cidades com 200 mil ou mais eleitores é que pode ser realizado um 2º turno. Isso ocorre quando nenhum dos candidatos a prefeito obtém, pelo menos, 50% mais dos votos válidos (eis a explicação do TSE). A Constituição determina que o 1º turno seja sempre realizado no primeiro domingo de outubro do ano eleitoral. O 2º turno, quando houver, é no último domingo do mesmo mês.

Na tabela a seguir estão listados os eleitorados do G93. As informações são do repórter Victor Vicente.


g-93OS PARTIDOS NO G93
Em 2012, nas últimas eleições, 20 partidos conseguiram eleger prefeitos dentro do G93. Em 2000, apenas 13 legendas tiveram candidatos vitoriosos na disputa pelos Executivos municipais mais relevantes.

Siglas como PRB, PTN e PV vão aos poucos tomando o espaço que no passado foi de grandes siglas –PT e PMDB, principalmente.

Quando se compara o número de prefeitos eleitos por partido em 2008 e 2012, essas siglas (PT e PMDB) foram as que experimentaram as maiores quedas. Em 2008, o Partido dos Trabalhadores elegeu 25 prefeitos no G93. Em 2012, caiu para 17.

O partido do presidente interino Michel Temer, o PMDB, elegeu 19 prefeitos em 2008 contra 10 em 2012 dentro do G93.

O quadro abaixo compara o desempenho dos partidos nas eleições de 2000 a 2012 com o atual cenário nas 26 capitais e nas 67 cidades com mais de 200 mil eleitores.

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PESQUISAS ELEITORAIS
Nos últimos 2 meses e meio, 268 cidades tiveram pesquisas registradas no TSE. Dessas, 42 fazem parte do G93. Com exceção de Amapá e Roraima, todos os outros Estados já têm alguma pesquisa municipal divulgada ou, no mínimo, registrada.

No Brasil, a legislação exige que todos os levantamentos de intenção de voto sejam registrados na Justiça Eleitoral, informando a metodologia de maneira detalhada. Pesquisas que não são registradas podem ser realizadas, mas seus resultados não podem ser divulgados na mídia.

Abaixo estão os dados detalhados das pesquisas registradas:

pesquisas-g93
SÃO PAULO E RIO
Nas 2 maiores cidades do país, São Paulo (SP) e Rio de Janeiro (RJ), o PRB lidera, de acordo com pesquisas recentes disponíveis. Na capital paulista, comandada por Fernando Haddad (PT), o pré-candidato Celso Russomanno (PRB) está na frente na disputa.

Russomanno enfrenta processo por peculato e pode ser impedido de concorrer às eleições municipais.

Já na capital fluminense, quem lidera é o senador Marcelo Crivella (PRB). Leia aqui os resultados das pesquisas mais recentes para as eleições de 2016.

É necessário enfatizar que essas pesquisas refletem o cenário atual e devem mudar até outubro.

REELEIÇÃO
Nos municípios do G93, prefeitos de 69 cidades estão aptos a tentar uma reeleição. Mas, com a atual crise política e econômica no país, 4 já desistiram da disputa: Eduardo Leite (PSDB) em Pelotas (RS), Alexandre Kireeff (PSD) em Londrina (PR), Alceu Barbosa Velho (PDT) em Caxias do Sul (RS) e o prefeito de Florianópolis (SC), Cézar Souza Jr. (PDT).

Este Blog, a página de política em atividade mais antiga da internet brasileira, também disponibiliza o mais completo acervo de pesquisas eleitorais da web, contendo levantamentos realizados desde as eleições do ano 2000.

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Possível ministro da Ciência é criacionista, mas diz respeitar darwinismo
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Fernando Rodrigues

Marcos Pereira, do PRB, é bispo licenciado da Universal

“Minha religião e crenças não afetarão caso eu seja ministro”

“Como cristão, acredito na teoria do criacionismo”

E sobre darwinismo?  “Eu respeito. É uma posição pessoal”

PRB tem 22 deputados e 9 são da Igreja Universal

Marcos Pereira, presidente nacional do PRB

Marcos Pereira, presidente nacional do PRB

O presidente nacional do PRB, Marcos Pereira, foi convidado por Michel Temer para ser ministro da Ciência e Tecnologia –caso o impeachment de Dilma Rousseff seja aprovado semana que vem e Temer assuma o Palácio do Planalto.

Bispo licenciado da Igreja Universal do Reino de Deus, Marcos Pereira tem 44 anos e total controle da bancada de 22 deputados federais do PRB. Desses, 9 são ligados diretamente à Universal.

Em entrevista ao repórter Gabriel Hirabahasi, o presidente do PRB disse que suas crenças pessoais não atrapalharão seu desempenho se vier a ser ministro de uma área antípoda à da religião.

“Como cristão, acredito na teoria do criacionismo. Mas não influenciaria no papel como ministro pois religião e ciência podem andar juntas. O ministro tem que ser político e gestor”, afirma.

O chamado criacionismo é uma teoria baseada na Bíblia segundo a qual o mundo teria sido criado por Deus a partir do nada.

O criacionismo se opõe ao darwinismo, a teoria evolucionista formulada pelo inglês Charles Darwin (1809-1882) – a origem e a transformação das espécies teria se dado com base na seleção natural.

E o que acha Marcos Pereira sobre o darwinismo?

“Eu respeito. Mas não vou declarar minha crença. Essa é uma posição pessoal e vai ficar restrita a mim. Minha religião e minhas crenças não vão afetar caso eu seja ministro da Ciência e Tecnologia”.

Na entrevista ao Blog, Pereira relata que o desejo do PRB era ficar com a pasta da Agricultura. Mas Michel Temer ofereceu a Ciência e Tecnologia no lugar. É um relato claro sobre como se dão as negociações da montagem do futuro governo do PMDB.

A seguir, trechos da entrevista de Marcos Pereira ao Blog

Blog – O que o senhor acha do darwinismo?
Marcos Pereira
– Eu respeito. Mas não vou declarar minha crença. Essa é uma posição pessoal e vai ficar restrita a mim. Minha religião e minhas crenças não vão afetar caso eu seja ministro da Ciência e Tecnologia.

O PRB tem fortes ligações com a bancada evangélica e com a Igreja Universal. O senhor acredita na teoria do criacionismo?
Eu, como cristão, acredito na teoria do criacionismo. Mas não influenciaria no papel como ministro pois religião e ciência podem andar juntos. O ministro tem que ser político e gestor. Muito ministro técnico não dá certo porque não sabe lidar com a pasta. O Fernando Henrique Cardoso foi ministro da Fazenda e é sociólogo. José Serra foi ministro da Saúde e não é médico. Acredito que eu tenho essas duas características, como político e como gestor. Não haveria conflito de interesses. Em discussões em que a ciência e religião possam se chocar, respeitaria a linha científica. Acho que isso nao é relevante para o caso. Se a gente assumir, seja eu ou outro indicado, vamos tratar o assunto de forma imparcial, independente e laica. Não misturamos política com religião. De 22 deputados, apenas 9 são da Universal.

Como foi o encontro [2ª feira, 2.mai.2016] com Michel Temer?
Nós tínhamos conversado sobre a Agricultura, mas havia uma dificuldade da montagem. Eles pediram que abríssemos mão para outros partidos ocuparem a pasta. Nossa segunda opção sempre foi o Ministério de Ciência e Tecnologia.

O PRB está satisfeito com a montagem do futuro eventual ministério de Michel Temer?
A gente tem que entender que as coisas são proporcionais ao tamanho da bancada. A gente tem que avaliar o tamanho na Câmara e no Senado. Depois, trata-se de governabilidade. Está dentro de uma razoabilidade. A bancada quer que eu seja o indicado para o ministério, mas ainda vamos nos reunir hoje [3ª feira, 3.mai.2016] à tarde, às 16h30, para decidir.
[houve a reunião da bancada e a decisão foi indicar Marcos Pereira para ser o ministro da Ciência e Tecnologia].

Se o PRB ficar com o Ministério da Ciência e Tecnologia, o que poderia fazer?
Primeiro, precisamos confirmar se será isso mesmo. Tem muitas coisas que estão feitas no ministério e que estão paradas. Precisamos analisar como será o Orçamento e ver como está a situação financeira. O país passa por um uma recessão grande. Então, precisamos saber qual será a real condição do Orçamento. Como o convite foi feito apenas ontem [2ª feira, 2.mai.2016], não posso dizer exatamente aquilo que vamos fazer. Vou me reunir com alguns técnicos para poder receber informações melhores de o que está parado e o que dá para avançar.

O eventual ministro que o PRB indicar terá de ser uma pessoa religiosa ou pode ser um agnóstico?
Não faz diferença. Não há problema algum em ser um religioso ou um agnóstico. Desde que seja uma pessoa política, que pense como político e administrador de políticas públicas para a área.

O senhor acha que seria aceitável se o próximo ministro da Ciência e Tecnologia for um crente na teoria do criacionismo?
Não acredito que vai influenciar pois não deve ser levado em conta a crença pessoal.

Como tem sido a construção da base aliada ao governo no Congresso? Ela será capaz de apoiar todas as reformas econômicas que o governo planeja?
Acho que vai ser a base mais sólida dos últimos tempos. Até agora, estamos falando algo em torno de 367 deputados, se se confirmar essa base. Estive com Henrique Meirelles no sábado de manhã. Batemos um papo de meia hora, 40 minutos. Ele disse que estava animado e empenhado. Ele acha que essa crise tem solução com o trabalho feito por ele. No curto prazo já começamos a por as coisas no rumo.

Será possível resolver o problema da crise econômica a curto e médio prazo, já que o governo terá pouco mais de 2 anos e meio de duração?
Eu acho que sim. Já vivemos isso. Quando Itamar assumiu e FHC foi pra Fazenda, a inflação era astronômica. Foram feitas algumas medidas que permitiam a estabilidade. Precisamos preparar a base para o crescimento. Pelo menos uma base que o país retome o crescimento.

A agenda de Michel Temer inclui algumas medidas impopulares, como a reforma da Previdência. O senhor acredita que a base que tem se formado será fiel a essas propostas?
Nós temos que fazer um esforço. Vamos ter que fazer uma cota de sacrifício. Os parlamentares da base vão ter que se sacrificar. Quem votar contra certas medidas, mesmo que impopulares, vai mostrar para o povo que não quer a solução para o país. É fato que o país precisa passar por essas reformas. A reforma da Previdência vai ser feita para o futuro.  Pode ser impopular, mas vamos ter que fazer, pois o país não aguenta mais o sistema do jeito que estar. Quem vota contra certas medidas, pode estar votando contra o Brasil. O problema é que o governo do PT não conseguiu formar uma base.

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Até líderes de siglas governistas boicotaram sessão do Congresso
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Fernando Rodrigues

Chefes das bancadas do PRB, PP, PSD e PR faltaram

Sessão de análise dos vetos presidenciais não teve quórum

Russomanno, líder do PRB, ameaça entregar Esporte

Condução da reforma ministerial é principal insatisfação

Foto: Lucio Bernardo Jr. – Câmara dos Deputados

Líderes de partidos aliados criticam reforma ministerial

Um fato chamou a atenção ontem (7.out.2015) na sessão que analisaria vetos presidenciais: 4 líderes de partidos da base aliada ao governo na Câmara não compareceram, mesmo estando no Congresso.

Celso Russomanno (PRB-SP), Dudu da Fonte (PP-PE), Maurício Quintella (PR-AL) e Rogério Rosso (PSD-DF) já estavam na Câmara ontem de manhã, mas não registraram presença no plenário. Essas 4 siglas têm ministros no governo de Dilma Rousseff. Juntas, têm 126 deputados federais.

Os líderes partidários estão insatisfeitos com a recente reforma ministerial. “Chamaram o Picciani [líder do PMDB na Câmara] para conversar, e acharam que construíram base no Congresso”, disse um dos ausentes.

As informações são do repórter do UOL Victor Fernandes. Apenas 223 deputados registraram presença. Eram necessários 257. O comportamento dos congressistas irritou o Planalto. Até porque, minutos depois que a sessão do Congresso ter caído por falta de quórum, foi aberta uma sessão da Câmara com 428 deputados.

A sessão para analisar os vetos presidenciais deve ser realizada na 3ª ou 4ª feira (dias 13 ou 14.out), na semana que vem. A decisão sobre a data exata dessa nova sessão é do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), que também acumula a função de presidente do Congresso.

BASE QUEBRADA
O clima de beligerância chegou a um ponto dramático ontem quando Celso Russomanno (PRB-SP), líder do partido na Câmara, chegou a dizer que sua sigla pretendia abrir mão do Ministério do Esporte. A ameaça foi feita durante uma reunião com o ministro Ricardo Berzoini (Secretaria de Governo).

Russomanno queixou-se do orçamento da pasta, ocupada por George Hilton (apresentador de programas evangélicos no rádio e televisão, ligado à Igreja Universal do Reino de Deus e indicado pelo PRB). Para Russomanno, o Ministério do Esporte só teria ações no momento voltadas para as Olimpíadas de 2016.

O PRB também pretende remover da estrutura do ministério alguns dirigentes deixados pelo PC do B, que comandou o Esporte até 01.jan.2015, por meio do então ministro, Aldo Rebelo (hoje na pasta da Defesa). Um deles é o secretário executivo do Esporte, Luís Fernandes. Ele integra o Comitê Central do PC do B.

“Só tem dinheiro para as Olimpíadas. Um deputado não consegue construir uma quadra de futebol com dinheiro do ministério”, reclamou Russomanno ao Blog. Ele tem reunião marcada com Berzoini na manhã desta quinta (08.out.2015) para tratar do assunto. O PRB tem 20 deputados na Câmara.

Eduardo da Fonte (PP-PE) justificou sua ausência na sessão de vetos ontem dizendo que estava em reunião interna em seu gabinete. O deputado admite que a forma como o governo conduziu a reforma ministerial irritou os congressistas. Mas responde de maneira curiosa quando indagado sobre se sua atitude indica um rompimento com o Planalto: “O PP é e será base do governo federal”. O partido tem 39 deputados.

Líder do PSD, Rogério Rosso (PSD-DF) cumpria agenda no gabinete da liderança do partido enquanto o governo era mais uma vez humilhado com a falta de quórum na sessão de ontem do Congresso. Ele diz que sua ausência no plenário não deve ser atribuída à insatisfação com o governo. “Acredito que é melhor reorganizar a base. O governo poderia perder na votação”. Rosso não explica, entretanto, a razão pela qual não poderia ter atuado dessa forma estando presente à sessão de ontem.

O PSD comanda o Ministério das Cidades, ocupado por Gilberto Kassab. Perdeu uma posição na reforma ministerial, com a extinção da Secretaria da Micro e Pequena Empresa. O ministro que ocupava essa posição, Guilherme Afif Domingos, foi indicado agora por Dilma Rousseff  para a presidência do Sebrae. O PSD tem 33 deputados federais.

Maurício Quintella (PR-AL) disse ter faltado à sessão do Congresso para se reunir com a bancada da legenda. O líder do PR alega que o governo não cumpriu sua promessa de conversar com os deputados antes de anunciar a reforma. “Os partidos esperavam ser escutados, informados, mas não foram. O governo atendeu dois partidos [PMDB e PDT], mas não era isso o que a sociedade brasileira queria”.

A insatisfação, por enquanto, não deve resultar em um rompimento explícito e imediato com o Planalto. “Depois houve uma conversa. A gente tem de dar um crédito pro Berzoini e pro Giles [Azevedo; assessor especial no Planalto e também integrante da equipe de coordenação política]”, disse Quintella. O PR tem 34 deputados.

Ao todo, os 126 deputados desses 4 partidos (PRB, PP, PSD e PR) teriam condições de oferecer quase a metade do quórum necessário (257) na sessão de ontem (7.out.2015). Mas só 38 dos 126 registraram presença. Os governistas ao final ajudaram a derrotar o Planalto, pois mais uma vez houve procrastinação da análise de vetos presidenciais relevantes –vitais para o governo manter o esforço de ajuste fiscal.

Na última 3ª feira (06.out.2015), quando a sessão também foi adiada por falta de quórum, apenas 30 deputados dessas 4 siglas compareceram ao plenário.

Os deputados tentaram amenizar um pouco as críticas após uma reunião na tarde de ontem com Berzoini. O novo articulador político do governo pediu alguns dias para que, com a reforma ministerial completa, seja possível construir melhor diálogo. Os deputados Dudu da Fonte (PP-PE) e Maurício Quintella (PR-AL) afirmaram que haverá quórum e manutenção dos vetos caso uma nova sessão do Congresso Nacional seja marcada para a próxima 3ª feira.

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Haddad suga apoio de até 70% dos “Mannos”
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Fernando Rodrigues

Pesquisa qualitativa do PT pós-TV mostra alta taxa de adesão de eleitores de Celso Russomanno

O candidato do PT a prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, comemorou hoje (23.ago.2012) a resposta positiva que seu primeiro programa de TV no horário eleitoral teve junto a eleitores pesquisados em grupos qualitativos.

O Blog teve acesso aos resultados preliminares do estudo qualitativo encomendado pelo PT –grupos de eleitores assistem aos programas, registram suas percepções e depois são entrevistados por especialistas. Há até 70% de aprovação do programa de Fernando Haddad entre os telespectadores que estavam propensos a votar em Celso Russomanno (PRB) –no jargão da campanha paulistana, os eleitores de Russomanno são chamados de “mannos”.

Como se sabe, Haddad tem 8% no Datafolha. Russomanno lidera as intenções de voto na disputa de prefeito de São Paulo, com 31%. Aqui, todas as pesquisas eleitorais disponíveis no Brasil.

Na avaliação dos haddadistas, pesaram na boa avaliação positiva do programa eleitoral do PT em São Paulo dois aspectos principais: 1) a propaganda de fato foi bem elaborada do ponto de vista técnico pelo publicitário João Santana; 2) o comercial de Russomanno perdeu grande chance de entrar com vigor no primeiro dia, que é o que tem (de longe) a maior audiência.

A propaganda eleitoral dura 45 dias. Nos 2 ou 3 primeiros programas, a audiência é maior porque há curiosidade do eleitor. Depois, há uma “barriga” na audiência. O interesse volta na última semana em que esses comerciais são exibidos.

Russomanno é hoje o único candidato que poderia colocar na TV um gráfico com as pesquisas Datafolha e mostrar sua espetacular evolução nos últimos meses. Esse é um recurso clássico usado por candidatos que estão na frente. Ajuda a instilar ânimo na militância  e nos políticos que acompanham o processo.

Mas em lugar de fazer esse programa vigoroso, Russomanno optou por aparecer bem “low profile” agradecendo aos eleitores paulistanos pelo apoio. Pior. A maior parte do seu (pouco) tempo foi gasta com o candidato a vice-prefeito na chapa do PRB, Luiz Flávio D’Urso, do PTB, contando uma parábola sobre um passarinho.

É claro que Celso Russomanno pode ainda consertar o tom de sua propaganda nos próximos dias, mas perdeu a chance de fazer uma estreia mais vibrante –quando a audiência é bem alta.

Haddad tem um desafio também razoável pela frente. Nunca um candidato vitorioso começou a campanha só com 8% de intenções de voto na véspera do programa eleitoral. Se conseguir se viabilizar, terá estabelecido um novo recorde em campanhas eleitorais paulistanas.

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Poder e política na semana – 30.jul a 5.ago.2012
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Fernando Rodrigues

Destaques da semana: início do julgamento do mensalão na 5ª feira (2.ago.2012) e reunião de cúpula do Mercosul em Brasília na 3ª feira (31.jul.2012).

A presidente Dilma Rousseff, de volta de Londres, começará a 2ª feira (30.jul.2012) em reunião com a ministra da Casa Civil (Gleisi Hoffmann).

Na 3ª feira (31.jul.2012), Dilma receberá os presidentes Hugo Chávez (Venezuela), Cristina Kirchner (Argentina) e José Mujica (Uruguai) no Palácio do Planalto. O grupo estará em Brasília para reunião do Mercosul que selará de vez a entrada dos venezuelanos no bloco. Almoçarão juntos no Itamaraty e, talvez, Dilma concederá reuniões a dois com cada um.

Lula terá semana cheia também. Começará a 2ª feira em um café da manhã com candidatos petistas e aliados. Fará fotos e vídeos para serem usados nas campanhas eleitorais.

Mas o ex-presidente também estará de olho no julgamento do mensalão –principal escândalo de seu governo (2003-2010). Começará na 5ª feira (2.ago.2012) no Supremo Tribunal Federal (STF).

Na 4ª feira (1º.ago.2012), a Suprema Corte já fará reunião administrativa para decidir se trabalhará apenas no mensalão ou se julgará paralelamente outros casos que são de sua responsabilidade.

A partir de 5ª, o STF fará as sessões do julgamento do mensalão das 14h às 19h. No 1º dia, advogados de defesa poderão tomar a cena do início do julgamento erguendo questões de ordem. Depois disso, o ministro Joaquim Barbosa lerá o resumo de seu relatório.

Em seguida, será a vez do procurador-geral da República, Roberto Gurgel, que poderá falar só na 6ª feira (3.ago.2012) caso os advogados tomem muito tempo no início da sessão. Gurgel terá até 5 horas para acusar os réus. Depois, falarão os defensores dos 38 réus: 1 hora para cada, durante vários dias do julgamento.

E o Tribunal Superior Eleitoral começará suas sessões às 20h. Será à noite para não atrapalhar o julgamento do mensalão no STF, uma vez que 3 ministros do TSE também integram o STF.

Também na 5ª feira (2.ago.2012), a TV Bandeirantes fará debates entre candidatos a prefeito em várias capitais. São Paulo, Rio, Curitiba e Salvador estão confirmados.

Em Brasília, o Congresso voltará das férias de meio de ano já esvaziado por causa das campanhas. A pauta da Câmara inclui votação de Medidas Provisórias relacionadas à liberação de recursos para ajudar municípios nordestinos afetados pela seca. No Senado, as discussões são sobre a sucessão de José Sarney na Presidência da Casa. A eleição do novo presidente será no início de 2013. Caberá ao PMDB indicar o ocupante do cargo.

A CPI do Cachoeira voltará do recesso com o sentimento de pizza já disseminado. Mesmo assim, o grupo ameaça convocar mais 3 governadores André Puccinelli (PMDB-MS), Silval Barbosa (PMDB-MT) e Siqueira Campos (PSDB-TO). Nesta semana, a comissão deverá divulgar datas dos depoimentos de Luiz Pagot, ex-diretor do Dnit, e de Fernando Cavendish, dono da Delta. Na próxima semana, em 7 e 8.ago.2012, serão ouvidas a a atual e a ex-mulher de Cachoeira.

A seguir, o drive político da semana:

 

Segunda (30.jul.2012)
Dilma e Gleisi – presidente terá reunião com a ministra-chefe da Casa Civil às 10h.

Lula e os candidatos – ex-presidente receberá candidatos de 84 cidades prioritárias para o PT em café da manhã no hotel Mercury do Ibirapuera (sena Madureira). Estarão presentes Fernando Haddad, candidato em São Paulo, e Nelson Pellegrino, em Salvador. O PT confirmou presença de Gustavo Fruet, candidato pelo PDT em Curitiba, ex-tucano.

Russomanno na Paulista – agenda do candidato do PRB a prefeito de São Paulo indica que ele caminhará do Conjunto Nacional ao Masp, sem confirmar horário.

Chalita e os engenheiros – candidato do PMDB a prefeito da capital paulista vai a debate na sede do Sindicato dos Engenheiros no Estado de São Paulo. A entidade está levando todos os candidatos para a discussão sobre “a engenharia e a cidade”.

Ônibus mais caro – semana começará com passagens semiurbanas interestaduais e internacionais 2,874% mais caras. Alta tem origem no reajuste no coeficiente tarifário autorizado pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT).

Chanceleres do Mercosul – terão encontro informal em Brasília na véspera da reunião dos chefes de Estado do bloco. Falarão sobre a entrada da Venezuela no grupo e também sobre as prioridade da presidência pró-tempore do Brasil, que acaba em dezembro. O país escolheu priorizar temas da capacitação, inovação, ciência e tecnologia.

Márcio Lacerda na rua – candidato à reeleição em Belo Horizonte, motivo da celeuma entre PT e PSB, deverá fazer concentração na rua Padre Eustáquio a partir das 12h30. Evento sujeito a alteração.

Rodigo Maia x Otávio Leite – candidatos do DEM e do PSDB à Prefeitura do Rio irão a debate sobre o legado que a Copa de 2014 e as Olimpíadas de 2016 deixarão para a cidade. Começa às 9h, no Clube de Engenharia. Organização do Instituto Ethos.

Novo site do TSE – Tribunal Superior Eleitoral estreia página renovada na internet: www.tse.jus.br.

Brizola e os empresários – ministro do Trabalho, neto do líder trabalhista Leonel Brizola, irá a “almoço-debate” do grupo Lide, de João Dória. Falará sobre legislação trabalhista, redução de impostos e geração de empregos.

Brasil e Cingapura – até 2.ago.2012, o ministro dos Transportes de Cingapura, Lui Tuck Yew, visitará Brasília, Curitiba, São Paulo e Rio.

Eduardo Campos e tablets – governador de Pernambuco, presidente do PSB, entregará 300 tablets a estudantes de ensino médio da Escola de Referência em Ensino Médio (EREM) Dom Sebastião Leme, conhecida como “Poli”, no Ibura. Segundo o governo, será alcançada a marca de 25 mil tablets distribuídos para alunos da rede estadual.

Número a mais – celulares com DDD 11 passam a ter o “9” como primeiro dígito.

Campus Party – fim da edição especial do evento, no Recife.

Inflação – FGV divulga IGP-M.

 

Terça (31.jul.2012)
Dilma recebe Chávez, Kirchner e Mujica – presidentes da Venezuela, Argentina e Uruguai estarão pela manhã no Palácio do Planalto para reunião de cúpula do Mercosul. Em seguida, almoçarão no Itamaraty. Encontro confirmará a entrada dos venezuelanos no bloco. Só não participará o Paraguai, suspenso do grupo por causa do impeachment de Fernando Lugo.

Dilma e os presidentes – talvez haja reuniões individuais de Dilma com os chefes de Estado visitantes.

Salários da Câmara – o presidente Marco Maia (PT-RS) prometeu: a partir desta data salários dos funcionários ativos e inativos da Casa ficarão disponíveis no http://www2.camara.gov.br/.

Justiça na TV – a partir desta data até o dia da eleição (7.out.2012), Tribunal Superior Eleitoral poderá requisitar das emissoras até 10 minutos diários para divulgar comunicados.

Indústria e os Brics – Fiesp sedia discussão sobre cooperação entre países do bloco. Das 9h às 13h na sede da federação em São Paulo.

Direitos autorais – ministra Ana de Hollanda (Cultura) lançará concurso de monografia sobre o tema –justamente aquele que lhe rendeu a pecha de conservadora. Às 11h, no Edifício Parque Cidade Corporate, em Brasília.

Marco Antônio Raupp na Argentina – ministro da Ciência e Tecnologia visitará Buenos Aires.

Custo na indústria – IBGE divulga índice de preços ao produtor das indústrias de transformação.

Serviços – FGV divulga sondagem sobre o setor.

Eleição em Angola – país africano, falante do português e alvo de investimentos brasileiros, fará eleição legislativa.

Festival do Michael Moore – o “Traverse City Festival” de 2012, fundado pelo polêmico diretor, irá até domingo (5.ago.2012). A brasileira Julia Bacha estará no júri.

Futebol nas Olimpíadas – seleção feminina enfrentará a Grã-Bretanha, em Wembley, Londres. Começará às 19h45 (15h45 de Brasília).

 

Quarta (1º.ago.2012)
STF e o mensalão – em sessão administrativa, Corte discutirá o que fazer com os outros casos enquanto estiver em andamento o julgamento do ano. O ministro Marco Aurélio Mello propôs sessões extraordinárias para não deixa-los parados.

Alta dos pedágios – ANTT autorizou aumento nas tarifas da avenida Presidente Dutra e na Ponte Rio Niterói. Aqui, tabela com os novos preços.

Câmara nas eleições – durante o período eleitoral, Casa deverá ter sessões de votação em semanas alternadas começando nestas 4ª e 5ª (1º e 2.ago.2012).

Seca no Nordeste – entre as MPs que trancam a pauta da Câmara, estão 2 relacionadas ao tema. A MP 565/12 cria linhas de crédito para produtores rurais de cidades ou Estados em emergência e a 569/12 dá crédito extraordinário de R$ 688,5 milhões para atendimento dos atingidos.

CPI, Pagot e Cavendish – após o recesso, e após o sentimento de pizza tomar conta do Congresso, grupo divulgará datas dos depoimentos de Luiz Pagot, ex-diretor do Dnit, e de Fernando Cavendish, dono da Delta.

CPI e governadores – grupo tem mais 3 governadores como alvo: André Puccinelli (PMDB-MS), Silval Barbosa (PMDB-MT) e Siqueira Campos (PSDB-TO). Em 7 e 8.ago.2012, a comissão receberá a atual e a ex-mulher de Cachoeira.

TSE noturno – tribunal retoma os trabalhos nesta 4ª feira, mas suas sessões de julgamento serão às terças e quintas a partir de 20h. Será à noite para não atrapalhar o julgamento do mensalão no STF (3 ministros do TSE integram o STF).

Greve em universidades federais – grevistas votarão proposta de reajuste feita pelo governo. Paralisação afeta 57 das 59 federais.

Partidos e as eleições – último dia para as siglas contestarem nomes das pessoas indicadas para compor as juntas eleitorais.

Indústria – IBGE divulga dados da produção do setor no país.

Brasil x Nova Zelândia – seleção de Mano Menezes jogará às 14h30 (10h30 de Brasília) no St. James Park.

 

Quinta (2.ago.2012)
Mensalão no STF – começará finalmente julgamento do caso revelado em 2005. Primeiro, o ministro Joaquim Barbosa lerá o resumo de seu relatório. Em seguida, o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, terá até 5 horas para falar sobre as acusações. Finalmente, os advogados dos 38 réus começarão a defender seus clientes. Cada um terá 1 hora.

Reclamações da defesa – mas os advogados poderão apresentar questões de ordem antes de Barbosa ler o relatório. Dependendo de quanto isso demorar, o PGR falará só no 2º dia.

José Dirceu na frente – depois do PGR, se tudo correr como esperado, os advogados apresentarão as defesas seguindo a ordem de citação dos réus na denúncia. Nesse caso, o 1º a fazer sustentação oral será José Luís de Oliveira Lima, advogado de José Dirceu. Os próximos são Genoíno, Delúbio e Marcos Valério.

Intensivão dos ministros – STF fará as sessões do julgamento do mensalão das 14h às 19h. Na 1ª semana do mês serão diárias. Depois, 3 vezes por semana.

Debates pelo Brasil – TV Bandeirantes fará debates nas principais capitais do Brasil. Estão confirmados em São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador e Curitiba.

Debate em São Paulo – TV Bandeirantes exibirá 1º debate entre candidatos a prefeito da capital paulista. Deverão participar José Serra (PSDB), Celso Russomanno (PRB), Fernando Haddad (PT), Soninha Francine (PPS), Gabriel Chalita (PMDB), Paulinho da Força (PDT), Carlos Giannazi (PSOL) e Levy Fidelix (PRTB).

PSDB no Recife – candidato tucano a prefeitura da capital pernambucana, Daniel Coelho, inaugura comitê eleitoral. Às 19h na avenida Domingos Ferreira.

Ana de Hollanda no Rio – ministra da Cultura anuncia o programa de fomento às artes às 15h, no Palácio Gustavo Capanema, no Rio.

Inflação – Fipe divulga IPC referente a julho de 2012.

 

Sexta (3.ago.2012)
Mesários da eleição – faltam 65 dias para o 1º turno da votação (que será em 7.out.2012). Este será o último dia para o juiz eleitoral anunciar audiência pública para nomeação do presidente, 1º e 2º mesários, secretários e suplentes que formarão a mesa receptora.

Agricultura Familiar – até domingo (5.ago.2012), Lençóis Paulista, no interior de São Paulo, sediará a Agrifam (Feira da Agricultura Familiar e do Trabalho Rural).

Brasil na Olimpíada – o velejador Robert Scheidt, 39 anos, pode ganhar sua 3ª medalha de ouro e se tornar o maior vencedor brasileiro do prêmio.

 

Sábado (4.ago.2012)
Mudanças de cenário – terminará prazo para partidos comunicarem à Justiça Eleitoral sobre anulações de decisões tomadas nas convenções.

 

Domingo (5.ago.2012)
Lista de candidatos – neste dia, a Justiça Eleitoral deverá ter julgado e publicado todas as decisões sobre pedidos de candidaturas.

 

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“Surpresa” do momento em SP é Russomanno
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Fernando Rodrigues

O candidato Celso Russomanno é a “surpresa” do momento na principal eleição municipal do país, na cidade de São Paulo.

A esta altura não há dúvida de que Russomanno, no minúsculo PRB, está em alta. Há um mês ele tinha 21%. Pulou para 24%. E agora foi a 26% na pesquisa Datafolha de 19 e 20 de julho – empatando tecnicamente com José Serra (PSDB), cuja pontuação é 30%. Aqui, todas as pesquisas de 2012.

O que isso significa? Que Celso Russomanno pode até desidratar durante a campanha, mas ninguém mais sabe quanto tempo isso vai demorar e com qual intensidade pode (ou não) ocorrer.

Vários aspectos devem ser considerados:

1) candidato (in)visível: Russomanno era dado como um candidato invisível quando começasse a campanha por estar num partido nanico. Não será mais assim. Com seus 26%, ganhará mídia espontânea nos telejornais de todas as emissoras. É a melhor mídia possível, pois é por onde a maioria dos eleitores se informa;

2) horário eleitoral: como conseguiu se coligar ao PTB, Russomanno deverá ter cerca de 2 minutos por dia na propaganda de rádio e de TV. É pouco? Sim se comparado aos cerca de 8 minutos cada que José Serra (PSDB) e Fernando Haddad (PT) terão. Mas é muito para um candidato hábil em dominar esse meio de comunicação.

Sobre a coligação de Russomanno com o PTB também é necessário dizer: esse foi o maior erro estratégico do PT na eleição paulistana. O PTB participa do governo Dilma Rousseff e poderia estar na aliança com os petistas na capital paulista.

3) piso para a queda: ninguém sabe qual é o limite mínimo para Russomanno. O que sempre se fala é que o candidato do PRB despencou em 2010, quando disputava a eleição para governador de São Paulo. Não foi bem assim.

Em julho de 2010, Russomanno pontuava 11% no Datafolha. Na eleição, teve 5,4%. Mas na capital do Estado, sua votação foi de 6,7% dos votos válidos. Ou seja, caiu 39% na cidade de São Paulo de julho até outubro de 2010.

Se esse cenário se repetir, o candidato do PRB pode chegar ao dia da eleição dese ano com algo próximo a 16%. É muita coisa. O suficiente para atrapalhar os planos de outros postulantes à segunda vaga na disputa.

Dessa forma, ficará acirrada a concorrência pelo segundo lugar –considerando-se que José Serra vai se manter à frente (o que também não é uma premissa imutável, mas parece no momento algo plausível –apesar da renitente rejeição que o tucano ostenta).

Nesse cenário, o petista Fernando Haddad continua a ter o potencial enorme representado pelo apoio do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e de toda a militância do PT. Mas como tem só 7%, terá de tirar de algum lugar os pontos extras para crescer. De Russomanno podem vir alguns desses pontos, só que não será tão fácil como parecia até há algumas semanas.

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Cargo para PRB visa a derrubar candidatura de Russomano a prefeito de São Paulo
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Fernando Rodrigues

efeito colateral também importante é evitar críticas de cunho religioso contra Fernando Haddad

A decisão da presidente Dilma Rousseff de dar um cargo no governo federal para o senador Marcelo Crivella (PRB-RJ) tem um objetivo certeiro: tentar derrubar a candidatura de Celso Russomano a prefeito de São Paulo. Por tabela, facilitar a vida do petista Fernando Haddad, que também disputará a prefeitura paulistana neste ano.

Russomano era do PP, mas se indispôs com Paulo Maluf e bandeou-se para o PRB em 2011. O Partido Republicano Brasileiro, criado em 2005, tem ligação estreita com a Igreja Universal do Reino de Deus. Nas pesquisas de opinião, Russomano aparece com até 21% das intenções de voto, muito por conta de suas aparições em programas populares na TV. Aqui, a página mais completa da web com todos os levantamentos eleitorais disponíveis neste ano.

Com a ida do senador Marcelo Crivella (PRB-RJ) para a Secretaria da Pesca e Aquicultura, o Planalto espera ter pavimentado o caminho para que a direção nacional do PRB elimine do mapa a candidatura de Russomano –Crivella nega (leia a parte final deste post).

A nomeação de um representante do PRB para a Esplanada dos Ministérios é a primeira reação objetiva do PT e de Dilma Rousseff à entrada de José Serra (PSDB) na corrida pela sucessão de Gilberto Kassab na Prefeitura de São Paulo.

Os petistas correm para fechar o maior arco de alianças possível em torno de Haddad –e assim garantir um grande tempo de TV e rádio durante o horário eleitoral.

Religião & Haddad
Outro efeito colateral importante da nomeação de Marcelo Crivella é um acordo tácito para que os políticos evangélicos sob o guarda-chuva do PRB evitem críticas de cunho religioso contra Fernando Haddad.

Quano era ministro da Educação, Haddad envolveu-se na polêmica da cartilha sobre respeito a homossexuais em escolas. Logo os evangélicos e religiosos em geral classificaram a iniciativa de “kit gay”. A operação foi abortada, mas a imagem de liberal do petista permaneceu.

Há um temor do PT de que durante a campanha eleitoral deste ano Haddad possa ser alvo de políticos conservadores. Com a presença do PRB na Esplanada dos Ministérios, há um entendimento entre o governo Dilma e a cúpula do partido de Crivella para que sejam evitados os debates em torno de aspectos religiosos durante as disputas por prefeituras, sobretudo na cidade de São Paulo.

“Só tivemos conversas técnicas”
Após ser anunciado como novo ministro do governo Dilma, Marcelo Crivella negou que a nomeação tenha por objetivo tirar Celso Russomanno da disputa pela Prefeitura de São Paulo. “Acho que o PRB em São tem um candidato, que é o Celso Russomano, e em nenhum momento quando a presidente me convidou isso foi aventado. Pelo contrário, só tivemos conversas técnicas”, afirmou, segundo publicou a Folha.com. “Ela [Dilma] queria fazer uma homenagem ao povo fluminenese”, disse Crivella.

O político disse ainda ter “muita honra” de integrar a bancada evangélica no Congresso, mas que sua entrada no governo se deve à posição de filiado ao PRB e não à de integrante da bancada evangélica.

 

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