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Poder e Política na semana – 13 a 19.out.2014
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Fernando Rodrigues

Faltam 13 dias para o segundo turno das eleições. Nos próximos dias, Dilma e Aécio viajam pelo país e se enfrentam em 3 debates televisivos –em nenhum deles haverá jornalistas fazendo perguntas. Esta semana também servirá para aferir o impacto dos apoios que cada candidato a presidente recebeu até agora, sobretudo como o eleitorado reagirá à adesão de Marina Silva à candidatura do PSDB.

A presidente Dilma Rousseff deve se reunir na 3ª feira com o ministro da Fazenda, Guido Mantega, para definir proposta de unificação de 2 tributos, o PIS e a Cofins. No sábado, a campanha de Dilma planeja um ato político em Belo Horizonte.

Aécio Neves, candidato a presidente pelo PSDB, faz campanha em Curitiba nesta 2ª feira. Na 4ª feira, em São Paulo, reúne-se com prefeitos paulistas que integram a base de apoio ao governador Geraldo Alckmin. Na 6ª feira, Aécio faz campanha em Salvador e João Pessoa. Ao longo da semana, o tucano também deve anunciar mais 2 novos nomes que comporão seu ministério se ele for eleito.

Dilma e Aécio também se enfrentam em 3 debates. O primeiro é o da Band, na 3ª feira. O SBT, o UOL e a rádio Jovem Pan organizam o debate da 5ª feira. No domingo, a petista e o tucano se encontram no debate da Record.

O Datafolha e o Ibope podem divulgar novas pesquisas presidenciais a partir de 4ª feira. Cabe aos institutos e aos contratantes definirem o dia e o horário da publicação.

No Congresso, sem muita chance de prosperar, a oposição tentará forçar a convocação de alguma reunião extraordinária da CPI da Petrobras para analisar os depoimentos do ex-diretor da estatal Paulo Roberto Costa.

Na 2ª feira, o PSB elege seu novo presidente e a nova Executiva Nacional. A expectativa é que Roberto Amaral, que assumiu o comando do partido após a morte de Eduardo Campos, ocorrida há exatos 2 meses, seja substituído por Carlos Siqueira.

O Banco Central divulga na 5ª feira o IBC-BR, considerado a prévia do PIB nacional.

Eis, a seguir, o drive político da semana. Se tiver algum reparo a fazer ou evento a sugerir, escreva para frpolitica@gmail.com. Atenção: esta agenda é uma previsão. Os eventos podem ser cancelados ou alterados.

 

2ª feira (13.out.2014)
Aécio no Paraná – Aécio Neves, candidato do PSDB a presidente, faz campanha em Curitiba.

Comando do PSB – partido elege seu novo presidente e a nova Executiva Nacional. A expectativa é que Roberto Amaral, que assumiu o comando do partido após a morte de Eduardo Campos, ocorrida há exatos 2 meses, seja substituído por Carlos Siqueira (foto), primeiro-secretário da legenda. Às 14 horas, no Hotel Nacional, em Brasília.

Pedro Ladeira/Folhapress - 21.ago.2014

Temer em SP – vice-presidente Michel Temer comanda encontro com prefeitos, deputados e líderes do PMDB paulista para cobrar empenho na campanha de reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT). Temer tentará convencer os prefeitos que se uniram ao governador Geraldo Alckmin no primeiro turno a defenderem o voto em Dilma.

Pesquisas – a partir desta data o Ibope pode divulgar resultados de novas pesquisas sobre o segundo turno no Distrito Federal e Mato Grosso do Sul.

Eleições no Rio – PC do B do Rio decide se apoiará a reeleição do governador Luiz Fernando Pezão (PMDB).

Ditadura e Pernambuco – Comissão Nacional da Verdade realiza diligência no antigo DOPS no Recife, local de ocorrência tortura durante o regime militar.

Ciência – governo federal promove a Semana Nacional de Ciência e Tecnologia.

Salário de bancários – CUT, federações e sindicatos dos bancários assinam com a Federação Nacional dos Bancos convenção coletiva que estabelece reajuste salarial de 8,5%, equivalente a um aumento real de 2,02%.

Maconha – Senado promove a sexta audiência pública de uma série sobre regulamentação do uso recreativo e medicinal da maconha. Nesta edição, foram convidados especialistas contrários a qualquer tipo de legalização. A partir das 9h, com transmissão pela internet e aberto a perguntas do público.

 

3ª feira (14.out.2014)
Debate presidencial – Band promove o primeiro debate do segundo turno entre a presidente Dilma Rousseff, candidata à reeleição pelo PT, e Aécio Neves, candidato do PSDB. Os candidatos ficarão frente a frente, em pé. No primeiro bloco, a emissora escolherá um tema para ser debatido. Nos outros quatro, as perguntas serão feitas pelos candidatos. Às 22h.

Dilma e Mantega – Dilma deve reunir-se com o ministro da Fazenda, Guido Mantega, para definir proposta de unificação de 2 tributos, o PIS e a Cofins.

Reforma política – entidades que realizaram um plebiscito popular pela convocação de uma Constituinte exclusiva para a reforma política entregam resultado da consulta nas Presidências da República, do Supremo Tribunal Federal, do Senado e da Câmara. Integrantes do movimento também realizam plenária no Ginásio Nilson Nelson, em Brasília.

Ruralistas – Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil tenta realizar eleições internas, suspensas na última 6ª feira (10.out.2014) por decisão judicial. A atual presidente da entidade, senadora Kátia Abreu (PMDB-TO), é favorita para ser reeleita.

Dívidas fiscais e folha de pagamento – plenário da Câmara dos Deputados deve votar a reabertura do prazo do Refis da Crise e a desoneração da folha de pagamento de cerca de 60 setores da economia. Em seguida, o texto será encaminhado ao Senado.

Mobilização na PF – delegados da Polícia Federal realizam assembleias em todo o país para reivindicar a aprovação de uma lei orgânica para a instituição, eleição direta para diretor-geral e um gatilho para realização de concursos públicos, entre outros pontos.

Eleições na Libéria – país africano elege nova composição do Senado.

 

4ª feira (15.out.2014)
Aécio em SP – Aécio Neves, candidato do PSDB a presidente, deve se reunir com prefeitos paulistas que integram a base de apoio ao governador Geraldo Alckmin (PSDB).

PTB e Aécio – Executiva Nacional do PTB reúne-se e deve reafirmar o apoio à eleição de Aécio Neves. Na sede do partido, em Brasília.

Pesquisas – a partir desta data o Datafolha e o Ibope podem divulgar os resultados de novas pesquisas presidenciais. O Ibope também pode divulgar pesquisa sobre o segundo turno no Rio Grande do Norte e em Goiás. Cabe aos institutos e aos contratantes definirem o dia e o horário da publicação.

Aposentadoria – Supremo deve retomar o julgamento da reaposentadoria.

Árabes e Lewandowski – comunidade árabe realiza evento em homenagem ao ministro Ricardo Lewandowski, presidente do Supremo Tribunal Federal. O vice-presidente Michel Temer e José Eduardo Cardozo, ministro da Justiça, devem comparecer. Em Brasília.

Comércio – IBGE divulga a Pesquisa Mensal de Comércio.

Sirkis e Sustentabilidade – deputado federal Alfredo Sirkis (PSB-RJ) apresenta palestra sobre os efeitos das mudanças climáticas nas grandes cidades, promovida pelo Lide (Grupo de Líderes Empresariais), em SP.

Economia nos EUA – Fed (Banco Central dos EUA) publica o Livro Bege, com perspectivas sobre a economia norte-americana.

Eleições em Moçambique – país africano lusófono elege novo presidente e composição do Legislativo.

 

5ª feira (16.out.2014)
Debate presidencialSBT, UOL e rádio Jovem Pan promovem debate entre a presidente Dilma Rousseff, candidata à reeleição pelo PT, e Aécio Neves, candidato do PSDB. Às 18h, com transmissão ao vivo por TV, internet e rádio.

Temer no Rio Grande do Sul – vice-presidente Michel Temer faz campanha pela reeleição de Dilma Rousseff em Porto Alegre, Rio Grande, Bagé, Santo Ângelo e Passo Fundo.

Pesquisas – a partir desta data o Ibope pode divulgar pesquisas sobre o segundo turno no Rio de Janeiro e no Ceará. Cabe ao instituto e ao contratante definir o dia e o horário da publicação.

Inflação – FGV divulga o IGP-10.

Economia nos EUA – Fed (Banco Central dos EUA) divulga dados sobre produção industrial norte-americana.

 

6ª feira (17.out.2014)
Aécio no Nordeste – Aécio Neves, candidato do PSDB a presidente, faz campanha em Salvador e João Pessoa.

Imprensa reunida – Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP) promove sua 70ª Assembleia Geral, em Santiago.

Economia – FGV divulga o Iace (Indicador Antecedente Composto da Economia), que busca medir o cenário dos próximos meses para a atividade do país, e o ICCE (Indicador Coincidente Composto da Economia), que capta as condições atuais da economia.

 

Sábado (18.out.2014)
Dilma em Minas – presidente Dilma Rousseff deve comandar ato político em Belo Horizonte.

 

Domingo (19.out.2014)
Debate presidencialRecord promove debate entre a presidente Dilma Rousseff, candidata à reeleição pelo PT, e Aécio Neves, candidato do PSDB.

Horário de verão – começa o horário de verão. Relógios devem ser adiantados em uma hora nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste.

 

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Marina será acusada de ir “para a direita” se apoiar Aécio, diz Amaral
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Fernando Rodrigues

Presidente nacional do PSB diz que situação da candidata derrotada é “incômoda”

O presidente nacional do PSB, Roberto Amaral, disse na madrugada desta segunda-feira (6.out.2014) que Marina Silva está numa situação “incômoda”.

Se a terceira colocada na corrida presidencial decidir-se por apoiar Aécio Neves (PSDB) na disputa de segundo turno, pode ser acusada de “ir para a direita”. A frase de Amaral foi dita no programa “Canal Livre”, da TV Bandeirantes.

Por outro lado, se Marina decidir-se por apoiar Dilma Rousseff (PT), estará indo contra o discurso sobre renovar a política que pregou durante o primeiro turno.

A provocação de Amaral foi uma reação ao que parece ser o caminho natural de sua candidata a presidente a partir de agora. É que na sua primeira aparição após a derrota, Marina sinalizou que poderia apoiar Aécio Neves.

Roberto Amaral afirmou que, pelo que conhece de Marina Silva, acha que ela pode acabar não apoiando ninguém no segundo turno –e aí seria classificada de “omissa”.

A neutralidade de Marina é o desejo maior do PT e de Dilma Rousseff, pois assim ficaria mais fácil para a candidata à reeleição “pescar” apoios entre os eleitores marinistas.

O presidente do PSB disse ter conversado com a candidata pessebista no final do domingo (5.out.2014). “Eu estava mais deprimido do que ela”, declarou. Marina “estava alegre e disse que foi além” do que as condições política permitiam.

Amaral e Marina combinaram de tentar anunciar uma posição conjunta ao longo desta semana. Mas o dirigente do PSB declara ser possível que o partido e o grupo liderado por Marina, a Rede, tenham posições divergentes. O objetivo, entretanto, é buscar um consenso.

No programa da TV Bandeirantes, Amaral fez uma brincadeira com o tucano Andrea Matarazzo, que também estava presente ao “Canal Livre”. Ao comentar o fato de Aécio Neves não ter ido tão bem Minas Gerais, Amaral observou: “É quem em Minas o Aécio é bem conhecido”.

Nesta segunda e terça-feira, Amaral pretende consultar líderes do PSB, sobretudo os governadores da legenda –os atuais, os que foram eleitos e os candidatos que vão disputar o segundo turno. Na quarta-feira (8.out.2014), o partido fará uma reunião da sua Executiva Nacional em Brasília, quando a decisão sobre o segundo turno presidencial deve ser anunciada.

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Agora, no último programa na TV, Marina decide fazer ataque frontal a Dilma
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Fernando Rodrigues

Peça não ensina de maneira didática ao eleitor número da pessebista na urna

A candidata do PSB a presidente da República, Marina Silva, decidiu usar seu último programa na propaganda eleitoral do 1° turno, nesta 5ª feira (2.out.2014), para transmitir uma de suas falas mais duras contra a presidente Dilma Rousseff, candidata à reeleição pelo PT. Marina acusa a petista de ser mentirosa ao dizer que não sabia da corrupção na Petrobras e diz que Dilma é inexperiente porque “não foi nem vereadora”.

Esse tom foi adotado na campanha do PSB nos últimos dias. Na TV, é o programa de ataque frontal mais direto em toda a propaganda eletrônica marinista. A candidata vinha se recusando a usar esse tipo de discurso em outras fases da campanha, apesar de ter sido fustigada de maneira incessante nas últimas 4 semanas, tanto por Dilma como pelo candidato Aécio Neves, do PSDB.

O programa foi ao ar na televisão nesta 5ª feira, quando se encerra o horário eleitoral. A peça é dirigida pelo marqueteiro Diego Brandy e tem 2 minutos e 3 segundos de duração.

Diante do tempo exíguo de TV, o PSB preferiu priorizar um discurso político da candidata, e não ensinar, de forma didática, em que número o eleitor de Marina deve votar na urna. Isso poderá ser um problema para a pessebista. Segundo o Datafolha, os eleitores de Marina são os que menos conhecem o número de sua candidata. Somente 47% dos eleitores de Marina sabem citar corretamente seu número de urna. Entre os eleitores de Dilma, a taxa é de 66% e, entre os de Aécio, de 61%. A pesquisa foi feita em 29 e 30 de setembro.

Assista abaixo ao programa. O discurso foi gravado durante evento com militantes do PSB e da Rede e apoiadores de Marina em São Paulo nesta 3ª feira (30.set.2014).

O Blog analisou a reta final da corrida presidencial no post “Fortalecida, Dilma agora pode escolher quem prefere enfrentar no 2º turno“, publicado nesta 4ª feira (1°.out.2014).

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Marina mente sobre CPMF, diz comercial de Dilma na TV
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Fernando Rodrigues

Marina-comercial-Dilma-PT-mentira-28set2014

A campanha de Dilma Rousseff (PT) colocou hoje (28.set.2014) no ar um comercial de 30 segundos no qual afirma que Marina Silva (PSB) mentiu sobre como foi seu voto no Senado a respeito da CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira). Eis o vídeo:

Vários veículos da mídia já haviam registrado essa contradição na fala da candidata do PSB, repetida em alguns eventos de campanha. Ela afirmou em 26.ago.2014, durante o debate entre presidenciáveis na TV Bandeirantes, que seu voto foi a favor da CPMF durante o governo de Fernando Henrique Cardoso (PSDB).

Ocorre que os registros do site do Senado indicam que Marina votou contra a CPMF em 1995 e em 1999.

O comercial de Dilma Rousseff é duríssimo contra Marina. Faz parte da estratégia conduzida pelo marqueteiro João Santana de desconstruir a imagem da candidata do PSB. Eis o roteiro integral da propaganda:

[Imagem de Marina Silva – Locutor inicia narração]: Marina diz que não quer ser eleita em cima de uma mentira.

[Imagem de Marina falando no debate da Band, em 26.ago.2014]: Quando foi a votação da CPMF, ainda que o meu partido fosse contra, em nome da saúde, em nome de respeitar os interesses dos brasileiros, eu votei favorável, mesmo sendo do seu governo, o PSDB [era uma resposta ao tucano Aécio Neves].

[Locutor narra sobre imagens de arquivos oficiais de votações do Senado]: Os documentos do Senado registram a verdade. Marina fez duas vezes o contrário do que diz. Mudar de opinião, ainda vá lá… Agora, falar que fez o que não fez, isso tem outro nome”.

[Fim do comercial de 30 segundos].

A eficácia da “narrativa do medo” usada por João Santana na campanha de Dilma Rousseff já foi analisada aqui neste Blog num post de 20.set.2014. Além do comercial de hoje sobre a “mentira de Marina sobre a CPMF”, já foram veiculados outros. Um fazendo comparação da pessebista com Jânio Quadros e com Fernando Collor. Insinuação de que um Banco Central independente tira a comida do prato dos mais pobres. E um no qual se afirma o pré-sal no marinismo seria relegado ao segundo plano, resultando em menos dinheiro de bancos públicos para programas como o Minha Casa, Minha Vida.

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Veja como o PSB em Pernambuco mostrará Eduardo Campos na TV
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Fernando Rodrigues

Ex-governador será estrela da primeira propaganda eleitoral de Paulo Câmara

O ex-governador Eduardo Campos, morto em um acidente aéreo em 13.ago.2014, será a estrela da primeira propaganda eleitoral de Paulo Câmara, candidato do PSB ao governo de Pernambuco.

O vídeo de 1 minuto e 53 segundos vai ao ar na 4ª feira (20.ago.2014). É ocupado integralmente por um discurso de Campos pedindo voto para Câmara, um quadro técnico que ocupou as secretarias de Administração, Turismo e Fazenda do governo pernambucano.

Campos afirma que Câmara será “um novo líder” para uma “nova fase da vida política de Pernambuco”. A fala é intercalada com imagens de ambos lado a lado. Assista abaixo:

A situação eleitoral de Paulo Câmara não é confortável neste momento –ele tem 13% das intenções de voto, segundo a última pesquisa no Estado. O senador Armando Monteiro (PTB) possui 47% e ganharia no primeiro turno se a eleição fosse hoje. Monteiro conta com o apoio do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e da presidente Dilma Rousseff.

Na noite desta 3ª feira (19.ago.2014), o PSB também veicula propaganda eleitoral em rede nacional com imagens de Campos. O filme destaca a frase dita pelo pessebista durante entrevista ao Jornal Nacional na véspera de sua morte. “Como disse Eduardo horas antes da tragédia, não vamos desistir do Brasil. É hora de luto, mas também de luta”, afirma o locutor.

Este Blog mantém a mais completa página de pesquisas eleitorais da internet brasileira, com levantamentos de todos os institutos desde o ano 2000. É possível consultar os cenários do 1º turno de 2014 para as disputas de presidente, governador e senador e do 2° turno de 2014 para presidente e governador.

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Vídeo na convenção do PSB mostra Eduardo Campos com Lula
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Fernando Rodrigues

Reprodução

Eduardo Campos e Lula em trecho do vídeo exibido na convenção nacional do PSB / Reprodução

A convenção do PSB que confirmou a candidatura de Eduardo Campos a presidente da República, realizada na manhã deste sábado (28.jun.2014), em Brasília, usou a imagem do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva nos 2 telões ao fundo do palco.

O petista surgiu durante um vídeo em tom emotivo que contava a história de Eduardo Campos e sua candidata a vice, Marina Silva. Ali, atrás de seus atuais adversários, Lula apareceu sorridente empossando Campos no cargo de ministro de Ciência e Tecnologia, em janeiro de 2004.

O vídeo reforça a estratégia de não agressão entre Campos e Lula. O PSB escolheu Dilma para atacar. Durante a convenção, os militantes de Campos entoavam: “A Dilma no governo / o povo não quer mais / xô Satanás / xô Satanás”. Também faziam uma paródia ao xingamento dirigido à presidente na abertura da Copa do Mundo: “Ei, Dilma / sai pra entrar Dudu”.

O PSB se equilibra com um discurso ambivalente nesta campanha. Fala que todos querem mudança e ataca o governo Dilma, mas preserva Lula. O problema para Campos será responder à seguinte pergunta: “Se Dilma não serve mais e Lula deve ser preservado, como explicar que Lula faça campanha a favor da reeleição de Dilma?”. Essa contradição no discurso de Campos será explorada pelo PT na campanha.

Outra ambiguidade emergiu da convenção deste domingo. O jingle do PSB fala em “coragem para mudar o Brasil”. O vídeo biográfico  exibido na convenção, dirigido por Diego Brandy e Alon Feuerwerker, afirma que Eduardo “teve coragem de enfrentar o jogo da velha política”. Mas é difícil sustentar tal discurso da mudança nos Estados, com o PSB apoiando Geraldo Alckmin (PSDB) em São Paulo. Sem contar alianças com os grupos de Heráclito Fortes, no Piauí, e Jorge Bornhausen, em Santa Catarina, dois luminares do DEM em passado recente.

Assista abaixo ao vídeo exibido na convenção do PSB:

(Bruno Lupion)

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PT copia FHC de 1998 e usa discurso do medo para alavancar Dilma
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Fernando Rodrigues

O PT divulga na noite desta 3ª feira (13.mai.2014) comercial de televisão de 1 minuto no qual explora o discurso do medo para tentar alavancar a candidatura da presidente Dilma Rousseff à reeleição.

As imagens mostram pessoas empregadas, com acesso a remédios, estudo e lazer, em contraposição com pessoas desempregadas, passando fome e pedindo dinheiro em semáforos, que seriam “fantasmas do passado”, o título do comercial petista. Assista ao comercial abaixo:

 

O locutor, em tom dramático, alerta: “Não podemos deixar que os fantasmas do passado voltem e levem tudo o que conseguimos”. Ao final, diz que “não podemos dar ouvidos a falsas promessas”, em referência indireta às propostas que vêm sendo feitas por candidatos da oposição a presidente da República, como Aécio Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB).

Aécio tem falado, por exemplo, em adotar “decisões impopulares” na economia, e Campos promete buscar uma inflação anual de 3% a partir de 2019.

Essa estratégia é muito semelhante à utilizada em 1998 pelo então presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB), que enfrentava dificuldades com sua taxa de popularidade e o estado geral da economia.

À época, FHC usou o discurso do medo dizendo que só ele seria preparado para continuar a combater a inflação, que havia começado a ser debelada em 1994. O adversário do tucano, em 98, era Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que perdeu aquela eleição.

O comercial do PT usa agora uma estratégia que já rechaçou e conseguiu derrotar em 2002. Naquele ano, o PSDB novamente tentou usar o discurso do medo para eleger José Serra, apresentado ao eleitorado como o único capacitado para manter as conquistas de estabilidade econômica dos anos FHC (e até usou a atriz Regina Duarte em um filme). Lula era o candidato de oposição pela quarta vez consecutiva. O publicitário petista à época, Duda Mendonça, criou o slogan “a esperança vai vencer o medo”. O PT ganhou.

O comercial de hoje foi produzido pela Polis, do marqueteiro João Santana. A criação é de Antonio Meirelles, João Santana e Marcelo Kertész. O filme foi dirigido por Henry Meziat, com direção de fotografia de Franco Pinochi e locução de Antonio Grassi.

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Eduardo Campos fala em meta de inflação de 3%
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Fernando Rodrigues

O pré-candidato a presidente pelo PSB, Eduardo Campos, 48, detalhou a trajetória que deseja para a inflação no Brasil caso venha a ser eleito. Em 2015, manteria a meta em 4,5% ao ano. Nos três anos seguintes, forçaria uma queda para 4%, terminando o mandato sinalizando um percentual de 3%.

Em entrevista ao programa Poder e Política, do UOL e da “Folha”, o socialista disse que a meta de inflação de 3% seria fixada oficialmente para 2019. A definição desse percentual é responsabilidade do CMN (Conselho Monetário Nacional), formado pelos ministros da Fazenda e do Planejamento e pelo presidente do Banco Central, sempre com dois anos de antecedência.

Campos detalhou também sua proposta sobre independência do Banco Central. Se eleito, pretende patrocinar a aprovação de uma lei que dê um mandato de três anos ao presidente do BC, período pelo qual o chefe dessa autarquia não poderia ser demitido. Seria permitida apenas uma recondução.

O reajuste das tarifas de energia e combustíveis, represadas no atual governo, seria feito em até três anos, de maneira gradual, para não causar um impacto muito grande sobre a inflação.

Em terceiro lugar na pesquisa Datafolha (tem 10% das intenções de voto), o pré-candidato tenta encontrar uma brecha entre seus dois adversários diretos na disputa de outubro. Dilma Rousseff (PT) lidera a corrida presidencial com 38%. Aécio Neves (PSDB) tem 16%.

Campos se posiciona como um liberal na economia e na gestão do governo (para atrair eleitores tucanos), mas mantendo os gastos com programas sociais (acenando aos petistas). Na área de costumes, tem posições conservadoras –como quase todos os adversários.

Numa eventual gestão de Campos como presidente, ele promete manter a política de reajuste acima da inflação para o salário mínimo. O número de ministérios cairá para “15 a 20”. Agências reguladoras terão diretores escolhidos com a ajuda de recrutadores profissionais. O Bolsa Família será ampliado e terá algum reajuste no valor do benefício.

As regras atuais sobre aborto têm a aprovação de Campos. Ele é contra a liberalização da prática além do que a lei já autoriza. Também não defende reduzir a maioridade penal e nem tem simpatia por uma política de descriminalização da maconha.

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Site próximo ao PT aponta uso de “robôs” por Campos e Aécio na web
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Fernando Rodrigues

Técnica eleva artificialmente a relevância de páginas nas redes sociais

Campos nega prática e afirma que perfil foi atacado; Aécio se diz alvo de calúnias

(texto atualizado às 19h42)

A equipe de comunicação de Eduardo Campos, pré-candidato do PSB à Presidência da República, estaria utilizando perfis falsos nas redes sociais, conhecidos como “robôs”, para aumentar a sua influência, acusou na 4ª feira (9.abr.2014) o “Muda Mais”. Esse site tem registro anônimo no exterior e é comandado por pessoas que trabalham próximas ao PT, segundo apurou o Blog.

A acusação do site pró-PT não pode ser comprovada.

O “Muda Mais” diz ter analisado 4 posts de Campos no Twitter e concluiu que cada um deles havia sido replicado por 5 mil “robôs” diferentes. Também publicou uma lista dos supostos 5 mil “robôs” que teriam replicado os posts de Campos. Nesta 5ª feira (10.abr.2014), o site acusou a campanha do tucano Aécio Neves de também usar “robôs”.

A prática é malvista nas redes sociais pois atribuiu uma falsa aparência de relevância para determinados perfis ou mensagens.

Este pode ser um dos primeiros episódios de ataque virtual em massa na campanha presidencial deste ano. Para desmoralizar um determinado perfil no Twitter, basta inundá-los de retuítes de “robôs”, algo facilmente perceptível.

Este caso envolvendo o uso de “robôs” tem vários aspectos obscuros.

O “Muda Mais” fez a acusação contra Eduardo Campos na tarde do dia 9.abr.2014, por volta de 16h. Ao descrever o uso de “robôs”, o site pró-PT indicou que sua equipe monitora as operações de internet de adversários de Dilma Rousseff.

No final desse mesmo dia 9.abr.2014, a equipe de Eduardo Campos escreveu a respeito do caso dos perfis falsos em suas páginas no Facebook e no Twitter. Afirmou que condenava “veementemente” o uso de “robôs” nas redes sociais. Como essa postagem se deu por volta de 19h, parecia ser uma resposta à acusação do “Muda Mais”.

Ocorre que bem antes disso, conforme pode comprovar o Blog, a própria equipe de Campos havia enviado uma notificação ao Twitter na qual relatava ter detectado uma enxurrada de retuítes feitos por perfis fakes/”robôs”, todos com zero seguidor. O mesmo procedimento também foi registrado contra o perfil da Marina Silva.

As postagens de Campos e de Marina começaram a ser afetadas por “robôs” a partir do início de abril.

A campanha de Campos também afirmou que o suposto ataque “dificilmente se trata de coincidência, visto que o mesmo aconteceu com o perfil de Marina Silva”, mas não apontou quem teria sido o autor.

Em nota à imprensa, a campanha de Aécio não nega explicitamente o uso de “robôs”, mas diz ser alvo de calúnias de uma “rede clandestina” a serviço do PT.

Abaixo, reprodução da acusação do “Muda Mais” e a postagem de Campos.

 

mudamais

 

eduardo

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Eleger Eduardo Campos é mais fácil que Marina, diz homem forte da Rede
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Fernando Rodrigues

Sérgio Lima/Folhapress - 21.set.2003

Coordenador da campanha marineira em 2010 elogia experiência de Campos
Ele aposta em crescimento das doações individuais
a políticos neste ano

João Paulo Capobianco (foto), coordenador da campanha de Marina Silva à Presidência em 2010, afirma que o projeto da ex-senadora acriana tem “muito mais chance” de sair vitorioso neste ano ao lado de Eduardo Campos (PSB), pois o pernambucano tem “experiência executiva” como governador de seu Estado.

Marina fez carreira política no Legislativo –transitou 21 anos entre Câmara de Vereadores de Rio Branco, Assembleia Legislativa do Acre e Senado Federal– e comandou por 6 anos o Ministério do Meio Ambiente no governo de Luiz Inácio Lula da Silva.

Na 3ª feira (4.fev.2014), durante o lançamento das diretrizes de governo da sua aliança, Marina foi assertiva ao dizer que o candidato a presidente é Campos —talvez da maneira mais explícita até agora.

Capobianco cita outro trunfo para o otimismo: a existência de 2 partidos bem estruturados na coligação, o PSB e o PPS. Segundo ele, em 2010 o PV, que lançou Marina, estava “muito desorganizado” e prejudicou a logística da campanha.

Atual presidente do Instituto Democracia e Sustentabilidade e membro da coordenação nacional do Rede Sustentabilidade, Capobianco foi secretário-executivo do Ministério do Meio Ambiente na gestão Marina e deixou a Esplanada junto com a acriana, em 2008.

Ele aposta que o volume de doações de pessoas físicas fará a diferença neste ano. No último pleito presidencial, Marina montou um site para receber doações de R$ 5 a R$ 100, via cartão de crédito, mas o sistema não vingou: apenas 3.095 pessoas contribuíram, no valor total de R$ 170 mil. O montante equivale a 0,7% do arrecadado por Marina, de R$ 24,1 milhões.

“A sociedade não estava acostumada [em 2010]. Mudou muito em 4 anos. Apostamos que a sociedade estará aberta a isso”, diz Capobianco, citando que 4 dos 11 ministros do Supremo Tribunal Federal já votaram por proibir doações de pessoas jurídicas às campanhas. “O Brasil está na direção de proibir doações de empresas para campanhas políticas. Se isso de fato ocorrer, não vai existir outro caminho”, afirma.

Indagado sobre a gestão da atual ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, Capobianco afirma que a pasta está “subserviente” às vontades do Palácio do Planalto e que o governo perdeu o contraponto ambientalista em suas decisões. “Qualquer agenda de retrocesso não encontra mais enfrentamento interno”, diz.

A seguir, trechos da entrevista concedida ao Blog:

UOL – O sr. trabalhou com Marina Silva na campanha à Presidência em 2010. Agora vai ajudá-la a enfrentar as eleições em 2014. O que muda?
João Paulo Capobianco – Em 2010 foi nossa primeira campanha. O PV era muito desorganizado e tivemos dificuldade para operar. Mas tivemos uma enorme receptividade às nossas teses e propostas. Fizemos uma campanha baseada em propostas, tínhamos um programa e o divulgamos seriamente. Todo mundo dizia que isso não faria diferença, mas a nossa avaliação é que fez.

Agora nós começamos com um patamar de apoio maior, temos uma estrutura mais organizada. São 3 partidos, que têm uma estrutura melhor e estão muito mobilizados. Temos o mesmo processo que em 2010 foi muito vitorioso, que é a elaboração do programa. E temos um candidato com experiência executiva, como governador, coisa que nós não tínhamos em 2010. Temos muito mais possibilidades [de vencer] agora, mesmo porque o país também está numa conjuntura muito pior, mais adversa.

O sr. se refere à economia?
Não, mais do que isso. Um país que está sem rumo, sem projeto, onde a política está se degradando a cada dia que passa. Tudo vira acordo político, tudo vira troca partidária. Você tem uma degradação da política e uma expectativa de mudança. As pesquisas mostraram isso. Por mais que tenhamos a presidente Dilma à frente, há um desejo de mudança na maioria da população brasileira. É necessário canalizar esse debate de forma positiva. Estamos com muito mais possibilidades que em 2010, sem dúvida nenhuma.

A arrecadação para a campanha será mais fácil ou difícil que em 2010?
Teremos maior possibilidade de fazer agora o que planejamos em 2010, que é a perspectiva de muitos doando pouco. Ao contrário do que é feito hoje, com poucos doando muito. Teremos melhores condições para isso. Somos inovadores na experiência de coleta e captação pela internet.

Em 2010 as doações pela internet para a Marina não tiveram impacto significativo…
Não, mas teve um grande impacto do ponto de vista da mobilização, de permitir um outro “approach” na campanha, foi importante politicamente. E isso se traduziu em votos, pois significou uma nova forma de relacionamento entre política, campanha e doação. Do ponto de vista econômico, o resultado realmente não foi grande. Mas, repito: nós fomos os primeiros a fazer, foi uma novidade, a sociedade não estava acostumada. Mudou muito em 4 anos. Com essa revolução digital, as coisas mudaram muito no Brasil. Agora essa plataforma tende a ser mais bem sucedida.

Em termos percentuais, qual a meta de arrecadação de pessoas físicas na campanha deste ano?
Não me arrisco a dizer quanto será, mas nossa meta é de que esse seja um dos principais mecanismos de captação. Estamos apostando que a sociedade estará aberta a isso e que a nossa proposta encontrará eco na vontade das pessoas. A doação de pessoas físicas será muito importante. O Brasil está na direção de proibir as doações de empresas para campanhas políticas. Se isso de fato ocorrer, não vai existir outro caminho.

A Rede está ao lado de outros 2 partidos antigos, o PSB e o PPS, o que tem provocado alguns conflitos nos arranjos estaduais. Dois exemplos: possível coligação com o PSDB em São Paulo e apoio da família Bornhausen em Santa Catarina. Isso constrange o projeto de Marina?
Não acho que constrange. O que precisamos é compromisso com as diretrizes lançadas hoje [4.fev.2014]. Esse compromisso fica mais evidente com candidaturas próprias, mas você pode ter candidaturas em uma coligação comprometida com o programa. É um processo político, considerando que o PSB e PPS já tinham uma história de negociações e de arranjos. Se você perguntar para mim, militante da Rede, o que eu gostaria? Eu gostaria que nós tivéssemos candidaturas próprias, comprometidas com o que está escrito aqui, comprometidas com uma nova forma de fazer política, em todos os Estados brasileiros e no Distrito Federal. Agora, do ponto de vista da viabilidade política, o que importa é o compromisso com o programa.

O sr. trabalhou no governo Lula, no Ministério do Meio Ambiente então comandado por Marina. Qual a sua avaliação da política ambiental do governo Dilma Rousseff?
Não existe política ambiental hoje. No governo Lula, e mesmo no governo Fernando Henrique [Cardoso], nós vínhamos em um crescendo. O governo Lula foi um governo onde houve uma afirmação forte da política ambiental. Realizamos uma série de iniciativas na agenda sócio-ambiental e permanecemos no governo até que as forças contrárias começaram a adquirir mais força que a nossa força de renovação. Desde o final do governo Lula essa agenda foi perdendo densidade e agora não existe agenda nenhuma.

O que Dilma deveria estar fazendo na área do meio ambiente, mas não está?
Poderia estar fazendo tudo. Avançando na legislação de gestão do patrimônio genético. Na implantação do código florestal, que já foi uma enorme derrota neste governo. Tivemos enormes retrocessos e, mesmo assim, temos um código que não se implementa, pois a regulamentação está parada na Casa Civil desde meados do ano passado. Não temos uma ação afirmativa em relação às unidades de conservação. Não temos uma gestão eficiente sequer de uma vitória já conseguida, que foi o controle de desmatamento da Amazônia, estamos assistindo à volta do desmatamento. É uma catástrofe.

O governo Lula deixava a disputa entre ambientalistas e ruralistas ocorrer dentro do próprio governo. No governo Dilma essa queda de braço pendeu mais para os ruralistas?
No governo Dilma não existe área ambiental, vista como um aparato de governo conectado com as lideranças da sociedade, com as inovações, com as demandas da agenda ambiental. Existe um ministério subserviente, que cumpre as ordens e os desejos do Planalto de [pedidos de] licenciamento. O problema é que não existe contraponto no governo. Nós sempre tivemos, não só no governo Lula, mas em todos os governos, contraponto, debate interno. A área ambiental debatendo com outras áreas, ganhando algumas disputas, perdendo outras. Desta vez não há contraponto nenhum. Qualquer agenda de retrocesso apresentado pelo próprio governo, como a redução de unidades de conservação por medida provisória, que é uma aberração, não encontra mais enfrentamento interno. O ministério [do Meio Ambiente] não existe enquanto ator político.

(Bruno Lupion)

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