Blog do Fernando Rodrigues

Arquivo : The New York Times

“Não sou candidato a nada”, diz Joaquim Barbosa ao “NYTimes”
Comentários Comente

Fernando Rodrigues

O presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, é a personagem do “Saturday Profile” (o “perfil de sábado”) hoje (24.ago.2013) do jornal norte-americano “The New York Times”. Em entrevista ao correspondente da publicação no Brasil, Simon Romero, o magistrado diz: “Não sou candidato a nada”.

“Eu tenho um temperamento que não se adapta bem à política”, explica Barbosa a respeito das possibilidades de vir a ser candidato a presidente em 2014. Na pesquisa Datafolha realizada no início de agosto, o presidente do STF aparece com 11% das intenções de voto.

O  texto do “NYTimes” cita a recente altercação entre Barbosa e Ricardo Lewandowski, a quem o presidente do STF acusou de fazer “chicana” no julgamento do mensalão. Ao jornal, Barbosa explica que “alguma tensão é necessária para que a Corte funcione”.

O blog está no Twitter e no Facebook.


‘Washington Post’ teve queda de 38% na circulação em 10 anos
Comentários Comente

Fernando Rodrigues

A venda do jornal norte-americano “Washington Post” para Jeff Bezos, dono da Amazon, por US$ 250 milhões, anunciada na 2ª feira (6.ago.2013), foi o desfecho de uma década de queda de circulação do periódico que revelou o escândalo de Watergate.

O site Statista fez as contas. De 2004 a 2013, a circulação média diária do impresso foi de 726 mil para 447 mil exemplares, um tombo de 38%. No mesmo período, a tiragem da edição de domingo caiu de 1 milhão de exemplares para 646 mil, redução de 36%. Veja no gráfico abaixo.

Mas a queda de circulação do impresso não explica sozinha a fragilidade do “Washington Post”. O periódico não conseguiu se adaptar à realidade digital na mesma velocidade de seus concorrentes. Segundo a Alliance for Audited Media, a circulação diária digital do “Post” foi, na média, de 42.313 leitores entre outubro de 2012 a março de 2013. O “The New York Times” e o “The Wall Street Journal” têm uma audiência digital 20 vezes maior.

Modelos. O “New York Times” foi pioneiro ao implementar um sistema de paywall poroso, no qual os leitores precisam pagar para ler mais do que 10 reportagens por mês. O aumento da receita com assinaturas digitais, se não compensou, pelo menos amenizou a queda de receita com publicidade. No 1º trimestre deste ano, o “Times” registrou aumento de 7% na receita de assinaturas, frente a uma queda de 11,2% da receita com publicidade.

O jornal inglês “The Guardian” também encontrou seu caminho para lucrar no mundo digital, mas sem o paywall. Em julho, a empresa controladora do diário anunciou que saiu do prejuízo registrado nos 12 meses anteriores devido a um aumento de 29% das receitas com publicidade digital. O crescimento foi suficiente para cobrir a queda de 10% na circulação impressa no mesmo período.

O blog está no Twitter e no Facebook.


Venezuela deve “reforçar” democracia, diz Lula
Comentários Comente

Fernando Rodrigues

País vizinho precisa construir um “sistema político mais orgânico e transparente”

Em artigo para o New York Times, ex-presidente fala sobre os desafios do chavismo

Em artigo publicado hoje (7.mar.2013)na edição impressa do jornal “The New York Times”, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva faz elogios a Hugo Chávez, mas lista os desafios à frente para os chavistas na Venezuela.

Eis um trecho, vertido para o português a partir do texto publicado em inglês:

“Para manter o seu legado, os simpatizantes de Chávez na Venezuela têm muito trabalho pela frente para construir e reforçar as instituições democráticas. Eles terão de ajudar a fazer um sistema político mais orgânico e transparente; a tornar mais acessível a participação política; ampliar o diálogo com os partidos de oposição; e reforçar os sindicatos e grupos da sociedade civil. A unidade venezuelana, e a manutenção das realizações duramente alcançadas por Chávez, precisarão de tudo isso”.

Ao escrever em seu artigo que a Venezuela precisa aprimorar suas instituições democráticas, Lula pode estar dando um sinal de como será a abordagem do Brasil daqui para a frente em relação ao país vizinho. O governo da presidente Dilma Rousseff tende a ser refratário a uma eventual guinada autocrática por parte dos chavistas.

p.s.: há um conflito entre o que Lula escreveu em português e o que o “New York Times” publicou em inglês. O trecho acima foi vertido do inglês para o português. Mas ao longo do dia de hoje (7.mar.2013), o Instituto Lula divulgou a versão do que o ex-presidente escreveu (em português) e enviou para o jornal dos EUA. O Blog posta, a seguir, o mesmo parágrafo em inglês e em português. Houve algum ruído na tradução, como será possível constatar:

Em Inglês, no NYTimes (de onde o Blog extraiu o trecho):
“To maintain his legacy, Mr. Chávez’s sympathizers in Venezuela have much work ahead of them to construct and strengthen democratic institutions. They will have to help make the political system more organic and transparent; to make political participation more accessible; to enhance dialogue with opposition parties; and to strengthen unions and civil society groups. Venezuelan unity, and the survival of Mr. Chávez’s hard-won achievements, will require this”.

Em português, no Instituto Lula:
“Na Venezuela, os simpatizantes de Chávez, para manter o seu legado, vão ter pela frente um trabalho de construção de institucionalidades. Terão que trabalhar para dar mais organicidade ao sistema político, tornar o poder mais plural, conversar com outras forças e fortalecer sindicatos e partidos. A unidade do país dependerá desse esforço”.

 

O blog está no Twitter e no Facebook.


< Anterior | Voltar à página inicial | Próximo>