Trapalhada argentina faz Brasil economizar dinheiro
Fernando Rodrigues
País não escolheu seus representantes no Parlasul e provocou cancelamento de reunião.
Depois de confusão por causa das Ilhas Malvinas e da estatização da petroleira YPF, a última dos argentinos é ter provocado o cancelamento da próxima reunião do Parlasul, o Parlamento do Mercosul, marcada para 23.abr.2012.
Mas desta vez a trapalhada dos argentinos proporcionou economia para eles mesmos, para os brasileiros e para os paraguaios. Sem reunião, os países não precisam pagar hotel e avião para seus representantes irem até a sede do Parlasul, em Montevidéu.
O Parlasul é uma ideia boa (um parlamento com representantes do Mercosul), mas tudo é muito mal executado. O resultado tem sido apenas o desperdício de recursos públicos. Na pauta do encontro agora adiado, segundo a assessoria da representação brasileira, estava empossar alguns representantes e debater mudanças no regimento interno do parlamento. Ou seja: a tarefa mais importante seria discutir como fazer discussões.
Sem poder para tomar decisões importantes, o Parlasul é apenas uma instância consultiva para o Conselho do Mercado Comum, órgão executivo do Mercosul.
O cancelamento ocorreu porque o regimento do parlamento só permite a realização de sessões ordinárias com a participação dos 4 integrantes do Mercosul. Países associados são convidados para reuniões, mas sem direito a voto.
As reuniões ordinárias do órgão deveriam ocorrer uma vez por mês. Mas não é o que tem acontecido. Em 2011, de fevereiro a setembro, todos os encontros já haviam sido inviabilizados porque o Brasil, assim como faz agora a Argentina, não tinha definido seus representantes.Ou seja: o esforço tem sido mínimo para viabilizar a instituição.