Repetição da coalizão PT e PMDB ainda está ‘no campo das probabilidades’, diz Tarso Genro
Fernando Rodrigues
O governador do Rio Grande do Sul, Tarso Genro, considera que “está no campo das probabilidades” e ainda “é cedo” para afirmar que será reeditada em 2014 a aliança entre o seu partido, o PT, e o PMDB na disputa presidencial. Para o gaúcho, é necessário repactuar a coalizão de maneira mais “programática”.
Em entrevista ao programa Poder e Política, da Folha e do UOL, Genro diz reconhecer que foi “altamente positivo” o acerto entre o PT e PMDB nos últimos anos, pois foi uma aliança de estabilização.
“Agora, temos de partir para uma outra etapa (…) Esse novo programa exige alianças mais definidas, mais programáticas. Uma bancada mais unificada no Congresso Nacional”. Em 2010, a chapa presidencial vitoriosa teve Dilma Rousseff pelo PT e Michel Temer, como vice, pelo PMDB.
Para Genro, a melhor opção para o seu colega governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), é se manter aliado a Dilma Rousseff em 2014. “Se ele [Campos] tiver intenção de ser presidente da República, com pensamento estratégico para isso, ele seria candidato conosco em 2018”, disse.
Ao comentar o desfecho do mensalão, Genro disse considerar que o Supremo Tribunal Federal fez um julgamento político. Para ele, “foram condenados sem provas” os petistas José Dirceu e José Genoino. “Houve uma campanha maciça, midiática, e a condenação dessas pessoas foi uma tentativa de condenar o ex-presidente Lula”, afirmou.