18 governadores tentam a reeleição, mas só 8 aparecem com favoritos
Fernando Rodrigues
E apenas 3 dos 18 que buscam mais um mandato têm chances de vencer no 1º turno
PMDB é o partido com mais candidatos competitivos nos Estados e lidera as disputas
A eleição de 2014 tem sido dura para políticos que buscam a reeleição para o cargo de governador. Dos 27 governadores atuais, 18 estão tentando ganhar mais quatro anos, mas apenas 8 deles aparecem como favoritos.
Entre os 8 que estão à frente nas pesquisas, só 3 governadores têm chances mais claras de vencer a disputa já no 1º turno de 5 de outubro: Tião Viana (PT-AC), Raimundo Colombo (PSD-SC) e Geraldo Alckmin (PSDB-SP).
A tendência é que a maioria dos demais governadores enfrente uma disputa de 2º turno. Vários hoje estão em segundo lugar nas pesquisas e parecem vítimas do vento de mudança na política que foi expressado nas manifestações de rua de junho de 2013.
A tabela ao final deste post lista todos os últimos levantamentos de intenção de voto disponíveis.
Mas a eleição de 2014 é cheia de contradições. Apesar dessa dificuldade de muitos governadores para conquistar mais quatro anos de mandato, quando se observa o quadro de candidaturas nota-se que o tradicional PMDB é o partido com maior número de nomes competitivos –nove, segundo as pesquisas mais recentes.
Hoje, os peemedebistas governam sete Estados. Se todos os seus candidatos agora confirmarem nas urnas o favoritismo mostrado nas pesquisas, o PMDB comandará nove unidades da Federação em 2015. Pularia de 25,7 milhões de eleitores governados para 35,3 milhões. Eis um resumo do que mostram as pesquisas hoje (clique na imagem para ampliá-la):
Em termos econômicos, como se observa na tabela acima, o PMDB está hoje à frente de Estados cujo PIB (Produto Interno Bruto) somado é de R$ 713 bilhões. Em 2015, confirmadas as pesquisas, os peemedebistas comandariam R$ 909 bilhões.
PT e PSDB têm seis candidatos competitivos a governador cada um. Como os tucanos estão no governo de São Paulo e tendem a manter o Estado, dada a condição de favorito de Geraldo Alckmin, o PSDB deve continuar sendo a legenda com mais eleitores governados em 2015 –serão 53,4 milhões. O PT, se tiver sucesso com todos os seus nomes à frente nas pesquisas, vai governar 34,6 milhões de eleitores.
As pesquisas disponíveis nas 27 unidades da Federação também mostram que o eleitor está preferindo levar a maior parte dos confrontos para o segundo turno.
A uma semana do dia da eleição, só em seis Estados as disputas parecem encaminhadas para uma definição já em 5 de outubro: Acre, Maranhão, Piauí, Santa Catarina, São Paulo e Tocantins. Nessas localidades, o primeiro colocado tem uma taxa de intenção de votos que supera, com folga, a soma de todos os adversários.
Se apenas esses seis Estados liquidarem a disputa no primeiro turno, 2014 vai se tornar o ano com mais eleições de governadores sendo levadas para a rodada final desde 1990, quando essa regra de duas votações foi adotada.
As pesquisas disponíveis no momento mostram que há quatro Estados nos quais também existe a chance de a eleição de governador acabar já em 5 de outubro: Alagoas, Bahia, Mato Grosso e Pernambuco. Nessas disputas, entretanto, embora os líderes tenham uma vantagem sobre a soma dos demais, a diferença que os coloca à frente é bem próxima do limite da margem de erro dos levantamentos. Seria arriscado concluir que tudo pode ser liquidado no primeiro turno.
Mas ainda que se confirmem as vantagens dos líderes também nesses quatro Estados com eleições acirradas, o número de decisões no primeiro turno iria apenas a dez –ficando próximo do recorde mínimo de nove, registrado em 1994.
A seguir, a situação das disputas de governadores nas 27 unidades da Federação (clique na imagem para ampliá-la):