CGU avalia punir 5 gerentes da Petrobras por propina de empresa holandesa
Fernando Rodrigues
Dois ex-gerentes da estatal também são investigados por corrupção
Funcionários podem ser demitidos e impedidos de assumir cargos públicos
A CGU (Controladoria-Geral da União) abriu nesta 3ª feira (2.dez.2014) processos administrativos que podem resultar na punição de 5 gerentes e 2 ex-gerentes da Petrobras acusados de receberem propina da empresa holandesa SBM Offshore (logo acima), fornecedora de plataformas de exploração de petróleo para a estatal.
Jorge Hage, ministro chefe da CGU, também determinou a abertura de 2 sindicâncias para apurar variação de patrimônio de funcionários da Petrobrás incompatível com seus rendimentos.
Os gerentes que forem considerados culpados podem ser demitidos do cargo e impedidos de retornar a empregos públicos. A punição aplicada pela CGU não impede que eles também respondam na Justiça, civil e criminalmente, por eventuais práticas de corrupção. O órgão não informou o nome dos gerentes e ex-gerentes investigados.
Em junho de 2014, a presidente da Petrobras, Graça Foster, informou que a estatal tinha contratos no valor de US$ 27 bilhões com a SBM Offshore. A CGU já havia instaurado, em 12.nov.2014, processo contra a empresa holandesa.
A SBM Offshore está envolvida em casos semelhantes de corrupção em outros países e em novembro fechou um acordo com o Ministério Público da Holanda para pagar US$ 240 milhões como punição por “casos de propina'' em Angola, Guiné Equatorial e Brasil.