Eduardo Cunha ganhou 49 votos com traições; Arlindo Chinaglia perdeu 44
Fernando Rodrigues
O deputado federal Eduardo Cunha (PMDB-RJ), eleito neste domingo (1º.fev.2015) presidente da Câmara dos Deputados, em 1º turno, foi largamente beneficiado por traições de partidos que integram a base governista.
Cunha tinha o apoio oficial de 218 deputados, do PMDB, PP, PTB, DEM, PRB, SD, PSC, PHS, PTN, PMN, PRP, PEN, PSDC e PRTB. Nas urnas, encaçapou 49 votos a mais e recebeu o apoio de 267 deputados. O peemedebista obteve 10 votos a mais do que precisava para vencer em 1º turno.
Arlindo Chinaglia (PT-SP), candidato do governo, enfrentou o amargor da outra ponta da traição. Tinha o apoio oficial de 180 deputados, do PT, PR, PSD, PDT, PROS e PC do B. Acabou com 136, 44 votos a menos do que esperava.
Cunha já havia dito que seria beneficiado pelo voto secreto na eleição para presidente da Câmara.
Na tabela abaixo, os apoios oficiais de cada candidato e o resultado final da votação:
O deputado Júlio Delgado (PSB-MG), apoiado por PSB, PSDB, PPS e PV, teve votação próxima da esperada. Foi escolhido por 100 deputados, 6 a menos do que a sua bancada oficial.
O candidato do PSOL, Chico Alencar (PSOL), teve 8 votos, 3 a mais do que a bancada de 5 deputados de seu partido.
O PDT perdeu, por 3 minutos, o prazo regimental para registrar seu apoio à candidatura de Chinaglia, mas o líder do partido na Câmara, André Figueiredo (CE), afirmou ao Blog que a posição oficial da legenda era de apoio ao petista.