Blog do Fernando Rodrigues

Centrais farão campanha para defender empregos contra efeitos da Lava Jato

Fernando Rodrigues

Sindicalistas querem manter empresas em atividade

Entidades têm reunião em 9.nov sobre estratégia

Petroleiros iniciam greve neste domingo (01.nov)

Vista do canteiro de obra da refinaria de Abreu e Lima, no complexo industrial de Saupe, companhia petrolífera Petrobras, em Recife (PE). *** Picture taken during the construction of the Abreu e Lima refinery, at the Suape industrial complex of the Brazilian state oil company Petrobras, in Ipojuca, 46 km from Recife, in the Brazilian northeastern state of Pernambuco, on May 30, 2011. Petrobras, which presented the refinery to the press, said it is awaiting confirmation from the government of Venezuela to know if its Venezuelan counterpart PDVSA will join as a partner in the project, as it was initially planned. AFP PHOTO/ARI VERSIANI

Obras da refinaria de Abreu e Lima (PE), uma das atingidas pela Lava Jato

6 das principais centrais sindicais brasileiras lançarão uma campanha para defender os empregos nas empresas afetadas pela operação Lava Jato.

Um manifesto sobre o tema foi assinado por CUT, Força Sindical, CTB, NCST, UGT e CSB. Dirigentes sindicais se encontrarão para definir a agenda da campanha em 9.nov, em São Paulo.

O texto assinado pelas centrais não faz críticas às investigações. Diz apenas que é preciso conciliar o combate à corrupção com a manutenção da atividade econômica.

Discurso parecido é o adotado pelo coordenador-geral da Federação Única dos Petroleiros (FUP), José Maria Rangel. A entidade deflagra greve na Petrobras neste domingo (01.nov), por tempo indeterminado.

“As investigações tem que penalizar aqueles que de fato cometeram crimes, e não o conjunto da sociedade. Estamos perdendo empregos, perdendo investimentos. Nossa pauta é a retomada dos investimentos da Petrobras”, disse ele.

“Consideramos que, a exemplo de outros países que enfrentaram esse mesmo problema, o Brasil precisa ter mecanismos céleres e eficazes de promover, ao mesmo tempo, a investigação, julgamento e punição dos culpados e criar instrumentos complementares que permitam aos órgão responsáveis liberar e viabilizar a atividade das empresas nas suas finalidades produtivas”, diz um trecho do manifesto.

O secretário-geral da CUT, Sérgio Nobre, estima que as empresas afetadas pela Lava Jato respondam por 2% do PIB do país. “O setor de construção tem um potencial de estímulo à economia. Essas empresas, embora denunciadas, são empresas de alta tecnologia e engenharia nacional'', disse.

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