Desemprego dispara entre pessoas acima dos 40 anos, diz IBGE
Fernando Rodrigues
Taxa cresceu 46% para profissionais entre 40 e 59 anos
Para jovens de 25 a 39 anos o aumento foi de 27%
Comparação é entre 3º trimestre de 2015 e o de 2016
O desemprego cresceu acima da média para as pessoas acima dos 40 anos. A taxa de desocupação aumentou 46% em 1 ano para quem está na faixa de 40 a 59 anos, enquanto para a população com 25 a 39 anos o crescimento foi de 27%. Entre pessoas de 60 anos ou mais, o incremento foi de 33%.
Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad) Contínua do IBGE. O levantamento analisou o mercado de trabalho brasileiro no 3º trimestre de 2016.
Este texto é do repórter Gabriel Hirabahasi e está no Poder360. Receba a newsletter.
Segundo a pesquisa, a taxa da população de 40 a 59 anos sem emprego chegou a 6,7%. A proporção entre as pessoas de 60 anos ou mais é de 3,6%.
No total, a taxa de desemprego subiu de 8,9% para 11,8% no total. Foi 1 aumento de 32,6% no período de 1 ano. Historicamente, o percentual de desempregados nas faixas de pessoas mais velhas é menor. Leia na tabela a variação da taxa de desocupação dessas duas faixas desde 2012.
Essa parcela da população, que no atual sistema previdenciário estaria próxima à aposentadoria, será submetida a uma nova lógica com a reforma da Previdência.
APOSENTADORIA MAIS TARDE
O governo enviou à Câmara uma proposta de emenda à Constituição para mudar o sistema da Previdência. A Proposta de Emenda Constitucional (PEC) institui uma idade mínima de 65 anos para a aposentadoria e que o cidadão contribua por ao menos 49 anos com a Previdência para receber 100% dos benefícios a que tem direito.
Homens com menos de 50 anos e mulheres com menos de 45 estarão submetidos ao novo regime previdenciário, caso a PEC seja aprovado com seu texto original.
A proposta está na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara. Deputados votam nesta 4ª feira (14.dez) o relatório do deputado Alceu Moreira (PMDB-RS), favorável à mudança (leia aqui a íntegra).
Se for aprovada na CCJ, a PEC será analisada por uma comissão especial na Câmara. A meta do governo é instalar o colegiado ainda em 2016.