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Caixa gastará R$ 132,5 milhões em patrocínio a clubes de futebol em 2017
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Fernando Rodrigues

Banco quer assumir folhas de pagamento e fornecer cartões de crédito

Corinthians recebe R$ 30 milhões ao ano; Flamengo fica com R$ 25 milhões

durante o jogo realizado esta tarde na Arena Corinthians entre Corinthians/SP x Flamengo/RJ, valido pela 32a. rodada do Campeonato Brasileiro de 2015. Juiz: Wilton Pereira Sampaio - Sao Paulo/Brasil - 25/10/2015. Foto: © Daniel Augusto Jr. / Ag. Corinthians

Jogadores de Corinthians e Flamengo disputam bola

Maior patrocinadora do futebol brasileiro atualmente, a Caixa voltará a pagar R$ 132,5 milhões para exibir sua marca nos uniformes dos clubes em 2017. O montante é o mesmo a ser desembolsado até o final de 2016.

A reportagem é do Poder360 e as informações são do repórter Guilherme Moraes

O presidente do banco estatal, Gilberto Occhi, falou ao Poder360 que a ideia é começar a investir em outras frentes a partir do próximo ano. “Inicialmente, a visão era apenas divulgar a marca da Caixa”, diz. “Nossa decisão é de manter os patrocínios, mas agora de forma muito mais voltada ao business.”

O banco está de olho principalmente na folha de pagamento dos clubes. O objetivo é assumir a operação das contas-salário, assim como ocorre no funcionalismo público, e dessa forma lucrar sobre as milionárias movimentações financeiras dos jogadores.

A Caixa também deseja ter a exclusividade de fornecer cartões de crédito aos funcionários. Outra ideia é assumir o sistema de Previdência dos clubes.

“Nosso objetivo é ser a única instituição financeira parceira do clube que fizer negócio conosco”, afirma Gilberto Occhi. Todas as propostas serão colocadas na mesa na hora em que os times negociarem as renovações de contrato para 2017.

CORINTHIANS E FLAMENGO NO TOPO
Os dois clubes mais populares do país são responsáveis por quase metade de tudo que a Caixa investe em patrocínio em camisa. O Corinthians recebe a maior fatia, R$ 30 milhões por ano de contrato, apenas pelo espaço da frente do uniforme.

Mesmo fora da Libertadores da América nas últimas 2 temporadas, o que gera maior exposição à marca, o Flamengo receberá R$ 25 milhões até o fim de 2016. Na sequência, aparecem Atlético-MG e Cruzeiro, com R$ 12,5 milhões cada.

O 5º clube que mais ganhou dinheiro da Caixa neste ano, o Vasco, disputou a série B do Campeonato Brasileiro nesta temporada. O time recebeu R$ 9 milhões. Ao todo, o banco público patrocina 20 clubes das séries A e B.

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Governo Dilma gastou R$ 1,42 bilhão em patrocínios em 2014
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Fernando Rodrigues

Valor é 7% maior do que o de 2010, quando petista foi eleita pela 1ª vez

Caixa destinou no ano passado R$ 105 milhões para clubes de futebol

Recorde histórico em patrocínios foi em 2013, com R$ 2,4 bilhões

A administração pública federal, que inclui ministérios, autarquias e empresas públicas, gastou R$ 1,42 bilhão em patrocínios em 2014 –valor consumido por times de futebol, esportes de aventura e festivais de música e teatro, entre outros.

A maior parcela –R$ 536,8 milhões, ou 37,6% do total– foi destinada ao esporte. O montante inclui os R$ 105,9 milhões gastos pela Caixa Econômica Federal com 13 times de futebol. A administração federal também gastou R$ 400,4 milhões (28% do total) patrocinando ações de cultura e R$ 335,4 milhões (23,5%) na rubrica “eventos”.

O relatório, divulgado na quinta-feira da semana passada (16.abr.2015) pela Secom (Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República), é pouco transparente. Não especifica o valor destinado a cada projeto ou ação nem permite consultas individualizadas.

Os dados estão compilados apenas por área da ação, conforme reprodução abaixo:

arte_secom

O volume de recursos destinados a patrocínios em 2014 é 7% maior do que em 2010, quando a petista Dilma Rousseff foi eleita pela 1ª vez, em valores reajustados pelo IGP-M, praxe no mercado publicitário. Naquele ano, a administração federal destinou R$ 1,33 bilhão para ações desse tipo.

Diferentemente de propaganda, o patrocínio estatal rende publicidade para o governo, mas tem regras diferentes. Não é necessário licitar uma agência de publicidade –basta aceitar o argumento da entidade ou evento que deseja ser patrocinado e ter sua marca exposta.

Na prática, o patrocínio é também uma publicidade para o governo.

O recorde histórico de gastos com patrocínios ocorreu em 2013, quando a administração pública federal consumiu R$ 2,46 bilhões, em valores corrigidos. Essa cifra é 78% maior do que a média dos demais anos para os quais há dados disponíveis –a série divulgada pela Secom começa em 2009.

A seguir, os gastos ano por ano em patrocínio do governo federal:

patrocinio2014

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