Socialistas largam PC do B e priorizam projeto nacional de Eduardo Campos

Na 4ª feira da próxima semana (18.abr.2012) PSB e PC do B devem anunciar oficialmente a dissolução de seu bloco na Câmara. Juntos os partidos têm  41 deputados em exercício e podem ter participação mais decisiva do que atuando sozinhos: o PSB tem 28 e o PC do B, 13 deputados.

Mas a separação não significa, pelo menos para o PSB, que o partido ficará mais fraco. Há meses seus deputados têm se aproximado dos do PSD (que possui 47 representantes em exercício na Casa). Podem formar um bloco mais forte, com capacidade maior de influir na eleição para presidente da Câmara e de surpreender o governo em votações importantes.

O flerte entre o PSB, do governador de Pernambuco, Eduardo Campos, e o PSD, do prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, visa a construir uma espécie de 3ª via eleitoral com aspirações nacionais em 2014. Nos últimos 20 anos as disputas nacionais mais importantes ficaram polarizadas apenas entre PT e PSDB.

Kassab com o PSD e Campos com o PSB buscam formas de viabilizar a construção de uma força política alternativa a tucanos e petistas. A eventual associação entre os dois na Câmara será o primeiro passo para tentar pavimentar o caminho de uma coalizão entre Kassab e Campos no futuro.

Já pelo lado do PC do B, o enfraquecimento dentro da Câmara parece uma realidade. O racha com o PSB deve manter os comunistas como partido satélite do governo –com eventuais traições, mas só em votações menos importantes. Alguns integrantes da bancada do PC do B justificam o fim do bloco dizendo que estavam sendo “ofuscados”.

O rompimento do bloco ocorre após o PTB (21 deputados em exercício) também tê-lo deixado. PSB e PC do B atuavam juntos na Casa desde a última legislatura (2006-2010) e chegaram a formar com o PRB um grupo que ficou conhecido como “bloquinho” (aqui post do Blog de 2010 sobre o assunto). Na atual legislatura, além do PTB, fizeram aliança também com o PDT (26 deputados em exercício), que já os abandonou.

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