Marin processa Romário no STF
Fernando Rodrigues
Presidente da CBF apresentou queixa-crime contra o deputado federal
Cartola reclama de declaração na qual Romário o chama de “ladrão”
Saiu hoje (12.abr.2013) do Supremo Tribunal Federal, às 10h da manhã, uma notificação para o deputado Romário (PSB-RJ). Ele é alvo de uma queixa-crime por parte do presidente da CBF (Confederação Brasileira de Futebol), José Maria Marin.
O cartola deseja começar responder formalmente às críticas que tem recebido do ex-jogador e agora deputado Romário. Marin se irritou em especial com as declarações de Romário em 6.mar.2013, quando o político falou o seguinte:
“Um cara que rouba medalhas e energia de um vizinho não tem moral para falar de Romário ou de qualquer deputado nesta Casa (…) Esse presidente [Marin], que tem seu passado ligado à ditadura, não tem moral para nos criticar (…) Dá pena que uma instituição como a CBF passe suas diretorias de um ladrão para outro”.
Marin ingressou com a ação no STF em 4.abr.2013. Esse tribunal foi escolhido porque Romário, por ser deputado, tem foro especial. O relator do caso é o ministro Gilmar Mendes, que enviou a notificação para o presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), que tem a missão de dar seguimento ao processo.
Por entender que as declarações de Romário extrapolam a imunidade congressual para expressar opinião, Marin também ingressou com uma ação na Justiça Civil no Rio de Janeiro, cidade na qual Romário reside.
Trata-se de uma ação indenizatória que corre desde 5.abr.2013 na 7ª Vara do Foro Regional da Barra da Tijuca. Nesse processo, Marin pede reparação financeira por se considerar moralmente atingido por ter sido chamado de ladrão por Romário. O valor da causa, se o presidente da CBF for atendido no seu pleito, será arbitrado pelo juiz.