Participação feminina no ministério de Dilma Rousseff cai 20%
Fernando Rodrigues
A reforma ministerial conduzida pela presidente Dilma Rousseff nesta segunda-feira (3.fev.2014) reduziu em 20% a presença de mulheres no primeiro escalão do governo federal.
A saída de Gleisi Hoffmann da Casa Civil e de Helena Chagas da Secretaria de Comunicação Social cortou de 10 para 8 o número de ministras mulheres, de um total de 39 pastas. Elas foram substituídas, respectivamente, pelos engravatados Aloizio Mercadante e Thomas Traumann.
A participação feminina no ministério dilmista caiu de 25,6% para 20%. A taxa é inferior à cota obrigatória de candidatas mulheres nas eleições para os cargos do Legislativo, de 30%, e muito menor que o percentual de mulheres exigido pelo PT, partido da presidente Dilma, em seus órgãos de direção, de 50%.
A reserva de vagas para candidatas mulheres às 3 esferas do Legislativo foi instituída em 1995, a partir de proposta da então deputada federal Marta Suplicy, hoje ministra da Cultura. No início, a cota era de 20% para candidatas do sexo feminino. Em 1997, a lei 9.504 ampliou a participação para 30%.
No PT, a cota de 50% de mulheres em órgãos de direção tornou-se obrigatória a partir do ano passado.