Dilma tem vitória apertada no PT para escolher Arlindo Chinaglia
Fernando Rodrigues
Planalto jogou pesado para indicar o novo vice-presidente da Câmara
Chinaglia teve 44 votos contra 38 de Luiz Sérgio na bancada do PT
Partido está rachado a respeito de apoiar Dilma com vigor na eleição de outubro
A escolha do deputado federal Arlindo Chinaglia (PT-SP) para ser o vice-presidente da Câmara significa uma vitória do Palácio do Planalto, que se envolveu diretamente na disputa.
A vaga de vice-presidente da Câmara estava para ser preenchida porque André Vargas renunciou ao cargo. Vargas era filiado ao PT do Paraná. Agora está sem partido por causa da eclosão do escândalo que o envolveu com o doleiro Alberto Youssef.
Arlindo Chinaglia, o novo vice-presidente da Câmara, era até hoje (7.mai.2014) o líder do governo de Dilma Rousseff na Casa. Ou seja, é um nome de confiança do Palácio do Planalto.
Mas o mais significativo foi a dificuldade que a presidente da República enfrentou para emplacar o nome de Chinaglia dentro do próprio PT. Foi uma vitória magra.
A bancada petista se reuniu para decidir quem seria indicado para ser o vice-presidente da Câmara e dois candidatos se apresentaram. Um foi Chinaglia. O outro, Luiz Sérgio, deputado petista eleito pelo Rio de Janeiro, ligado ao movimento “Volta, Lula” e do mesmo grupo de André Vargas.
O resultado da votação foi apertado: 44 deputados petistas escolheram Chinaglia contra 38 que preferiram Luiz Sérgio. Um petista votou nulo.
Ou seja, apesar de o Planalto ter jogado todo o seu peso na escolha de Chinaglia, com ministros telefonando para cabalar votos, Dilma teve uma vitória desidratada.
O que isso significa? Que o PT hoje está rachado a respeito do futuro de Dilma Rousseff. A presidente não tem força hoje para chegar a um consenso dentro da legenda quando precisa indicar alguém para um cargo secundário dentro do Congresso.
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