Segurança ocupa um terço do debate entre candidatos a governador de SP
Fernando Rodrigues
A segurança pública foi o tema de 7 das 21 perguntas realizadas no debate com os candidatos a governador do Estado de São Paulo organizado nesta 2ª feira (25.ago.2014) pelo UOL, “Folha”, SBT e rádio Jovem Pan.
Geraldo Alckmin, governador do Estado e candidato à reeleição pelo PSDB, foi questionado 2 vezes sobre o assunto. A primeira pergunta tratou sobre o combate ao consumo de crack e cocaína, respondida pelo tucano com menções a investimentos em câmeras de segurança e programas de saúde para os dependentes. A segunda tratou do projeto de lei aprovado em 3 de julho pela Assembleia Legislativa do Estado que proíbe o uso de máscaras em manifestações que aguarda sanção do governador –Alckmin disse que irá sancionar a lei.
Gilberto Maringoni, nome do PSOL para o Palácio dos Bandeirantes, também foi indagado 2 vezes sobre o tema. Uma citou sua proposta de mudar o brasão da Polícia Militar paulista, que hoje faz referências, no entender do candidato, elogiosas à ditadura, e outra sobre como a polícia deve lidar com os manifestantes adeptos da técnica “black bloc”. Ele se comprometeu a mudar o brasão e disse que a polícia precisa ser mais bem treinada para não cair na provocação de poucos manifestantes a fim de evitar repressões generalizadas que ferem a liberdade de protestar.
Paulo Skaf, do PMDB, foi questionado sobre que novidade haveria em seu programa para a segurança, já que foi elaborado por Antonio Ferreira Pinto, ex-secretário de segurança pública do governo Alckmin. O pemedebista tergiversou e adotou um discurso em defesa de maior repressão aos criminosos.
Alexandre Padilha, do PT, também fugiu de uma pergunta sobre segurança pública, feita por Maringoni, que indagava por que o seu partido teria supostamente adotado uma linha mais conservadora no tema nos últimos anos. Padilha disse que tinha orgulho do PT e aproveitou para descrever por 2 vezes seus cargos nos governos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e da presidente Dilma Rousseff.
Gilberto Natalini (PV) foi questionado sobre o que pretende fazer em relação aos casos de estupro no Estado de São Paulo. Ele evitou defender o endurecimento de penas e ressaltou a importância de um trabalho de repressão policial efetivo.
O segundo tema mais presente no debate foram investimentos em transporte público e a crise hídrica. Cada um foi objeto de 2 perguntas.
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