Aprovado ou não o ajuste fiscal, Levy passa semana que vem fora do Brasil
Fernando Rodrigues
Ministro da Fazenda tem reuniões em Washington, Nova York e Paris
É ainda incerto o resultado da votação de duas medidas provisórias (a MP 665/2014 e a MP 664/2014) do ajuste fiscal no Senado nesta semana. Elas caducam no dia 1º de junho (segunda-feira). O governo poderá passar a semana que vem festejando ou em clima de velório.
Mas não importa o resultado das votações no Senado. Com ou sem ajuste fiscal, o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, embarca sexta-feira (29.maio.2015) para os Estados Unidos.
Levy já tinha essa agenda de viagens programada há algum tempo. Vai aos EUA para ter reuniões no FMI (Fundo Monetário Internacional), cuja sede é em Washington, e com empresários, em Nova York. Depois, segue para Paris, onde participará de um evento na OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico ou Econômico), que nessas datas (2 a 3 de junho) promove o OCDE Forum, bem como uma reunião dos ministros dos países associados à instituição.
O ministro da Fazenda só deve voltar ao Brasil durante o feriado de Corpus Christi (de 4 a 7 de junho). Deve estar em Brasília novamente apenas em 8 de junho.
A OCDE é uma organização internacional com 34 países membros. O Brasil não é um deles. Em anos recentes, houve várias tentativas de atrair o Brasil para o clube. Mas a equipe econômica e a “intelligentsia” do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (presidente de 2003 a 2010) consideravam que o Brasil não deveria sucumbir ao convite. Essa abordagem permaneceu no primeiro mandato da presidente Dilma Rousseff (2011-2014).
A OCDE é vista pelo establishment petista como um clube de países ricos e representantes do neoliberalismo, abjurado pelo partido.