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Arquivo : Instituto Lula

MPF pediu prisão de Okamotto e José de Filippi; Moro negou
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Fernando Rodrigues

Procuradores queriam também prisão de Gordilho, ex-executivo da OAS

Okamotto preside Instituto Lula; Filippi foi tesoureiro de Dilma

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Paulo Okamotto, presidente do Instituto Lula

O Ministério Público Federal (MPF) pediu as prisões temporárias de Paulo Okamotto, José de Filippi Júnior e Paulo Gordilho. A argumentação a favor da detenção dos 3 estava na descrição das ações necessárias na operação Alétheia (a 24ª da Lava Jato). O juiz federal Sérgio Moro negou.

Paulo Okamotto é o atual presidente do Instituto Lula. José de Filippi Júnior é um petista histórico que foi prefeito de Diadema (cidade da Grande São Paulo) e ocupou a função de tesoureiro da campanha de Dilma Rousseff em 2010. Já Paulo Gordilho é ex-executivo da OAS. Ele teria atuado nas reformas do tríplex no Guarujá e do sítio em Atibaia –imóveis sobre os quais o Ministério Público não sabe exatamente quem é o proprietário.

A apuração é do repórter do UOL André Shalders.

Embora os pedidos do MPF tenham sido negados pelo juiz Sérgio Moro, responsável pela Lava Jato em Curitiba, os requerimentos revelam as intenções dos investigadores da Lava Jato. Há um ânimo para fazer mais prisões –que não ocorreram hoje, mas podem ser realizadas nas próximas semanas.

“Apesar do requerimento do MPF, entendo que mais apropriado nessa fase o aprofundamento da colheita dos elementos probatórios, sem a imposição da prisão temporária. Não obstante, entendo que se justifica a condução coercitiva dos indicados para que prestem esclarecimentos nas mesmas datas das apreensões.”, escreveu Moro.

correção: este post informou incorretamente que o sítio usado por Lula era em Diadema (SP). A cidade correta é Atibaia (SP). O texto foi alterado às 15h49.

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“Daqui para a frente, vou processar todo mundo”, diz Lula
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Fernando Rodrigues

Ex-presidente conversou com blogueiros pela manhã

Petista falou sobre Lava Jato e defendeu o filho de acusações

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Lula concede a 4ª coletiva a blogueiros desde 2010

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta 4ª feira (20.jan.2016) a blogueiros que pretende intensificar os processos contra jornalistas e veículos que publicarem informações que ele considerar incorretas a seu respeito ou de sua família.

“Daqui para a frente, vou processar todo mundo. Para ver se colocamos ordem na casa”, afirmou o petista. O encontro com blogueiros foi na sede do Instituto Lula, em São Paulo.

“O que fazem com meu filho é uma violência. Como um cidadão tem a desfaçatez de mentir? (…) Daqui para frente vou processar. Já tenho um monte de processos e vai ter ainda mais”, disse ele. Luís Cláudio Lula da Silva, filho do ex-presidente, é alvo de investigações.

Lula atacou ainda o uso de delações premiadas na Operação Lava Jato. Para ele, “o grande problema da delação premiada é que o grande prêmio para os delatores é envolver o Lula”.

MÍDIA
O ex-presidente reclamou do comportamento da imprensa em vários momentos da entrevista. Para Lula, há “má vontade” da imprensa com o governo, com Dilma “e até com a democracia, às vezes”.

“Que [os jornais] publiquem nos editoriais o que quiserem. A única coisa que não admito é mentira na informação”, disse o ex-presidente.

Lula reclamou que haveria um certo descontrole hoje da grande mídia. “Antigamente eu ligava para o Roberto Marinho e saía direito de resposta”, afirmou. Agora, disse que não há mais interlocução: “Hoje os jornais não têm mais dono. Viraram tudo corporação. Quem é que manda no Estadão? Ah, é o Itaú… é sempre alguém de fora”.

Esta é a 4ª vez que o ex-presidente conversa com blogueiros desde 2010, último ano dele na presidência.

Participaram do encontro cerca de 15 veículos. A lista completa não foi divulgada pelo Instituto Lula até o momento da publicação deste post. Estavam presentes Renato Rovai, Altamiro Borges, Eduardo Guimarães, Miguel Rosário e Laura Capriglione, entre outros.

SOBRE DILMA: “EU VOU DAR PALPITE”
Lula disse que voltará à cena política para defender a si próprio e ao PT. E que tentará aconselhar a presidente Dilma.

“O que eu posso fazer como amigo da Dilma, como ex-presidente? É dar palpite”, diz. “Eu vou dar palpite, vou falar mais, vou falar com o companheiro, vou ajudar o meu partido a ganhar a eleição”, prometeu ele.

O ex-presidente cobrou de Dilma uma política econômica voltada para o fortalecimento do mercado interno. Para Lula, a única forma de sair da crise é “trazer os pobres de volta para o palco”, ampliando o acesso ao crédito.

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