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Randolfe Rodrigues deixa o PSOL e deve se filiar à Rede, de Marina Silva
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Fernando Rodrigues

Senador do Amapá era o único do PSOL

O senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP), autor do projeto da repatriação

O senador pelo Amapá Randolfe Rodrigues, que deixa o PSOL e deve ingressar na Rede

O senador Randolfe Rodrigues, 42 anos, anunciou neste domingo que está de saída do PSOL. Eleito pelo Amapá, ele deve se filiar à Rede Sustentabilidade, partido recém-criado e que tem Marina Silva como principal estrela.

Randolfe era o único senador do PSOL no momento. Assim, o partido ficará sem representação na Câmara Alta do Congresso Nacional.

Sua atuação no Senado é a de um oposicionista moderado. Aceitou recentemente conversar com Dilma Rousseff para discutir as crises política e econômica. É dele o projeto que propõe a repatriação de dinheiro depositado ilegalmente por brasileiros no exterior. Randolfe também teve atuação destacada na CPI do HSBC-SwissLeaks, cujo requerimento é de sua autoria.

Vários políticos do Amapá filiados ao PSOL estão deixando a legenda, incomodados com a posição da direção nacional da sigla. O comando do PSOL adotou uma atitude considerada pelos amapaenses muito à esquerda na última eleição presidencial, quando a candidata ao Planalto foi a ex-deputada federal Luciana Genro.

O prefeito de Macapá, Clécio Luís, o primeiro eleito pelo PSOL em uma capital de Estado (em 2012), também deixou a legenda. Embora aliado de Randolfe, o caminho de Clécio deve ser o PC do B. Moderado, Clécio defendeu em uma entrevista ao programa “Poder e Política” a doação de bancos e de empreiteiras para partidos políticos.

Randolfe enviou ao Blog a nota oficial na qual explica a sua saída do PSOL (íntegra ao final deste post). “A minha relação com o PSOL estava se deteriorando desde a campanha presidencial. O melhor a fazer nessas horas, quando não há possibilidade de melhora, como num casamento, é procurar um outro caminho”, disse ele ao Blog.

Haverá um encontro nesta 2ª feira (28.set.2015) entre Randolfe e Marina Silva, às 15h, para finalizar os detalhes do ingresso do senador na nova legenda. “Ainda faltam alguns detalhes e vamos discutir isso nessa reunião de segunda-feira”, afirma o político do Amapá.

Outro senador que teve o nome cogitado para ingressar na Rede Sustentabilidade é Antônio Reguffe, de 43 anos, eleito pelo PDT do Distrito Federal. Sua assessoria, entretanto, diz que ele não deve tomar a decisão neste momento e vai permanecer no PDT. A ex-senadora Heloísa Helena, 53 anos, atualmente vereadora em Maceió pelo PSOL, também pode entrar no partido de Marina Silva e já postou uma mensagem no Twitter.

Na Câmara, 2 deputados federais do Rio de Janeiro já anunciaram suas filiações à Rede: Miro Teixeira, 70 (que estava no Pros), e Alessandro Molon, 43 (que era do PT).

NOTA OFICIAL
Leia a nota oficial de Randolfe Rodrigues anunciando sua saída do PSOL:

Nota à imprensa
“Já sonhamos juntos
Semeando as canções no vento
Quero ver crescer nossa voz
No que falta sonhar”
Beto Guedes

Caros militantes do PSOL,

A partir de hoje deixo de ser um filiado e passo a ser um amigo do partido. Tenho orgulho de ter feito parte da construção do PSOL. Um partido de lutas justas e de resistência contra os ataques aos direitos individuais e coletivos. Um partido irrepreensível do ponto de vista ético, de prática parlamentar irretocável e onde guardo uma multidão de companheiros.

No entanto, o ambiente político exige uma maior capacidade de articulação política. Exige amplitude, exige multiplicidade de relações, para que se construam organizações políticas capazes de atrair jovens, intelectuais, artistas, membros do movimento social, ativistas, militantes das redes sociais e todos aqueles que possam abraçar uma agenda comum em defesa do desenvolvimento soberano e sustentável e da superação das desigualdades econômicas e sociais.

Este é um movimento que ocorre em todo o planeta e sinto que tenho um papel a cumprir neste novo cenário. Faço isso pensando no Brasil, no meu querido Estado do Amapá e em última instância na melhoria da qualidade de vida do povo brasileiro.

Tenho certeza que honrei minha presença no PSOL, como militante, como construtor do partido e como senador. Saio para fortalecer minhas convicções e não para abandoná-las.

Estou convicto que se a vida só pode ser compreendida olhando-se para trás, também só pode ser vivida, olhando-se para frente.

Um forte abraço a todos.

Randolfe Rodrigues

27 de setembro de 2015

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Construção do Mané Garrincha teve impacto negativo na imagem de Agnelo, diz pesquisa
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Fernando Rodrigues

A construção do Estádio Nacional Mané Garrincha, em Brasília, tende a piorar a opinião da população sobre o governo de Agnelo Queiroz (PT), segundo pesquisa do instituto O&P Brasil.

Para 32% dos entrevistados, o gasto de R$ 1,5 bilhão na arena piora a imagem do governador do Distrito Federal. É praticamente o dobro dos 16,4% que responderam que a inauguração do estádio melhora a imagem do governo. Para 47,9%, a construção do Mané Garrincha não altera sua percepção sobre o mandato de Agnelo.

Foram entrevistadas 1.000 pessoas, no período de 6 a 10 de junho. A margem de erro é de 3,1 pontos percentuais, para mais ou para menos. A pesquisa foi custeada pelo próprio instituto O&P.

Detalhe relevante: os dados foram coletados antes da onda de protestos dos indignados brasileiros contra aumento de tarifa de ônibus e contra as obras da Copa. Ou seja, não é desprezível a chance de o cenário ter piorado para Agnelo.

O levantamento também mostra que o governador de Brasília lidera com ampla margem o ranking de rejeição para governador do DF e perderia a eleição de 2014 em todos os cenários simulados. Em 2 deles, ficaria de fora do 2ª turno.

Agnelo não receberia o voto “de jeito nenhum” de 39,7% dos entrevistados. Em 2º lugar no índice de rejeição, está o ex-governador Joaquim Roriz (PMDB), com 24,7%.

O instituto traçou 5 cenários de disputa para o governo do DF, em pesquisa estimulada. Em 4 deles, o vencedor do 1º turno seria o senador Rodrigo Rollemberg (PSB), com 18,1% a 20,8% da intenções de voto. Rollemberg só perderia para a Roriz, que alcançou 27,2%.

Roriz, aliás, é o político que tem o melhor desempenho entre todos na pesquisa.

O deputado federal Reguffe (PDT) pontua 17% das intenções de voto, contra 18,1% de Rollemberg. Nos cenários com Roriz ou Reguffe na disputa, Agnelo estaria fora do 2º turno.

E talvez o dado mais eloquente seja o enorme universo de eleitores de Brasília que não deseja, pelo menos por enquanto, votar em nenhum dos pré-candidatos. A taxa dos que rejeitam todos varia de 35,1% a 47,6%.

Abaixo, a tabela com todos os cenários pesquisados:

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