Gestão Dilma piora em saúde, educação, segurança e economia
Fernando Rodrigues
Maior queda de aprovação foi na segurança pública: 10 pontos percentuais
Apesar da redução dos juros, desempenho nesse área também caiu
Embora a aprovação da presidente Dilma Rousseff se mantenha em patamar recorde de 78%, há alguns sinais de insatisfação da população sobre o desempenho do governo.
A pesquisa CNI/Ibope divulgada nesta 6ª feira (14.dez.2012) mostra que caiu o percentual da população que aprova a atuação de Dilma Rousseff nas áreas de educação, saúde, segurança pública e setores da economia. A pesquisa foi realizada de 6 a 9.dez.2012 com 2.002 pessoas em 142 municípios. A margem de erro é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos.
Na educação, Dilma foi reprovada 56% dos entrevistados agora em dezembro. E setembro, a taxa estava em 51%. Outros 43% aprovam o desempenho da petista nessa área –ante a 47% na pesquisa anterior.
Na área da saúde, Dilma também enfrenta um aumento da insatisfação dos brasileiros. Subiu de 65% para 74% os que desaprovam a atuação da petista nesse setor. Só 25% a aprovam (eram 33% no último levantamento). É curioso que nesse setor está um dos ministros mais badalados do governo, Alexandre Padilha. Ele é cotado para ser um possível candidato a governador de São Paulo, mas suas qualidades como gestor, até agora, não têm dado o resultado esperado.
Mas foi na segurança pública que Dilma registrou sua pior queda de desempenho. Subiu de 57% para 68% os que a reprovam nessa área. E a aprovação caiu de 40% para 30% (a maior queda de aprovação numa área específica, de 10 pontos percentuais).
Na economia, a pesquisa CNI/Ibope também revela que o desempenho do governo caiu em 3 áreas:
Impostos: desaprovação da gestão Dilma com relação a impostos subiu de 57% para 65%. A aprovação desceu de 38% para 30%;
Inflação: a desaprovação subiu de 45% a 50%. A aprovação caiu de 50% para 45%;
Taxa de juros: apesar dos esforços de Dilma nessa área, os resultados não foram os esperados. A atuação do governo a respeito de taxa de juros foi aprovada por 41% dos entrevistados em dezembro, contra 49% em setembro (a desaprovação foi de 43% para 51%).
Esses números só não explicam a razão pela qual os brasileiros diminuíram seu conceito em relação ao desempenho do governo em tantas áreas, mas permanecem aprovando Dilma da mesma forma. Esse é um paradoxo para outras pesquisas e estudos.