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Arquivo : Dieese

Pacote microeconômico é insuficiente para impulsionar produção, diz Dieese
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Fernando Rodrigues

Departamento publica nota técnica sobre as medidas

Equipe econômica apresentou o pacote na última 5ª (15.dez)

Governo anunciou medidas microeconômicas em 15 de dezembro

Governo anunciou medidas microeconômicas em 15 de dezembro

O Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos criticou o pacote de medidas microeconômicas apresentadas pelo governo na última 5ª feira (15.dez). Em nota técnica, o Dieese diz que a mudança “não será capaz de impulsionar a atividade produtiva”.

As informações são do repórter Gabriel Hirabahasi e o texto é do Poder360. Receba a newsletter.

“Esperava-se do governo um conjunto de iniciativas que mobilizasse investimentos e retomasse o consumo interno, com o Estado assumindo papel de indutor da empreitada de tirar a economia da recessão”, diz o departamento em nota.

O estudo feito pela entidade critica todas as 10 medidas apresentadas pela equipe econômica de Michel Temer. Leia aqui a íntegra do documento.

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A equipe econômica do Planalto anunciou o pacote na última 5ª feira (15.dez). É uma tentativa de aumentar a produtividade das empresas e reduzir o desemprego.

O pacote inclui a desburocratização dos processos para abertura e fechamento de empresas, redução dos juros do cartão de crédito e ampliação da oferta de crédito.

AS CRÍTICAS
Segundo o Dieese, a maioria das medidas não são de todo ruins. Seriam, porém, insuficientes para estimular a economia. Leia aqui 1 resumo das críticas do departamento.

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A proposta de 1 novo Refis, por exemplo, não é inteiramente criticada. “A medida pode aliviar a situação das empresas em dificuldades, mas não resolve o problema principal, principalmente das médias e pequenas, que é o acesso ao crédito com custos compatíveis com suas capacidades empresariais e de pagamento”, diz o documento.

O Dieese afirma que a renegociação de dívidas de empresas com o BNDES e mais acesso a crédito com o banco de fomento são “medidas importantes, mas sem a redução da Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP) e diante da recessão, as empresas dificilmente farão novos investimentos”.

O governo prepara os projetos de lei e medidas provisórias para regulamentar as medidas do pacote microeconômico.

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Senado paga mais de R$ 20 mil líquidos para 25% de seus funcionários
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Fernando Rodrigues

Salário de quase 40% dos servidores supera R$ 15 mil

Poder360 compilou números oficiais no site do Senado

Congresso Nacional ganha iluminação verde e branca em referência ao acidente aéreo com a equipe do Chapecoense. Um das cúpulas segue com a cor azul para a campanha de combate ao câncer de próstata, Novembro Azul. Foto: Leonardo Sá/Agência Senado

Senado Federal: salários generosos

Aproximadamente 1/4 dos servidores ativos do Senado Federal receberam salário líquido acima de R$ 20 mil em setembro deste ano. Atualmente cerca de 6 mil funcionários trabalham na Casa. O levantamento do Poder360 ainda mostra que 38,5% dos empregados ganharam, naquele mês, mais de R$ 15 mil.

Este texto é da repórter Gabriela Caesar e está no Poder360. Receba a newsletter.

Os dados da análise foram extraídos do site consulta a remunerações do Senado.

Como foram considerados os valores líquidos, já haviam sido descontados o Imposto de Renda, o PSSS, a reversão do teto constitucional e eventuais ausências.

Os números pagos a servidores da Casa contrastam com a realidade brasileira. O salário mínimo no país é de R$ 880. Segundo o Dieese, o salário mínimo para a manutenção de uma família deveria equivaler a R$ 4.013,08. Referente a setembro deste ano, esse valor é 4,56 vezes maior do que R$ 880.

Para o cálculo, o Dieese levou em conta a cesta básica mais cara naquele mês, a de Porto Alegre, e a determinação constitucional de suprir despesas como alimentação, moradia, saúde, educação, transporte, lazer etc.

No Senado, cerca de 1/4 de funcionários tiveram remuneração líquida abaixo de R$ 4.013,08 em setembro deste ano. Essa constatação mostra a disparidade salarial dentro do Senado.

Na apuração, não foram considerados o auxílio alimentação (R$ 924,16), o auxílio transporte, as diárias pagas pelo Senado e outras vantagens indenizatórias. Segundo levantamento do Poder360, os gastos mensais da Casa com auxílio alimentação chegam a R$ 5 milhões.

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Greve dos bancários já é a mais longa em 9 anos
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Fernando Rodrigues

Categoria entra hoje no 22º dia de paralisação

Os bancários completam hoje (10.out.2013) 22 dias em greve, a mais longa paralisação em 9 anos da categoria. Desde 2004, quando as agências ficaram fechadas por 30 dias, o impasse entre funcionários e patrões do setor não demorava tanto tempo para ser resolvido.

A Contraf (Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro), filiada à CUT, senta à mesa hoje com a Fenaban (Federanação Nacional de Bancos) para discutir uma nova proposta salarial. Na última rodada de negociações, o sindicato patronal ofereceu reajuste de 7,1% (aumento real de 0,9% além da inflação), recusado pela categoria, que pede 11,9% (aumento real de 5,7%). Os bancários farão novas assembleias amanhã (11.out.2013) ou na 2ª feira (14.out.2013) – a data ainda não foi definida – para deliberar sobre a continuidade da greve.

Outras paralisações estão em curso no país. Os professores municipais do Rio estão em greve há 2 meses. Hoje os funcionários da Toyota em Sorocaba (SP) entram no 8º dia de paralisação e a Federação Única dos Petroleiros realiza assembleias para decidir se a categoria cruzará os braços por tempo indeterminado a partir de 17.out.2013.

Inflação

Apenas 7 das 33 negociações coletivas fechadas por metalúrgicos neste ano tiveram ganhos reais maiores do que no ano passado, segundo estudo do Dieese (Departamento Intersindical de Estudos Socioeconômicos) divulgado na 3ª feira (8.out.2013). A média do ganho real do trabalhador do setor está 0,54% menor que no ano passado.

Para o economista André Cardoso, do Dieese, os ganhos reais estão menores em comparação ao ano passado devido à alta da inflação na última data-base.

Segundo a pesquisa, os trabalhadores do setor metalúrgico de sindicatos ligados à CUT no Estado de São Paulo acumulam ganhos reais de 28,99% a 37,34% nos últimos 11 anos, de 2002 a 2013. O maior índice foi alcançado pelos funcionários do setor automobilístico.

Salário X PIB

O presidente da UGT (União Geral dos Trabalhadores), Ricardo Pattah, avalia que 2013 deve repetir o alto número de greves do ano passado, quando o Diesse registrou 873 paralisações – alta de 58% sobre o ano anterior e maior resultado absoluto desde 1996.

Para Pattah, o crescimento do movimento grevista reflete o menor resultado do PIB (Produto Interno Bruto). Ele diz que os trabalhadores “se acostumaram” a ter ganhos reais de salário nos anos de bonança e agora não se conformam com o argumento do governo e de empresários de que, com PIB baixo, não há espaço para aumentos.

“Em 2012 os patrões tentaram usar uma regra do salário mínimo [reajuste vinculado ao PIB] para os trabalhadores em geral, o que levou a uma reação muito forte”, afirma o sindicalista, filiado ao PSD de Gilberto Kassab.

Pattah calcula cenário parecido para 2013. “Neste ano isso está se projetando novamente e teremos um número importante de paralisações”, diz.

Acompanhe abaixo a evolução anual do número de greves na última década, segundo o Dieese.

(Bruno Lupion)

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