Luisa Mell, ‘porta-voz’ dos beagles, filiou-se PMDB
Fernando Rodrigues
A apresentadora Luisa Mell, nome artístico de Marina Zatz de Camargo, rosto mais conhecido da invasão ao Instituto Royal que levou 178 cães da raça beagle usados em testes da indústria farmacêutica, filiou-se ao PMDB em 24.set.2013 – ou seja, 3 semanas antes da ação pró-animais.
Nesta 3ª feira (29.out.2013), Luisa foi a Brasília e conseguiu algo que poucos ativistas conseguem: uma reunião com o presidente da Câmara, deputado Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), para pedir a instalação de uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) sobre as atividades do Instituto Royal e a proibição imediata de testes em animais destinados ao desenvolvimento de cosméticos e produtos de limpeza.
Em seu perfil no Instagram, Luisa disse que a o encontro teve apoio decisivo do presidente da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), Paulo Skaf, pré-candidato do PMDB ao governo paulista. Ela afirmou que a reunião foi “ótima” e defendeu também uma lei que estabeleça política pública para a castração de cães e gatos em todo o território nacional.
Segundo o Tribunal Superior Eleitoral, Luisa filiou-se ao PMDB de São Paulo em 24.set.2013, a 10 dias do prazo limite para poder se candidatar a um cargo público nas eleições de 2014.
Eis a certidão de filiação de Luisa Mell ao PMDB:
O advogado do Instituto Royal afirmou em audiência pública na Câmara nesta 3ª feira que os cães estavam em “ambiente adequado de tratamento” e o trabalho era feito “na mais absoluta ordem e legalidade”.
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