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Arquivo : operacao Triplo X

PF conclui relatório da fase Triplo X e indicia dona do tríplex do Guarujá
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Fernando Rodrigues

Ex-presidente Lula e familiares não estão no indiciamento

Leia aqui a íntegra do relatório final da PF na fase “Triplo X”

Empregados da Mossack Fonseca no Brasil foram indiciados

Para PF, Mossack era “organização criminosa transnacional”

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O Condomínio Solaris, no Guarujá (SP)

A Polícia Federal entregou à Justiça na 6ª feira (12.ago) o relatório final sobre a fase Triplo X da Lava Jato, deflagrada em 27.jan.2016. Foram indiciados a publicitária Nelci Warken (que admitiu ser a verdadeira dona de um tríplex no Condomínio Solaris, no Guarujá) e funcionários da Mossack Fonseca no Brasil.

As informações são do repórter do UOL André Shalders.

O relatório final da PF foi tornado público pelo juiz Sérgio Moro no final da tarde de hoje (18.ago). Leia a íntegra aqui.

Além de Nelci, são arroladas Maria Mercedes Riaño (chefe do escritório da Mossack no Brasil), Luis Fernando Hernandez, Rodrigo Andrés Cuesta Hernandez, Ricardo Honório Neto e Renata Pereira Britto, que trabalhavam para a Mossack. Também é indiciado o empresário Ademir Auada, que intermediava negócios para a Mossack.

O ex-presidente Lula e seus familiares não foram indiciados. A real propriedade do apartamento do Guarujá, porém, é apurada em uma investigação à parte. A defesa do ex-presidente pediu a Sérgio Moro acesso à essa apuração na tarde de hoje (18.ago). Ainda não há decisão.

A Mossack Fonseca se tornou conhecida no Brasil após a divulgação da série jornalística Panama Papers, em abril deste ano. A série baseou-se em um acervo de 11,5 milhões de documentos internos da Mossack, obtido pelo jornal alemão “Süddeutsche Zeitung” e compartilhado com o Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos (ICIJ). No Brasil, participaram da apuração o UOL, o jornal “O Estado de S. Paulo” e a “RedeTV!”.

“ORGANIZAÇÃO CRIMINOSA TRANSNACIONAL”
No documento de cinco páginas, a PF descreve a Mossack Fonseca como uma “organização criminosa de caráter transnacional, estruturalmente ordenada e caracterizada pela divisão de tarefas, voltada para a prática do crime de lavagem de dinheiro”.

“As diligências efetuadas revelaram que a atividade principal da Mossack guardava relação com a abertura de empresas offshore, de forma a ocultar seus verdadeiros sócios e responsáveis. Nesse sentido, todos os que trabalhavam na empresa tinham plena ciência de que atuavam em um mercado voltado à demanda do trânsito de valores e bens de origem suspeita e duvidosa. Por tal motivo, foram indiciados como incursos no art. 1, par. 2º, inciso II da Lei 9.613/98”, diz outro trecho do relatório. A lei mencionada é a que trata de lavagem de dinheiro.

PANAMA PAPERS
A investigação jornalística dos Panama Papers é citada em vários momentos nos relatórios produzidos pela Polícia Federal. Em alguns trechos, os peritos da Polícia utilizaram-se de reportagens para analisar documentos apreendidos na sede da Mossack Fonseca e na casa das pessoas que foram alvo da fase Triplo X.

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Trecho de reportagem do Blog reproduzido em relatório da PF

P.S. (em 22.ago.2016 às 19h40) – Como informa a reportagem, as supostas irregularidades envolvendo o ex-presidente Lula continuam sob apuração em outro procedimento de investigação, que também tramita na 13ª Vara da Justiça Federal em Curitiba (PR).

Nelci Warken admitiu ser a verdadeira dona de um tríplex (o 163-B), que estava em nome de uma empresa offshore. Já o tríplex atribuído à família do ex-presidente Lula é o 164-A, no mesmo edifício.

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Foragida da Lava Jato é vista no Panamá
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Fernando Rodrigues

Chefe da Mossack Fonseca Brasil estava na sede panamenha

Informações foram publicadas pelo jornal “La Prensa”

Mossack & Fonseca diz que escritório do Brasil era “franquia”

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A Cidade do Panamá, centro financeiro do país

A advogada Maria Mercedes Riaño Quijano, chefe do Mossack Fonseca no Brasil, foi vista na 4ª feira (27.jan.2016) na Cidade do Panamá, capital do país.

Mercedes é procurada pela Polícia Federal brasileira desde 4ª feira, quando o juiz federal Sergio Moro aceitou um pedido de prisão preventiva contra ela. A informação foi publicada pelo jornal panamenho “La Prensa”.

Para o Ministério Público Federal, a Mossack & Fonseca Brasil auxiliou investigados da Lava Jato a ocultar dinheiro de propinas.

A apuração é do repórter do UOL André Shalders.

Mercedes esteve na sede global da Mossack & Fonseca, na Cidade do Panamá, no mesmo dia em que a PF deflagrava a fase “Triplo X” da Lava Jato.

A Mossack Fonseca Brasil também enviou nota ao jornal na madrugada de ontem (28.jan), assinada pela própria Mercedes.

Em outra nota enviada ao jornal, a Mossack Fonseca panamenha diz que o escritório brasileiro era apenas “uma franquia” da companhia, administrada por Mercedes. Clique aqui para ler a íntegra.

A seguir, a íntegra da nota da Mossack Fonseca Brasil, assinada pela foragida Maria Mercedes Riaño Quijano. Ela trata do uso de offshores para comprar imóveis no Guarujá, num edifício que foi alvo da Operação Lava Jato:

A Mossack Fonseca Brasil deseja manifestar sua posição a respeito das informações divulgadas nos meios de comunicação. Nossa empresa está sendo injusta e erroneamente envolvida em assuntos os quais não temos qualquer envolvimento ou ingerência alguma.

Esclarecemos que:

– A solicitação de aquisição de companhia foi recebida por parte de um cliente intermediário, o qual, por sua vez, atende aos clientes finais. 


–­ Contamos com um departamento que conduz exaustivos programas de diligência para verificar a legitimidade de cada um de nossos clientes. 


– No momento de receber a solicitação da companhia mencionada, se realizaram as buscas das informações e as diligências correspondentes, as quais não se encontraram resultados negativos nem vinculação com alguma pessoa politicamente exposta.

– Não participamos da compra, empréstimo ou financiamento de qualquer imóvel, assim como tampouco não oferecemos assessoria imobiliária no Brasil. 


– ­Não temos nenhum tipo de relação com os personagens políticos expostos que são mencionados recentemente em diferentes meios de comunicação. 


– Não somos investigados e não recebemos nenhuma demanda judicial ou policial por parte de autoridade local ou estrangeira.

– Não apadrinhamos nem facilitamos o descumprimento da legislação vigente no Brasil.

– Sempre cumprimos e respeitamos estritamente toda a legislação brasileira e internacional.

– Todos os serviços que prestamos são prestados dentro do âmbito da legalidade e seguem as estritas normas éticas e de verificação da idoneidade dos clientes.

– Estamos sempre dispostos a cooperar com as autoridades que solicitem informações pelos canais legalmente estabelecidos e cumprindo com todos os procedimentos da legislação.

Esclareceremos toda a situação com a imprensa local em relação às acusações equivocadas feitas contra nossos colaboradores e nossa empresa.

Maria Mercedes Riaño

Gerente General 


MOSSACK FONSECA BRASIL


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