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Nos Brics, Brasil exibe maior recessão, alto desemprego e pior inflação
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Fernando Rodrigues

País também registrou maior crescimento da dívida pública em relação ao PIB

Michel Temer participa de reunião do bloco neste fim de semana, na Índia

Brasília - DF, 14/10/2016. Presidente Michel Temer passa interinamente a Presidência da República ao Deputado Rodrigo Maia, Presidente da Câmara dos Deputados, no período de viagem oficial à India e ao Japão. Foto: Marcos Corrêa/PR

Michel e Marcela Temer embarcaram para o país asiático na madrugada desta 6ª feira (14.out)

O Brasil chega à 8ª reunião da cúpula dos Brics, neste final de semana, de uma forma bem diferente da que o levou a fundar o bloco com outras economias pujantes do planeta em 2008. Passados 8 anos, o país detém hoje alguns dos piores indicadores do grupo formado também por Rússia, Índia, China e África do Sul.

As informações são do repórter do UOL Guilherme Moraes.

Enfrentando a maior recessão de sua história, o Brasil lidera pelo menos 4 rankings indesejados dentro dos Brics. Registrou, por exemplo, a maior retração do PIB (Produto Interno Bruto, isto é, a soma das riquezas produzidas pelo país) em 2015: 3,8%.

Também é dono da maior taxa básica de juros (14,25% a.a.), a maior inflação acumulada em 12 meses (8,48%) e a 2ª maior taxa de desemprego (11,8%), segundo o site Trading Economics. Neste último quesito, a África do Sul é a pior do mundo, com uma taxa de 26,6%.

indicadores-brics-out.2016A dívida pública brasileira foi também a que mais cresceu em relação ao PIB no passado recente. De 2013 a 2015, saltou 14,54 pontos percentuais. Agora, divide a liderança com a Índia.

No mesmo período, essa relação também aumentou na Rússia, na China e na África do Sul, mas com bem menos intensidade. Já a dívida indiana mantém-se estável desde 2010.

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O presidente Michel Temer participa da reunião da cúpula dos Brics em Goa, na Índia, neste final de semana. Fica no país asiático até 2ª feira (17.out) para reuniões bilaterais. Leia aqui a agenda completa e detalhada de Temer (com informações no horário local, 8 horas e meia à frente do de Brasília).

Estão na comitiva presidencial 3 ministros: José Serra (Relações Exteriores), Blairo Maggi (Agricultura) e Marcos Pereira (Indústria). A primeira dama, Marcela Temer, também viajou.

Já o ministro Henrique Meirelles (Fazenda) não embarcou para a Índia. O Planalto entende que sua permanência em Brasília facilitará a aprovação da PEC dos gastos públicos em 2º turno na Câmara.

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Rússia faz campanha para ter bandeira no Monumento aos Pracinhas, no Rio
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Fernando Rodrigues

Homenagem sobre 2ª Guerra contempla apenas EUA, Reino Unido e França

União Soviética integrava Aliados e foi decisiva na derrota do nazifascimo

Monumento em dia comum (à esq.) e nas datas festivas, com bandeiras de Inglaterra, EUA, Brasil e França. Crédito: Divulgação/Exército brasileiro

Monumento em dia comum (à esq.) e nas datas festivas, com bandeiras de Reino Unido, EUA, Brasil e França. Crédito: Divulgação/Exército brasileiro

A Voz da Rússia, estatal de mídia russa, lançou nesta semana uma campanha para que a bandeira de seu país seja incluída no Monumento aos Pracinhas, no Rio, que homenageia os brasileiros mortos na Segunda Guerra Mundial.

O monumento fica no Aterro do Flamengo, entre a Marina da Glória e o Museu de Arte Moderna, e tem mastros para 4 bandeiras. No dia a dia, apenas a do Brasil é exibida. Em datas festivas, são hasteadas também as bandeiras de Estados Unidos, França e Reino Unido, que compunham os Aliados.

A Rússia afirma ter herdado os direitos e obrigações da União Soviética, que também integrava os Aliados e contribuiu de forma decisiva para a derrota do nazifascismo. E por isso deveria ter sua bandeira no monumento.

O objetivo do abaixo-assinado é hastear a bandeira russa na cerimônia do dia 8 de maio de 2015, quando serão comemorados os 70 anos do fim da Segunda Guerra. A campanha foi divulgada no Facebook oficial da Embaixada da Rússia no Brasil.

Opositores à ideia argumentam que quem integrava os Aliados era a União Soviética, e não a Rússia. Não veem motivo para prestigiar o país hoje presidido por Vladimir Putin.

O Rio receberá a visita de Putin no dia 13 de julho. Ele assistirá à final da Copa do Mundo, no Maracanã, pois o próximo torneio, em 2018, será na Rússia. Após o jogo, Putin segue para Fortaleza, onde ocorre a cúpula dos Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul).

(Bruno Lupion)

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