2014 é “muito difícil” para Campos, diz Gerdau
Fernando Rodrigues
Empresário contribui com o governo de Pernambuco e dá conselhos à presidente Dilma.
Ele falou sobre o assunto em palestra no Rio Grande do Sul.
Entusiasta do governo de Pernambuco, o empresário Jorge Gerdau Johannpeter deu ontem (21.nov.2012) declarações desanimadoras para quem incentiva a candidatura a presidente da República do governador Pernambucano Eduardo Campos (PSB) em 2014.
Para Gerdau, o quadro atual mostra que “é muito difícil” a perspectiva da candidatura de Campos já na próxima eleição presidencial. Segundo ele, o que existe agora é uma “identificação” do presidente do PSB com o apoio à reeleição de Dilma Rousseff. Isso, segundo ele, “no curto prazo”. “A médio e longo prazo os políticos têm que saber. Eu não sei”.
Jorge Gerdau comentou o assunto ontem (21.nov.2012) quando deu uma palestra na Federação das Associações Comerciais do Rio Grande do Sul (Federasul). As declarações foram publicadas na edição de hoje (22.nov.2012) do jornal “Valor Econômico” (a reportagem está disponível para assinantes do jornal).
A fala do empresário, afirma a reportagem, contraria partidários de Campos. Há expectativas de que Gerdau ajude numa eventual campanha porque ele sempre elogia a gestão do governo pernambucano, que ele mesmo ajudou a modelar.
Um dos principais conselheiros econômicos da presidente Dilma Rousseff, Gerdau é visto hoje como um dos entusiastas da transposição de práticas do setor privado para o público. Com esse pensamento, ele foi nomeado presidente da Câmara de Políticas de Gestão, Desempenho e Competitividade da Presidência da República –um órgão consultivo cujas tarefas incluem pensar medidas para a “racionalização do uso dos recursos públicos” e para o “controle e aperfeiçoamento da gestão pública”.
Fora do governo federal, Jorge Gerdau cuida da empresa que leva seu nome e também do Movimento Brasil Competitivo (MBC), que foi procurado por Eduardo Campos para implantar metas em seu governo. “O método baseado na perseguição de metas foi adotado em diversas esferas da administração estadual e é tido como um dos grandes responsáveis pela elevada aprovação do governador de Pernambuco, refletida na eleição, em primeiro turno, de seu candidato [a prefeito do Recife em 2012], Geraldo Júlio (PSB)”, afirma a reportagem.