Empate nas pesquisas exigirá mais agressividade das campanhas
Fernando Rodrigues
O empate persistente entre Aécio Neves (PSDB) e Dilma Rousseff (PT) nas pesquisas de intenção de voto vai exigir das duas campanhas um aprofundamento nos ataques mútuos.
Se cada um tem cerca de metade do eleitorado, como mostra o Datafolha, só vencerá de maneira mais folgada aquele que conseguir arrancar mais votos do outro. É claro que existe um contingente de indecisos, mas esses tendem a se dividir na mesma proporção das intenções de voto de cada candidato.
Ou seja, Dilma precisa convencer alguns aecistas a mudarem de opinião. E Aécio precisa fazer o mesmo com parte dos dilmistas. Não é fácil.
Nesta fase da campanha, apenas dizer que vai fazer um governo melhor pode parecer bonito, mas tende a não mudar a opinião de quem já está convencido a votar em algum candidato. A saída é desconstruir o adversário.
Dessa forma, tende a ser aprofundado o tom de agressividade que já foi ser observado no debate da TV Bandeirantes, na terça-feira (14.out.2014). O mais provável é que Dilma siga tentando desqualificar Aécio e o tucano faça o mesmo com a petista.
A primeira oportunidade para aferir esse movimento na corrida presidencial será nesta quinta-feira (16.out.2014), quando haverá o segundo debate direto entre os candidatos –promovido em conjunto pelo UOL, STB e rádio Jovem Pan.