Blog do Fernando Rodrigues

Arquivo : 1º de Maio

Acuada, Dilma não fará pronunciamento em rede nacional no Dia do Trabalho
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Fernando Rodrigues

É o 2º ano consecutivo em que a presidente evita discursar na data

Em 2015, petista divulgou fala nas redes sociais para evitar panelaços

Lula falou na TV em todos os anos quando esteve no Planalto

Dilma em pronunciamento de 1º de maio de 2015, divulgado apenas nas redes sociais

Dilma em pronunciamento de 1º de maio de 2015, divulgado apenas nas redes sociais

A presidente Dilma Rousseff não fará o tradicional pronunciamento em cadeia nacional de rádio e televisão no Dia do Trabalho – o 1º de Maio, no próximo domingo.

É o 2º ano consecutivo em que a petista evita falar em rede nacional na data. O ex-presidente Lula dirigiu-se à população em cada 1 dos 8 anos em que esteve à frente do Palácio do Planalto.

As informações são do repórter do UOL Luiz Felipe Barbiéri.

Em 2015, o discurso da presidente foi veiculado apenas nas redes sociais. Esta será a mesma opção que a petista tomará no domingo (1.mai). Ainda não foi definido se Dilma participará de algum ato na data.

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva tenta convencer a mandatária a comparecer a uma manifestação no Vale do Anhangabaú, em São Paulo. Dilma ainda não respondeu.

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Vídeos do PSDB para o 1º de Maio apontam “mentiras” de Dilma
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Fernando Rodrigues

Tucanos fazem releitura do discurso da presidente há um ano

Ideia é enfatizar diferença entre discurso e prática do Planalto

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Vídeo do PSDB congela imagem de Dilma e carimba “mentira”, em vermelho

O PSDB vai colocar em várias redes sociais hoje (30.abr.2015) filmes curtos mostrando o que considera contradições –o partido afirma que são “mentiras”– no discurso da presidente Dilma Rousseff há um ano, quando a petista falou na TV durante o 1º de Maio de 2014.

O títulos dos vídeos aos quais o Blog teve acesso são iguais: “Dilma transforma o Dia do Trabalho em Dia da Mentira”. Serão todos postados em redes sociais do PSDB, para tentar neutralizar o esforço digital que o Planalto fará durante o feriado –uma vez que a presidente optou por não falar em cadeia de rádio e TV, mas apenas interagir com os brasileiros via internet.

Na primeira peça tucana, de 1 minuto e 15 segundos, Dilma aparece falando que seu governo é “do crescimento com estabilidade, do controle rigoroso da inflação”. Nesse momento, a imagem é congelada e surge um carimbo em vermelho na tela: “Mentira”.

Começa então a reprodução de títulos de reportagens como “Economia para, e Dilma tem PIB mais fraco desde Collor” e “Governo fecha 2014 com primeiro déficit nas contas públicas em 18 anos”.

Noutro trecho de seu discurso de 1º de maio de 2014, Dilma diz: “Posso garantir a vocês que a inflação continuará rigorosamente sobre controle”. De novo, a imagem é congelada e vem o carimbo “mentira”. E mais reportagens mostrando que a inflação está em seu nível mais alto em muitos anos.

Eis o vídeo:

No vídeo seguinte, também de 1 minuto e 15 segundos, o PSDB selecionou o trecho do discurso dilmista no qual a presidente fala que está “vencendo a luta do emprego e do salário”. E vem o carimbo vermelho “mentira”, sobre a imagem congelada da petista. “Geração de empregos em 2014 foi a pior dos anos do PT”, diz um título de uma notícia na tela.

Uma parte cruel para Dilma é a parte na qual ela fala que assinou uma medida provisória (no 1º de Maio de 2014) corrigindo a tabela do Imposto de Renda, o que daria um alívio para a classe média. De novo, o PSDB coloca o carimbo “mentira”. E mostra o veto da presidente à correção de 6,5% na tabela que corrigia a possibilidade de abatimentos no Imposto de Renda.

Esse caso é um pouco mais complexo. Uma correção depois acabou sendo aprovada pelo Congresso, que fez um acordo com o Planalto para que se encontrasse um meio termo na tabela do IR.

Dilma também enfatizou muito em 2014 que defenderia todos os direitos e conquistas trabalhistas. Essa fala aparece no discurso de um ano atrás e o PSDB aproveita para explorar a redução do acesso de trabalhadores demitidos ao seguro-desemprego –medida que faz parte do ajuste fiscal proposto pelo Planalto.

Eis o vídeo:

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Dilma fez campanha explícita na TV
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Fernando Rodrigues

Presidente anuncia 10% de reajuste para beneficiários do Bolsa Família e tenta estancar queda na sua popularidade

De maneira indireta, petista pede aos brasileiros que façam carga sobre o Congresso para haver reforma política

A presidente Dilma Rousseff fez campanha aberta na TV a pretexto de fazer um pronunciamento sobre o 1º de Maio.

A petista usou a prerrogativa que presidentes têm para convocar redes nacionais de rádio e TV. Essa é uma praxe. Sempre foi seguida por todos os antecessores de Dilma. Mas na sua fala de 12 minutos desta noite (30.abr.2014) o conteúdo foi formatado claramente para tentar estancar a queda da popularidade do governo e a perda de apoio nas pesquisas de intenção de voto.

Dilma foi informada por sua equipe que o caso de má governança e de suspeitas de corrupção na Petrobras começou a corroer a imagem do governo. Por essa razão, na sua fala a presidente admite que há atos de corrupção relacionados à estatal e promete apurar tudo e punir os responsáveis.

A petista também aproveitou para oferecer um aumento de 10% aos beneficiários do Bolsa Família, que são cerca de 14 milhões de famílias (atingindo 36 milhões de brasileiros). Para completar, antecipou o anúncio de uma correção na tabela do Imposto de Renda, cujo efeito só virá, na prática, em 2015.

Também chamou a atenção o trecho em que ela tratou de reforma política. “É preciso agora, sobretudo, tornar realidade o pacto da reforma política”, disse ela, lembrando que encaminhou ao Congresso “uma proposta de consulta popular para que o povo brasileiro possa debater e participar ativamente da reforma política”.

Nesse trecho, Dilma apela para uma ligação direta entre ela e os cidadãos, para pressionar o Congresso. “Sempre estive convencida que sem a participação popular não teremos a reforma política que o Brasil exige”, declarou. Completou assim: “Além da ajuda do Congresso e do Judiciário, preciso do apoio de cada um de vocês, trabalhador e trabalhadora. Temos o principal: coragem e vontade política. E temos um lado: o lado do povo. E quem está ao lado do povo pode até perder algumas batalhas, mas sabe que no final colherá a vitória”.

Em resumo, ainda que usando um certo bonapartismo oblíquo, Dilma pediu aos brasileiros que façam carga sobre o Congresso para que seja realizada a reforma política.

De maneira indireta, ela coloca a culpa pelos problemas do país num sujeito oculto e difuso –o sistema político– e responsabiliza o Congresso por não avançar com essa reforma.

A presidente foi à TV para dizer que está fazendo tudo certo, que está dando 10% de aumento no Bolsa Família e que se as coisas não andam é porque no Brasil falta uma reforma política e o Congresso não se esforça.

É assim que Dilma pretende estancar sua queda nas pesquisas.

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