Blog do Fernando Rodrigues

Arquivo : eleição para presidente da Câmara

Sistema de eleição na Câmara tem erro
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Fernando Rodrigues

Total de votos no painel não equivale ao número de deputados aptos a votar.

Discrepância foi de 1 voto, mas é um sinal sobre fragilidade do sistema.

O painel eletrônico da Câmara dos Deputados apresentou uma inconsistência na votação realizada na manhã de hoje (4.fev.2013) para eleição do novo presidente da Casa. Os 2 telões do plenário mostraram o total de 497 votantes e os nomes de 14 deputados ausentes. A soma dá 511.

Há, no entanto, 512 deputados em exercício do mandato, segundo dados atualizados pela própria Câmara.

O erro é pequeno, mas dá margem a especulações sobre a segurança do sistema de votação eletrônica empregado pela Casa –cabines de votação colocadas na lateral do plenário com monitores touch screen.

Num colégio de eleitores tão pequeno é inadmissível tal tipo de discrepância.

O episódio também recorda fraudes ocorridas no passado –como a violação do painel do Senado na sessão que cassou o mandato de Luiz Estevão no ano 2000.

Abaixo, fotos dos painéis da Câmara. Os nomes com letras amarelas são dos votantes. Os que têm letras brancas são dos ausentes (apontados por setas vermelhas colocadas pelo Blog sobre as fotos).

p.s.: o 512º deputado que está em exercício do mandato, mas não apareceu no painel, é Marcelo Aguiar (PSD-SP). Ele está de férias, fora do Brasil, e afastado da Câmara de 19.jan a 15.fev.2013. Como o afastamento é breve, ele não é considerado afastado… Sim, isso mesmo. Continua na lista de deputados em exercício do mandato, mas fica desabilitado para usar o painel. A explicação foi dada ao Blog pela Secretaria-Geral da Mesa em 5.fev.2013. O gabinete do deputado disse que informou a Casa sobre o período de ausência e que as faltas serão descontadas do salário dele.

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Maia se despede e alfineta Joaquim Barbosa
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Fernando Rodrigues

Petista deixa a Presidência da Câmara criticando o Poder Judiciário.

O deputado Marco Maia (PT-RS) fez hoje (4.fev.2013) um discurso de balanço de sua gestão como presidente da Câmara dos Deputados e agradeceu a várias autoridades. Quando chegou a vez do STF (Supremo Tribunal Federal), incluiu apenas 2 dos 3 presidentes com quem conviveu.

Marco Maia citou apenas os ex-presidentes do STF Cezar Peluso e Ayres Brito. Disse ter tido boa relação com ambos no período em que presidiram o Tribunal ao mesmo tempo que ele comandou a Câmara. Não citou o nome de Barbosa, que está no cargo desde 22.nov.2012 e portanto também exerceu o poder concomitantemente a ele.

No seu discurso, lido em um iPad, Marco Maia lembrou-se, no entanto, de Renan Calheiros como presidente do Senado, no cargo há só 3 dias. O Blog publicou a íntegra do discurso de Marco Maia, transcrito pelos taquígrafos da Câmara.

O deputado petista falou por cerca de 40 minutos. Começou às 10h30. Seus colegas não prestaram atenção –estavam em rodinhas de conversa paralela no plenário da Casa.

No final de seu discurso, Marco Maia fez menção velada ao STF e a Joaquim Barbosa. “Faço questão de ressaltar que não há como deixar de manifestar minha mais profunda preocupação com as interpretações circunstanciais de nossa Constituição por parte do Judiciário, responsável tão somente por sua guarda, mas que tem se arriscado a interpretações que só ao Legislativo cabem. Atitude muito preocupante, que segue exigindo postura enérgica e intransigente por parte do Legislativo”.

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PSB se desgarra do PMDB na Câmara
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Fernando Rodrigues

No Senado, partido de Eduardo Campos também está contra o candidato de Dilma.

O vice-presidente nacional do PSB, Roberto Amaral, afirmou hoje (30.jan.2013) que o deputado Júlio Delgado (PSB-MG) disputa a presidência da Câmara com apoio da Executiva Nacional do partido. Com essa declaração, Amaral incluiu entre os apoiadores de Delgado o governador Eduardo Campos, de Pernambuco, que é presidente do PSB, integrante da Executiva do partido e potencial adversário de Dilma Rousseff na eleição presidencial de 2014.

Desde outubro, quando Delgado começou a articular sua candidatura, Campos evita dizer em público que o apóia. Com essa omissão, o socialista se distanciou da associação à oposição à presidente Dilma na Câmara –ela e o PT trabalham pelo deputado Henrique Alves (PMDB-RN), que Delgado pretende enfrentar na eleição da próxima segunda-feira (4.fev.2013).

No Senado, o PSB também está em lado oposto ao do candidato apoiado por Dilma e pelo PT, que é Renan Calheiros (PMDB-AL). Ou seja: a atitude pública ambígua de Campos em relação ao governo pende para a oposição nas eleições para o comando do Congresso.

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