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PSDB não tem preconceito contra impeachment de Dilma, diz dirigente tucano
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Fernando Rodrigues

Para secretário-geral do partido, impedimento dependeria de condições políticas

Mendes Thame (de casaco branco) afirma que impeachment depende de resultado da Lava Jato

Mendes Thame (de casaco branco) em foto de maio de 2011

O deputado tucano Antonio Carlos Mendes Thame (SP), secretário-geral do PSDB nacional, afirmou nesta 3ª feira (3.fev.2015) que seu partido não teria nenhum “preconceito” em apoiar um eventual pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff, se houver condições políticas.

“Nada impede, não temos nenhum preconceito [contra o impeachment]. A oposição atua em função do momento histórico”, diz.

A abertura de um processo de impedimento da presidente dependeria dos desdobramentos da Operação Lava Jato, afirma o deputado.

“Estamos aguardando a lista de políticos investigados pela Procuradoria-Geral da República. A partir da divulgação, os nomes implicados podem trazer novidades”, diz.

Ele afirma que seria necessário comprovar alguma ligação de Dilma à corrupção na Petrobras, seja ela dolosa (com intenção de provocar o crime) ou culposa (por omissão que levou ao crime).

Mesmo que haja nexo entre Dilma e a corrupção na estatal, Mendes Thame pondera que o processo de impeachment é eminentemente político. “Tem que ter respaldo no desejo popular, nos formadores de opinião e na mídia. Se não tiver isso, é um processo natimorto”, diz.

A Constituição Federal estabelece que o processo de impeachment por crimes de responsabilidade, como improbidade administrativa, é aberto pela Câmara dos Deputados. Cabe ao presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), arquivar ou colocar em pauta pedidos dessa natureza. Havendo aprovação de dois terços da Câmara, o presidente da República é submetido a julgamento do Senado Federal.

A posição do deputado Mendes Thame não é unânime no PSDB. Em público, outros líderes do partido preferem afirmar que o tema não está em discussão. O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso afirmou à “Folha” que “neste momento”, o impeachment “não é uma matéria de interesse político”

Na 3ª feira, o advogado Ives Grande da Silva Martins publicou artigo no qual defende a possibilidade jurídica de um pedido de impeachment presidencial por improbidade administrativa decorrente de culpa.

Segundo a revista “Veja”, Martins teria sido contratado por uma empreiteira envolvida na Lava Jato para redigir um parecer com essa tese, o que ele nega. Martins diz ter elaborado o parecer a pedido do advogado José de Oliveira Costa, que integra o conselho do Instituto FHC.

(Bruno Lupion)

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“Há um acordo tácito para não falar na candidatura de Aécio”, diz secretário-geral tucano
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Fernando Rodrigues

O novo secretário-geral do PSDB, deputado federal Antônio Carlos Mendes Thame (SP), 66 anos, afirmou ao Blog que há um acordo tácito entre os caciques do partido para ainda não reconhecer publicamente a candidatura do senador Aécio Neves (MG) a presidente da República em 2014.

O objetivo seria deixar o nome do mineiro “emergir das bases” nos próximos meses, enquanto ele tenta mobilizar os diretórios tucanos nos Estados e municípios. Esse foi o espírito da declaração de vários integrantes do PSDB hoje (18.mai.2013) na convenção nacional da legenda, em Brasília.

Eis a conversa do Blog com Mendes Thame, que é ligado ao grupo de José Serra, o tucano ainda mais cético sobre a candidatura presidencial de Aécio Neves em 2014:

Como será trabalho do sr. na secretaria-geral do PSDB?
O trabalho é mais do que um desafio, é um encargo. Não é um bônus, é um ônus. Não vai caber ao secretário-geral sozinho organizar o partido. É característica do Aécio distribuir as tarefas e empoderar as pessoas para executá-la.

Já foi definido que Aécio será o candidato do partido à Presidência em 2014?
Há um acordo tácito entre todos para não falar na candidatura dele. Para deixar isso emergir das bases.

Mas há outros nomes?
Quem é presidente do partido tem uma vantagem natural em relação aos outros pretendentes, pela exposição que tem. Temos outros bons nomes, mas o Aécio é hoje o depositário da confiança dos tucanos.

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