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Contas eleitorais de 35% dos candidatos do 2º turno têm saldo negativo
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Fernando Rodrigues

Prefeito do PDT derrotado em Contagem (MG) teve maior custo de voto

Em Belo Horizonte, João Leite (PSDB) informou déficit eleitoral de R$ 5,3 mi

Líder nacional em receita, Roberto Cláudio (PDT) venceu em Fortaleza (CE)

Derrotado no 2º turno, João Leite (PSDB) concorreu a prefeito de Belo Horizonte (MG)

Das 114 prestações de contas de candidaturas do 2º turno, 40 registravam saldo negativo até as 20h30 deste domingo (30.out), segundo dados informados pelo Tribunal Superior Eleitoral. Os candidatos podem, porém, atualizar os números até 19 de novembro.

As informações são da repórter do UOL Gabriela Caesar.

Aliado do senador Aécio Neves (PSDB), o também tucano João Leite declarou ao TSE ser o candidato com a maior despesa: R$ 9 milhões. A receita foi de R$ 3,7 milhões. O saldo da prestação eleitoral ficou no negativo em 5,3 milhões.

O líder em arrecadação foi o prefeito reeleito de Fortaleza (CE), Roberto Cláudio (PDT). As doações chegam a R$ 8,9 milhões.

Com 53,57% dos votos válidos, o pedetista derrotou no 2º turno o candidato do PR, Capitão Wagner, que recebeu R$ 3,6 milhões para a campanha e terminou o 2º turno com 46,43%.

Por enquanto, o maior custo do voto é de Carlin Moura (PC do B), prefeito de Contagem (MG) que tentou a reeleição mas saiu derrotado. O comunista contratou despesas que somam R$ 3,5 milhões e recebeu 162.440 votos no 1º e 2º turno. Cada voto saiu por R$ 21,41.

Eis, a seguir, duas tabelas (das capitais e das cidades com mais de 200 mil eleitores) com a prestação de contas e o custo de voto, calculado de acordo com dados divulgados pelo TSE até as 20h30 deste domingo (clique nas imagens para ampliar):

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CONFRONTOS DO 2º TURNO

A cidade gaúcha de Santa Maria registrou a disputa mais apertada. O tucano Pozzobom teve apenas 226 votos a mais que o derrotado, Valdeci Oliveira (PT). Em votos válidos, ficaram assim: 50,08% para Pozzobom e 49,92% para o petista.

Em Guarulhos (SP), o prefeito eleito Guti (PSB) teve a vitória com maior vantagem sobre o adversário no 2º turno das eleições. Eli Corrêa Filho (DEM) registrou 16,5% dos votos válidos. Guti, 83,5%.

A única surpresa nas 18 capitais que participaram do 2º turno foi Belo Horizonte (MG). Alexandre Kalil (PHS) virou o jogo e derrotou o aecista João Leite (PSDB) por 52,98% a 47,02% dos votos válidos.

Em 13 dos 39 municípios do interior que tiveram eleições, os candidatos que estavam atrás no 1º turno terminaram com uma vitória neste domingo (30.out).

Dos 25 candidatos à reeleição que disputaram o 2º turno, 10 saíram derrotados das urnas e 15, vitoriosos. O pior desempenho foi de Carlos Grana (PT) em Santo André (SP), com 21,79% dos votos válidos. O melhor, de Geraldo Julio (PSB) em Recife (PE), com 61,3%.

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Só 7 de 22 candidatos a prefeito em SP e Rio pedem doação em site oficial
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Fernando Rodrigues

Sites de candidatos não incentivam internauta a doar para a campanha

Russomanno e Marta Suplicy sequer mencionam doações em seus sites

Financiamento empresarial está proibido a partir das eleições deste ano

Sites oficiais de Marta Suplicy e Celso Russomanno não chamam eleitor para fazer doação

A um mês do 1º turno das eleições municipais, apenas 3 dos 11 candidatos a prefeito de São Paulo e 4 dos 11 candidatos à prefeitura do Rio de Janeiro pedem doações de pessoas físicas em seus sites. A partir das eleições municipais deste ano, as empresas estão proibidas de financiar campanhas.

Em São Paulo, os únicos candidatos que apresentam canais explícitos para receber doações eleitorais em seus sites são João Doria (PSDB), Luiza Erundina (Psol) e Ricardo Young (Rede). Doria informa seus dados bancários para o eleitor fazer transferência eletrônica. Erundina e Young aderiram à plataforma Voto Legal e recebem doações pela internet (eis os sites de Erundina e Young).

Os líderes nas pesquisas de intenção de voto Celso Russomanno (PRB) e Marta Suplicy (PMDB) não citam a doação eleitoral em seus sites (eis os sites de Russomanno e Marta).

A página de Fernando Haddad (PT), que tenta a reeleição, não é muito clara. O internauta encontra apenas explicações sobre a nova legislação eleitoral e um formulário para preencher com os dados pessoais. Mas nenhum canal direto para doar dinheiro ao candidato.

As informações são da repórter do UOL Gabriela Caesar.

tabela-candidatos-sp

No Rio, a situação não é muito diferente. Apenas 4 dos 11 candidatos pedem doações em seus sites: Carmen Migueles (Novo), Jandira Feghali (PC do B), Marcelo Freixo (Psol) e Pedro Paulo (PMDB).

O líder nas pesquisas eleitorais, Marcelo Crivella (PRB), não convida seus eleitores a fazer doação eleitoral em seu site de campanha.

A ferramenta é mais explorada pelo 2º colocado nas pesquisas, Marcelo Freixo (Psol). Até as 18h30 de 5ª feira (1º.set), segundo informa em seu site, Freixo recebeu R$ 363.242,00 de 4.214 pessoas.

Os números são diferentes dos divulgados na última atualização do Tribunal Superior Eleitoral, de 31 de agosto. De acordo com o site do TSE, Freixo recebeu R$ 22.100,00 de pessoas físicas e R$ 164.700,00 de doações pela internet.

Eis a tabela sobre o incentivo a doações eleitorais por candidatos do Rio:

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NOS EUA, SITUAÇÃO É INVERSA
Pedir dinheiro ao eleitor de maneira ostensiva e apresentar os resultados é motivo de orgulho para candidatos a cargos públicos nos EUA. A tradição é antiga, pois há muitas décadas a lei norte-americana proíbe doações diretas de empresas para os partidos ou candidatos.

O que vigora nos EUA é um sistema híbrido. Os candidatos só podem receber doações diretas de pessoas físicas –e recebem muito. As empresas podem se organizar em grupos de pressão chamados “political action committees”, os PACs (comitês de ação política). Nesse caso, o dinheiro é usado para fazer, entre outras coisas, comerciais a favor de uma determinada causa identificada com o candidato que se pretende eleger.

Nos sites dos candidatos a cargos públicos, é muito comum logo na homepage já aparecer um pedido bem explícito de doação, como nos casos dos candidatos a presidente deste ano de 2016 pelos partidos Democrata, Hillary Cinton, e Republicano, Donald Trump. As imagens a seguir mostram as páginas de cada um deles:

Hillary-Trump-doacoes

Páginas de Hillary Clinton (acima) e Donald Trump (abaixo): pedido explícito de doações

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