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Arquivo : PDT

Contas eleitorais de 35% dos candidatos do 2º turno têm saldo negativo
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Fernando Rodrigues

Prefeito do PDT derrotado em Contagem (MG) teve maior custo de voto

Em Belo Horizonte, João Leite (PSDB) informou déficit eleitoral de R$ 5,3 mi

Líder nacional em receita, Roberto Cláudio (PDT) venceu em Fortaleza (CE)

Derrotado no 2º turno, João Leite (PSDB) concorreu a prefeito de Belo Horizonte (MG)

Das 114 prestações de contas de candidaturas do 2º turno, 40 registravam saldo negativo até as 20h30 deste domingo (30.out), segundo dados informados pelo Tribunal Superior Eleitoral. Os candidatos podem, porém, atualizar os números até 19 de novembro.

As informações são da repórter do UOL Gabriela Caesar.

Aliado do senador Aécio Neves (PSDB), o também tucano João Leite declarou ao TSE ser o candidato com a maior despesa: R$ 9 milhões. A receita foi de R$ 3,7 milhões. O saldo da prestação eleitoral ficou no negativo em 5,3 milhões.

O líder em arrecadação foi o prefeito reeleito de Fortaleza (CE), Roberto Cláudio (PDT). As doações chegam a R$ 8,9 milhões.

Com 53,57% dos votos válidos, o pedetista derrotou no 2º turno o candidato do PR, Capitão Wagner, que recebeu R$ 3,6 milhões para a campanha e terminou o 2º turno com 46,43%.

Por enquanto, o maior custo do voto é de Carlin Moura (PC do B), prefeito de Contagem (MG) que tentou a reeleição mas saiu derrotado. O comunista contratou despesas que somam R$ 3,5 milhões e recebeu 162.440 votos no 1º e 2º turno. Cada voto saiu por R$ 21,41.

Eis, a seguir, duas tabelas (das capitais e das cidades com mais de 200 mil eleitores) com a prestação de contas e o custo de voto, calculado de acordo com dados divulgados pelo TSE até as 20h30 deste domingo (clique nas imagens para ampliar):

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CONFRONTOS DO 2º TURNO

A cidade gaúcha de Santa Maria registrou a disputa mais apertada. O tucano Pozzobom teve apenas 226 votos a mais que o derrotado, Valdeci Oliveira (PT). Em votos válidos, ficaram assim: 50,08% para Pozzobom e 49,92% para o petista.

Em Guarulhos (SP), o prefeito eleito Guti (PSB) teve a vitória com maior vantagem sobre o adversário no 2º turno das eleições. Eli Corrêa Filho (DEM) registrou 16,5% dos votos válidos. Guti, 83,5%.

A única surpresa nas 18 capitais que participaram do 2º turno foi Belo Horizonte (MG). Alexandre Kalil (PHS) virou o jogo e derrotou o aecista João Leite (PSDB) por 52,98% a 47,02% dos votos válidos.

Em 13 dos 39 municípios do interior que tiveram eleições, os candidatos que estavam atrás no 1º turno terminaram com uma vitória neste domingo (30.out).

Dos 25 candidatos à reeleição que disputaram o 2º turno, 10 saíram derrotados das urnas e 15, vitoriosos. O pior desempenho foi de Carlos Grana (PT) em Santo André (SP), com 21,79% dos votos válidos. O melhor, de Geraldo Julio (PSB) em Recife (PE), com 61,3%.

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Partido da Mulher Brasileira disputa R$ 6,14 mi do Fundo Partidário no TSE
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Fernando Rodrigues

Dinheiro é relativo ao Fundo Partidário e está bloqueado

Hoje com 2 deputados, partido terá mais recursos que PPS

Tempo de TV também está em disputa na Justiça Eleitoral

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Suêd Haidar (dir.), de azul, presidente nacional do PMB

Hoje com apenas 2 deputados, o Partido da Mulher Brasileira pode entrar nas eleições de outubro com recursos do Fundo Partidário e tempo de rádio e TV equivalentes aos de legendas consolidadas –como PPS e PV. Só nos primeiros 5 meses de 2016, o valor bloqueado do Fundo chega a R$ 6,14 milhões.

O partido disputa no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) o direito de acesso aos recursos –que foram contabilizados por conta da filiação de deputados por um curto período, logo depois que o PMB obteve o registro, em set.2015.

As informações são do repórter do UOL André Shalders.

Pela lei brasileira, tanto o tempo de TV e de rádio quanto a maior parte do dinheiro do Fundo Partidário são distribuídos de acordo com o tamanho das bancadas na Câmara.

Os recursos do Fundo partidário tornaram-se ainda mais valiosos agora: nas eleições municipais deste ano estão proibidas as doações de empresas.

Se obtiver sucesso na sua ação cautelar proposta ao TSE, o PMB terá mais acesso a recursos que partidos como PPS (8 deputados) e o PV (6). O PMB moveu a ação contra outros 14 partidos (PT, PV, PRP, PMDB, PSDC, Pros, PTC, PMN, PSC, SD, PSL, PDT, PT do B e PTB).

Os maiores prejudicados com uma eventual vitória do PMB na justiça seriam o PT (menos R$ 200 mil mensais), o  PV (R$ 136 mil) e o PTB (R$ 115 mil). Esses valores dizem respeito somente à parcela fixa do Fundo, os chamados duodécimos.

Contexto: O Fundo Partidário é distribuído de 2 formas. Os duodécimos são parcelas fixas, pagas todo mês aos partidos, e equivalem ao total disponível para o Fundo dividido pelos 12 meses do ano. Já as multas variam conforme a arrecadação de cada mês. São provenientes de punições aplicadas pela Justiça Eleitoral a partidos e candidatos. A distribuição do Fundo obedece à seguinte regra: 5% do valor total disponível é dividido de forma igualitária entre todos os partidos, e 95% é distribuído de forma proporcional ao tamanho da bancada de cada legenda na Câmara. Em 2016, o Fundo distribuirá R$ 737,8 milhões em duodécimos aos partidos brasileiros, mais o valor arrecadado em multas. Clique para consultar a distribuição do Fundo Partidário neste ano, em duodécimos e em multas.

Em 21.jan.2016, o ministro do TSE Dias Toffoli deferiu um pedido de liminar do PMB para bloquear os valores relativos aos deputados. Leia aqui a íntegra da decisão.

Hoje, deputados que passaram pelo partido defendem que o PMB perca os recursos. A maior parte deles deixou a sigla em fevereiro e março deste ano, durante a chamada “janela partidária”.

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PDT mantém decisão e expulsará senadores que votarem a favor do impeachment
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Fernando Rodrigues

Partido tem 3 senadores; 2 deles podem ser expulsos pela posição

Acir Gurgacz (RO) e Lasier Martins (RS) são a favor do afastamento

Sigla já teve 6 senadores. Depois do impeachment, pode ficar com 1

Senador Lasier Martins: “Estou chamando o Lupi de ‘Exterminador do PDT’”

O PDT manterá a decisão tomada pela sigla em 22.jan e deve expulsar os senadores que votarem a favor do impeachment da presidente Dilma Rousseff. O partido já iniciou o processo de expulsão de 6 deputados que foram favoráveis ao afastamento de Dilma.

Segundo Carlos Lupi, presidente nacional da sigla, “a decisão é única. É do Diretório Nacional do partido. Então, todos aqueles que votarem a favor do impeachment terão o processo de expulsão aberto”.

Atualmente, o partido tem 3 senadores: Telmário Mota (RR), Acir Gurgacz (RO) e Lasier Martins (RS). Gurgacz e Lasier não seguirão a orientação da agremiação e votarão pela admissibilidade do afastamento de Dilma.

As informações são dos repórteres do UOL Gabriel Hirabahasi e Lucas Loconte.

Os 2 senadores dizem que não deveria haver orientação partidária sobre o impeachment, pois se trata de um julgamento pessoal. Em especial no Senado, quando os congressistas atuam de fato como juízes, não haveria razão para obrigar a bancada completa a votar unida. José Eduardo Cardozo, ministro da Advocacia Geral da União, utilizou argumento semelhante durante fala na Comissão Especial do Impeachment no Senado.

Lupi diz que cada partido tem seu processo. “Não foi uma orientação de bancada. Foi uma decisão do diretório e quem pode deliberar é o diretório”, disse.

“Aqui no Senado, já entramos no mérito. E quando falamos do mérito, vai do julgamento de cada um”, disse Telmário Mota (RR), único senador pedetista fiel à orientação. O senador integra a comissão especial que analisa o pedido de impeachment de Dilma.

“Perder 1 senador já faz toda a diferença. Imagina perder 2. Ou perder 5, no total desde o começo do ano”, afirmou. O senador acredita que a decisão final do partido não deve ser de expulsar os congressistas pró-impeachment.

CRISE
No início de 2016, o PDT tinha 6 senadores titulares. Além dos 3 que ainda estão na legenda, eram pedetistas Cristovam Buarque (DF), Reguffe (DF) e Zezé Perrella (MG).

Em fev.2016, Cristovam e Reguffe anunciaram a saída do partido. O 1º filiou-se ao PPS, enquanto o 2º continua sem sigla. Perrella deixou o PDT em abr.2016 e foi para o PTB.

Lasier, o mais crítico em relação ao apoio do partido ao governo, vê com pessimismo o futuro da legenda se a conduta do presidente for a mesma. “O PDT tem 3 pessoas de muita força: Carlos Lupi, Miguelina Vecchio e Manoel Dias. Sem voto, praticamente dominam o Conselho de Ética e a Executiva”, disse o senador. Lupi é o presidente. Miguelina é 2ª vice-presidente. Manoel Dias foi ministro do Trabalho e agora é secretário-geral.

Em 2015, a bancada do Senado se reuniu em alguns jantares com a presença de Lupi para tentar convencê-lo a sair do governo. Ele se recusou e disse que o governo ia se “reequilibrar”. A crise começou quando Pedro Taques, governador do Mato Grosso, anunciou em out.2015, durante um jantar com Reguffe e Lasier, que iria sair do partido.

“Eu estou chamando o Lupi de ‘Exterminador do PDT’”, disse Lasier. “Se eu for me defender (o senador pode enviar a defesa por escrito), vou levar um maço de manifestações de prefeitos, Câmara de Vereadores e diretórios municipais ‘carrados’ de apoio à minha posição”.

Na última 5ª feira (5.mai), o secretário da Educação do Rio Grande do Sul, Vieira da Cunha, e o deputado estadual Eduardo Loureiro se reuniram com Carlos Lupi para discutir o posicionamento do partido em relação à expulsão dos deputados e senadores. A conversa tratou do processo de expulsão. Mais detalhes não foram divulgados.

TERREMOTO POLÍTICO
Lasier revela que, caso seja expulso, um “terremoto político” pode acontecer no Rio Grande do Sul. O senador diz que tem o apoio de prefeitos no Estado. Dos 497 municípios do Estado, 70 têm prefeituras pedetistas. Porto Alegre e Caxias do Sul, as duas maiores cidades do Estado, são governadas por políticos do PDT.

“Se me expulsarem, vou ficar um tempo sem partido e pensar para onde vou. Não tenho preferência nenhuma e nem vou pensar por enquanto”, disse Lasier.

Já Gurgacz afirma que se identifica com o partido e quer continuar o seu trabalho de lá. “O PDT é meu único partido e vai continuar sendo”, disse.

Na Câmara, 6 deputados do PDT desobedeceram a orientação do partido na votação do impeachment. A legenda abriu processo de expulsão contra todos. O resultado sairá na reunião da Comissão Executiva Nacional no dia 30.mai.

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Só 4 dos 25 partidos da Câmara ‘fecharam questão’ contra impeachment
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Fernando Rodrigues

PT, PDT, PC do B e PSOL têm, juntos, 95 deputados

8 siglas com 172 deputados fecharam pró-impeachment

PTB, PMDB e bloco do PTN discutirão assunto hoje

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O vice-presidente Michel Temer, que assume o Planalto se houver impeachment

Só 4 dos 25 partidos com representantes na Câmara dos Deputados “fecharam questão” contra o impeachment da presidente Dilma Rousseff.

No jargão político, o termo “fechar questão” é usado quando uma sigla toma uma decisão unificada sobre uma determinada votação. Nesses casos, em geral, o congressista que não segue a determinação corre o risco de ser punido pela legenda.

Os 4 partidos que fecharam questão contra o impeachment são PT, PDT, PC do B e PSOL. Juntos, somam apenas 95 deputados –número muito inferior ao mínimo necessário de 172 deputados que o Planalto precisa para barrar a continuidade do processo de impedimento de Dilma Rousseff no domingo (17.abr.2016).

Do outro lado, 8 partidos de oposição com 172 deputados já “fecharam” pelo impeachment. Estão neste grupo PSDB, PSB, DEM, PPS, PSC, SD, PRB e PV. Também é pouco em relação aos 342 votos que a oposição precisa para levar o impedimento de Dilma ao Senado. Mas há uma romaria de políticos visitando o vice-presidente Michel Temer, prometendo apoio, independentemente de seus partidos anunciarem ou não o apoio ao impeachment.

A tabela a seguir mostra os partidos que já “fecharam” e as bancadas de cada um (clique na imagem para ampliar):

partidos-fech-impeach-14Abr2016Desde o começo da semana, porém, vários partidos anunciaram que terão maioria pró-impeachment –mesmo que os dissidentes não sejam punidos. É o caso do PP, do PSD e do PTB. As 3 siglas eram cortejadas pelo Planalto há vários dias.

Não deu certo: já no domingo (10.abr), diretórios estaduais do PP anunciaram posição contra Dilma. Hoje, o Planalto tem menos de 10 votos entre os pepistas. O PP deve ter 48 deputados votando no domingo.

PTB, PMDB E BLOCO DO PTN
É possível que mais partidos “fechem questão” sobre o impeachment até domingo.

O PTB reúne hoje sua direção nacional no Hotel Nacional, em Brasília. Oficialmente, trata-se de um encontro para reconduzir à presidência do partido o ex-deputado Roberto Jefferson, cuja pena no mensalão foi perdoada em 22.mar.2016. O tema do impeachment, porém, frequentará o encontro.

Também nesta 5ª feira, deputados do bloco partidário formado por PTN, Pros, Pen, PHS PSL e PT do B anunciarão posição pró-impeachment.

Ao todo, esse bloco de pequenos partidos soma 33 deputados. Desses, de 25 a 28 deverão posicionar-se a favor do impeachment, segundo a presidente do PTN, deputada Renata Abreu (SP).

O PMDB também se reúne hoje. A percepção, inclusive entre deputados governistas, é de que a maioria dos peemedebistas é pró-impeachment. O partido, porém, não deve “fechar”, isto é, não deverão ser impostas sanções a quem votar com Dilma.

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PDT quer me expulsar aos poucos, diz Cristovam Buarque
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Fernando Rodrigues

Entrada de Ciro Gomes no partido desagradou ala anti-Dilma

Senador por Brasília diz sofrer pressão do presidente Carlos Lupi

Lupi nega a acusação: “Ele que está costeando o alambrado”

Maior parte da bancada no Senado está insatisfeita com a legenda

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Cristovam Buarque, senador pelo PDT de Brasília

Senadores do PDT estão irritados com a posição do partido contra o impeachment de Dilma Rousseff e contra a provável escolha de Ciro Gomes (CE) como candidato presidencial pela sigla em 2018.

“Sinto que [Carlos] Lupi está me expulsando aos poucos da legenda”, diz o senador Cristovam Buarque (PDT-DF). “É como se ele dissesse, sem essas palavras: vai embora, cara. Aqui não é o seu lugar”, completa. Lupi é o presidente nacional do PDT.

Ex-ministro e ex-governador do Ceará, Ciro Gomes filiou-se ao PDT em 16.set.2015 em um acerto feito diretamente com Lupi. A partir daí, Ciro passou a dar uma série de entrevistas em que condena o impeachment de Dilma. Ele falou ao Blog em 11.dez.2015, quando recomendou a Dilma que “endurecesse” com o PMDB.

A apuração é do repórter do UOL André Shalders.

Cristovam está insatisfeito com a entrada de Ciro Gomes no partido.

O senador por Brasília diz, entretanto, que não pretende deixar o PDT por enquanto. A posição dele tende a ser seguida pela ala “independente” dos senadores da agremiação.

Uma das reclamações de Cristovam é que foi excluído das convenções estaduais do PDT. A última foi realizada em Roraima, no domingo (20.dez). “Virei praticamente um marginal dentro do partido”, diz.

O PDT tem 6 senadores. Desses, 4 estão incomodados com a gestão de Lupi. Ressentem-se do fato do partido ter fechado questão contra o impeachment de Dilma e de parte da legenda manter cargos no governo federal.

O PDT reúne o Diretório Nacional em 22.jan para fechar o posicionamento sobre o impeachment.

“ELE ESTÁ COSTEANDO O ALAMBRADO”, DIZ LUPI
Carlos Lupi reagiu às críticas de Cristovam Buarque. Para o presidente do PDT e ex-ministro do Trabalho no governo Lula, foi Cristovam quem escolheu a rota de rompimento com o partido.

“É como dizia o velho Brizola: ele está ‘costeando o alambrado’. É como o boi que fica dando de costas na cerca, para tentar derrubar e atravessar para o lado de lá”, respondeu Lupi.

Lupi diz ainda que as convenções são de responsabilidade das seções estaduais do PDT, e que cabe a Cristovam se perguntar o porquê de não ter sido convidado.

“Quem organiza são os Estados. Em Roraima mesmo, quem organizou foi o colega dele no Senado, o Telmário (Mota). Ele devia perguntar a essas pessoas o porquê dele não ter sido chamado”, diz Lupi. Ele lembra que apoiou Cristovam na disputa interna pela candidatura do partido à presidência, em 2006.

Lupi não esconde a preferência por Ciro. “O tempo agora é de alguém que tenha coragem para enfrentar a política econômica neoliberal, que estrangula o país”, disse.

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Dilma cede à pressão do PDT e trocará comando dos Correios
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Fernando Rodrigues

Estatal é ligada ao Ministério das Comunicações

Wagner Pinheiro deixa empresa após 5 anos

PT perde mais espaço no governo federal

PDT ainda não definiu nome do substituto

Dilma cede ao PDT e troca comando dos Correios

Dilma cede à pressão do PDT e troca comando dos Correios

O governo decidiu que o petista Wagner Pinheiro de Oliveira deixará a presidência dos Correios. A estatal terá novo comando indicado pelo PDT.

A empresa é ligada ao Ministério das Comunicações, pasta agora com o deputado federal  André Figueiredo (PDT-CE). As informações são do repórter do UOL Victor Fernandes.

A decisão ocorre em meio à crise entre o governo e sua base aliada no Congresso. Dias após a reforma ministerial, partidos governistas boicotaram sessão que analisaria vetos presidenciais. O episódio desgastou a imagem do Planalto, que prometeu mais cargos para as siglas descontentes com a reforma.

Wagner Pinheiro de Oliveira deixa os Correios após 5 anos. O petista cogitou abrir mão do cargo logo após a nomeação de André Figueiredo no Ministério das Comunicações. Mas foi convencido por aliados a permanecer no comando da empresa.

No início da semana, Jaques Wagner (Casa Civil), Ricardo Berzoini (Secretaria de Governo) e Giles Azevedo (assessor especial da Presidente) reuniram-se com Wagner para comunicá-lo da decisão do governo.

A troca irritou vários integrantes da cúpula do PT. O partido perde cada vez mais espaço no governo. A indicação de um nome do PDT para a presidência da estatal mostra que o Planalto está disposto a ceder cargos do 2º e 3º escalões para aliados. A ideia era rechaçada por petistas durante a articulação da reforma.

O PDT não definiu o nome do substituto. Integrantes do partido cogitaram a indicação de Ciro Gomes (PDT-CE), recém filiado, mas a ideia foi descartada. O ex-governador cearense chegou ao partido com status de pré-candidato à Presidência da República. A cúpula da sigla tomará uma decisão nos próximos dias.

O governo corre para atender os pedidos de partidos aliados. Como o Blog adiantou, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) deve despachar todos os pedidos de impeachment até 3ª feira (13.out.2015). Para eliminar quaisquer chances da oposição avançar com o processo de impedimento, o governo precisa da fidelidade de 257 deputados.

Não tem sido fácil o Planalto conseguir tantos votos. Na última 4ª feira, apenas 223 deputados registraram presença na sessão do Congresso que analisaria vetos presidenciais. 8 dos 19 deputados do PDT estavam entre os que contrariaram os interesses do governo.

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Dilma marca encontro com senadores “independentes” no Planalto
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Fernando Rodrigues

Sérgio Lima/Folhapress - 23.set.2005

Cristovam Buarque (dir.), do PDT-DF, é um dos convidados para o encontro com Dilma

PDT, PSB e PSOL mandam representantes

A presidente Dilma Rousseff tem um encontro marcado para esta quinta-feira (13.ago.2015) com a ala “independente” do Senado. O encontro é mais um movimento para tentar acumular força política antes dos protestos antigoverno agendados para domingo (16.ago.2015).

Giles Azevedo, braço direito de Dilma no Planalto, começou a fazer os convites ontem, no final do dia. Entre outros, devem participar Cristovam Buarque (PDT-DF), Lasier Martins (PDT-RS), Lídice da Mata (PSB-BA,  João Capiberibe (PSB-AP),  Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) e Waldemir Moka (PMDB-MS).

O grupo de senadores se reúne quase toda semana em Brasília. Consideram-se “independentes” do governo, mas não seguem as orientações da oposição. José Medeiros (PPS-MT) também foi chamado, mas não confirmou presença. Ricardo Ferraço (PMDB-ES) foi convidado e recusou. A um assessor, disse: “Tenho mais o que fazer”.

Nas últimas semanas, Dilma ampliou os contatos com políticos. O último movimento do tipo ocorreu nesta 2ª feira, quando ela jantou com mais de 40 senadores aliados ao governo. Na semana anterior, foram os líderes de bancada dos partidos da base governista na Câmara.

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Dilma convoca reunião da coordenação política para domingo à noite
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Fernando Rodrigues

Boa Vista - RR, 07/08/2015. Presidenta Dilma Rousseff durante cerimônia de entrega de 747 unidades habitacionais dos Residenciais Pérola VI e VII e Ajuricaba, do Programa Minha Casa Minha Vida. Foto: Roberto Stuckert Filho/PR

Dilma foi hoje (7.ago) a Roraima. Segunda, vai ao Maranhão. A crise fica em Brasília

Presidente que reagrupar aliados no Congresso

PT e PMDB terão de ceder cargos a aliados

Alteração no ministério estará em pauta

Mercadante continua sendo o mais criticado

Como viajará para o Maranhão na 2ª feira (10.ago.2015) cedo, a presidente Dilma Rousseff antecipou para domingo à noite a reunião de sua coordenação política. Será às 19h, no Palácio da Alvorada.

Participam os ministros palacianos, o vice-presidente da República e alguns líderes governistas no Congresso.

A pauta é densa. Entre outros temas, estará em discussão algum tipo de reforma ministerial, a demissão de pessoas que ocupam cargos federais, mas seus partidos não dão votos no Congresso. E, mais sensível de tudo, a eventual troca de ministros palacianos.

O titular da Casa Civil, Aloizio Mercadante, é dado como um peso morto na articulação política pela maioria dos partidos aliados ao governo. Além de ter sido citado na Operação Lava Jato (ele nega envolvimento), Mercadante não interage com o Congresso de maneira positiva.

Nesta semana, Mercadante fez elogios públicos à oposição. Um aliado que assistia disse: “Agora ele se superou. Além de não agradar quem é do governo, passou a afagar a oposição”.

Essa inoperância das ações erráticas do Planalto, como as de Mercadante, serão tema do encontro de domingo à noite.

ROUPA SUJA – PT X PMDB
Fale com o PMDB e a frase é sempre a mesma: “O PT não entrega os cargos e não temos como atender aos outros partidos aliados”.

Fale com o PT e a frase é sempre a mesma: ‘O PMDB não entrega os cargos e não temos como atender aos outros partidos aliados”.

Trata-se da típica situação em que os dois lados têm razão. O PT, em número de cargos, está mais bem servido. Mas o PMDB tem postos considerados mais “saborosos” (por terem orçamentos maiores).

Um exemplo sempre citado por petistas é o caso do PSD, de Gilberto Kassab, atual ministro das Cidades. Com uma bancada de 34 deputados, o PSD é altamente infiel ao Planalto.

A gênese da traição do PSD está sobretudo em 4 Estados, nos quais cobiça indicar pessoas para cargos federais hoje ocupados por peemedebistas –nas áreas de portos, pesca e saúde. No Pará, o domínio é de Jader Barbalho. No Amazonas, de Eduardo Braga. Em São Paulo, Michel Temer é o grande cacique dos cargos do PMDB. No Maranhão, o ex-senador José Sarney continua a ser influente.

PDT
Haverá um certo clima de lavagem de roupa suja nessa reunião de domingo à noite. A ideia é verificar o quanto a fisiologia poderá ser usada nos próximos dias –na distribuição de cargos– para recompor, de maneira eficaz, um número mínimo de deputados fiéis ao Planalto.

Para resolver essa equação, alguns partidos hoje no governo podem ser ejetados. É o caso do PDT, que nesta semana anunciou o rompimento com o Palácio do Planalto –mesmo sendo “dono” do Ministério do Trabalho (ocupado por Manoel Dias) e de vários cargos federais nos Estados.

O líder do PDT na Câmara, André Figueiredo (CE), foi o porta-voz nesta semana do rompimento com o governo. Curiosamente, Figueiredo tem indicados seus em uma diretoria do Banco do Nordeste e no comando da Delegacia Regional do Trabalho no Ceará.

Casos como o do PDT de André Figueiredo serão avaliados no domingo à noite por Dilma e sua coordenação política. No raciocínio do governo, será não vale a pena manter pseudoaliados. Muito menos congressistas que rompem com o Planalto, mas mantém indicados seus em cargos federais.

PTB
Uma pendência fisiológica curiosa envolve o PTB, outra sigla que anunciou rompimento com o Planalto nesta semana.

O PTB está de olho num cargo de direção na Casa da Moeda. Mas o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, não cede por achar que ali não se deve lotear os espaços de maneira política.

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2015 começa com ônibus mais caro em capitais, diz Frente de Prefeitos
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Fernando Rodrigues

O prefeito de Porto Alegre e presidente da Frente Nacional de Prefeitos, José Fortunati (PDT), afirma que a maioria das capitais e cidades de regiões metropolitanas deve adotar reajustes de tarifas de ônibus no início de 2015. O valor do aumento deve acompanhar a inflação, em torno de 6% a 7%.

“O reajuste é inevitável. Se congelarmos as tarifas do transporte coletivo, nós começamos a sucatear o sistema. Ou então começamos a ter que tirar [dinheiro] da saúde, da educação”, diz Fortunati em entrevista ao programa “Poder e Política“, do UOL.

Nenhum prefeito deverá aceitar desta vez, como no início de 2013, adiar os reajustes para ajudar no controle da inflação. Naquele ano, a correção das tarifas fora de época acabou sendo um dos fatores propulsores das manifestações de rua em todo o país.

Os reajustes de tarifas de ônibus no início de 2015 tornam o cenário político ainda mais negativo do que foi em 2013. Para Fortunati, 59 anos, um dos quadros mais qualificados do PDT, as descobertas de corrupção na Petrobras alimentam o sentimento difuso de insatisfação das pessoas.

“Em 2013 o item corrupção não entrou, basicamente, nas grandes mobilizações. Entrou marginalmente. Hoje, essa é a centralidade do processo. Este é o item que está na cabeça de todo mundo”.

Outro fator que aponta para um 2015 difícil é que muitos prefeitos já perceberam que será um período de escassez de verbas e “ajustaram” seus orçamentos –ou seja, fizeram cortes e não deve haver ampliação nem melhorias significativas dos serviços públicos nas cidades. Mas o prefeito da capital do Rio Grande do Sul não se arrisca a dizer que a conjuntura atual levará necessariamente a manifestações de rua no ano que vem.

“A situação é complexa. Agravou-se do ponto de vista da insatisfação da população em relação a dezembro de 2012. Dezembro de 2014 é um momento muito mais tenso para a vida democrática. No que isto vai resultar para 2015, é um grande ponto de interrogação”.

LIXÕES ATÉ 2020
Um novo prazo está sendo costurado para que as cidades brasileiras acabem com os lixões a céu aberto. O cronograma inicial venceu em agosto de 2014. Agora, o novo prazo deve ser até o final de 2020.

Para Fortunati, é necessário antes de fixar um prazo “buscar uma fonte de financiamento” para que as prefeituras já saibam como poderão executar o plano. Se uma nova lei não for aprovada, milhares de prefeitos podem ser processados por não terem eliminado os lixões.

“60% dos prefeitos do país estão com a guilhotina no seu pescoço. Podem ser acionados pelo Ministério Público em função do não cumprimento da legislação atual. Qual é a vantagem que temos em processar 60% dos prefeitos? Nenhuma. Porque os prefeitos não vão resolver. Só serão processados, punidos e sem solução”, opina.

DILMA ERRA NA PETROBRAS
O prefeito de Porto Alegre conhece Dilma Rousseff há décadas por ser do Rio Grande do Sul. Diz entender que a presidente do “ponto de vista pessoal” tem dificuldades para demitir a presidente da Petrobras, Graça Foster. Mas essa atitude “do ponto de vista político é um equívoco”.

“Algumas medidas têm que ser tomadas. A primeira delas é a mudança total da direção. É uma sinalização para o mercado, é um sinalização para a população, é uma sinalização para o mundo, de que o governo está tomando uma medida”, diz.

PDT FORA DO TRABALHO
Apesar de ter razões históricas para ocupar o Ministério do Trabalho, o PDT acha que a pasta acabou trazendo um dano de imagem ao partido. A partir de agora, deseja que a presidente Dilma escolha uma outra vaga na Esplanada para a legenda durante o segundo mandato. Até porque, o partido seguirá apoiando Dilma Rousseff daqui para a frente.

Leia a entrevista completa.

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PDT, aliado de Dilma, ensaia candidatura anti-Eduardo Cunha
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Fernando Rodrigues

Deputados pedetistas testam nome de André Figueiredo para presidir Câmara

Sérgio Lima/Folhapress

A Executiva Nacional do PDT reúne nesta 4ª feira (12.nov.2014) em Brasília as bancadas atuais e eleitas de deputados e senadores. Em pauta, a disputa pela Presidência da Câmara e a possível candidatura de André Figueiredo (PDT-CE) (foto) para o cargo.

O ensaio de um nome pedetista serve para fazer frente a Eduardo Cunha (PMDB-RJ), único deputado hoje em campanha explícita para presidir a Câmara. Cunha é desafeto do Palácio do Planalto e articula sua candidatura à revelia do vice-presidente Michel Temer, também do PMDB.

André Figueiredo nega ser candidato, mas reconhece que integrantes do partido defendem seu nome para o cargo.

O PDT é aliado da presidente Dilma Rousseff e tem uma bancada modesta –18 deputados, ampliada para 19 cadeiras na próxima legislatura. Não tem muito poder para influir na sucessão da Câmara, mas um nome próprio nessa disputa dificultaria um pouco a vida de Cunha, que hoje se movimenta sozinho e sem freios ocupando espaços na Câmara.

O PT deve definir seu nome para presidente da Câmara nesta 5ª feira (13.nov.2014), sem perspectiva de obter apoios relevantes de outras legendas. Quem vier para somar no embate a Cunha, ajuda.

Há uma regra tácita na Câmara segundo a qual o partido com a maior bancada indica o candidato que vencerá a disputa pela Presidência. Essa regra, entretanto, já foi desrespeitada várias vezes. Hoje o PT tem a maior bancada, mas o partido enfrenta grande resistência não só na oposição, mas dentro da própria base aliada.

Esse cenário já aconteceu uma vez no passado, em 2005. Naquele ano, foi escolhido para presidir a Câmara um deputado de uma bancada muito pequena, do PC do B, para ser o nome do consenso: Aldo Rebelo.

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