Blog do Fernando Rodrigues

Arquivo : Santander

Rachel Sheherazade foi maior difusora da crítica do Santander sobre Dilma
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Fernando Rodrigues

Comentário da apresentadora do SBT teve o mais amplo número de reproduções no Twitter

Rachel-Santandaer

A apresentadora de telejornal do SBT Rachel Sheherazade foi a principal propagadora da notícia sobre a análise negativa feita pelo Banco Santander a respeito da economia brasileira sob a presidente Dilma Rousseff. O dado aparece em um relatório da empresa de consultoria Bites.

As redes sociais deram grande repercussão à notícia publicada com exclusividade aqui neste Blog em 25.jul.2014. Até ontem (4.ago.2014), foram postadas 17.549 citações ao caso, sendo que o Twitter concentrou 84% dessas menções.

“O tweet com maior taxa de RTs [retuítes] (número de vezes que o post foi republicado por outros perfis, além do original) foi produzido pela âncora do SBT, Rachel Sheherazade. Ela conseguiu 225 RTs e alcançou 792.075 impressões (número de vezes que o conteúdo potencialmente ficou em exposição na linha do tempo de outras contas)”.

Sheherazade fez um link para a reportagem publicada sobre o assunto na versão online do jornal “Folha de S. Paulo”. Na manhã desta terça-feira (5.ago.2014), o post da apresentadora já havia sido retuitado 265 vezes –o que indica que o assunto continua em evidência na web.

Segundo a Bites, “houve uma campanha pelo fechamento de contas correntes no Santander por quem acreditava que a instituição havia passado do seu limite”. O padrão de propagação da notícia, entretanto, “mostrou que o PT não estruturou uma ação mais organizada para constranger o banco. Vários perfis influentes do partido publicaram críticas, mas eles não conseguiram o mesmo resultado da jornalista do SBT [Sheherazade]”.

Os ataques ao banco espanhol puderam ser medidos por variadas hashtags, como #forasantander#boicotesantander. Nesse universo, a hashtag mais bem sucedida (#forasantander) apareceu 3.848 vezes no Twitter. “Entre os perfis de maior autoridade a utilizá-la” estava “o ministro Ricardo Berzoini (@ricardoberzoini)”, informa a Bites. O ministro deu um retuíte num post com essa hashtag.

O dano de imagem para o Santander foi além das fronteiras brasileiras. “A associação entre Dilma e Santander apareceu 2.097 vezes em perfis em inglês e espanhol no Twitter”, relata a Bites.

Entre os meios de comunicação com presença internacional que trataram do tema está a agência Reuters, que distribuiu a informação para seus clientes na Inglaterra, Estados Unidos e Índia. “Os sites de grandes jornais como ‘Washington Post’ e ‘El País’ também publicaram sobre a disputa entre a presidenta e o banco espanhol”.

No exterior, o portal Yahoo publicou 38 artigos em diversas línguas sobre o episódio. “Do ponto de vista geográfico, a mídia que mais falou do assunto foi a americana (25%), seguida da espanhola (22%) e da mexicana (17%)”.

O título original do post de 25.jul.2014, “Sucesso de Dilma deteriora a economia”, foi indexado “160 vezes no Google Brasil. E foi amplamente divulgado em perfis ligados ao PSDB”.

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Santander vira alvo de petistas após dizer que economia piora com Dilma
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Fernando Rodrigues

Prefeito de Osasco cancelou convênio com o banco; militantes pedem boicote

O banco Santander virou alvo de ataques de petistas desde a 6ª feira (25.jul.2014), quando veio a público um texto enviado a clientes ricos dizendo que o eventual sucesso eleitoral da presidente Dilma Rousseff iria piorar a economia do Brasil.

Jorge Lapas (PT), prefeito de Osasco, município na região metropolitana de São Paulo, aproveitou o episódio para anunciar que romperá o convênio com o banco para recolhimento de impostos e taxas municipais. Segundo ele, o Santander já foi notificado e o contrato será encerrado em 30 dias. Osasco tem o 12º maior PIB do país, segundo o último levantamento do IBGE.

Militantes petistas lançaram uma campanha de boicote ao banco. Em redes sociais, defenderam a transferência de contas correntes para o Banco do Brasil e a Caixa, bancos públicos sob controle do governo federal. Na manhã de 6ª feira, o termo “Santander” era o 4º mais citado por usuário do Twitter no Estado de SP. Porém, dada a dificuldade prática de encerrar uma conta em um banco e abrir em outro, é pouco provável que o movimento ganhe magnitude.

Rui Falcão, presidente do PT, classificou o caso como “terrorismo eleitoral” e divulgou que o banco havia enviado um pedido de desculpas à Presidência. O site Muda Mais, vinculado à campanha de Dilma, também definiu o episódio como “terrorismo eleitoral”. O Blog Amigos do Presidente Lula chamou o extrato de “panfletagem política anti-Dilma” (reprodução abaixo).

Reprodução

A versão brasileira do jornal espanhol “El País” publicou reportagem sobre o episódio no sábado (26.jul.2014). O veículo lembrou que o presidente mundial do banco, Emilio Botín, já foi recebido 4 vezes por Dilma Rousseff e tentava cultivar uma relação de proximidade com o governo brasileiro. Segundo o “El País”, a divulgação do texto vinculando a vitória da presidente a uma piora na economia teria caído “como uma bomba” na Planalto.

Botín chegou ao Rio de Janeiro no domingo (27.jul.2014), para um encontro internacional de reitores de universidades promovido pelo Santander, e falou publicamente sobre o tema. O executivo disse que a interpretação contida no texto enviado aos clientes de alta renda “não é do banco”, mas de um analista que o elaborou e enviou “sem consultar” seus superiores. Botín também declarou que a divisão brasileira do Santander tomou “as medidas cabíveis” a respeito e que o presidente da instituição no Brasil, Jesús Zabalza, prestou esclarecimentos a Dilma.

Até às 11h desta 2ª feira (28.jul.2014), o Santander mantinha um grande anúncio em sua página na internet pedindo desculpas pelo episódio. No final de semana, o banco também enviou aos seus clientes mensagem por e-mail, “lamentando profundamente qualquer mal-entendido”, assinado por Conrado Engel, vice-presidente de Varejo do Santander.

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Site do PT acusa Santander de fazer “terrorismo econômico”
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Fernando Rodrigues

O site Muda Mais, vinculado à campanha de reeleição de Dilma Rousseff, publicou nota na tarde desta sexta-feira (25.jul.2014) acusando o banco Santander de fazer “terrorismo econômico” contra o governo petista.

Como o Blog revelou na manhã desta sexta-feira, o bancou enviou aos seus clientes de alta renda texto afirmando que o eventual sucesso eleitoral de Dilma iria piorar a economia do Brasil. O extrato, destinado a correntistas na categoria “Select”, com renda mensal superior a R$ 10 mil, dizia que se Dilma melhorar nas pesquisas de intenção de voto, os juros e o dólar vão subir e a Bolsa, cair.

O Muda Mais contesta o posicionamento do Santander e afirma não haver “nenhum critério técnico” em sua análise econômica. O site menciona que o índice Bovespa subiu de 17 mil pontos em fevereiro de 2004 –durante o primeiro mandato do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva– para 55 mil pontos em fevereiro deste ano.

O texto do site petista também afirma ser “curioso” que tal análise tenha partido da sucursal brasileira do banco espanhol, que lucrou R$ 518 milhões no 1º trimestre deste ano.

Abaixo, reprodução da página do Muda Mais:

Reprodução

Diante da repercussão negativa do caso, o Santander colocou na tarde desta sexta-feira um grande anúncio em sua página na internet pedindo desculpas pelo texto enviado aos seus clientes de alta renda.

O banco afirma que a análise em questão “não reflete, de forma alguma, o posicionamento da instituição”. No anúncio, o Santander também “reitera sua convicção de que a economia brasileira seguirá sua bem-sucedida trajetória de desenvolvimento”.

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Santander põe pedido de desculpas na sua homepage por texto que cita Dilma
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Fernando Rodrigues

O banco Santander colocou no início da tarde desta sexta-feira (26.jul.2014) um grande anúncio em sua página na internet pedindo desculpas por ter enviado, aos seus clientes de alta renda, um texto afirmando que o eventual sucesso eleitoral da presidente Dilma Rousseff iria piorar a economia do Brasil. O caso foi revelado pelo Blog na manhã desta sexta.

O aviso do Santander afirma que o texto em questão “não reflete, de forma alguma, o posicionamento da instituição”. O extrato, enviado a clientes na categoria “Select”, com renda mensal superior a R$ 10 mil, dizia que se Dilma melhorar nas pesquisas de intenção de voto, os juros e o dólar vão subir e a Bolsa, cair.

Assim como fez na nota enviada o Blog, o banco pede desculpas ao clientes “que possam ter interpretado a mensagem de forma diversa dessa orientação”. O Santander também “reitera sua convicção de que a economia brasileira seguirá sua bem-sucedida trajetória de desenvolvimento”.

Eis a reprodução do aviso publicado na página do Santander (clique na imagem para ampliar):

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Sucesso de Dilma deteriora economia, diz Santander a clientes ricos
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Fernando Rodrigues

O Banco Santander enviou neste mês de julho de 2014 aos seus clientes de alta renda um texto afirmando que o eventual sucesso eleitoral da presidente Dilma Rousseff irá piorar a economia do Brasil.

A análise foi impressa na última página do extrato dos clientes na categoria “Select”, com renda mensal superior a R$ 10 mil. Diz que se Dilma melhorar nas pesquisas de intenção de voto, os juros e o dólar vão subir e a Bolsa, cair.

O texto vem sob o título “Você e seu dinheiro” e orienta os clientes do Santander: um cenário eleitoral favorável à petista reverterá “parte das altas recentes” na Bolsa.

Eis a reprodução do extrato:

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O documento do Santander ao seus correntistas mais abastados contém uma análise que já frequentava o mercado financeiro brasileiro de forma difusa, mas nunca de maneira institucional por um grande banco.

Esse tipo de comportamento do mercado não é novo. Desde a primeira eleição direta pós-ditadura ocorrem interpretações nesse sentido. Em 1989, o empresário Mário Amato deu uma entrevista dizendo que se o petista Luiz Inácio Lula da Silva ganhasse naquele ano, 800 mil empresários deixariam o Brasil.

Em 2002, quando o mercado financeiro novamente ficou apreensivo com uma possível vitória de Lula, o analista Daniel Tenengauzer, do banco Goldman Sachs, chegou a inventar o “lulômetro”, que previa a cotação futura do dólar caso o petista fosse eleito. Tenengauzer acabou repreendido pelo banco, que considerou “leviano” e de “mau gosto” o nome de seu modelo matemático.

O Santander confirmou a autenticidade do documento ao qual o Blog teve acesso. Em nota, disse adotar critérios “exclusivamente técnicos” em suas análises econômicas, “sem qualquer viés político ou partidário”.

O banco reconhece que o texto enviado a seus clientes “pode permitir interpretações que não são aderentes a essa diretriz” (de se ater a análises mais técnicas). A instituição emitiu uma nota na qual pede desculpas ao seus correntistas e diz que adotará providências internas.

De capital espanhol, o Santander é o 5º maior banco e o 1º estrangeiro em atuação no Brasil. Fica atrás de Banco do Brasil, Itaú, Caixa e Bradesco. Em 2000, massificou sua operação de varejo ao comprar o Banespa, o antigo banco estatal que pertenceu ao governo paulista.

Abaixo, a íntegra da nota do Santander:

“O Santander esclarece que adota critérios exclusivamente técnicos em todas as análises econômicas, que ficam restritas à discussão de variáveis que possam afetar os investimentos dos correntistas, sem qualquer viés político ou partidário. O texto veiculado na coluna ‘Você e Seu Dinheiro’, no extrato mensal enviado aos clientes do segmento Select, pode permitir interpretações que não são aderentes a essa diretriz. A instituição pede desculpas aos seus clientes e acrescenta que estão sendo tomadas as providências para assegurar que nenhum comunicado dê margem a interpretações diversas dessa orientação.”

P.S. às 15h de 25.jul.2014: Na tarde desta 6ª feira, o Santander colocou um grande anúncio em sua página na internet em que pede desculpas pelo texto e reitera “sua convicção de que a economia brasileira seguirá sua bem-sucedida trajetória de desenvolvimento”. O site Muda Mais, vinculado à campanha de reeleição de Dilma Rousseff, também publicou nota acusando o banco Santander de fazer “terrorismo econômico” contra o governo petista.

(Bruno Lupion)

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