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Arquivo : Walter Feldman

Meirelles é opção de Kassab para governo de São Paulo
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Fernando Rodrigues

Candidatura do ex-presidente do Banco Central tende a enfraquecer reeleição de Geraldo Alckmin

O quadro sucessório para presidente e governadores de Estado tem sido alterado com grande velocidade nos últimos dias. Uma mudança que está sendo cogitada no PSD é lançar para o governo de São Paulo o ex-presidente do Banco Central, Henrique Meirelles.

A ideia tem sido gestada no PSD, partido de Meirelles. O comando do PSD é do ex-prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, que gostaria ele próprio de disputar o Palácio dos Bandeirantes.

Ocorre que Kassab é adversário político do atual governador paulista, Geraldo Alckmin (PSDB), que disputará a reeleição em 2014. Kassab também está no momento na canoa governista da presidente Dilma Rousseff –embora só vá mesmo fechar uma aliança formal sobre a disputa presidencial no ano que vem.

Interessa a Kassab e ao PSD derrotar os tucanos em São Paulo. Quanto mais candidatos competitivos ao Bandeirantes houver na eleição de 2014, mais provável fica a hipótese de a eleição ir para um segundo turno –e assim fica em risco a renovação do mandato de Geraldo Alckmin.

Hoje, o quadro sucessório paulista tem o próprio Alckmin e a pré-candidaturas de Alexandre Padilha (PT) e de Paulo Skaf (PMDB). Pode também entrar no páreo Walter Feldman, que tentava criar o Rede Sustentabilidade e acabou se filiando ao PSB, junto com Marina Silva.

A entrada de Henrique Meirelles na disputa embaralharia mais o jogo. Na avaliação de Gilberto Kassab, é quase certo que o PT consiga manter os seus cerca de 30% de votos em São Paulo e emplaque Padilha no segundo turno.

O grande desafio do PSD é tentar tirar Alckmin da disputa.

Não é fácil. Mas essa disposição de adversários do PSDB mostra como está cada vez mais difícil a vida dos tucanos, que governam São Paulo há 20 anos.

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Rede deve atrair só até 3 deputados, diz fundador da sigla junto com Marina Silva
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Fernando Rodrigues

Sérgio Lima/Folhapress - 12/05/2011

A demora da Rede Sustentabilidade, de Marina Silva, em obter seu registro na Justiça Eleitoral está levando deputados federais interessados na sigla a desistirem de se filiar ao novo partido já para as eleições de 2014.

O fundador da Rede e deputado Alfredo Sirkis (PV-RJ) estima que o partido, uma vez registrado, atrairá somente 3 congressistas: além dele, Domingos Dutra (PT-MA) e Walter Feldman (PSDB-SP).

Sirkis afirma que cerca de 20 colegas da Câmara simpatizam com a sigla, mas não devem se filiar. O motivo é a falta de tempo para montar palanques competitivos nos Estados. Sem isso, o risco de perder as eleições é alto.

Ele estima que a Rede obterá o registro “em cima da bucha”, próximo a 5 de outubro, data limite para participar das eleições de 2014.

“Quem tem a perspectiva de se reeleger está revendo a decisão de se filiar à Rede. É arriscado se lançar por uma chapa que pode nem atingir o quociente eleitoral”, diz Sirkis, referindo-se ao número mínimo de votos necessário para que um partido ganhe uma cadeira na Câmara.

Nessa lista estão os deputados Simplício Araújo (PPS-MA) e Reguffe (PDT-DF). Caso se reelejam, a migração para a Rede ficaria apenas para 2018 – horizonte longo demais no universo da política. A regra da fidelidade partidária pune quem trocar de partido no meio do mandato com a perda do mesmo.

A Rede trava uma batalha burocrática para conseguir seu registro definitivo. Até a última 6ª feira (17.ago.2013), o grupo de Marina havia coletado cerca de 600 mil assinaturas, mas validado apenas 250 mil – pouco mais da metade das 491.569 necessárias para criar um novo partido. A presidente do Tribunal Superior Eleitoral, ministra Cármen Lúcia, afirmou na 6ª feira a Marina que dará prioridade ao processo de criação da nova sigla.

(Bruno Lupion)

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