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Arquivo : CNI/Ibope

Dilma tem 39%, Aécio, 21%, e Campos, 10%, diz Ibope
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Fernando Rodrigues

Pesquisa foi realizada nos dias 13 a 15.jun; margem de erro é de 2 pontos percentuais

Petista teria de enfrentar um segundo turno se a disputa fosse hoje

Aprovação ao governo Dilma caiu 5 pontos percentuais em relação à última pesquisa

A presidente Dilma Rousseff (PT) lidera a corrida presidencial com 39% das intenções de voto, segundo pesquisa CNI/Ibope realizada nos dias 13 a 15 de junho. Com essa pontuação, a petista teria de enfrentar um segundo turno se a disputa fosse hoje, pois a soma de todos os seus adversários é de 40%. A margem de erro da pesquisa é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos.

No Brasil, vence a eleição no primeiro turno quem tem, pelo menos, 50% mais 1 dos votos válidos (aqueles dados aos candidatos).

Em segundo lugar, de acordo com o Ibope, está Aécio Neves (PSDB), com 21%. Depois, vem Eduardo Campos (PSB), com 10%. E os outros: Pastor Everaldo (PSC) tem 3%, Magno Malta (PR), 2%, e José Maria (PSTU), 1%. Os demais candidatos nanicos somam 3% das intenções de voto.

Em relação ao levantamento feito em maio pelo Ibope, realizado nos dias 15 a 19 daquele mês, Dilma oscilou dentro da margem de erro 1 ponto percentual. Ela tinha 40%.

Todos os outros candidatos tiveram também variações dentro ou próximas à margem de erro.

Aécio Neves tinha 20% e agora está com 21%. Eduardo Campos registrava 11% e foi a 10%. Everaldo Pereira (PSC) tinha 3% e manteve o mesmo percentual.

SEGUNDO TURNO
Se Dilma enfrentasse Aécio no segundo turno, a petista venceria com 43% contra 30% do tucano, uma diferença de 13 pontos percentuais.

Em 15 a 19 de maio, no levantamento Ibope, Dilma tinha 43% contra 24% de Aécio, uma vantagem maior, de 19 pontos.

O estreitamento da liderança petista num eventual segundo turno também ocorreu em relação a Eduardo Campos. Antes, a petista venceria com 42% contra 22% do pessebista, vantagem de 20 pontos. Agora, de 43% a 27%, diferença de 16 pontos percentuais.

REJEIÇÃO
A taxa de rejeição de Dilma aferida pela pesquisa CNI/Ibope é de 43% –esse percentual dos eleitores afirma que não votará na petista “de jeito nenhum” para presidente da República. A taxa de rejeição de Aécio Neves é de 32% e a de Campos, 33%.

A pesquisa Ibope anterior fez uma pergunta formulada de maneira diferente da realizada pelo atual levantamento quando se apurou a rejeição aos candidatos. Eis a diferença:

Pergunta sobre rejeição no levantamento divulgado nesta 2ª feira (19.jun.2014): “Gostaria que o sr. me dissesse qual destas frases melhor descreve a opinião sobre ele”. Uma das respostas era: “Não votaria nele de jeito nenhum para presidente”.

Pergunta sobre rejeição no levantamento anterior (14 a 17 de março de 2014): “E em qual desses possíveis candidatos a Presidente da República o(a) sr(a) não votaria de jeito nenhum? Mais algum? Algum outro?”

Por causa da diferença metodológica, seria um erro comparar os indicadores de rejeição dos dois levantamentos. Para registro, eis o que a pesquisa anterior do Ibope apurou:

Dilma tinha 33% de rejeição, Aécio, 20%, e Campos, 13%.

APROVAÇÃO DE GOVERNO
A taxa de aprovação à administração da presidente Dilma Rousseff caiu 5 pontos percentuais e está em 31% (quem responde que o governo é “bom” ou “ótimo”). Na pesquisa Ibope anterior que fez essa medição, custeada pela CNI, em 14 a 17 de março, o percentual era de 36%.

Para 34%, o governo Dilma é regular. E outros 33% consideram a administração petista ruim ou péssima.

Quando o Ibope pergunta sobre a maneira de governar, 44% dizem aprovar e 50% desaprovar a forma como Dilma conduz o país. Essas taxas eram de 51% e 43%, respectivamente, na pesquisa anterior.

Sobre a confiança na presidente, a taxa agora é de 41% –antes era de 48%.

A pesquisa do Ibope foi custeada pela CNI e entrevistou 2.002 pessoas nos dias 13 a 15 de junho de 2014. Está registrada na Justiça Eleitoral sob o protocolo BR-00171/2014.

Este Blog mantém a mais completa página de pesquisas eleitorais da internet brasileira, com levantamentos de todos os institutos desde o ano 2000. É possível consultar os cenários do 1º turno de 2014 para as disputas de presidente, governador e senador.

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Aprovação de Dilma hoje é igual à de Lula pós-mensalão em março de 2006
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Fernando Rodrigues

Mas petista tem agora rejeição pior que a do antecessor há 8 anos

A pesquisa CNI/Ibope divulgada hoje (27.mar.2014) indica que a presidente Dilma Rousseff tem no momento uma aprovação para o seu governo igual ou no mesmo patamar do que teve Luiz Inácio Lula da Silva em março de 2006, também um ano eleitoral em que o ocupante do Planalto buscava mais um mandato.

Segundo o Ibope, Dilma tem 36% de aprovação para o seu governo (os que respondem que sua administração é boa ou o ótima). Outros 36% consideram o comando dilmista regular. E 27% cravaram que é ruim ou péssimo.

Nesta mesma época e na mesma pesquisa em março de 2006, os percentuais do governo de Lula eram 38% de ótimo ou bom, 39% de regular e 22% de ruim ou péssimo. Naquela época, o petista ainda sentia os efeitos do escândalo do mensalão, surgido em 2005.

Esses números todos podem ser vistos na página de pesquisas deste site, que tem a maior compilação de levantamentos de intenção de voto e de popularidade presidencial da internet brasileira.

A margem de erro usada na pesquisa CNI/Ibope é de dois pontos percentuais. A rigor, portanto, Dilma está hoje na mesma faixa de aprovação de Lula em 2006 –embora o antecessor numericamente aparecesse à frente em pontos percentuais. Mas no grupo que rejeita o governo, Dilma está de fato pior do que seu padrinho político –ela tem 27% de ruim e péssimo e Lula registrava 22% há 8 anos.

Eis os dados:

CNI-Ibope-Dilma-Lula-FHC

O que essas informações históricas indicam? Em primeiro lugar, que as taxas de aprovação do governo de Dilma Rousseff ainda são suficientes para dar a ela uma vitória na eleição de outubro. Lula (em março de 2006) e Fernando Henrique Cardoso (em março de 1998) partiram de percentuais parecidos e foram reeleitos.

Como se observa, Dilma está muito próxima aos percentuais de Lula-2006 e de FHC-1998 neste mesmo período. É um equívoco considerar o resultado catastrófico para a petista a partir dos números de hoje –ela tem tempo e meios para ensaiar uma recuperação.

Mas o sinal amarelo de fato se acende para Dilma quando se observa a taxa dos que acham sua administração ruim ou péssima. Os 27% da petista se aproximam dos 29% que FHC teve em 2002 –ano em que o PSDB fracassou com a candidatura de José Serra. É com isso que os marqueteiros palacianos têm de se preocupar: como reverter a antipatia crescente dos eleitores em relação à presidente da República.

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62% dos brasileiros dizem ter pouca ou nenhuma confiança nas pessoas
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Fernando Rodrigues

Família é o único círculo que merece “muita confiança” da população

O ambiente familiar é o único círculo social que merece “muita confiança” da maior parte dos brasileiros, segundo levantamento da CNI (Confederação Nacional da Indústria) divulgado nesta 4ª feira (12.mar.2014). De acordo com a pesquisa, 73% dos brasileiros têm muita confiança na família.

Outros núcleos sociais, como amigos e vizinhos, são vistos com desconfiança pela população. Só 18% dizem confiar muito nos amigos, 11% nos vizinhos e 9% nos colegas de trabalho ou da escola. Apenas 6% têm muita confiança nas outras pessoas, e 62% dizem ter pouca ou nenhuma (gráfico abaixo).

confianca

O motivo de tanta cautela está na percepção dos indivíduos sobre os que o circundam. Para 82% dos entrevistados, a maioria das pessoas só quer tirar vantagem. Essa sensação é maior na região Nordeste, onde 89% declararam isso, e menor nas regiões Norte e Centro-Oeste, onde o percentual cai para 71%.

Contrariando o senso comum, a pesquisa mostra que moradores do interior confiam menos nas outras pessoas do que os habitantes das capitais. Nas cidades interioranas, 64% dos moradores dizem confiar “quase nada” ou “nada” nos outros –a taxa é de 60% nas capitais.

Entre os que estão nas cidades no interior, 83% dizem que as pessoas só querem tirar vantagem e apenas 15% acham que os outros agem de maneira correta. Já nas capitais, 80% acreditam que o outro quer tirar vantagem e 19% avaliam que as pessoas agem de maneira correta.

Os mais jovens também são mais desconfiados. Entre os que têm entre 16 e 24 anos, 67% dizem ter quase nenhuma ou nenhuma confiança nos outros. O percentual cai para 57% quando se analisa a parcela com 50 anos ou mais.

A pesquisa, inédita, foi realizada pelo Ibope com 2.002 pessoas em 143 municípios, em 17 a 21 de setembro de 2012. A margem de erro é de 2 pontos percentuais, para mais ou para menos.

A CNI, que financiou o levantamento, diz que a sensação de confiança das pessoas influencia nos negócios. “É importante conhecer o consumidor. Quando ele está desconfiado, isso afeta sua decisão de consumo”, diz Renato da Fonseca, gerente-executivo de pesquisa e competitividade da entidade.

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CNI/Ibope testa popularidade de todos os 27 governadores de uma vez
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Fernando Rodrigues

Pesquisa inédita no Brasil influenciará montagem dos palanques estaduais para 2014

Em levantamento inédito no Brasil, a CNI (Confederação Nacional da Indústria) patrocinou uma pesquisa sobre a taxa de aprovação dos 27 governadores brasileiros.

Nunca houve um estudo (pelo menos, público), de uma vez só, que aferisse na mesma data a popularidade de todos os governantes nos 26 Estados e no Distrito Federal. A pesquisa foi realizada pelo Ibope nos dias 21 a 28 e entrevistou 15.414 pessoas. Os dados estão sendo tabulados.

A informação sobre todos os governadores é vital para a montagem de palanques eleitorais no ano que vem. Com os números do levantamento em mãos, caciques partidários poderão calcular melhor quanto vale o apoio de cada legenda e a evolução de seus candidatos.

Em 25.jul.2013, a CNI divulgou uma pesquisa com a taxa de aprovação de 11 governadores. Na época, o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, apareceu como o mais bem avaliado do país.

O novo levantamento será apresentado simultaneamente à pesquisa trimestral da CNI sobre a popularidade do governo Dilma Rousseff. O Blog apurou que o desejo da entidade é divulgar, se possível, tudo no dia 13 dezembro. Será uma sexta-feira, 13.

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Gestão Dilma piora em saúde, educação, segurança e economia
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Fernando Rodrigues

Maior queda de aprovação foi na segurança pública: 10 pontos percentuais

Apesar da redução dos juros, desempenho nesse área também caiu

Embora a aprovação da presidente Dilma Rousseff se mantenha em patamar recorde de 78%, há alguns sinais de insatisfação da população sobre o desempenho do governo.

A pesquisa CNI/Ibope divulgada nesta 6ª feira (14.dez.2012) mostra que caiu o percentual da população que aprova a atuação de Dilma Rousseff nas áreas de educação, saúde, segurança pública e setores da economia. A pesquisa foi realizada de 6 a 9.dez.2012 com 2.002 pessoas em 142 municípios. A margem de erro é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos.

Na educação, Dilma foi reprovada 56% dos entrevistados agora em dezembro. E setembro, a taxa estava em 51%. Outros 43% aprovam o desempenho da petista nessa área –ante a 47% na pesquisa anterior.

Na área da saúde, Dilma também enfrenta um aumento da insatisfação dos brasileiros. Subiu de 65% para 74% os que desaprovam a atuação da petista nesse setor. Só 25% a aprovam (eram 33% no último levantamento). É curioso que nesse setor está um dos ministros mais badalados do governo, Alexandre Padilha. Ele é cotado para ser um possível candidato a governador de São Paulo, mas suas qualidades como gestor, até agora, não têm dado o resultado esperado.

Mas foi na segurança pública que Dilma registrou sua pior queda de desempenho. Subiu de 57% para 68% os que a reprovam nessa área. E a aprovação caiu de 40% para 30% (a maior queda de aprovação numa área específica, de 10 pontos percentuais).

Na economia, a pesquisa CNI/Ibope também revela que o desempenho do governo caiu em 3 áreas:

Impostos: desaprovação da gestão Dilma com relação a impostos subiu de 57% para 65%. A aprovação desceu de 38% para 30%;

Inflação: a desaprovação subiu de 45% a 50%. A aprovação caiu de 50% para 45%;

Taxa de juros: apesar dos esforços de Dilma nessa área, os resultados não foram os esperados. A atuação do governo a respeito de taxa de juros foi aprovada por 41% dos entrevistados em dezembro, contra 49% em setembro (a desaprovação foi de 43% para 51%).

Esses números só não explicam a razão pela qual os brasileiros diminuíram seu conceito em relação ao desempenho do governo em tantas áreas, mas permanecem aprovando Dilma da mesma forma. Esse é um paradoxo para outras pesquisas e estudos.

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Resiliência de Dilma é desafio para oposição
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Fernando Rodrigues

A oposição contava com alguma avaria na aprovação da presidente Dilma Rousseff por causa do baixo crescimento da economia somado à série de escândalos envolvendo o PT. Mas a pesquisa CNI/Ibope foi um balde de água fria nos adversários do governo.

A aprovação pessoal de Dilma é 78% segundo levantamento realizado nos dias 6 a 9.dez.2012. Essa taxa é 1 ponto acima dos 77% apurados em setembro –ou seja, trata-se de oscilação mínima, dentro da margem de erro. Em resumo, a aprovação de Dilma é estável e permanece num patamar muito elevado (maior do que a de seus antecessores nesta mesma época do mandato).

O que isso significa? Que o brasileiro continua muito otimista e generoso com Dilma Rousseff. O fato de o país estar há dois anos andando de lado na economia não tem sido, nem de longe, um fator importante para que os eleitores cogitem de deixar de dar apoio à presidente da República.

Essa resiliência de Dilma é um desafio para a oposição. A aposta de PSDB, DEM e PPS se resume a dois pontos. Primeiro, usar a economia estagnada para desmantelar a imagem de boa administradora que Dilma vendeu durante sua campanha presidencial em 2010. Segundo, fazer colar na presidente algum tipo de responsabilidade compartilhada por causa dos escândalos nos quais o PT está envolvido.

Nada disso está dando certo.

Chama a atenção na pesquisa CNI/Ibope o fato de que o julgamento do mensalão no STF (Supremo Tribunal Federal) tenha sido o assunto mais lembrado pelos entrevistados: 23% citaram esse caso.

Ou seja, apesar da cobertura intensa da mídia, os brasileiros parecem não estar ligando muito para o assunto. O mesmo vale para a Operação Porto Seguro da Polícia Federal (que deflagrou esquema de venda de pareceres técnicos, envolvendo a ex-chefe da Presidência em São Paulo, Rose Noronha). Só 10% citaram o Rosegate entre os assuntos mais lembrados do noticiário recente.

Tudo considerado, se depender da repugnância dos brasileiros sobre casos de corrupção, a oposição deve ser desenganada sobre suas chances de virar o jogo. Até agora, 10 anos depois de o PT chegar ao poder, a trinca PSDB-DEM-PPS não encontrou uma forma eficaz de furar o bloqueio nas mentes dos eleitores.

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