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Governo encolhe na “elite” do Congresso
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Fernando Rodrigues

52% dos congressistas mais influentes de 2015 são governistas

Em 2014, havia 69% de aliados do Planalto entre os “cabeças”

Lista “Cabeças do Congresso”, do Diap, tem os 100 mais influentes

Grupo de Eduardo Cunha conquista espaço na elite da Câmara

A representação de deputados e de senadores aliados ao governo encolheu dentro do grupo considerado de “elite” no Congresso Nacional. É o que mostra a edição de 2015 dos “Cabeças do Congresso”, levantamento anual produzido pelo Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap).

O Blog teve acesso aos dados que serão divulgados hoje (31.ago.2015).

Este ano, 52 dos 100 deputados e senadores mais influentes pertencem a partidos aliados ao governo. No ano passado, 69 dos 100 mais influentes eram de partidos aliados à administração de Dilma Rousseff (PT). A lista completa pode ser consultada no fim desta postagem. A apuração é do repórter do UOL André Shalders.

A tabela a seguir mostra a divisão dos “cabeças” por partidos políticos (clique na imagem para ampliar):

cabecas_DIAP_2015
A edição de 2015 também mostra um ligeiro recuo do PT entre os deputados e senadores mais influentes. Em 2014, o partido tinha 27 congressistas na lista dos “Cabeças”. Este ano, são 24. O PMDB saiu de 15 (2014) para 12 na lista dos mais influentes. O PSDB ampliou o espaço entre a “elite” do Congresso, passando de 11 para 14 nomes entre 2014 e 2015. O resultado coloca os tucanos como a 2ª força com mais nomes entre os “cabeças”. Um resumo da edição de 2015 está disponível aqui

O levantamento deste ano registra também o avanço do grupo de apoio ao presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Vários dos novos “Cabeças” de 2015 são ligados ao político fluminense. É o caso de Leonardo Picciani (PMDB-RJ), eleito líder da bancada peemedebista em fevereiro; de André Moura (PSC-SE), líder do partido; e de Júlio Lopes (PP-RJ), entre outros.

Vários outros aliados de Cunha foram incluídos no grupo dos congressistas “Em Ascensão”. Segundo o Diap, são deputados e senadores que vêm ganhando relevância no Congresso. É o caso de Hugo Motta (PMDB-PB), Beto Mansur (PRB-SP), Lúcio Vieira Lima (PMDB-BA) e Efraim Filho (DEM-PB), por exemplo.

Para o analista político Antônio Augusto de Queiroz, diretor do Diap, a edição de 2015 reflete a desarticulação da base governista. “Percebe-se um déficit de coordenação política da parte do governo. A dita base aliada não trabalha de forma coordenada, e vários dos deputados e senadores que são nominalmente aliados trabalham contra o governo no dia a dia”, destacou Toninho, como é conhecido o coordenador do levantamento.

Esta é a 22ª edição do levantamento dos “Cabeças” do Congresso. A primeira edição do estudo foi publicada em 1994. As edições anteriores do levantamento podem ser consultadas aqui.

Veja a lista dos 100 mais influentes do Congresso em 2015, segundo o DIAP:
*Os nomes em letras maiúsculas são os dos deputados e senadores que entraram este ano para a lista dos 100 mais influentes.

PT (24)
Deputados (14)
AFONSO FLORENCE (BA)
Alessandro Molon (RJ)
Arlindo Chinaglia (SP)
Carlos Zarattini (SP)
ERIKA KOKAY (DF)
Henrique Fontana (RS)
JORGE SOLLA (BA)
José Guimarães (CE)
Marco Maia (RS)
MARIA DO ROSÁRIO (RS)
Paulo Teixeira (SP)
SIBÁ MACHADO (AC)
VICENTE CÂNDIDO (SP)
Vicentinho (SP)

Senadores (10)
Delcídio do Amaral (MS)
FÁTIMA BEZERRA (RN)
Gleisi Hoffmann (PR)
Humberto Costa (PE)
Jorge Viana (AC)
José Pimentel (CE)
Lindbergh Farias (RJ)
Paulo Paim (RS)
PAULO ROCHA (PA)
Walter Pinheiro (BA)

PSDB (14)
Deputados (7)

Bruno Araújo (PE)
Carlos Sampaio (SP)
Domingos Sávio (MG)
Luiz Carlos Hauly (PR)
MARCUS PESTANA (MG)
NILSON LEITÃO (MT)
Paulo Abi-Ackel (MG)

Senadores (7)
Aécio Neves (MG)
Aloysio Nunes Ferreira (SP)
Álvaro Dias (PR)
ANTONIO ANASTASIA (MG)
Cássio Cunha Lima (PB)
JOSÉ SERRA (SP)
TASSO JEREISSATI (CE)

PMDB (12)
Deputados (4)
Darcísio Perondi (RS)
Eduardo Cunha (RJ)
LEONARDO PICCIANI (RJ)
MANOEL JUNIOR (PB)

Senadores (8)
Eunício Oliveira (CE)
Renan Calheiros (AL)
RICARDO FERRAÇO (ES)
Roberto Requião (PR)
Romero Jucá (RR)
ROSE DE FREITAS (ES)
Valdir Raupp (RO)
WALDEMIR MOKA (MS)

PSB (8)
Deputados (5)

FERNANDO COELHO FILHO (PE)
GLAUBER BRAGA (RJ)
JÚLIO DELGADO (MG)
Luiza Erundina (SP)
TADEU ALENCAR (PE)

Senadores (3)
Antônio Carlos Valadares (SE)
JOÃO CAPIBERIBE (AP)
LÍDICE DA MATA (BA)

DEM (7)
Deputados (5)

JOSÉ CARLOS ALELUIA (BA)
Mendonça Filho (PE)
Onyx Lorenzoni (RS)
Pauderney Avelino (AM)
Rodrigo Maia (RJ)

Senadores (2)
José Agripino Maia (RN)
Ronaldo Caiado (GO)

PCdoB (6)
Deputados (5)

Alice Portugal (BA)
Daniel Almeida (BA)
Jandira Feghali (RJ)
LUCIANA SANTOS (PE)
ORLANDO SILVA (SP)

Senadora (1)
Vanessa Grazziotin (AM)

PP (5)
Deputados (3)

Eduardo da Fonte (PE)
JÚLIO LOPES (RJ)
RICARDO BARROS (PR)

Senadores (2)
Ana Amélia (RS)
Ciro Nogueira (PI)

PTB (4)
Deputados (3)

ALEX CANZIANI (PR)
Arnaldo Faria de Sá (SP)
Jovair Arantes (GO)

Senador (1)
Fernando Collor (AL)

PDT (3)
Deputado (1)

André Figueiredo (CE)

Senadores (2)
ACIR GURGACZ (RO)
Cristovam Buarque (DF)

PR (3)
Deputados (2)

Lincoln Portela (MG)
MAURÍCIO QUINTELLA LESSA (AL)

Senador (1)
BLAIRO MAGGI (MT)

PSol (3)
Deputados (2)

Chico Alencar (RJ)
Ivan Valente (SP)

Senador (1)
Randolfe Rodrigues (AP)

SD (3)
Deputados (3)

ARTHUR MAIA (BA)
LAÉRCIO OLIVEIRA (SE)
Paulo Pereira da Silva (SP)

PPS (2)
Deputados (2)

Roberto Freire (SP)
Rubens Bueno (PR)

PSC (2)
Deputados (2)

ANDRE MOURA (SE)
Silvio Costa (PE)

PRB (1)
Deputado (1)

CELSO RUSSOMANO (SP)

Pros (1)
Deputado (1)

Miro Teixeira (RJ)

PSD (1)
Deputado (1)

ROGÉRIO ROSSO (DF)

PV (1)
Deputado (1)

Sarney Filho (MA)

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PT é o maior partido na “elite” do Congresso
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Fernando Rodrigues

O Diap (Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar) divulgou nesta 3ª feira (6.ago.2013) sua lista dos 100 políticos mais influentes do Congresso, também conhecida como “Cabeças do Congresso”.

O partido com mais representantes nessa “elite” é o PT, com 26 deputados e senadores. Em seguida está o PMDB, com 16 congressistas. Em terceiro vem o PSDB, com 12.

O ranking está diretamente relacionado ao tamanho da bancada de cada partido. O PT também é a legenda com a maior bancada na Câmara (89 deputados), seguido pelo PMDB (80) e o PSDB (49).

O Diap seleciona congressistas que conseguem se diferenciar dos demais pelo exercício dos seguintes atributos: negociar projetos, conduzir debates, articular interesses e formular políticas públicas.

Na definição da entidade, “são políticos capazes de, isoladamente ou em conjunto com outras forças, criar seu papel e o contexto para desempenhá-lo”.

Entre os 100 nomes escolhidos, 61 são deputados e 39, senadores. Apenas 1 é debutante na lista: o deputado Anthony Garotinho (PR-RJ), líder do bloco PR, PTB, PRP, PHS, PTC, PSL e PRTB. Os demais já haviam figurado anteriormente no “Cabeças do Congresso”, que está na 20ª edição.

O Estado com mais representantes é São Paulo (21), seguido por Pernambuco (9) e Rio Grande do Sul (8). Em quarto lugar, empatados com 7 congressistas cada um, estão Bahia, Paraná e Rio de Janeiro.

A presença feminina na lista dos 100 mais influentes é proporcionalmente menor que a participação da mulher no legislativo federal. As mulheres representam 15,31% do Congresso (83 deputadas e 8 senadoras), mas apenas 9% do “Cabeças do Congresso” (5 deputadas e 4 senadoras).

São elas: as senadoras Ana Amélia (PP-RS), Kátia Abreu (PSD-TO), Lúcia Vânia (PSDB-GO) e Vanessa Grazziotin (PC do B-AM), e as deputadas Alice Portugal (PC do B-BA), Jandira Feghali (PC do B-RJ), Luiza Erundina (PSB-SP), Manuela D´Ávila (PC do B-RS) e Rose de Freitas (PMDB-ES).

Veja abaixo a lista, por Estado, com o nome do congressista, seu partido a sua principal habilidade, segundo o Diap. Acesse também a publicação completa e a série histórica.

 

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15% do Congresso disputarão eleições neste ano
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Fernando Rodrigues

Dos 81 deputados e senadores que disputarão eleição, apenas 8 se licenciaram do mandato.

Apesar dos muitos dias de folga e do bom salário (R$ 26,7 mil), 91 congressistas querem deixar seus cargos e tentar a sorte na eleição para prefeitos e vice-prefeitos deste ano. O nº representa 15,31% dos 594 congressistas (513 deputados e 81 senadores).

Os dados foram obtidos em levantamento do Diap (Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar). Segundo o estudo, no grupo de candidatos em 2012 há 5 senadores e 86 deputados.

Os 5 senadores, segundo o Diap, disputarão prefeituras de capitais. Já entre os deputados, há 5 que concorrerão a cargos de vice-prefeito. Dos outros 81 que tentarão chefiar alguma Prefeitura, 38 pretendem comandar capitais.

O Blog comparou a lista completa dos congressistas que serão candidatos na eleição de 2012 divulgada pelo Diap com os sites da Câmara e do Senado. As páginas informavam na manhã de hoje (19.jul.2012) que, dos 91 candidatos, só 8 haviam se licenciado do mandato. Os outros 83 continuarão a receber salário de congressista durante a campanha.

Todos os licenciados são deputados: Audifax (PSB-ES, candidato a prefeito de Serra); Edson Silva (PSB-PE, candidato a vice-prefeito de Macacanaú); Manuela D’Ávila (PC do B-RS, candidata a prefeita de Porto Alegre); Nelson Pellegrino (PT-BA, candidato a prefeito de Salvador); Romero Rodrigues (PSDB-PB, candidato a prefeito de Campina Grande); Rui Palmeira (PSDB-AL, candidato a prefeito de Maceió); Sérgio Zveiter (PSD-RJ, candidato a prefeito de Niterói) e Zenaldo Coutinho (PSDB-PA, candidato a prefeito de Belém).

O Diap também divulgou a lista dos congressistas que disputarão eleições em capitais.

Partidos
O levantamento do Diap aponta também que os petistas são os mais animados a saírem do Congresso: 12 de seus deputados e 2 senadores tentarão ser prefeitos. O partido tem atualmente 87 deputados e 12 senadores em exercício do mandato.

Em 2º lugar aparece o PMDB: 12 deputados candidatos (a bancada atual é de 80). Em seguida, vem o PSDB, que tem 50 deputados e 10 senadores: 10 deputados e 1 senador participarão da eleição. E o PSB também tem 11 candidatos, todos deputados, bancada atual é de 30).

Segundo o Diap, “o número de candidatos em 2012 não fugiu à media histórica: supera os pleitos de 1992 e 2008, mas é menor que em 1996, 2000 e 2004. O pleito de 1996 foi que mais teve parlamentares concorrendo: 109 deputados e quatros senadores”.

O estudo completo está disponível aqui.

 

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